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A próxima onda: Capacitando a geração que transformará nosso mundo
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E-book248 páginas3 horas

A próxima onda: Capacitando a geração que transformará nosso mundo

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Sobre este e-book

Como presidente da Mocidade para Cristo Internacional, Wraight tem testemunhado a poderosa diferença que os jovens podem fazer na vida espiritual de outros jovens. Prepare-se para ser encorajado pelo incrível potencial da "próxima onda" de adolescentes e jovens que seguem a Jesus e têm um enorme potencial para – através do evangelho – transformar o mundo. Prepare-se para crer neles, amá-los e apoiá-los à medida que a fé pessoal deles se enraíza, e a medida que eles compartilham a mensagem de Deus com o mundo deles.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de mar. de 2021
ISBN9786589767084
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    A próxima onda - David Wraight

    comprimento.

    O potencial dos jovens para transformar o mundo

    Em 1993, Jean Baptiste Mugarura, aos 28 anos, viajava muito para vários lugares. Era formado em direito, falava fluentemente cinco idiomas e tinha um bom emprego no Banco Nacional de Ruanda. Mas Deus tinha planos diferentes para Jean Baptiste além de sua carreira internacional como bancário. Deus começou a trabalhar o coração de Jean Baptiste, concedendo-lhe a perspectiva de alcançar os jovens de seu país.

    Ele ouviu falar sobre o ministério de Gerry Gallimore, presidente da Mocidade para Cristo Internacional, que conhecera em Singapura quando participou do Treinamento Avançado de Liderança do Instituto Haggai. Gerry Gallimore falou durante uma das noites de devoção. Mais tarde, Jean Baptiste falou com ele sobre a possibilidade de estabelecer um ministério Mocidade para Cristo (MPC) em Ruanda.

    Em janeiro de 1994, época em que Don Osman, diretor da Área da África da Mocidade para Cristo, visitou Jean Baptiste e seu comitê de ministério, eles haviam feito um progresso considerável. Tinham desenvolvido um grande programa de alcance e de apoio para crianças de rua de Quigali e haviam liderado inúmeros programas e eventos para alcançar jovens em muitas regiões do país. Estavam fazendo parcerias fortes com igrejas locais. Eles tinham sessenta voluntários envolvidos em vários estágios do ministério, e Jean Baptiste estava prestes a deixar o banco a fim de se dedicar em tempo integral à MPC. Don ficou muito entusiasmado com o que viu e voltou ao escritório regional com o plano de oficializar o ministério de Jean Baptiste e sua equipe da MPC. Contudo, poucos meses após a visita de Don, a rebelião e a guerra civil ruandesa atingiram seu ponto máximo, resultando em genocídio e massacre terríveis.

    Um mundo cansado e, depois, chocado, observou em silêncio, enquanto mais de um milhão de pessoas foram mortas em apenas cem dias, e a maioria delas foi morta com facão e cassetete! É impossível entender a brutalidade e a extensão desse genocídio, apenas aqueles que o vivenciaram podem entender o que realmente aconteceu.

    O genocídio foi perpetrado pelo governo ruandês. Na época, havia apenas três tribos identificáveis em Ruanda: os hútus, os tútsis e os twas. Os hútus eram a tribo governante desde a independência da Ruanda, em 1962. Os tútsis, como minoria reprimida, rebelavam-se constantemente contra o governo dos hútus. O governo, em uma tentativa de controlar os dissidentes tútsis, mobilizou uma milícia jovem hútu, chamada interahamwe,¹ em cidades e comunidades de toda a Ruanda.

