Delírios de um falso poeta

De Brad Cavill

Este livro conta, em forma de poesias, meu cotidiano amoroso, onde descrevo meus sentimentos, minha intenção e, até mesmo, o que já vivi. Fala, também, do sofrimento, pois no amor nem tudo é só prazer e alegria, nos banhamos com sentimentos tristes e com decepções.
Conto minhas histórias amorosas e, em forma de declarações e desabafos, vou expondo ao mundo todo meu eu, meu ar de poeta que é romântico e o lado safado de toda pessoa que ama loucamente, que não vê maldade nas diferentes formas de amar. Falo do amor e da loucura que todos nós sentimos, das nossas impulsividades quando estamos apaixonados e todo aquele sentimento, aqueles delírios que vivemos em nossas mentes, loucos para que se realizem. Falo das lágrimas, do desespero e da revolta quando não conseguimos viver o amor que tanto desejamos e sonhamos que seja eterno, mas o eterno dura tão pouco, só o suficiente para nos deixar marcados e, com aquela cicatriz, tentar sorrir e voltar a sonhar e amar novamente. Eu falo, escrevo e amo todos estes sentimentos.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 4 de fev. de 2021
• ISBN: 9786556746814

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1

Como entender essa moça?

Ora está tão presente, que sinto seu sorriso,

Ora some, como se nunca tivesse voltado,

Queria eu ser um poeta

Sem memória

Sem história

E sem saudades.

2

Devoro-te com meu olhar.

O desejo é intenso,

Sufoco em silêncio

Por não ter aquele carinho

De todas as horas daqueles dias

Em que te amei sozinho!

3

Mais um dia

Que se estende

E eu continuo sem entender

O porquê

De tanto medo;

Desapego;

E vida;

Seres humanos!

4

O que é essa dor?

Essa tristeza repentina?

Um ar de solidão

Invade meu coração

Por sua causa, menina!

5

De que valem as lágrimas

Se o poeta

Também machuca,

Sem saber

Ele magoa

Sem perceber!

6

A moça que amo

Apaixonou-se pela música.

Abandonou seu poeta

Aqui

Recitando,

Chorando seu amor!

7

Indomável eu sou.

Falso poeta que cria o amor;

Camaleão da cidade

Escondendo a dor

Numa cama qualquer

Com você, mulher

Que finge pudor!

8

Só queria saber

Onde anda minha moça

E seus problemas

Sua saudade

Seu dilema;

Invejo sua coragem

Em me esquecer;

Sua ousadia em me amar,

Se entregar,

E partir

Levando todo meu eu

Sem dizer adeus!

9

O poeta amava a moça

Que, por sua vez,

Amava a música.

Encantei-me

Com suas letras,

Dancei em seu ritmo.

Agora que não te vejo,

Só me resta o desejo

Por este amor

Que completa

Esse poeta

Que hoje caminha

Num silêncio

Sem poesia

Sem ritmo ou alegria!

10

É o sonho desse poeta

Viver esse amor

Mesmo que seja

Com horários corridos

Amor proibido!

Mas me escondo em poesias

Moça dos sonhos

Que tive um dia!

11

Como entender esse mundo

Tão cheio de aparências?

De sentimentos

Que me lembro,

Só penso

Quero você

Nada mais

Viver em paz

E te fazer mulher!

12

O que seria do poeta

Se não houvesse o não,

Se não houvesse a desilusão,

O sofrimento de um desamor

Que horror!

Eu não existiria para dividir

Todo conhecimento

Em lágrimas

E desespero!

13

Minha moça

Meu colírio de todos os dias,

Que antes mesmo

De te ver

Me deixas assim,

Perdido em desespero

Por sentir seu cheiro

E seu olhar

Que não verei jamais!

14

Tão sentimental

Parecias, quando te conheci

Sentia cada palavra,

Cada música que ouvi,

Em cada palavra escrita

Ou poesia declamada

Era minha moça amada

Que até agora não esqueci!

15

Minha moça tão amada!

Foram tantos sentimentos, que me lembro

Amei sem te conhecer

Sem sentir o seu calor

O