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Comunidade terapêutica: um ministério com casais na igreja
Comunidade terapêutica: um ministério com casais na igreja
Comunidade terapêutica: um ministério com casais na igreja
E-book183 páginas2 horas

Comunidade terapêutica: um ministério com casais na igreja

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Sobre este e-book

Neste livro trataremos, a partir da Bíblia e da psicologia, sobre a importância de um ministério para casais e famílias na igreja. Desde o início da história da humanidade, pelo registro das Escrituras (Bíblia), os conflitos familiares sempre existiram. A igreja como comunidade terapêutica, com seu ambiente e atividades, torna-se essencial no processo de cura de muitos problemas sociais e psicológicos de muitas famílias. Atividades tais como o aconselhamento pastoral familiar e a terapia familiar em grupo poderão ser uma excelente forma de tratamento, a partir de uma abordagem sistêmica, considerando que a família é um sistema complexo, sendo que todos os membros dessa família devem ser tratados, visto que sofrem as consequências do contexto e dos demais indivíduos constituintes desse sistema social. Propomos a possibilidade de um projeto para atender as famílias a partir de reuniões semanais intencionais para a formação de grupos de casais, através de vários temas a serem tratados semanalmente. Daremos as orientações de como se organiza e como funciona um ministério de famílias ou de casais em uma igreja. Colocaremos em prática o projeto através de reflexões, tarefas semanais para os casais, dinâmicas e metodologias para as reuniões, visando a organização de um ministério com casais. Além disso, nos anexos, apresentamos uma pesquisa bíblica sobre famílias no Antigo Testamento e formulários para a organização do projeto.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de fev. de 2022
ISBN9786525219783
Comunidade terapêutica: um ministério com casais na igreja

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    Comunidade terapêutica - João Coimbra

    capaExpedienteRostoCréditos

    SUMÁRIO

    Capa

    Folha de Rosto

    Créditos

    INÍCIO DE CONVERSA

    CAPITULO 1. A BÍBLIA E A FAMÍLIA

    A FAMÍLIA PATRIARCAL

    A FAMÍLIA NA SOCIEDADE DE HOJE

    A IGREJA E OS DESAFIOS DA FAMÍLIA

    CAPÍTULO 2. IGREJA COMO COMUNIDADE TERAPÊUTICA

    A FAMÍLIA NA PÓS-MODERNIDADE

    A COMUNIDADE TERAPÊUTICA RELIGIOSA

    CAPÍTULO 3. ACONSELHAMENTO PASTORAL FAMILIAR

    A FAMÍLIA MODERNA

    IGREJA, FAMÍLIA E ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO

    CAPÍTULO 4. UM PROJETO PARA A FAMÍLIA

    CAPITULO 5. LARES DE PAZ

    ANEXOS

    BIBLIOGRAFIA

    OUTRAS OBRAS

    Landmarks

    Capa

    Folha de Rosto

    Página de Créditos

    Sumário

    Bibliografia

    INÍCIO DE CONVERSA

    Queremos começar falando de nós mesmos, João e Deise. Nós nos conhecemos em 1991, casamos três anos depois, 26 de novembro de 1994, desta união Deus nos presenteou com um casal de filhos, o Jonathan e a Sophia.

    Preparamo-nos para trabalhar com casais e com famílias. Deise fez graduação em Psicologia e Teologia, depois se especializou em Psicanálise; Aconselhamento e Psicologia Pastoral; e, Psicologia do Transito. Eu, João, me graduei em Teologia, depois fiz mestrado também em Teologia; Pós-Graduação em Gestão e Docência do Ensino superior; e, Terapia Familiar.

    Sempre acreditamos na família, assumimos a tarefa de transmitir uma fé genuína ao nosso filho e à nossa filha. Particularmente, assumimos a responsabilidade de ensinar uma fé firme e sã. Não desejamos para nossos filhos e netos, uma vida fracassada espiritualmente, muito menos uma vida familiar desestruturada, portanto, tornou-se indispensável, uma base familiar para cumprirmos essa missão, edificar nossa própria casa. Não estamos dizendo que somos perfeitos, pelo contrário, com muitos erros e acertos, ajustes, perdão e muita paciência é que estamos formando a base de nosso crescimento e aperfeiçoamento familiar.

    Quando falamos de uma base, queremos dizer da fé cristã. A salvação da família é nossa meta. Temos como missão a educação da fé. Aquela fé que vem pelo ouvir a pregação da palavra de Deus, palavra que edifica e conduz à salvação. Porém, para que se possa transmitir fé, é necessário gastar tempo com os filhos. Essa base bíblica, que nos faz acreditar na promessa de Deus para a nossa família (Salmo 103.17,18; Atos 2.38; 16.31) nos dará condição de alicerçar valores inabaláveis de uma família cristã.

