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Evangelho de Nicodemos (Atos de Pilatos): Descida de Cristo ao Inferno
Evangelho de Nicodemos (Atos de Pilatos): Descida de Cristo ao Inferno
Evangelho de Nicodemos (Atos de Pilatos): Descida de Cristo ao Inferno
E-book97 páginas58 minutos

Evangelho de Nicodemos (Atos de Pilatos): Descida de Cristo ao Inferno

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Sobre este e-book

O texto conhecido como Evangelho de Nicodemos ou Atos de Pilatos, complementado por uma parte chamada Descida de Cristo ao inferno, foi escrito em meados do século V e transita num gênero literário híbrido, combinando evangelho, atos e apocalipse. Foi criado a partir da liberdade imaginativa dos autores cristãos e de textos já consagrados, apontando a transição de um cristianismo primitivo para um cristianismo medieval de cunho popular. Na primeira parte, temos o testemunho de Ananias, o qual afirma que seu texto grego é tradução de um original hebraico pertencente a Pilatos, onde estão relatados os últimos acontecimentos da vida de Jesus, na perspectiva de Nicodemos, o líder fariseu. A segunda parte mostra, do ponto de vista daqueles que estavam no Inferno, o que sucedeu após a morte de Jesus e antes de sua ressurreição, sendo considerado um texto visionário apocalíptico, que coloca Cristo no centro do evento salvífico universal.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de jan. de 2022
ISBN9786555624366
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    Pré-visualização do livro

    Evangelho de Nicodemos (Atos de Pilatos) - Marcelo da Silva Carneiro

    Sumário

    Capa

    Folha de rosto

    Aspectos introdutórios

    1. Apresentação da obra

    2. Quando foi escrita

    3. Quem escreveu

    4. Por que a escreveu

    5. Uma síntese do texto

    6. Comparando EvNic com os Evangelhos canônicos

    Parte I

    Evangelho de Nicodemos

    Evangelho de Nicodemos (Atos de Pilatos)

    Prólogo

    Capítulo I – Jesus é levado até Pilatos

    Capítulo II – O julgamento começa

    Capítulo III – O diálogo entre Pilatos e Jesus

    Capítulo IV – Jesus é novamente confrontado

    Capítulo V – O discurso de Nicodemos

    Capítulo VI – O testemunho de cura do paralítico

    Capítulo VII – Berenice dá seu testemunho

    Capítulo VIII – O povo clama a respeito de Jesus

    Capítulo IX – A condenação de Jesus

    Capítulo X – A crucificação de Jesus

    Capítulo XI – A morte de Jesus

    Capítulo XII – A prisão de José de Arimateia

    Capítulo XIII – Os depoimentos dos guardasdo túmulo

    Capítulo XIV – O testemunho de Fineas, Adas e do levita Ageu

    Capítulo XV – José de Arimateia dá seu testemunho

    Capítulo XVI – Reunião do Conselho e envio de representantes à Galileia

    Parte II

    Descida de Cristo ao Inferno

    Capítulo I (XVII) – Os filhos de Simão chegam a Jerusalém

    Capítulo II (XVIII) – Testemunhas de Cristo no Inferno

    Capítulo III (XIX) – Testemunho de Set, filho de Adão

    Capítulo IV (XX) – Diálogo entre Satã e o Inferno

    Capítulo V (XXI) – Chegada de Cristo ao Inferno

    Capítulo VI (XXII) – O clamor do Inferno e a prisão de Satanás

    Capítulo VII (XXIII) – Declaração do Inferno a Satanás

    Capítulo VIII (XXIV) – Chegada dos libertosdo Inferno à porta do Paraíso

    Capítulo IX (XXV) – As duas testemunhas no Paraíso

    Capítulo X (XXVI) – Testemunho do ladrão da cruz. Fim da narrativa

    Material consultado e referências

    Sugestão de leituras

    Coleção

    Ficha catalográfica

    Landmarks

    Cover

    Title Page

    Introduction

    Chapter

    Chapter

    Bibliography

    Copyright Page

    Aspectos introdutórios

    1. Apresentação da obra

    O texto conhecido como Evangelho de Nicodemos (EvNic) também é chamado de Atos de Pilatos. Isso tem relação direta com seu conteúdo e a história do texto. Na narrativa, temos o julgamento de Jesus, sua execução, morte e ressurreição, a partir do testemunho de um homem denominado Ananias, protetor, de hierarquia pretoriana, perito em leis (EvNic, Prólogo), que se converteu à fé cristã e recebeu o batismo. Esse Ananias afirma que seu texto grego é uma tradução de um original hebraico, encontrado entre as coisas de Pilatos, onde estão relatados os últimos acontecimentos de Jesus, na perspectiva de Nicodemos, o líder fariseu. A maior parte do relato mostra o interrogatório de Jesus por Pilatos e a interação deste com os judeus até a condenação. Uma segunda parte, denominada Descida de Cristo ao Inferno (DescInf), parece ser continuação direta, pois inicia de onde parou a obra anterior, citando José de Arimateia. Considerando os títulos e o conteúdo, podemos pensar que esta obra dupla transita num gênero literário híbrido, que combina evangelho, atos e apocalipse. Essa combinação não deve nos surpreender, pois se trata da liberdade imaginativa dos autores cristãos, a partir de textos já consagrados e canonizados.

    A obra narra esses episódios sem recorrer a quaisquer elementos gnósticos, encratistas ou montanistas, ou seja, com uma linguagem bastante próxima da que se convencionou considerar ortodoxa. Na primeira parte, o Evangelho de Nicodemos, a preocupação está em mostrar aspectos que não são abordados pelos Evangelhos, a maior parte deles de caráter legendário. A narrativa passa por uma releitura dos Evangelhos canônicos, com larga relação de intertextualidade, bem como inserções da tradição que não foram inseridas neles. Há também uma indagação da parte das autoridades quanto à concepção de Jesus, se houve fornicação ou não por parte de sua mãe. Questões que certamente rondaram o imaginário popular, nos séculos seguintes às primeiras pregações sobre a concepção virginal de Jesus. Negativamente, tem um caráter antijudaico bastante forte, amenizando a responsabilidade de Pilatos na morte de Jesus. Em três momentos, os líderes afirmam: Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos (EvNic IV,1; IX,4; XII,1), relembrando a memória da narrativa do Evangelho de Mateus 27,24-25. O reforço desse tema merece atenção, tendo em vista o contexto geral da relação dos cristãos e judeus no séc. 5. Além disso, Pilatos reforça, o tempo todo, que não vê nada que condene Jesus. A insistência na condenação é dos líderes judeus e do povo, na conhecida cena da escolha entre Jesus e Barrabás, aqui bastante ampliada. Isso parece indicar um aceno positivo para as autoridades romanas, no período pós-Constantino.

    Já na segunda parte, sobre a descida ao Inferno, a questão mais importante nessa narrativa é mostrar, do ponto de vista daqueles que estavam no Inferno, o que sucedeu após a morte de Jesus e

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