    O interessante a respeito de Ruanda é que o povo é oriundo de um único grupo étnico, falam a mesma língua, habitam as mesmas áreas, casam-se entre si e seguem as mesmas tradições. Foram os colonizadores belgas que perpetuaram e acentuaram as divisões intratribais, que, no fim, produziu, em 1932, carteiras de identificação que classificavam arbitrariamente as pessoas como hútu ou tútsi. Dessa época em diante, os governantes belgas jogaram uma tribo contra a outra, intensificando a divisão racial e criando um ambiente de ódio e de discriminação raciais. Ciclos de violência entre os hútus e os tútsis mantiveram a condição social em contínuo tumulto não só em Ruanda, mas também em Burundi. O genocídio ruandês foi um capítulo particularmente vergonhoso e horrível em uma longa história de conflito e injustiça.

    Na época do genocídio, a principal estação de rádio de Ruanda era controlada pelo governo e a milícia hútus radicais. A maioria da população do país ouvia essa rádio em busca de notícia, música, entretenimento e informação. Por essa razão, conseguiu-se mobilizar uma grande porcentagem da população em um espaço de tempo muito pequeno. No primeiro dia do genocídio, a rádio divulgou uma ordem para que os líderes da milícia livrassem Ruanda de todos os tútsis. A ordem literal foi: "Exterminem as inyenzi" (baratas). O frenesi genocida irrompeu em Quigali e espalhou-se por toda a nação.

    A matança não ficou limitada aos tútsis. Israel Havugimana — proeminente líder e evangelista cristão africano — mentoreou Jean Baptiste durante muitos anos. No primeiro dia do genocídio, esse homem e dois de seus filhos foram mortos em casa. Jean Baptiste e Israel eram da tribo hútu, todavia, eles eram o primeiro alvo deles, pois, ao longo do caminho que culminou no genocídio, defendiam a paz, a tolerância e a reconciliação entre hútus e tútsis.

    Antes do genocídio, a milícia hútu recebeu listas identificando, por ordem de importância, todos os que deveriam ser exterminados. Muitos líderes cristãos foram escolhidos por causa de sua posição em favor da justiça, da reconciliação e da paz. Jean Baptiste, depois da morte de Israel Havugimana, sabia que era muito provável que ele fosse o próximo da lista dos que deveriam ser mortos. Ele já havia fugido de Quigali e estava se mudando de uma cidade para outra, por todo o país, na tentativa de escapar do esquadrão de execução da milícia.

    A escolha de quem deveria morrer era uma roleta subjetiva e cruel. Jean Baptiste contou-me a história de um amigo que tentava fugir de Ruanda. Para sair do país, ele teve de passar por um bloqueio da milícia. No bloqueio, os milicianos examinaram a identidade dele e viram que ele era hútu. Os de identidade tútsi eram mortos imediatamente, mas, em geral, permitiam que os hútus passassem. Contudo, a milícia, nesse bloqueio específico, tinha estabelecido outro teste para determinar a veracidade da identidade dos hútus. Eles decidiram confirmar o estereótipo de que os tútsis eram mais altos que os hútus. Para isso, fizeram uma linha em um poste, e todos que passavam pelo bloqueio tinham de se encostar contra o poste. A seguir, um miliciano cortava a parte do corpo da pessoa que estivesse acima dessa linha.

    Infelizmente, o amigo de Jean Baptiste era um homem alto, e a maior parte da cabeça dele passava da linha demarcada no poste. Enquanto a milícia se preparava para cortar a cabeça dele, ele apontou para alguém que estava por perto e perguntou quem era aquela pessoa. O líder da milícia disse que a tal pessoa era um dos guardas. O amigo de Jean Baptiste, vendo que o homem era muito alto, sugeriu ao chefe da milícia que fizesse o guarda ficar de pé contra o poste. Surpreendentemente, o líder concordou, e quando o guarda foi medido no poste, toda a cabeça dele ficou acima da linha. O líder da milícia, rindo e brincando com os companheiros, mandou o amigo de Jean Baptiste seguir seu caminho. Por um impulso repentino e pela reação inesperada do líder miliciano, esse homem escapou de uma morte brutal.

