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Manejando bem a palavra da verdade: Lei e evangelho na Igreja hoje
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Manejando bem a palavra da verdade: Lei e evangelho na Igreja hoje
E-book206 páginas3 horas

Manejando bem a palavra da verdade: Lei e evangelho na Igreja hoje

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Sobre este e-book

John Pless garimpa as riquezas da Escritura, Confissões Luteranas, obras pastorais de Martinho Lutero e C. F. W. Walther para descobrir gemas vitais tanto para a vida cristã como para a pregação. Walther escreveu seu clássico estudo sobre a correta distinção entre Lei e Evangelho num cenário social muito diferente do século vinte e um nos Estados Unidos. Pless guia seu leitor do texto de Walther para dentro da Escritura e para dentro da vida diária, tanto através de comentários perceptivos como através de perguntas pontuais para discussão. Seu estilo de prosa vivaz tece em conjunto observações de teólogos (de Lutero a Bo Giertz, Gerhard Forde e Oswald Bayer) com seus próprios insights e exemplos de permutas ecumênicas contemporâneas e a vida real. Pastores e leigos vão encontrar neste livro de fácil leitura prazer e grande ajuda na prática do viver cristão.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de abr. de 2021
ISBN9786555910230
Manejando bem a palavra da verdade: Lei e evangelho na Igreja hoje

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    Manejando bem a palavra da verdade - John T. Pless

    Título original

    HANDLING THE WORD OF TRUTH

    Law and Gospel in the Church Today

    Revised Edition

    Publicado pela Concordia Publishing House em 2015 – www.cph.org

    MANEJANDO BEM A PALAVRA DA VERDADE

    Lei e Evangelho na Igreja hoje

    Edição Revisada

    John T. Pless – autor | Beatriz Warth Raymann e Acir Raymann – tradutores

    1ª edição em Língua Portuguesa – 2018

    Direitos reservados para a Língua Portuguesa à Editora Concórdia Ltda

    EDITORAÇÃO

    Aline Lorentz – revisão Língua Portuguesa

    Leandro R. Camaratta – projeto gráfico e diagramação

    Christian Schünke – capa

    Daiene Bauer Kühl – assistente editorial

    Nilo Wachholz – editor

    Waldemar Garcia Jr. – distribuição/vendas

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    P726         Pless, John T.

    Manejando a palavra da verdade: lei e evangelho na igreja hoje / John T. Pless; [traduzido por] Acir Raymann; Beatriz Raymann; [editado por] Nilo Wachholz. – Porto Alegre : Concórdia, 2018.

    156 p.

    Tradução de: Handling the word of truth: law and gospel in the church today.

    1. Religião. 2. Lei e evangelho. 3. Teologia luterana. 4. Igreja cristã.

    I. Raymann, Acir. II. Raymann, Beatriz. III. Wachholz, Nilo. IV. Título.

    CDU 241.3

    284.1

    Bibliotecária Débora Zschornack – CRB 10/1390

    ISBN 978-85-7731-198-9

    DISTRIBUIÇÃO

    ÍNDICE

    Prólogo

    Prefácio

    Prefácio à Edição Revista

    Introdução: Aprendendo a Distinguir Lei e Evangelho com o Pastor Walther

    1. Duas Doutrinas Diferentes

    2. A Elevada e Difícil Arte

    3. Fazendo de Cristo um Novo Moisés

    4. A Mistura Faz a Trapalhada

    5. As Primeiras Coisas em Primeiro Lugar

    6. Procurando em Todos os Lugares Errados

    7. Pela Fé Somente

    8. Correto Arrependimento

    9. O Poder do Pecado

    10. A Igreja: Comunidade do Evangelho

    11. Sacramentos Evangélicos: Fé, Não Obras Rituais

    12. Vivo Pelo Evangelho

    13. O Evangelho Tem a Última Palavra

    Epílogo

    Anexo: A Distinção entre Lei e Evangelho

    Recomendações para Futuras Leituras e Estudo

    AGRADECIMENTO

    Registramos nossa especial gratidão aos membros da Blessed Savior Lutheran Church, filiada à Lutheran Church Missouri Synod (LCMS) de New Berlin, Wisconsin, EUA, pelo apoio a esta publicação.

    Sob a liderança do pastor Martinho Q. Sander, esta Congregação tem apoiado diversas publicações da Igreja Evangélica Luterana do Brasil por meio da Editora Concórdia.

