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Tempos Difíceis
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E-book234 páginas3 horas

Tempos Difíceis

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Sobre este e-book

Resolvi escrever esse livro como um alerta para a Igreja, especialmente para chamar atenção para o que está acontecendo, não somente no mundo, mas bem diante dos nossos olhos e, o que é pior, muitas vezes dentro da própria Igreja, a qual deveria ser expressão do Reino de Deus aqui na terra.

Eu gostaria de figurar como atalaia ou como profeta da esperança em meio a toda corrupção em que estamos envoltos. Gostaria de afirmar, enfaticamente, que nem tudo está perdido. A Igreja ainda pode figurar na forma como Deus a estabeleceu.
Esta é a boa notícia. Os comentários apresentados nessa obra estarão baseados no texto bíblico expresso pelo apóstolo Paulo ao seu discípulo Timóteo em 2 Timóteo 3.1-5, no qual ele alertou acerca das dificuldades que sobreviriam nos últimos dias. Essa será a perícope base, o ponto de partida para as reflexões transformadoras. Pretendo fazer uma exegese do texto, especialmente de cada termo descrito por Paulo, os quais caracterizam os tempos que estamos vivendo.

Pretendo fazer uso do texto grego, explorando os vocábulos na língua original, o que poderá auxiliar em uma melhor compreensão das intenções do apóstolo. Pretendo fazer uma leitura do que está acontecendo à nossa volta, especialmente em meio à Igreja. Todavia, não quero ser somete mais um pessimista de plantão. Quero apontar na direção de soluções e de alternativas para a Igreja. A Igreja está no lugar certo: no mundo. O que não pode acontecer é que o mundo esteja dentro da Igreja. Que o Senhor nos dê graça em
todas as coisas e jamais aparte de nós a Sua misericórdia.
IdiomaPortuguês
EditoraLeo Kades
Data de lançamento29 de dez. de 2019
ISBN9788582183205
Tempos Difíceis

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    Tempos Difíceis - Pr. Markus Eberhart

    Sumário

    Introdução

    Sumário

    Uma sentença ou imaginação fértil?

    Os sinais dos tempos difíceis

    As obras da carne

    A conversão bíblica

    A postura da Igreja

    Desafios para a Igreja pós- modernista

    Sobre o autor

    Introdução

    Eu nasci na década de 60. Na década seguinte, em meus primeiros anos de formação técnica escolar, ouvia falar em algo denominado de globalização. Eruditos, professores e comentaristas econômicos usavam essa terminologia. Porém, era impossível dimensionar sua proporcionalidade e suas consequências. Na década de 80, a globalização entrou em processo de celeridade. Hoje vivemos a realidade de um mundo globalizado. A globalização é o processo decorrente da integração de todos os setores concernentes à vida, envolvendo a economia, a cultura e a política de todas as sociedades ou países. Seria, simploriamente retratando, a eliminação de todas as barreiras e fronteiras, diminuindo distâncias de qualquer ordem ou gênero. Esse fenômeno é desencadeado pelas necessidades do capitalismo selvagem de superar as barreiras impostas pela saturação do mercado local e imediato. As descobertas tecnológicas deram celeridade a todo esse processo.

    Vivemos no mundo da informação. Estamos on line o tempo todo. Sabemos o que acontece em qualquer parte do globo just in time. Podemos manter contato com qualquer pessoa em qualquer canto remoto do planeta, graças à satelitização do mundo. Os produtos são comercializados no lugar em que houver a melhor oferta e onde os lucros forem mais vantajosos. As fronteiras caíram. A saturação da informação acontece devido à celularização ou internetização do planeta.

    As informações recebidas são simultaneamente benéficas e maléficas. Elas são benéficas se contribuírem para a construção de uma sociedade mais humana, justa e igualitária, com valores cristãos. Maléficas, se contribuírem para a destruição do ser humano criado à imagem e semelhança de Deus, ou se concorrerem para a proliferação do pecado e para a degradação da sociedade e das famílias que a compõem. Creio que os meios de comunicação estão sendo usados de maneira inadequada, para a transmissão de informações que geram mais destruição do que construção. Os meios de comunicação formam e geram opiniões, costumes e comportamentos com muita facilidade. Os tempos em que vivemos são tempos difíceis, bem mais difíceis do que o tempo em que vivia Noé. Naquele tempo, Deus destruiu a humanidade por causa da multiplicação da maldade (Gênesis 6.5-7). Restara apenas a família de Noé, a qual não havia se corrompido juntamente com o curso da humanidade.

