Por um fio: Quando tudo parece perdido ainda nos resta um poema
De Vagner Alves
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Por um fio - Vagner Alves
Vagner Alves
Por um fio...
Por um fio... Apenas um fio! Um fio que liga o sorriso, a lágrima, a lembrança e a saudade. Um fio forte que quase ninguém vê ou sente, mas ele está lá! Suportando a felicidade daquele dia inesquecível, provocando a inspiração em querer viver mais e melhor.
Esse mesmo fio que nos une, que separa as pontas, mas que aproxima quem está distante, é, na verdade, a vontade que se tem em acreditar que ainda é possível. Que mesmo em condições adversas é preciso ser forte como esse fio que nos leva tempo a dentro.
Por um fio no amor, por um fio na dor, por um fio na saudade.
Apenas por um fio!
Cartas de amor de um Libriano
Escrevo cartas de amor.
Elas não têm sabor
Nem cor
Como diria o poeta, são ridículas.
Não por serem de amor
Nem de dor
Por serem ignoradas
Escrachadas!
Todo amor é leviano
Sonhos de um libriano
Que sonha acordado
Sentado
Assim continuo escrevendo
Sem linhas, sem poesia
As cartas que de mim sorriam
Como acordes de piano.
Ah... sou libriano
E cartas de amor ridículas
Irei escrever esse ano.
Declaração leviana de amor a uma libriana
Para você eu queria escrever
O mais belo poema que se pode ler.
Dizer como são seus olhos visto por mim
Criar um verso sem fim
Onde possa declarar
Um fragmento da beleza que há.
Da fortaleza que é teu olhar
Só queria saber escrever
Ser por instante poeta
E sua inspiração merecer!
Criar a rima que se completa
Com seu beijo
Com seu jeito.
Ah, se Deus me desse essa sorte
De ser seu rumo, seu norte!
Só queria saber escrever
E poesia poder fazer.
Como a primavera faz flores
E assim fazer você florescer em meus amores
Só queria...
Que visse essa poesia
E dela não se esqueceria
Como a barba que o tempo em mim cultiva
Só queria escrever
Para você perceber
Que mesmo longe do mundo
Ainda amo você!
Amor aos pedaços… servido em abraços
Imagine ela nua!
Sob a penumbra do quarto escuro
Lá fora apenas a lua
Refletida na pele do muro.
Por trás da porta
Ela floresce.
Mulher feita que não se importa
E o desejo em mim cresce
Seus lábios pequenos
Seios serenos
Abraço quente
Derretendo minha alma
Possuindo minha mente
Me faz perder a calma
Como um lobo sedento
Amo com voracidade
Aos seus desejos, fico atento
Para juntos saciar essa vontade.
Por cima ou por baixo
De lado ou abraçado
Rego seu jardim
Com meu corpo molhado
Ali na tarde amei sem fim
Tudo era recomeçado
Como se não houvesse nada mais
Como se amar não fosse demais
Seu olhar de prazer
O meu concentrado em satisfazer
Fomos ao céu
Cansados no chuveiro
Reascendemos por inteiro
Minhas mãos trêmulas a tocar
Sob meus movimentos você a se encaixar
Era único.
Era verdadeiro
Amor por inteiro
Que fez o mundo parar.
Dentro daquele quarto fogo a queimar
Corpos e alma a se entregar
E no auge do prazer
Juntos a enlouquecer
Corpo colado
Eu dentro de você!
O amor proibido a acontecer.
Éramos Romeu e Julieta
Proibidos pelo mundo
Mas em um quarto escuro
Fizemos amor profundo.
E assim como a história irá comprovar
Que naquela tarde
Eu tive o privilégio de lhe amar.
Déjà Vu
Ainda não passou
Nada mudou
O passado simplesmente acordou
Não sou mais eu
Tampouco