    Reconhecemos, nessas ações de apoio, a visão missionária desta Congregação, bem como a sua vontade em cumprir com a ordem de Cristo: Vão pelo mundo inteiro e anunciem o Evangelho a todas as pessoas (Marcos 16.15).

    SOLI DEO GLORIA!

    PRÓLOGO

    O livro de John Pless Manejando Bem a Palavra da Verdade: Lei e Evangelho na Igreja Hoje é uma esclarecedora e poderosa entrée na arte pastoral de se distinguir corretamente Lei e Evangelho. Toda a boa teologia demonstrada aqui no livro de Pless é pastoral no seu âmago. A genialidade da teologia luterana é que ela honra esta verdade. O próprio ar que os pastores luteranos respiram é o da Lei e do Evangelho – distinguindo a palavra acusadora da Lei, que mata pecadores presunçosos, hipócritas e descrentes, das palavras de promessa, confortadoras e empoderadoras, que perdoam pecados e, por causa de Jesus, comunicam nova vida.

    Todo empreendimento tem um aprendizado. Os trabalhadores podem aumentar seu nível de habilidade – e isso não é menos verdade para os pregadores do Evangelho. Para crescer, necessitamos de mentores que alcançaram um grau de maestria na sua área e podem nos guiar. Pless é um guia assim. Seus próprios pais o nutriram nas verdades aqui apresentadas, mas ele também deve esse aprendizado a muitos: aqueles a quem estudou, tal como Paulo, Lutero, Walther, Bo Giertz e Oswald Bayer, e aqueles com quem trabalhou, como Norman Nagel, Jim Nestingen e outros tantos. Neste livro, ele enaltece para o leitor a essência da boa teologia pastoral – entregar a Palavra de Deus de acusação contra pecadores empedernidos e administrar e Palavra de Deus de consolo, que absolve aqueles aterrorizados pela justa e santa acusação de Deus. Esta última palavra de conforto não somente perdoa pecados, mas também renova o coração – abrindo-o para que possa receber o amor de Deus dado em Cristo Jesus e, dessa forma, transformando completamente a vida da pessoa, fazendo-a nova em Cristo. Os pastores, os professores e os líderes cristãos jamais precisam duvidar do núcleo de seu chamado: ser verdadeiro a essa dupla palavra. É essa palavra que esculpe a identidade pastoral – forjando-nos em confessores da fé e assistindo-nos na administração do Ofício das Chaves ao absolver os pecadores arrependidos ou ao admoestar o impenitente.

    Com destreza, Pless constrói sobre a tarefa preparatória feita por Walther. Houve movimentos na Igreja séculos atrás – como o Pietismo e o Racionalismo – que negligenciaram a adequada distinção entre Lei e Evangelho. A descoberta de Walther do ensinamento crucial de Lutero, por meio de um intenso estudo de suas obras, trouxe renovação à Igreja, não somente à Lutheran Church-Missouri Synod, mas a muitas igrejas luteranas na América do Norte e ao redor do mundo. O engajamento de Pless com Paulo, Lutero e Walther vai fortalecer seminaristas, pastores e professores e lhes concederá sabedoria para um trabalho pastoral firme e fiel.

    Todos os pecadores vivem sob a sentença de morte. Nenhuma quantidade do alegado livre arbítrio (uma característica que é própria somente de Deus e de nenhum ser humano) pode desculpar qualquer um dessa sentença de morte. À luz desse veredito, os pecadores se desesperam. Reduzidos a nada, os pecadores estão no exato lugar onde Deus pode refazê-los para se tornarem pessoas de fé. Os pecadores poderão pensar que são reformáveis, mas também isso é parte de seu pecado. A distinção entre Lei e Evangelho é a doutrina da justificação somente pela graça, somente por meio da fé em ação. Só esse ensinamento rende a Deus o que lhe é devido – honrando a sua divindade e dando a ele glória – porque deixa Deus fazer todo o trabalho de salvar e santificar humanos pecadores. Apenas o Evangelho – Palavra do Deus da promessa – pode resgatar os pecadores das garras do tormento eterno. Em sua morte, Cristo Jesus foi imputado ao nosso pecado; e na ressurreição de Jesus, a absolvição de Deus, a justiça de Deus e sua fidelidade ao seu Filho são imputadas a todos nós. O ofício do pregador, propriamente falando, é o de administrar essa absolvição aos pecadores arrependidos, livrá-los da morte e conceder-lhes a vida eterna por causa de Jesus.