    Resolvi escrever esse livro como um alerta para a Igreja, especialmente para chamar atenção para o que está acontecendo, não somente no mundo, mas bem diante dos nossos olhos e, o que é pior, muitas vezes dentro da própria Igreja, a qual deveria ser expressão do Reino de Deus aqui na terra. A Igreja deveria manifestar o bom perfume de Cristo nessa sociedade, apodrecida, corrompida e distanciada de Deus. A Igreja deveria ser o sal da terra e a luz do mundo por intermédio dos discípulos que a compõem (Mateus 5.13-14). O sal serviria para conferir sabor e evitar o apodrecimento. A luz apontaria o rumo correto, na direção de Cristo, além de aquecer por intermédio da comunhão. Essa seria a função da Igreja. Eu gostaria de figurar mais como atalaia ou como profeta da esperança em meio a toda corrupção em que estamos envoltos. Gostaria de afirmar, enfaticamente, que nem tudo está perdido. A Igreja ainda pode figurar na forma como Deus a estabeleceu. Esta é a boa notícia.

    Os comentários apresentados nessa obra estarão baseados em um texto bíblico expresso pelo apóstolo Paulo ao seu discípulo Timóteo, no qual ele alertou acerca das dificuldades que sobreviriam nos últimos dias. A carta a Timóteo foi o último escrito paulino, ligeiramente anterior à sua decapitação ocorrida no ano de 64 d.C., sob a tirania de Nero, imperador romano de 54 a 68 d.C. No ano de 64 d.C., da prisão em Roma, Paulo escreveu: Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes (2 Timóteo 3.1-5). Essa será a nossa perícope base, o nosso ponto de partida para as reflexões transformadoras.

    Pretendo fazer uma exegese do texto, especialmente de cada termo descrito por Paulo, os quais caracterizam os tempos que estamos vivendo. Pretendo fazer uso do texto grego, explorando os vocábulos na língua original, o que poderá auxiliar em uma melhor compreensão das intenções do apóstolo. Pretendo fazer uma leitura do que está acontecendo à nossa volta, especialmente em meio à Igreja. Todavia, não quero ser somete mais um pessimista de plantão. Quero apontar na direção de soluções e de alternativas para a Igreja. A Igreja está no lugar certo: no mundo. O que não pode acontecer é que o mundo esteja dentro da Igreja. Que o Senhor nos dê graça em todas as coisas e jamais aparte de nós a Sua misericórdia.

    O evangelismo pessoal apareceu no topo da lista. Não foi uma pesquisa induzida, mas realizada ao natural, analisando a ferramenta mais eficaz que a Igreja tem nas mãos para produzir crescimento para o Reino. Como acontece esse tipo de evangelismo? Ele acontece de forma espontânea, não programática. Ele não faz parte de um programa da Igreja e nem precisa ter métodos ou estratégias complexas. Ele acontece nos relacionamentos interpessoais diários. O evangelismo por amizade acontece de forma reacional, em que um discípulo consagrado e com visão de alcance exerce influência positiva sobre um descrente, despertando-o a formalizar um compromisso com Jesus. Não custa nada. Esse método é 100% eficaz.

    Foi o modelo desenvolvido por Jesus enquanto esteve aqui na terra. O Senhor Jesus evangelizava à medida que caminhava e que se relacionava com as pessoas. Tanto o evangelismo como o discipulado era realizado nos caminhos do dia a dia. Para que isso fosse possível, Jesus estava onde as pessoas estavam. Isso significa que precisamos ir onde as pessoas estão. Evangelismo se faz indo.

