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A Cidadela
A Cidadela
A Cidadela
E-book160 páginas2 horas

A Cidadela

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Sobre este e-book

Acordaram sozinhos e amnésicos numa Cidadela. Existem segredos que mais valiam estarem enterrados...

IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de ago. de 2021
ISBN9781005425609
A Cidadela

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    A Cidadela - John Phoenix

    A Cidadela

    by

    John Phoenix

    Copyright 2021 John Phoenix

    Published by John Phoenix at Smashwords

    Smashwords Edition, License Notes

    This eBook is licensed for your personal enjoyment only. This eBook may not be re-sold or given away to other people. This book remains the copyrighted property of the author, and may not be redistributed to others for commercial or non-commercial purposes. Thank you for respecting the hard work of this author. Unless stated by the author, this story is fictitious and a product of the author’s imagination. Any resemblance to actual persons living or dead is purely coincidental.

    Dedicação

    Para o meu pai que sempre foi o meu amigo e para a minha mãe uma força da natureza que nunca me deixou desistir, ambos nunca me faltaram com nada e que me amaram incondicionalmente. Sem eles e os sacrifícios deles eu não seria o homem que sou hoje. Para minha irmã que sempre esteve do lado mesmo estando milhares de quilómetros de distância de mim. Para o meu cunhado que me tratou como um irmão de verdade. Para as minhas sobrinhas que são como duas filhas para mim. Para aquela moça que conheci há pouco tempo mas sinto que a conheci a vida inteira. Existem mais pessoas que deviam e merecem ser mencionados mas isso exigiria um livro inteiro e uma memória infalível. Estive tentado em apagar este livro como outros que já tinha escrito mas não o fiz desta vez. Espero que gostem.

    1

    Eu não consigo respirar!’ Tentei gritar, mas nada, nem mesmo um sopro saía da minha boca.

    Estava sem fôlego para gritar nem para pedir ajuda. Ofeguei com força para que o ar entrasse nos meus pulmões, mas eu não conseguia me mexer.

    Talvez eu estivesse a morrer, porque eu estava sentindo como se estivesse a cair num poço sem fim onde o mundo não existia mais. Eu queria acordar e parar de sentir a dor.

    Sê firme e corajoso. Não te atemorizes, não tenhas medo, porque o Senhor está contigo em qualquer parte para onde fores.’

    Onde é que eu já ouvi isso antes? Não sei ou não me lembro. Provavelmente ouvi na igreja ou algo assim.

    Talvez eu esteja morrendo.

    Meu Deus, porque sois infinitamente bom e Vos amo de todo o meu coração.’

    Meu coração começou subitamente a bater com mais força, e sentia choques de dor espalhando-se pela minha coluna. Era como se eu estivesse tendo um daqueles sonhos em que você sente que está acordado, mas que na verdade estás dentro de um sonho. Só que no meu estado de sonho eu estava sentindo dor verdadeiramente. Meus braços sentiam-se dormentes, mas meus pés doíam.

    Eu acho que eu não estava morto. Sempre que tentava inspirar um pouco de ar sentia alguma coisa a apunhalar-me cruelmente no meu lado esquerdo. Sentia-me incapaz de me mexer. Os cabelos da minha nuca se arrepiaram.

    Merda!’ Senti uma arritmia que fazia parecer que meu coração ia arrebentar. Estou tendo um ataque cardíaco?

    Esperei até que o meu coração finalmente se acalmou.

    Abruptamente, a dor desapareceu milagrosamente, permitindo-me respirar novamente. Eu tinha a sensação de que eu deveria estar a dormir, mas havia algo que estava me impedindo de o fazer. Eu sentia-me cansado, muito cansado, e o engraçado é que eu nem sabia o por quê.

    O que está a acontecer?’ Tentei acessar as minhas memórias e lembrar-me onde eu estava e o que tinha acontecido. ‘O que eu estava fazendo ontem à noite?’

    Ok, isso é estranho. Eu não conseguia lembrar o que estava fazendo ou porque estava com tanta dor. Não importa o que aconteceu por enquanto.

    Que tal uma pergunta simples como quem sou eu?’

    Um vazio me atingiu com uma brutalidade.

    Eu também não conseguia me lembrar disso.

    Será que tive algum acidente?’ Eu estava sentindo-me tão confuso com tudo. Movi minha língua sobre minha boca seca para produzir saliva.

    Tentei focar-me no que eu conseguia lembrar. Uma das poucas coisas de que eu lembrava era a escuridão total, o som mecânico de um motor, a vibração de algo em movimento e a sensação de como se um raio tivesse disparado uma dor lancinante pelo meu corpo. Também lembrei de estar a tentar gritar, mas não conseguir levar ar para os pulmões.

    Eu mantive meus olhos intencionalmente fechados enquanto tentava me concentrar em sons e cheiros. Havia um som vindo do meu peito. Abri os meus olhos e fiquei boquiaberto, incapaz de me mover ou falar com a presença inesperada de uma mulher nua.

    Ok, eu não estava a espera disto, mas foi uma surpresa agradável...

    Era uma mulher africana com cabelos curtos e nua... mesmo muito nua. Tentei olhar para ver o rosto dela, mas não consegui reconhecê-la.

    Cristo,’ pensei, horrorizado. ‘Eu também não sei o seu nome!’

    Mesmo neste estado amnésico eu sei que mulheres se ofendem facilmente quando você não consegue lembrar seus nomes ao acordar na cama com elas. Tentei encaixar um nome nessa mulher tentando lembrar quando nos conhecemos.

    Por que não consigo me lembrar?’