    Pless convida você a considerar como o Espírito Santo administra essa graça em Palavra e Sacramento e as ramificações teológicas dessa administração. A sabedoria dele nasce de sua experiência pastoral em conversas com os grandes mestres da distinção entre Lei e Evangelho, capaz de estimular e dirigir pastores e professores para um engajamento crítico com a forma como a Palavra de Deus confronta todos os pecadores, transmitindo uma palavra cuja voz acusatória rasga as consciências dos pecadores e depois os liberta com a palavra de Cristo tal qual o bálsamo que cura e renova.

    A maioria das religiões é focada em algum programa de reforma moral sob a orientação de um poder superior. Os praticantes da distinção entre Lei e Evangelho relocam todas as questões de religião e espiritualidade. O sentido da vida não está em primeiro lugar ou propriamente a respeito de algo que fazemos, antes está naquilo que Deus na realidade fez e continua a fazer por nós em Cristo. A maioria das religiões, afirmando o livre arbítrio humano, desse modo se revela como ilusão. O único arbítrio que conta é o de Deus. O arbítrio, a vontade de Deus é que Lei e Evangelho sejam pregados de modo que os pecadores ouçam claramente a sua terrível condição, arrependam-se e confiem apenas em Jesus como sua segura defesa. A agenda do pregador não é estabelecida pelas necessidades sentidas pelas pessoas, mas pela firme e segura Palavra de Deus.

    Infelizmente esse ensinamento escriturístico não é muito conhecido entre outros cristãos, especialmente os Evangelicais contemporâneos que tanto dominam o panorama religioso na América do Norte. Se existe um livro que eu gostaria de colocar na mão de cada líder Evangelical para apresentá-los à verdade do Evangelho, é o livro de Pless "Manejando Bem a Palavra da Verdade: Lei e Evangelho na Igreja Hoje". Minha oração é para que este livro não só continue o efeito salutar que tem tido entre luteranos há mais de uma década, mas que também receba o reconhecimento além das congregações daqueles educados no Caminho de Wittenberg.

    Mark Mattes

    Grand View University

    Des Moines, Iowa

    PREFÁCIO

    Já se passaram bem mais de 100 anos desde que o Dr. C.F.W. Walther (1811-87) ministrou uma série de palestras, às sextas-feiras à noite, sobre a correta distinção entre Lei e Evangelho para os alunos do Concordia Seminary em St. Louis, Missouri. Embora as circunstâncias culturais tenham mudado de forma dramática, a verdade dos insights de Walther se mantém constante. Em sua época, Walther foi confrontado com desafios a essa verdade vindos de todos os lados – do Catolicismo Romano, Racionalismo, Pietismo e uma multidão de seitas. Em nossos dias de denominacionalismo ambíguo, o desafio é ainda maior. As concessões ecumênicas têm turvado tanto as linhas doutrinais que há imprecisões até em alguns círculos luteranos a respeito da centralidade da justificação pela graça somente pela fé. Prova disso é o caso da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação publicada pela Igreja Católica Romana e a Federação Luterana Mundial em 1999, uma declaração na qual os luteranos comprometeram tudo, e os católicos nada. Uma série de movimentos e livros transdenominacionais chama a atenção de luteranos leigos nas congregações locais. Movimentos como Guardiões da Promessa, O que Jesus Faria? (OQJF?), A Oração de Jabez, A Vida com propósitos são exemplos notáveis nos quais o lobo do dogma sectário se esgueira para dentro do rebanho luterano como se fosse uma ovelha vestindo a roupa de princípios bíblicos para viver.

    Vivemos em uma cultura decadente, na qual o bom é chamado de mau, e o mau é chamado de bom, o verdadeiro epítome da descrição do apóstolo Paulo da troca da verdade pela mentira. O casamento é severamente atacado, e a homossexualidade é vista como um estilo de vida aceitável. A integridade pessoal e pública parece ter se evaporado. Premissas morais básicas são questionadas e, em muitos casos, rejeitadas em nome da tolerância e da diversidade. Os cristãos hoje se defrontam com uma dupla tentação. Por um lado, há uma pressão crescente para que a Igreja se ajuste ao espírito da época. Tentativas são feitas para redefinir a Lei de Deus ou tornar seus limites mais elásticos. Os Mandamentos de Deus são vistos como princípios gerais, valores autoescolhidos ou relíquias de uma visão antiga de mundo que não mais se aplicam dentro da fluidez da cultura pós-moderna, não como a Palavra de Deus que sentencia e condena o pecado. Por outro lado, existe a tentação de os cristãos focarem na moralidade. Pensam que o objetivo principal da Igreja é o de produzir uma cultura que ande na contramão daquela do nosso mundo, uma cultura definida por valores bíblicos. O Evangelho é posto a serviço da Lei, tornando-se um meio para a moralidade, e não mais a Palavra de Deus que perdoa pecados por causa de Jesus.