    Precisamos de um ministério com famílias ou com casais, primeiro, entendendo por discernimento espiritual, revelação de Deus, de que a família está em grande perigo hoje, aliás, sempre esteve, atualmente, porém, a guerra é mais declarada. Entendemos que há uma guerra contra a família. E por entender que a única forma eficiente de preservar a família é seguindo o padrão estabelecido por Deus segundo as Escrituras. Finalmente, por entender que temos a missão de salvar, pelo menos, nossa própria família, seguindo o exemplo de Noé, de Abraão, e obedecendo a ordem de Jesus Cristo, nosso Senhor, que nos disse para fazermos discípulos, inclusive, os de nossa própria casa.

    Neste livro trataremos, a partir da Bíblia e da psicologia, sobre a importância de termos um ministério organizado na igreja¹ para a família. Falaremos de forma bíblica sobre a família e o contexto da igreja e vice versa. Sabemos que os problemas são sempre os mesmos, mudam-se as personagens. Desde o início da história da humanidade, pelo registro nas Escrituras (Bíblia), em Gênesis, os conflitos familiares sempre existiram. Será visto a igreja como comunidade terapêutica, mesmo que haja muitos lugares para tratar a família, o ambiente da igreja, com suas atividades, torna-se essencial no processo de cura de muitos problemas sociais, mentais e psicológicos de muitas famílias. Ainda será visto a importância do aconselhamento pastoral familiar e sua organização na igreja. A partir de um programa com casais, podendo famílias inteiras serem assistidas pelo ministério pastoral, especialmente, pelo aconselhamento pastoral familiar. Trataremos da terapia familiar a partir de uma abordagem sistêmica, considerando que a família é um sistema complexo, sendo que todos os membros dessa família devem ser tratados, visto que sofrem as consequências do contexto e dos demais indivíduos constituintes desse sistema social. Propomos a possibilidade de um projeto para atender as famílias a partir de reuniões semanais intencionais para a formação de grupos de casais, através de vários temas a serem tratados semanalmente com os casais. Daremos as orientações de como se organiza e como funciona um ministério de famílias ou de casais, em uma igreja, a partir de um grupo pequeno. Colocaremos em prática o projeto através de reflexões, tarefas semanais para os casais, dinâmicas e metodológicas para as reuniões, visando a organização de um ministério com casais. Além disso, nos anexos apresentamos uma pesquisa bíblica sobre famílias no Antigo Testamento; e formulários para a organização do projeto.

    Deus abençoe nossas famílias.

    Obs. Orientação para o início do Curso Comunidade Terapêutica. Esta primeira etapa pode ser feita em cinco reuniões (ou tempos), com a seguinte estrutura:

    1) Início de Conversa

    Previamente prepare com a liderança, um delicioso lance, comece com o lanche. (2) Dê boas vindas e uma apresentação do curso com paixão e entusiasmo. Faça uma oração com os casais estabelecendo um compromisso de dedicação, empenho em ir até o fim do curso, cumprindo com todas as tarefas com excelência. (3) Distribua um papel para cada casal e peça para que escrevam a sua apresentação pessoal seguindo o seguinte roteiro: Quem sou eu? Por que estou aqui? Quais são minhas expectativas para este curso? (4) Finalmente, peça para dois casais compartilharem o que escreveram e assim se apresentarem para todo o grupo, usando apenas 3 minutos cada casal.

    Em seguida faça a leitura do texto Início de Conversa, faça os comentários e estabeleça propósitos.

    2) A Bíblia e a Família;

    3) Igreja Como Comunidade Terapêutica;

    4) Aconselhamento Pastoral Familiar;

    5) Um Projeto Para a Família;

    Cada reunião segue a mesma estrutura: lance, estudo, oração.


    1 Usa-se igreja com i para referir-se à uma comunidade local e Igreja com I quando se refere ao corpo espiritual de Cristo, a comunidade dos seguidores de Cristo, em todos os tempos e em todos os lugares.

    CAPITULO 1. A BÍBLIA E A FAMÍLIA²

    O assunto família nunca foi tão comentado como em nossos dias. Muitos estão preocupados, pois a família passa por uma grande crise, seus valores estão sendo destruídos. A família tem sido atingida severamente por todo tipo de problemas, próprios da sociedade contemporânea, tais como: divórcios, economia excludente, valores fundamentais desprezados, mudança nos conceitos e valores humanos.