    Ao longo dos cem dias de matança, Jean Baptiste continuou de cidade em cidade, tentando manter-se longe da milícia, que tentava matá-lo. Em várias ocasiões, ele foi capturado esteve literalmente na iminência de ser morto, mas Deus, em cada ocasião, interveio de forma milagrosa e o salvou. Perto do fim dos cem dias, a noiva de Jean Baptiste, quase toda sua equipe de sessenta voluntários, o presidente do comitê da Mocidade para Cristo, a maioria dos membros do comitê da MPC e suas famílias estavam mortos. O custo foi incomensurável; e a dor, esmagadora.

    Um folheto publicado pelo Centro do Memorial Quigali² descreve vividamente o genocídio:

    Em cem dias, mais de um milhão de pessoas foram mortas.

    Mas os genocidas não mataram um milhão de pessoas. Eles mataram uma, depois outra, depois outra… dia após dia, hora após hora, minuto após minuto. A cada minuto do dia, alguém, gritando por clemência, era morto em algum lugar.

    Não receberam nenhuma clemência.

    E a matança continuou, e continuou, e continuou…

    Dez mil por dia.

    Quatrocentas por hora.

    Sete por minuto.

    O genocídio resultou na morte de mais de um milhão de pessoas.

    Mas a morte não foi o único resultado dele.

    Dezenas de milhares de pessoas foram torturadas, mutiladas e estupradas; dezenas de milhares sofreram cortes de facão, ferimentos à bala, infecção e fome.

    Houve ilegalidade, saques e caos desenfreados. A infraestrutura do país foi destruída, e a capacidade de governar desmantelada. Casas foram demolidas; e bens, roubados.

    Mais de 300 mil crianças ficaram órfãs, e mais de 85 mil crianças, com irmãos e/ou parentes mais novos, tornaram-se chefes de família.

    Milhares de mulheres ficaram viúvas. Muitas foram vítimas de estupro e de abuso sexual ou viram os filhos serem mortos.

    Muitas famílias foram totalmente eliminadas, sem ninguém para lembrar nem para documentar a morte delas.

    As ruas ficaram cobertas de cadáveres. Os cachorros comiam a carne apodrecida de seus donos.

    A cidade exalava o mau cheiro da morte.

    Os genocidas foram mais bem-sucedidos em seus objetivos maus do que alguém ousaria acreditar.

    Ruanda estava morta.

    Como um milhão de pessoas pode morrer de forma tão brutal e em um espaço de tempo tão curto? O fato trágico é que esse genocídio horrível foi realizado com a mobilização da juventude de Ruanda. Foram adolescentes e jovens que executaram a maioria das mortes. Os hútus, ao capacitar jovens e canalizar toda a energia, criatividade, ingenuidade e compromisso inabalável deles a uma causa, conseguiram orquestrar um dos mais brutais e horríveis atos de limpeza étnica que o mundo já vivenciou. Crianças de 9 e 10 anos receberam armas e instrução para usá-las contra as pessoas marcadas para morrer pela milícia. Como não seria possível ver a maldade nos atos daqueles que, nas palavras de Jesus, fizeram tropeçar um destes pequeninos de formas tão indescritíveis?

    Memorial à maldade desenfreada

    Em 2005, minha esposa, Jenny, e eu visitamos Ruanda para participar de uma série de eventos celebrando os dez anos de reinstalação do ministério MPC no país. Enquanto estávamos em Ruanda, Jean Baptiste levou-nos à área de um memorial ao genocídio. Foi na área desse memorial que nos defrontamos com todo o horror do genocídio.

    O memorial consiste de uma igreja da região na qual mais de 5 mil pessoas foram mortas. Quando a milícia começou a juntar as pessoas marcadas para morrer, muitas correram para a igreja pensando que estariam a salvo na casa de Deus. Entre duzentas e trezentas pessoas espremeram-se no pequeno prédio da igreja, no qual normalmente cabiam cerca de cem adoradores. A maioria delas era de mulheres e crianças. Quando a milícia as encontrou na igreja, com certeza, não se deixou intimidar pelo fato de que era a casa de Deus. Eles começaram imediatamente a jogar granadas através das janelas abertas da igreja. Depois que as granadas fizeram seu trabalho, eles entraram e, com facões, mataram quem tinha sobrevivido. A seguir, mataram as 5 mil pessoas restantes que haviam se reunido na área aberta em volta da igreja.