    A única mudança que a Lei pode trabalhar é a morte. A Lei não apenas repreende; ela mata. Fecha todos os caminhos que o pecador usaria em uma vã tentativa de escapar de Deus. Onde a Lei não encontra seu fim em Cristo (veja Romanos 10.4), levará ao orgulho ou desespero. Tal manuseio incorreto da Lei na pregação ou no testemunho leva ao que Lutero chama fé de turco. Em um sermão de 1532 sobre Gálatas 3.23-24, Lutero diz o seguinte:

    Por essa razão, a sua fé é, para dizer o melhor, pura e simplesmente uma fé de turco que se baseia unicamente na letra da Lei nua e crua e em atos exteriores de fazer ou não fazer algo, como Não matarás ou Não furtarás. Entendem que a Lei é satisfeita quando o homem não usa seu punho para um homicídio, não rouba a propriedade de alguém, e assim por diante. Em resumo, acreditam que este tipo de pietismo exterior é justiça que prevalece diante de Deus. No entanto, tal doutrina e fé são falsas e erradas, mesmo que as obras praticadas sejam em si boas e tenham sido ordenadas por Deus.¹

    Somente o Evangelho tem o poder de perdoar pecados e tornar vivo o coração que está morto para Deus. Essa é a razão pela qual Walther insiste que o Evangelho deve sempre predominar na pregação e no testemunho cristãos.

    Este livro faz uso das 25 teses de Walther sobre a correta distinção de Lei e Evangelho, organiza-as em 13 títulos e as desdobra utilizando insights da própria exposição de Walther sobre as teses, bem como estudos de Lutero e de alguns pensadores luteranos contemporâneos. Os leitores talvez queiram ler este livro em conjunto com o livro de Walther "Lei e Evangelho: Como Ler e Aplicar a Bíblia", uma vez que esse é frequentemente mencionado ao longo destas páginas. Há perguntas para reflexão e discussão ao final de cada capítulo para uso pessoal ou em grupo.

    De várias formas, este livro é a culminância do trabalho pastoral na Valparaiso University (1979-83) e na University of Minnesota (1983-2000). A necessidade da distinção de Lei e Evangelho de Walther foi reforçada no meu chamado atual de professor de futuros pastores no Concordia Theological Seminary em Fort Wayne, Indiana. Sou grato a meus alunos – tanto do passado como do presente –, pois, sem suas pertinentes indagações e insights, este livro não seria possível. Sou especialmente grato às queridas pessoas da Zion Lutheran Church de Fort Wayne, Indiana, que ouviram e reagiram a cada um destes capítulos nos encontros de Estudo Bíblico para Adultos, durante o outono e o inverno de 2003-04. Dedico este livro a meus pais, pois foi de seus lábios que ouvi a Lei e o Evangelho de Deus pela primeira vez.

    John T. Pless

    Epifania 2004

    Notas

    ¹ Martin Luther. The Distinction between Law and Gospel: A Sermon by Martin Luther. Traduzido por Willard L. Bruce. Concordia Jornal 18 (abril 1992): 154. Veja também o Apêndice.

    PREFÁCIO À EDIÇÃO REVISADA

    A recente publicação da excelente e nova tradução feita por Christian C. Tiews do clássico livro de C.F.W. Walther sobre a distinção de Lei e Evangelho intitulada Law and Gospel: How to Read and Apply the Bible (Lei e Evangelho: Como Ler e Aplicar a Bíblia), proporcionou a oportunidade de eu revisar meu livro de 2004, Handling the Word of Truth: Law and Gospel in the Church Today. Sou grato pela boa acolhida ao livro tanto aqui nos Estados Unidos como no exterior, incluindo as traduções que apareceram em turco, dinamarquês, finlandês e alemão. Minha esperança é que a edição revisada torne esta obra ainda mais útil para pastores e leigos. O núcleo da argumentação desenvolvido na primeira edição permanece intacto. Além de utilizar a nova tradução de Walther em vez de a mais antiga de W.H.T. Dau e de substituir as citações de hinos do hinário Lutheran Worship

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