    É necessário sair da zona de conforto e ir onde o descrente vive, ou inseri-lo no nosso contexto de convívio, a fim de influenciá-lo e despertá-lo para andar com o Senhor Jesus. Cada pessoa à nossa volta é um candidato em potencial ao Reino de Deus. Vai depender da nossa ousadia e da nossa visão de Reino evangelizá-lo. Evidentemente que para que se proceda dessa maneira, a vida do discípulo de Cristo precisa ser atraente e coerente, com a coadunação perfeita entre prática e vivência. A simetria deve ser perfeita entre o que se fala e o que se vive. O estilo de vida em santidade é a melhor ferramenta evangelística. É possível ganhar uma pessoa para Cristo sem usar palavras. Eu realmente creio nisso. Eu defendo isso como sendo o método mais eficaz de evangelismo. Procuro ganhar o máximo de pessoas por intermédio dos meus relacionamentos, como Jesus o fez.

    Um exemplo histórico poderá ilustrar essa verdade. São Francisco foi um frade católico que viveu em uma cidade italiana chamada Assis. Por isso, ficou conhecido como São Francisco de Assis. Seu nome era Giovanni di Pietro di Bernardone. Nasceu em 5 de julho de 1182 e morreu em 3 de outubro de 1226, aos 43 anos de idade. Depois de ter passado sua juventude em pecado, converteu-se a Cristo e passou a dedicar-se à vida monástica, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, que deu origem aos Franciscanos. Uma de suas célebres frases foi: Pregue o Evangelho em todo o tempo. Se necessário, use palavras. Essa frase resume tudo o que estamos abordando como solução eficaz de evangelismo. A vivência cristã coerente e santa é suficiente para atrair as pessoas para Cristo. Isso, naturalmente, não descarta outros métodos e meios, nem evidencia que não devamos pregar o Evangelho de forma proclamatória. Há mandamentos claros na Bíblia que desafiam a Igreja a pregar o Evangelho a toda criatura (Marcos 16.15).

    O segundo método eficaz de evangelismo elencado pela Fundação Billy Graham foi a distribuição de literatura. Por que ela aparece em segundo lugar? Porque também está relacionada ao contato pessoal. O material impresso é uma excelente ferramenta evangelística. É possível usar livros, folhetos, panfletos e artigos de revistas para possibilitar às pessoas um encontro restaurador com Cristo. Em seguida vem o rádio, as campanhas evangelísticas e os cultos nos templos. Todos estão relacionados aos contatos pessoais.

    O rádio é um meio de difusão que usa a linguagem do povo. Pode ser ouvido enquanto se trabalha ou em qualquer outra atividade. Interessante é que a pesquisa não apresenta a TV como ferramenta evangelística. Acho que é porque os programas evangélicos na TV não passam de propaganda da denominação e de divulgação da imagem do pregador como homem usado por Deus. A maioria desses programas veiculados pelas emissoras televisivas serve apenas para produzir marketing pessoal de péssima qualidade. O pecador não é atraído para Cristo por intermédio desses programas. O objetivo é atraí-lo para a Igreja do pregador. Entendo que esses programas, na verdade, são um desserviço ao Reino. Em nada contribuem para a expansão do Reino de Deus na terra. Mas essa é apenas a minha opinião.

    As campanhas evangelísticas são eficientes devido ao foco. O objetivo é justamente atrair o pecador para Cristo. Tudo o que acontece naquele ambiente é voltado para a atração do descrente. A atmosfera criada, os louvores entoados, o tom do pregador, o tipo de pregação, os testemunhos são voltados para conquistar o ímpio para o Senhor Jesus e, assim, dar crescimento ao Reino de Deus. Deveríamos explorar mais esse método e não deixá-lo cair em desuso.

    E os nossos cultos? Os nossos cultos são uma excelente ferramenta de atração de pessoas para Cristo. Entendo que culto é para Deus. Ele é oferecido para o Senhor, em total gratidão e louvor a Ele. A adoração é direcionada ao Senhor. O culto é uma celebração vertical. Sobe da Igreja para Deus. É uma tributação de louvor ao Criador. O culto não pode sofrer horizontalização, na qual o foco é o pecador. Muitas Igrejas celebram seus cultos focados no pecador. Os hinos, a palavra, os gestos são realizados visando atrair o pecador. Particularmente, entendo que poderia ser criado um culto alternativo, onde o foco seria esse. Todavia, para que seja realmente culto, na mais simples expressão da palavra, precisa ser ao Senhor.