    Depois da matança, as poucas pessoas que ficaram vivas não conseguiram limpar o amontoado de cadáveres. Eles simplesmente deixaram os corpos em decomposição no lugar em que caíram. A igreja permaneceu intocada por diversos anos, até que o governo, enfim, enviou uma equipe para limpar a área. No entanto, os líderes governistas, em vez de enterrar os corpos, reduzidos agora a ossos esbranquiçados, decidiram transformar a igreja em um memorial do genocídio. Eles reuniram os restos dos que foram mortos naquela área, pondo-os em dois pequenos prédios perto da igreja. A seguir, pegaram a maior parte das caveiras remanescentes e amontoaram em prateleiras na parte de trás da igreja, e depois deixaram o interior do templo como o encontraram.

    Quando Jenny e eu entramos na igreja, nos deparamos com uma pilha de prateleiras que ia do chão ao teto com crânios desfigurados por fendas e buracos feitos com facões. Todo o lugar exibia a dura evidência da brutalidade demoníaca. À medida que entrávamos mais, tínhamos que caminhar sobre os bancos (bancos sem encosto), pois os ossos, as roupas e os restos dos que foram mortos ali cobriam totalmente o chão entre os bancos até a altura do assento. Havia sapatos infantis sobre os bancos, uma caveira de criança sobre o altar, e roupas, ossos e itens pessoais cobriam totalmente o chão. A seguir, fomos, sombriamente, da igreja para os dois pequenos prédios próximos. Nos dois prédios havia duas pilhas imensas dos restos amontoados das pessoas mortas. Esse encontro com a maldade crua e desenfreada me chocou até o âmago de meu ser.

    Desde que visitei esse memorial, reflito muito a respeito dessa experiência. Isso mudou minha perspectiva de propósito de vida. Um dos resultados do meu desejo de não esquecer nem ignorar o que vi em Ruanda é que fiquei ainda mais comprometido em agir contra a maldade e a injustiça do governo de Satanás, seguindo a ordem de Jesus para estabelecer o Reino dele sobre a terra. E estou descobrindo que outras pessoas ao redor do mundo compartilham minha perspectiva. Não é uma perspectiva nova, mas uma que ecoa ao longo da história.

    A visão de Booth

    William Booth, fundador do Exército de Salvação, muitas vezes, quando falava sobre sua paixão em alcançar o perdido com o evangelho de Jesus Cristo, compartilhava a visão que Deus lhe concedera nos anos iniciais de seu ministério. Booth, em sua visão, viu nuvens escuras e relâmpagos pairando sobre um oceano agitado e tempestuoso no qual milhares de pessoas gritavam por socorro, lutando por segurança. Uma rocha imensa levantava-se do oceano até as nuvens. Em volta da rocha estendia-se uma plataforma cheia de pessoas. Poucas delas tentavam ajudar as que estavam se afogando, usando cordas, escadas e botes. Mas a maioria das pessoas na plataforma cuidava de seus negócios, alheias às que estavam no mar — até mesmo de seus amigos que estavam se afogando. As pessoas na plataforma, embora ouvissem os gritos, dedicavam seu tempo a cuidar do jardim de flores, a criar sua família e a pedir a Deus que lhes garantisse que, um dia, alcançariam a segurança do topo da rocha.

    William Booth dizia muitas vezes ao compartilhar essa visão: Gostaria de pegar cada um de meus colaboradores e balançá-los, apenas por cinco minutos, sobre o fogo do inferno a fim de incentivá-los a procurar o perdido, dar-lhes uma amostra do que aguarda as pessoas que eles tentam alcançar. Visitar o memorial em Ruanda foi minha amostra do inferno, e ela estimulou-me a ser ainda mais diligente e comprometido em alcançar este mundo com o amor de Jesus.

