Fatores impeditivos e facilitadores ao crescimento da igreja: uma análise missiológica em região urbana
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Fatores impeditivos e facilitadores ao crescimento da igreja - Márcio Pureza
CAPÍTULO I FUNDAMENTOS BÍBLICOS: PRINCÍPIOS DE UMA IGREJA CRISTÃ SAUDÁVEL.
INTRODUÇÃO
Qualquer estudo missiológico que busque compreender os fatores impeditivos e facilitadores ao crescimento da igreja precisa, necessariamente, partir de uma análise bíblica a respeito da eclesiologia. Entender o conceito bíblico eclesiológico é importante para direcionar a igreja em sua missão bem como em seus princípios e práticas. Assim, a igreja pode evitar expectativas que o próprio Senhor não gerou quando a instituiu, mas que deve corresponder àquelas de origem. Portanto, são elucidados neste capítulo alguns textos relativos ao assunto em tela, com a intenção de contribuir com a academia teológica e com a igreja local, com vistas ao aperfeiçoamento das práticas de princípios encontrados na primeira comunidade cristã, a fim de um desenvolvimento de uma igreja saudável.
1.1. IGREJA: SUA NATUREZA E ORGANIZAÇÃO.
A igreja como organização é visível, à chamada igreja institucional¹, é um grupo de pessoas reunidas em algum local e organizadas em nome de Cristo. Em sua realidade espiritual a igreja é invisível e universal², na qual agrega a comunidade de todos os cristãos genuínos, de todos os tempos. O agrupamento visível e a comunidade espiritual, não se devem considerar como duas entidades, mas como uma única realidade complexa, formada pelo duplo elemento humano e divino
(LG 8). Com isso se vê a igreja visível como expressão da invisível, reconhecendo-se que essa última é alvo a ser perseguido.
Para determinar a natureza de uma organização, primeiro é preciso inquirir: de que forma se constituem os seus membros³? A igreja genuína e invisível consiste nos eleitos, regenerados que se uniram a Cristo por meio de uma genuína profissão de fé⁴. Essa é a igreja que Cristo amou e pela qual se entregou por ela para apresentar a si mesmo a Igreja, gloriosa, sem mancha nem ruga, ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível
⁵ (Ef 5,27).
Todos os crentes, em quem o Espírito de Deus habita, são membros da igreja que é o corpo⁶ de Cristo, não importa com que organização eclesiástica estejam conectados, e mesmo que não participem de alguma igreja local⁷. Todavia, o natural é que quando alguém se torna um cristão, ele se una a uma igreja local porque isso é a expressão daquilo em que Cristo o tornou – um membro de seu corpo
⁸. Assim, só podem ser apropriadamente membros da igreja local os que anteriormente se tornam membros da igreja invisível; pois se entende que se tornaram pessoas regeneradas⁹.
O pastor batista Mark Dever está convencido de que o problema fundamental é a maneira como os cristãos concebem suas igrejas, e entendem erroneamente a natureza da regeneração¹⁰. Reavaliar o conceito bíblico de membresia na igreja é alternativa válida para a solução de conflitos internos da igreja contemporânea. Dever afirma:
A igreja não é algo para você e para cada membro de sua família por descendência física e natural [...] Não, o Novo Testamento ensina que a igreja é para os crentes, para aqueles a quem o Espírito de Deus outorgou o novo nascimento e que se reúnem em uma comunidade pactual [...] Se você ler a história das primeiras igrejas relatada no livro de Atos dos Apóstolos, não achará evidência de que alguma daquelas igrejas tinha como seus membros pessoas que não eram crentes¹¹.
A forma em que as pessoas se unem a igreja local influência grandemente sua atuação como membros. O pensamento do pastor batista e fundador do ministério propósitos Rick Warren colabora com isso:
Acredito que o curso mais importante em uma igreja é o de membresia, porque dará o rumo e o nível de expectativa de tudo o que virá a seguir. A melhor hora de solicitar um forte compromisso do membro é no momento em que ele se une à igreja. Se você requer muito pouco de um candidato a membro, muito pouco também deverá esperar dele depois. Assim como um curso fraco de membresia gera uma congregação fraca um curso sólido gera uma comunidade forte¹².
