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A Mortificação do "Eu" na Velhice e Frente à Covid-19
A Mortificação do "Eu" na Velhice e Frente à Covid-19
A Mortificação do "Eu" na Velhice e Frente à Covid-19
E-book92 páginas2 horas

A Mortificação do "Eu" na Velhice e Frente à Covid-19

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Sobre este e-book

O livro A mortificação do "eu" na velhice e frente à Covid-19 faz uma reflexão sobre idosos institucionalizados, por meio do estágio de Psicologia na Instituição de Longa Permanência do Idoso (ILPI) na Casa Gerontológica de Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes (CGABEG), e, também, apresenta estudo teórico nessa lacuna. Pude perceber, com a vivência dos atendimentos psicológicos, que a condição interna psíquica desses idosos está, muitas vezes, associada às regras da instituição, aos sentimentos de abandono, à dificuldade em lidar com a sexualidade e proximidade da morte. Isso forma uma barreira entre idosos e o mundo externo que favorece a mortificação do eu. Pretende-se resgatar, por meio desta obra, a identidade do idoso e proporcionar melhora em sua qualidade de vida dentro da instituição, abordando a contribuição da Psicologia nesse contexto. Concentrar-se na temática do idoso institucionalizado e da família no processo de institucionalização do idoso dependente faz-nos refletir o quanto o envelhecimento ainda é obscuro e excluído de nossa sociedade. Refletiremos, também, sobre os impactos à saúde mental dos idosos devido à pandemia da Covid-19, ao isolamento social e ao medo aterrorizante de estar no grupo de risco. Sabemos bem que a velhice aproxima-nos do fim da vida, isso causa medo e, muitas vezes, nos faz morrer subjetivamente, influenciando em diversos aspectos, como nos biológico, psicológico e social. A Instituição de Longa Permanência reforça essa crença e colabora com a mortificação do eu subjetivo do idoso. Assim, ao juntarmos todos esses aspectos com os impactos à saúde mental destes devido ao isolamento social, ao fato de estarem em um grupo de risco mais suscetível à doença e à grande chance de morte, podemos afirmar que um caos propriamente dito está completo e que isso poderá trazer muitas consequências, as quais veremos neste livro.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de ago. de 2021
ISBN9786525013626
A Mortificação do "Eu" na Velhice e Frente à Covid-19

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    A Mortificação do "Eu" na Velhice e Frente à Covid-19 - Adriana da Silva Schiavone

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    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO MULTIDISCIPLINARIDADES EM SAÚDE E HUMANIDADES

    Dedico este livro a minha mãe, meu esposo, meus filhos e meus irmãos, que sempre me apoiaram e incentivaram para chegar até aqui. Aos meus familiares, meus professores da graduação, minhas supervisoras durante o estágio na CGABEG, à minha orientadora do trabalho de conclusão de curso e aos meus colegas de profissão, que sempre me ajudaram. E a todos que, de alguma forma, ajudaram-me a concluir esta etapa.

    Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.

    (Carl Jung)

    Apresentação

    Caro(a) leitor(a), neste livro você encontrará uma dinâmica de minha incrível experiência de campo em uma renomada instituição militar no Rio de Janeiro, a Casa Gerontológica de Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes. Foram feitas algumas observações, nas quais pude perceber alguns fatores psicológicos, físicos e sociais que me levaram ao interesse em atuar nessa lacuna, que fica entre a ausência dos familiares e a adaptação à sua nova casa na Instituição de Longa Permanência de Idosos (ILPI), que, mesmo com toda a assistência multiprofissional, ainda não consegue atender à demanda a qual eu trago à reflexão.

    Foi inquietando-me a partir de um olhar de dentro da instituição que, por meio da minha vivência, pude trazer propostas de mudanças, uma nova forma de lidar com o idoso institucionalizado para, justamente, quebrarmos o tabu de o idoso que vive em uma Instituição de Longa Permanência ser um idoso sem voz. Assim como o tabu de a instituição ser um lugar de morte: diria eu que é um lugar de vida e de possibilidades.

    Cuidar do outro nem sempre foi fácil (e não será), mas olharmos com empatia faz toda a diferença. A pior morte que um ser humano pode ter é a de sua alma, de sua voz, de suas vontades e de sua história.

    Nesta obra, trago reflexões a partir de literaturas nessa lacuna e da minha rotina dentro da instituição para que possamos pensar que sim, pode ser um lugar para nos divertirmos, por que não? Mas que, acima de tudo, é preciso ser um lugar de amor, pois, para além de nossas profissões, há vidas, há histórias, e aí, quando nos dermos conta dessa grande magnitude que é o idoso, eu alcançarei o meu objetivo: a esperança de dias melhores, com mais amor, por favor.

    Trago, também, reflexões sobre os impactos emocionais que os idosos, parte do grupo de risco, sofrem com a pandemia da Covid-19, em meio ao isolamento social. Eles foram afastados de seus familiares, de suas rotinas e obrigados a se isolarem daqueles que tinham contato. Enquanto uma geração na qual a sua maioria conseguiu se virar por meio da internet e de telefones, outra geração, mais antiga, sentiu dificuldade em se adaptar a essa modalidade, sentindo-se cada vez mais isolada, causando os maiores quadros de depressão da história.

    Se você busca um relato de uma vivência dentro de uma Instituição de Longa Permanência Militar, sobre as atividades, a realidade nua e crua e os aspectos emocionais dos idosos devido à Covid-19, você está no lugar certo. Essas reflexões e muito mais você encontrará neste livro. Desejo-lhe, então, uma excelente leitura.

    Resumo

    Pretende-se avaliar e refletir sobre o serviço prestado pela Psicologia em Instituição de Longa Permanência de Idosos, assim como sobre a sua contribuição na melhora da qualidade de vida do idoso institucionalizado. Almeja-se trazer, também, a reflexão acerca do processo de institucionalização, desconstruindo o estigma negativo que

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