    Um milagre da graça de Deus

    Talvez você ache impossível um país se recuperar de tal brutalidade e maldade. No entanto, quando você visita Ruanda hoje, é confrontado com um milagre total da graça e do amor de Deus. Da mesma forma que Satanás usou a juventude de uma geração para destruir, matar e saquear, Deus está usando a juventude da geração seguinte de Ruanda para reconstruir a nação e realizar enormes mudanças para o bem.

    Depois do genocídio, Jean Baptiste fugiu de Ruanda — um exaurido e caçado sobrevivente. A equipe da MPC da Área da África cuidou dele e o aconselhou por seis meses. Contudo, ele, após esses meses de cura e restauração, voltou a Ruanda para retomar mais uma vez a tarefa que Deus designara para ele. Jean Baptiste passou os primeiros anos apenas viajando de um lugar para outro do país pregando a reconciliação e o perdão. Depois, começou a reconstruir o ministério MPC.

    Ele começou a mobilizar uma enorme força de jovens para alcançar sua nação com uma mensagem de salvação, de perdão e de graça. No fim de 2005, apenas dez anos após o genocídio — com a capacitação de líderes jovens trabalhando em parceria com igrejas, pastores e líderes denominacionais locais — 450 mil jovens foram alcançados, e mais de 75 mil destes entregaram sua vida a Cristo. Quase todos esses cristãos convertidos há pouco tempo estão envolvidos, agora, nas igrejas locais e em programas de discipulado em andamento.

    Atualmente, Ruanda é uma nação que está sendo reconstruída por jovens que se entregaram a Jesus e que, em face do sofrimento, da maldade e da destruição inacreditáveis, vivem os valores do Reino de Deus — amor, graça, perdão, pureza, autossacrifício e serviço. O ódio tribal, a força propulsora por trás do genocídio, foi superado pelo perdão e pela reconciliação permanente. Não é mais apropriado perguntar ao ruandês se ele é hútu ou tútsi, pois esse tipo de pergunta se tornou ilegal. Agora, eles são um povo só, e se lhes perguntarem de que tribo são, simplesmente respondem que são ruandenses.

    Jenny e eu tivemos o privilégio de passar dez dias com centenas de líderes jovens quando estivemos em Ruanda. Todos eles perderam a família ou amigos no genocídio. Todos eles viram e vivenciaram brutalidade, homicídio e violência em um grau inimaginável, algo que faz a fé vacilar. Contudo, fomos conquistados pela graça, generosidade, amor sacrificial, natureza perdoadora, paixão pelo perdido e toda piedade desses jovens. Deus operou um milagre de redenção e de graça na vida deles.

    Redenção em Ruanda

    Visite Ruanda hoje e ouvirá muitas histórias a respeito da redenção, da graça, do perdão e da reconciliação que varre a nação. Esses relatos, de sua própria maneira, são tão impressionantes quanto a violência que estabeleceu o palco para a maravilhosa obra de Deus. Durante o genocídio, um líder miliciano arrastou um grupo de interahamwe em uma matança barulhenta por toda a vila. Uma mulher que vivia nessa vila testemunhou a morte do marido e de todos os filhos nas mãos desse adolescente e seus seguidores. Contudo, não muito tempo depois, esse líder sofreu uma trágica perda: toda a família dele — mãe, pai e todos os irmãos e irmãs — foram mortos.

    Após o genocídio, esse jovem foi identificado como um dos perpetradores da matança nessa vila. Ele foi condenado por uma corte local e enviado para a prisão. As prisões de Ruanda estavam lotadas, e simplesmente não havia recurso suficiente como alimento e cuidado para todos os detentos. A única forma de os prisioneiros sobreviverem no sistema penitenciário era a família fornecer alimento e as necessidades básicas a eles. Como toda a família desse jovem líder miliciano fora morta, não havia ninguém para cuidar dele, e sua situação era

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