    Entendo que se a nossa adoração for genuína e sincera, se a atmosfera criada no ambiente de culto for real e verdadeira, se houver temor ao Senhor, o pecador sentirá a presença de Deus e será despertado a ter um relacionamento com Cristo. Entendo que devamos aproveitar o kairoV (kairós) de Deus também em nossos cultos de celebração, jamais deixando de fazer convites ao arrependimento e à mudança de vida. Ademais, o pecador pode ser introduzido em um Grupo de Amor e Cuidado durante a semana, ou convidado para um encontro de comunhão ou grupo de convívio. Ali haverá consolidação. Não podemos perder ou desperdiçar as oportunidades que surgem. Um discípulo com visão de alcance, com visão de Reino, logo se achegará ao pecador durante o culto, procurando influenciá-lo por intermédio de sua amizade. A amizade continuará sendo o melhor e mais eficiente método de evangelismo.

    Estamos vivendo os últimos dias sobra a face da terra. São tempos difíceis. Mas são também dias propícios para anunciar o Evangelho. Vivemos o kairoV (kairós) de Deus, o tempo da oportunidade de realizar uma grande colheita de vidas para Cristo. Nesses tempos difíceis, podemos ser usados como ferramentas tremendamente úteis nas mãos do Senhor para produzir transformação duradoura na vida daqueles que cruzarão nosso caminho nas próximas horas. Podemos contribuir para que cada pessoa à nossa volta tenha seu nome arrolado no Livro da Vida (Apocalipse 20.15 e 21.27), e venha fazer parte da eternidade com Cristo. Não desperdicemos oportunidades.

    Tudo é uma questão de visão. Você pode entender apenas que os dias são maus, que os tempos são difíceis para a Igreja, e ficar lamuriando e lamentado o tempo em que vivemos. Ou você pode erguer a cabeça e perceber que os campos estão brancos para uma grande colheita de vidas para Cristo, levantar do seu lugar, sair de dentro da Igreja e alistar-se nas fileiras dos voluntários do Reino. Disse o profeta Isaías, após o Senhor perguntar quem poderia ser enviado: Eis-me aqui, envia-me a mim (Isaías 6.8). Para cumprir esse envio você não precisa de faculdade, de pós-graduação, de seminário ou ser formado em uma renomada academia missionária. Você precisa ser apenas cristão, cheio do Espírito Santo e com visão de alcance de vidas. O seu parente, o seu vizinho, o seu colega de trabalho está esperando por você. Você pode ganhá-lo para Cristo.

    Comece orando. Tudo começa com oração e termina com oração. Nenhuma pessoa chega ao Reino de Deus se não for, primeiramente, colocada debaixo dos joelhos de um discípulo consagrado. Ore incessantemente pelas vidas que cercam você. Apresente-as pelo nome perante o Senhor. Clame por sua salvação. Peça ao Senhor que lhe possibilite oportunidades de evangelismo. Ganhe-as por intermédio do seu viver santo. Se necessário, use palavras. As palavras convencerão, pois serão fruto de uma vivência atraente em Cristo Jesus. Encerro esse capítulo com um bom conselho:

    Os sinais dos tempos difíceis

    Os dias em que estamos vivendo são bem piores do que o tempo em que Noé viveu. Naquele tempo, Deus destruiu a terra devido à multiplicação do pecado (Gênesis 6.5-7). Os dias em que viemos são bem piores do que o tempo de Ló, em Sodoma e Gomorra. Deus destruiu aquelas duas cidades, mandando fogo do céu, por causa do agravamento do pecado (Gênesis 18.20). Deus, mesmo sendo misericordioso e rico em perdoar, executou juízo. O pecado é algo que ofende a glória de Deus. O Senhor sente repulsa pelo pecado. Ele não tolera o pecado. Deus não é condescendente com o pecado no meio do Seu povo, no meio da Sua Igreja. As exortações são claras nas Escrituras, conclamando os cristãos ao arrependimento e a uma vida de santidade ao Senhor. Jesus exortou Seus discípulos: Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste (Mateus 5.48). 