O zelo no processo de ingresso é de suma importância. Expor e compreender os motivos que levaram o indivíduo a ingressar a igreja local, evitará que ele chegue bem perto da vida eterna, sendo recebidos no seio da igreja local e tendo desfrutado de sua proteção e carinhoso cuidado, sem de fato ter passado pela experiência da salvação¹³. Todavia, o cuidado exacerbado no processo de ingresso a uma igreja local pode ser prejudicial. Por isso, o exegeta e pastor presbiteriano Charles Hodge faz a seguinte advertência:
A tentativa de preservar a pureza da Igreja com mais austeridade do que a Bíblia são totalmente fúteis. Não há como separar o joio do trigo. Tais tentativas são não apenas fúteis, mas também prejudiciais. Violam o plano de Deus. Excluem da vigilância e do cuidado da Igreja multidões a quem ele ordena que seu povo cuide e abrigue. Ao confinar a Igreja visível aos comungantes, a grande maioria, inclusive da semente dos fiéis, é lançada fora¹⁴.
A segunda pergunta que pode contribuir para determinar a natureza de qualquer organização é: com que objetivo ela é formada?¹⁵ O objetivo primário da igreja local é a glória de Deus no estabelecimento completo do seu reino tanto nos corações dos crentes como no mundo¹⁶. A glória de Deus é o objetivo de todas as coisas. Esse alvo teocêntrico da vida humana, não é algo que nos separa do restante da criação. Pelo contrário, é algo que partilhamos com o restante dela. A diferença é que os seres humanos devem glorificar a Deus de maneira exclusivamente humana¹⁷. Todas as coisas que se faz como comer ou beber devem estar subordinadas a esta consideração mais importante: a glória de Deus (I Co 10,31)¹⁸. Assim também a igreja no exercício de seus ministérios no cumprimento de sua missão deve estar subordinada a esta consideração, o qual é seu real objetivo.
Elucidar a missão da igreja e seus propósitos contribui para que seus esforços se concentrem no que é realmente essencial. Destarte, "os propósitos não somente definem o que fazemos, como também o que não fazemos¹⁹". Dayton e Fraser afirmam:
A igreja recebeu inúmeras ordens e modelos que revelam o que ela deve ser e fazer. Não é difícil catalogar um grande número de ordens específicas dadas aos cristãos primitivos e suas igrejas, ordens para se dedicar ao cuidado e orientação das pessoas, ao testemunho, à adoração, ao estudo e à contribuição. [...] Existem tantas coisas importantes e necessárias que a igreja deve ser e fazer que o eixo ao redor do qual todas elas giram pode ser perdido caso um aspecto ou detalhe seja tratado à parte dos demais. No final, todas essas imagens e ordens estão baseadas na realidade de que a Igreja é um resultado e ao mesmo tempo um participante da missão de Deus²⁰.
A missão e os propósitos da igreja podem ser entendidos em termos de ministério com relação a Deus, ao mundo e a comunidade local de cristãos²¹. Uma igreja forte terá ministérios eficazes nestas três dimensões de atuação. Qualquer tentativa em reduzir o propósito da igreja em apenas uma resultará em negligência das outras duas²².
1.1.1. A MISSÃO DA IGREJA EM RELAÇÃO A DEUS
Em Mateus 22,37, Jesus descreve o grande mandamento que consiste em amar a Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu espírito
. A palavra que descreve esta missão da igreja é adoração. Em Colossenses 3,16, Paulo exorta à igreja que louve a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais
. Quando a igreja está adorando ela não está se preparando para algo a mais; está cumprindo com sua principal missão em referência ao Senhor, que a escolheu em Cristo, para seu louvor e glória
(Ef 1,12)²³.
Rick Warren afirma que a igreja existe para adorar a Deus, e este deve ser o primeiro propósito da igreja, não importa se estão em um pequeno grupo ou em uma multidão de pessoas²⁴. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles
(Mt 18,20). O local de adoração não precisa ser necessariamente um prédio (At 17,24). Entretanto, é imprescindível adorar em espírito e em verdade (Jo 4,21-24)²⁵.
A adoração não é apenas um ato contemplativo da igreja em relação a Deus. Ela se manifesta através das ações da igreja, que as conduz principalmente a cumprir com sua missão em relação ao mundo.
Se alguém disser: Amo a Deus
, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso: pois quem não ama seu irmão, a quem vê, a Deus, a quem não vê, não poderá amar. E este é o mandamento que dele recebemos: aquele que ama a Deus, ame também o seu irmão (1Jo 4.20-21).
1.1.2. A MISSÃO DA IGREJA EM RELAÇÃO AO MUNDO
A chamada de Abrão (Gn 12,1-3) é um texto chave no Antigo Testamento para compreensão da missão da igreja em relação ao mundo. Da mesma forma que Abrão é chamado para espalhar a bênção, a igreja tem esta responsabilidade. Wright afirma "se estamos em Cristo, não só partilharmos da bênção de Abraão, mas somos comissionados para espalhar a bênção de