Escatologia ao seu alcance
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Sobre este e-book
ESCATOLOGIA AO ALCANCE DE TODOS é o primeiro volume da série.
O livro mostra que uma escatologia inadequada é aquela que esquece o presente, e considera seus enunciados sobre o futuro simplesmente como declarações sobre o tempo que há de vir, induzindo as pessoas a fugirem do presente. Como conseqüência, destroe- se o próprio amanhã, já que ele deveria ser construído a partir do presente.
O ser humano vive na história, dentro dela. Neste caso, seu futuro começa no aqui e agora, a partir do presente, sem esquecer que seu passado já fez grande contribuição para o seu momento atual.
Neste sentido, a função da escatologia cristã e seus enunciados escatológicos é libertar os crentes das preocupações quanto ao fim. Eles devem gastar suas energias a serviço de Deus e do próximo no presente.
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Escatologia ao seu alcance - Valtair Afonso Miranda
Leitura
1
Escatologia, sem medo
Escatologia é uma parte da teologia que se preocupa com o fim. O nosso fim, bem como o fim do mundo.
No caso da escatologia cristã, ela exprime a convicção de que a história inteira está nas mãos de Deus e que só encontrará sua plenitude em Cristo, a personificação da promessa de Deus. É essa promessa que nos induz a pensar. É ela, também, que nos incita a agir.
Neste sentido, o critério de toda afirmação sobre o futuro, de toda frase sobre o fim do mundo, de todo discurso sobre a morte, de todo enunciado escatológico deve ser a própria mensagem de Cristo.
Uma escatologia inadequada é aquela que esquece o presente, e considera seus enunciados sobre o futuro simplesmente como declarações sobre o tempo que há de vir, induzindo as pessoas a fugirem do presente. Como conseqüência, destroe-se o próprio amanhã, já que ele deveria ser construído a partir do presente.
O ser humano vive na história, dentro dela. Neste caso, seu futuro começa no aqui e agora, a partir do presente, sem esquecer que seu passado já fez grande contribuição para o seu momento atual.
Neste sentido, a função da escatologia cristã e seus enunciados escatológicos é libertar os crentes das preocupações quanto ao fim. Eles devem gastar suas energias a serviço de Deus e do próximo no presente.
O verdadeiro e saudável anúncio escatológico não precisa ser motivo de medo, sonho ou especulação para ninguém. Deve, antes, despertar a fé, o temor verdadeiro de Deus e a esperança num dia em que o mundo será um lugar muito melhor. Num dia em que as palavras do visionário de Patmos serão, enfim, uma realidade:
Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram (Apocalipse 21.1-4).
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2
Escatologia, o que é e o que não é
Muitas pessoas confundem escatologia com apocalíptica, apocalipse ou literatura apocalíptica. São coisas que estão mais ou menos relacionadas, mas não são sinônimas.
É por isso que vamos nos dedicar agora a apresentar algumas questões conceituais. Com isso, ficará mais claro o que seja cada um destes termos, e o seu lugar na discussão teológica.
Escatologia
Escatologia é uma referência, primeiramente, às últimas coisas. Esse sentido está dentro do próprio nome. É o estudo das últimas coisas.
Falar sobre o fim, entretanto, só é possível enquanto estivermos falando de Deus. E, neste caso, logo percebemos que há limites claros para uma discussão escatológica. Sendo Deus inexaurível, e o discurso teológico falível, o segundo não pode esgotar o primeiro. Neste sentido, nosso falar sobre escatologia é sempre provisório e condicionado.
Mas de onde nasceu a necessidade do discurso escatológico? Muitas respostas já foram apontadas, mas creio que a realidade da morte parece ser uma das mais fortes. É aquilo que os teólogos chamam de teodiceia. Ou seja, como conciliar a bondade de Deus com a realidade da morte, e do mal, no mundo?
Todos experimentam em algum momento a morte como algo definitivo. Todas as pessoas que conhecemos, em algum momento, morrem. Para enfrentar essa dura realidade, ou sobrepujá-la, nasce a escatologia. De alguma forma, então, a morte está na raiz das preocupações escatológicas.
Isso traz também uma outra conseqüência para o nosso raciocínio. O pensar sobre o fim não é uma exclusividade cristã. Povos e culturas diferentes falaram, e ainda falam, sobre aquilo que é o último, o definitivo, o derradeiro. A escatologia cristã é uma dentre as respostas que o ser humano encontrou para esta sua angústia existencial.
A escatologia gerada em contexto cristão, entretanto, tem algumas marcas que a faz distinta. Ela gira em torno de Cristo. Com isso, sua impostação ou centro de pensamento não está exclusivamente no além ou na vida futura. A escatologia cristã discute o futuro e a vida além, mas tem braços e foco no presente e no passado cristão. No passado, por causa de Cristo. No presente, por causa de nós.
Essa escatologia cristã tem como berço