    O apóstolo Pedro exortou os crentes da dispersão: Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo (1 Pedro 1.14-16). O Senhor Jesus estabeleceu Seu Pai como o modelo de perfeição a ser imitado. Ele conferiu aos discípulos o padrão pelo qual deveriam pautar suas vidas. O apóstolo Pedro estabeleceu o parâmetro norteador para a vida da Igreja: Deus. A santidade de Deus é parâmetro para a nossa vivência em santidade. A santidade é experimentável, ou seja, ela pode ser vivida. Pedro disse que deveríamos ser santos em todo o nosso procedimento. Isso tem a ver com o nosso dia a dia. A santidade se expressa no quotidiano. Santidade não é apenas um enunciado teológico ou uma declaração acerca do caráter de Deus. Certamente isso também é verdade. 

    Porém, santidade deve ser a marca distintiva dos cristãos em meio à sociedade corrompida. Santidade é o resultado de uma experiência transformadora movida pelo Espírito Santo. Enquanto o Espírito Santo conduz os discípulos a uma vivência em santidade ao Senhor, Satanás escraviza os homens no pecado, multiplicando as opões para a prática da maldade. Enquanto o Espirito Santo procura aproximar as pessoas de Deus, o Diabo trabalha para afastá-las do Senhor, mediante a prática daquilo que mais desagrada ao Senhor, que é o pecado e a iniquidade. 

    No episódio da tentação de Jesus no deserto, o Diabo argumentou com Ele, asseverando que a glória desse mundo foi entregue em suas mãos e ele poderia conferi-la a quem quisesse (Lucas 4.6). Isso é bem verdade. O Diabo tem procurado diariamente pessoas a quem possa seduzir e entregar a glória e os prazeres desse mundo, no intuito de afastá-las dos prazeres eternos e da vida eterna com Deus. Ele faz com que as pessoas troquem valores eternos e incorruptíveis por prazeres efêmeros, passageiros ou transitórios. Ele induz ao erro e às escolhas erradas por intermédio da persuasão. O Senhor Jesus retratou Satanás como sendo o príncipe desse mundo (João 12.31; 14.30 e 16.11). 

    Ele é o herdeiro legítimo desse mundo, tendo recebido essa legalidade pela prática do pecado. O apóstolo João fez uma declaração ainda mais enfática: Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no maligno (1 João 5.19). Esse texto aponta para um fato: nós somos propriedade exclusiva de Deus e não temos parte alguma nesse mundo, pois ele é domínio de Satanás. O mesmo apóstolo João, no último livro da Bíblia, escreveu que o diabo desceu até vós (Apocalipse 12.12). Sim, ele desceu e tem feito um estrago enorme na vida das pessoas, na família e na Igreja. 

    Ele é contra tudo aquilo que Deus mais preza: as vidas, a família e a Igreja. As vidas, pois são feitura do Senhor! A família, por ter sido criada por Deus para ser instrumento de transformação da sociedade! A Igreja, por ser a preconização do futuro Reino de Deus! Como discípulos de Jesus, precisamos fugir ao seu domínio e ficar longe de sua influência nefasta. Como isso poderia acontecer? São várias as formas:

    ·         Fugindo do pecado e caminhando em santidade.

    ·         Ficando longe das tentações e das investidas de Satanás.

    ·         Vivendo em comunhão com os irmãos, pois esse é o lugar onde o Senhor ordena a Sua bênção e a vida para sempre (Salmo 133.3).

    ·         Lendo a Palavra de Deus todos os dias, meditando nela e usando-a como arma de guerra, tal como o Senhor Jesus fez no episódio de Sua tentação, rechaçando a investida do inimigo sempre com a Palavra de Deus. (Mateus 4.1-11). A Palavra de Deus é garantia de vitória diante das investidas de Satanás.

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    Vou transcrever o texto de estudo novamente:

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