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Políticas de Formação de Professores: Questões Legais e Curriculares
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Políticas de Formação de Professores: Questões Legais e Curriculares
E-book183 páginas2 horas

Políticas de Formação de Professores: Questões Legais e Curriculares

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Políticas de formação de professores: questões legais e curriculares representa uma publicação plena de consistência epistemológica que foi tecida na coerente e duradoura trajetória docente da autora, bem como nas vivenciais imersões que ela tem realizado no campo da educação, peculiarmente a brasileira, além de consistentes reflexões teóricas das quais emergem situadas pesquisas e estas têm ampliado entendimentos e perspectivas, a exemplo das concepções circunscritas a legislação educacional, novas diretrizes curriculares, base nacional comum, currículo e formação de professores. Portanto, tais entendimentos também evidenciam notórias possibilidades no sentido de correlacionar as categorias fundantes do desafiador arcabouço da formação de professores com a iniciativa de propor, neste livro, um novo olhar acerca da gestão. Trata-se de produção intelectual da autora em que se encontra delineada, com clareza textual e rigor metodológico, uma série de propósitos voltados para a educação referenciada e de qualidade social. Destaca-se que a professora e pesquisadora Marilde Queiroz Guedes demonstra sagacidade na apreciação dos textos normativos e na depuração de conceitos extraídos do pensamento de notórios estudiosos que, há muito tempo, dedicam-se à pesquisa educacional de fôlego em distintas abordagens. Ao reunir um conjunto de situações favorecedoras do estudo a ser compartilhado neste livro, a autora também revela novas capacidades para auscultar o movimento real dos distanciamentos e das aproximações envolvendo determinadas realidades educacionais no Brasil e, graças aos estudos de pós-doutoramento, em Portugal. Nesta tessitura magistral, com empenho criativo e maturidade científica, emerge a indeclinável vigilância epistemológica da pesquisadora com a sinalização, para os leitores em geral, acerca dos caminhos por ela percorridos, para inspirar novas investigações, pois também explicita as referências cuidadosamente escolhidas e desvela a apreensão analítica das fontes, de maneira a sedimentar um pensamento crítico e uma generosidade ímpar para guiar, com as luzes da cientificidade, professores, pesquisadores e estudantes que se encontram alinhados à pesquisa sobre formação de professores, sem descuidar da busca permanente quanto a reorientar o processo educativo e ressignificar as práticas em prol de uma educação humanizadora.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de ago. de 2021
ISBN9786525005294
Políticas de Formação de Professores: Questões Legais e Curriculares

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    Políticas de Formação de Professores - Marilde Queiroz Guedes

    CAPÍTULO I

    FORMAÇÃO DE PROFESSORES:

    ABORDAGENS TEÓRICA E LEGAL, E POLÍTICAS CURRICULARES

    Políticas de formação ou de controle? A presença interrogante, desestruturante dos Outros/as educandos/as e dos Outros/as profissionais de educação vem levando não apenas a Outras concepções e políticas, diretrizes de formação, mas, sobretudo, a novos controles de formação. Novos controles da formação atrelada à definição de Bases Nacionais Comuns do que ensinar, do que aprender a ensinar, e à prática-política de Estado de avaliações nacionais Comuns.

    (ARROYO, 2015, p. 13)

    A formação de professores é um fenômeno que tem adquirido centralidade ao longo da história da educação. Apesar de não ser uma temática nova, está no centro das discussões acadêmicas, políticas e educacionais. É um campo fértil de investigação, porque ela é dinâmica, histórica, social; acompanha o movimento da sociedade; e, dessa forma, passa pelos dilemas da atualidade. Para Esteves (2015), é um tema complexo, polifacetado. Flores (2003, p. 127) esclarece que a formação, por se constituir como um processo, implica uma reflexão permanente sobre a natureza, os objetivos e as lógicas que presidem à sua concepção, organização e operacionalização.

    Nessa mesma lógica de pensamento, Garcia (1999, p. 112) corrobora: é um processo contínuo e organizado de aprender a ensinar. Sendo o ensino o campo de trabalho do professor, sua formação é, então, o processo por meio do qual ele aprende a ensinar e a compreender o seu fazer (ALMEIDA, 2012). Ao escrever esta obra, mais convicta estou de ter feito a escolha certa do objeto de investigação para estudo,

    considerando a necessidade da reflexão contínua e os desafios que são postos à formação de professores na atualidade.

    Na esteira das reformas educativas nacionais e, também, internacionais, a formação aparece no centro do discurso político hegemônico, por considerar o professor e sua formação os elementos-chave para a mudança na qualidade da educação. Como objeto de pesquisa, igual centralidade recebem esses temas em estudo e reflexão de vários autores (FLORES, 2003). Compreensivos, pois, esses estudos têm mostrado o papel social e político do professor na implementação das propostas pedagógicas e curriculares advindas das reformas educacionais. Reformas essas, coetâneas com as mudanças que vêm ocorrendo na sociedade, pois a educação não é estática. Ela é histórica, contextual, dinâmica e, portanto, acompanha a dinamicidade social.

    É inegável as transformações ocorridas na sociedade contemporânea, quer para mudanças efetivas, quer para arranjos provisórios, na utopia da mudança e na promessa, na maioria das vezes, incumprível (PACHECO, 2009). Dentro dessas transformações, há que se destacar o acelerado processo de globalização a partir da década de 1970 do século XX, atrelado ao sistema capitalista neoliberal. Esse processo tem imposto aos países, especialmente aos denominados periféricos, grandes e profundas mudanças (SGUISSARDI, 2009; BARROSO, 2005 BURBULES; TORRES, 2004) que atingem os contextos econômico, social, político e cultural.

    Os impactos trazidos pela globalização são de diferentes ordens, que vêm estimulando a "competição económica e a concorrência internacional, favorecendo os interesses económicos e comerciais dos países centrais [e] colocando em situação crítica países que, por não acederam à sociedade económica internacional, são relegados para a periferia do sistema" (MORGADO, 2011, p. 301, grifo do autor).

    A análise de Burbules e Torres (2004, p. 19) sobre a globalização e a relação com a educação, particularmente da maneira como está implementada pelos organismos bilaterais, multilaterais e internacionais, reflete-se em uma agenda educacional que privilegia, se não impõe de modo direto, certas políticas de avaliação, financiamento, padrões, formação de professores, currículo, instrução e testes. Diante desse imperativo, os autores fazem um apelo sobre a necessidade de mais estudos quanto às respostas que os Estados têm dado contra a introdução de mecanismos de mercado na regulação da educação

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