    Eu não conseguia me mover e eu não estava com muito vontade de acordá-la até que tivesse algumas respostas. Fiquei imóvel por vários minutos enquanto a observava ressonar, tentando acessar minhas memórias, mas havia apenas um vazio. Eu estava preocupado com minha amnésia.

    Espero que suas memórias estejam em melhor estado do que as minhas,’ pensei, olhando para ela.

    Eu estava preocupado no que ela diria quando acordasse. Provavelmente seria melhor se eu me vestisse primeiro e esperasse que ela acordasse. Eu tentei escorregar por baixo dela, mas ela estava firmemente presa em mim.

    Raios!’ Ela me tinha bem preso. ‘Pistas! Preciso de pistas sobre meu paradeiro.’

    Olhando a minha volta, nada me parecia familiar. Vi que estávamos deitados em uma grande cama de mogno com dossel, sem lençóis ou travesseiros. Estávamos numa sala grande, com paredes e piso de pedra cinza. O teto acima de nós era alto, com enormes vigas em madeira.

    Se eu não soubesse melhor, teria pensado que este era um castelo medieval. Meus olhos depararam-se numa janela falsa que exibia uma vista da uma montanha. A ilusão era bastante boa, mas não enganaria quem realmente olhasse para ela. Essa tela parecia importante para mim e senti uma sensação de conforto.

    Meu nome é ______ ’

    Eu ainda não conseguia me lembrar! Como é que se pode esquecer-se do seu próprio nome? Onde estavam as minhas coisas, como minhas chaves, meu telefone, minha carteira ou minhas roupas? Não sei como cheguei aqui, nem onde estava.

    A mulher deu um suspiro e acordou, olhou em redor como se estivesse confusa e depois olhou para mim com olhos sonolentos. Seus olhos eram castanhos escuros e o seu rosto parecia calmo.

    Bom dia, ela sorriu, e quando seus olhos se enrugaram, uma lágrima rolou pelo canto do olho direito.

    Bom dia, eu respondi, tentando parecer muito descontraído. Uh-huh. Bom diiiiiiaaaaa. Deve ter sido cá uma festa para ter apagado assim.

    Não soou tão cômico quanto eu esperava.

    A gente se conhece? ela perguntou, sua voz parecia ensonada como se estivesse meio adormecida. Ela abriu e fechou a boca para produzir saliva. Onde estamos?

    Ok, isso é bom.’ Eu refleti para mim mesmo. ‘Graças a Deus você não está gritando comigo.’

    Eu esperava que você pudesse me dizer, eu disse enquanto sutilmente saía de debaixo dela. Isso vai soar como uma pergunta estranha, mas você sabe meu nome?

    Não. Ela pensou um pouco mais, bocejando e esticando os braços, então perguntou: Qual é a última coisa de que você se lembra?

    Eu— A minha memória estava em branco como aqueles momentos em que você ouve uma música e não consegues lembrar da letra nem do cantor. Eu esforcei-me para lembrar da minha última memória e sentia que estava quase ao meu alcance. Eu estava em um... eu acho... em cima de um cavalo ou algo assim... não, um cavalo não... eu disse, subitamente animado por me lembrar de algo. Antes disso, eu... me dê alguns segundos, eu acho que está vindo alguma coisa... Lembro-me de um tipo chamado Jenkins e nós... Eu... não consigo me lembrar de mais nada... É tudo tão confuso.

    Quem é Jenkins? Ela ergueu as sobrancelhas com ar confuso. Seu mordomo?

    Não sei. Ele era um motorista...? Eu acho, eu disse com incerteza. Não é um motorista, mas lembro-me dele me oferecer uma bebida.

    Parece que ele não deveria estar a beber e a dirigir.

    Não-não-não... Eu disse sacudindo o meu dedo e de repente uma voz ecoou em minha mente.

    Desculpe, não pude ajudar. Vou te dizer uma coisa... vou te pagar uma cervejola fresquinha por minha conta!’

    Tenha cuidado!’ Eu ouvi minha voz gritar.

    Ai! Uma dor aguda me atingiu na cabeça.

    Você está bem?

    Sim, eu disse, massageando as minhas fontes, tentando afastar a dor. Ele não estava bebendo nem dirigindo. Eu acho que ele queria me consolar porque não conseguia encontrar o homem dos meus sonhos.

    Hmm, bem, por que você não liga a ele e juntos vamos ajudar-te a encontrar este homem lindo.

    O que?! Ei, eu não sou gay, eu corei. Eu não tenho nada contra pessoas gays mas gosto de mulheres, sabe. Especialmente mulheres nuas... Eu parei, sentindo-me desconfortável. Olhei a minha volta e percebi que estávamos ambos nus. Por que você está falando sobre pessoas nuas?

    Eu não estava, a voz dela assumiu um tom brincalhão. Mas parece fascinante. Você quer falar sobre isso?

    Não! Sinto-me corando. Eu quero fazer o oposto!

    Oh meu Deus.’ Eu olhei para ela em pânico e senti minhas narinas dilatarem. Quero apagar esses poucos segundos e começar de novo.

    Puxa vida, ela sussurrou provocativamente. Não me diga que as minhas irmãs estão a te deixar nervoso? Ela apontou para os seios.

    Por acaso estão sim. Eu desviei meu olhar. Você não tem vergonha na cara?

    Deixe-me pensar sobre isso... Eu olhei para trás e vi sua testa enrugada. Não, acho que não tenho vergonha alguma.

    Eu automaticamente cobri as meus partes privadas com ambas as mãos, procurando por algo para vestir, mas não encontrei nada. A cama

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