    A família em sua história tem um contexto muito amplo e diverso, principalmente quando se fala de seu valor. Desde o contexto bíblico da história familiar dos patriarcas até o atual modo de vida pós-moderno de nossos dias, os problemas parecem ser os mesmos. Todavia, mesmo que as famílias patriarcais tenham sofrido problemas diversos, não deixaram de ser escolhidas e amadas por Deus, da mesma forma, nós passamos pelos mesmos problemas e também poderemos ser famílias abençoadas.

    Há uma diversidade de modelos de famílias na sociedade atualmente, por exemplo: família nuclear; monoparental; de mães ou de pais sozinhos, etc. E neste contexto, a Igreja tem uma missão na comunidade familiar, de promover um apoio integral à família. A igreja está inserida no contexto moderno ou de pós-modernidade com muitas inovações, ainda que não defenda muitas destas inovações e condutas, seu papel é fundamental em tempo de crises, é uma resposta aos dilemas da atualidade. Por exemplo: perda e morte; sexualidade e casamento; etc. São conflitos que levam casamentos a divórcios, pessoas a suicídios, depressão e vários outros problemas psicológicos, educacionais, patológicos, que geralmente são diagnosticados em clinicas e consultórios. Há, porém, muitos outros problemas que devem ser analisados e trabalhados como ação preventiva. Esses dilemas familiares não são exclusivos de nossa geração, desde os primórdios da história bíblica se vê os mesmos problemas, como veremos a seguir.

    A FAMÍLIA PATRIARCAL

    As histórias encontradas na Bíblia (especialmente no Antigo Testamento) são narradas por um povo chamado Israel, com uma cultura, costumes e vivências muito diferentes de outras culturas e tempos. No entanto, apesar dessas histórias estarem tão distantes, apresentam certas semelhanças com as famílias de hoje.

    A Bíblia informa a existência de diversos casos de famílias que sofreram problemas sérios mesmo sendo um povo escolhido por Deus. Ser religioso não nos isenta de sofrermos problemas familiares. Foram de fato, famílias escolhidas por Deus, para uma missão especial na história do povo de Israel, porém, não foram famílias perfeitas, como destaca Coeman.

    Durante todo o período bíblico, a família sempre foi muito valorizada, e a própria sobrevivência da nação de Israel, bem como seu triunfo como povo, dependeu em grande parte, dela. Para a maioria das pessoas, o cenário mais natural é o familiar, com pai, mãe e filhos... Não queremos dizer com isso que os lares dos israelitas fossem todos perfeitos, não. A Bíblia mostra que havia ali os mesmos problemas, mas de conflitos e maus tratos que, ao que parece, ocorrem em todas as culturas. Vemos ali poligamia, oposição entre pais e filhos, e rivalidade entre irmãos, que naquela sociedade atingiu o pior estágio (COEMAN, 1991, p. 30).

    Para exemplificar, uma família patriarcal escolhida e separada, que apresenta um fato ainda muito presente hoje, o sonho da maternidade e da paternidade. Sara não podendo realizar esse sonho, toma Agar, que é uma serva egípcia e a dá a Abraão, seu esposo, como uma mãe de aluguel. Disse Sarai a Abraão: Eis que o Senhor me impediu de dar à luz filhos. Tome, pois, a minha serva; talvez assim eu possa ter filhos por meio dela. E Abrão concordou com o plano de Sarai³ (Gênesis 16.2). Ele tem relações sexuais com ela e concebem um filho: Ismael.

    Sara que já tinha problemas de inferioridade, por não gerar filhos, agora, tem problemas com a sua serva, que é a mãe do primeiro filho de Abraão. Sara não gosta do comportamento do filho de Agar, Ismael, para com o seu filho⁴, Isaque, e como primeira esposa, tinha o direito de tomar decisões. Ela, se sentindo ameaçada, magoada e sem saber resolver um conflito com a criança pede a Abraão que rejeite Agar e seu filho e mande-os embora. Agar se torna uma mãe solteira, rejeitada pelo próprio esposo, pai de seu filho e passa a criá-lo sozinha. Ressaltando que no contexto em que ela se encontra não seria simples criar uma criança sozinha, apesar de ser uma escrava livre, ela estava sem trabalho, sem comida, sem água e casa, sem esperança, somente um deserto cheio de surpresas.

    O que seria dessa mulher em pleno deserto? A história de Agar se repete hoje na vida de muitas mulheres, ou seja, mulheres com filhos, mas sem marido. Mulheres como Agar, que ficam em frente aos seus problemas, sozinhas em seus desertos de desespero, só lhes resta levantar a voz e chorar.

    "Isaque cresceu e foi desmamado. Nesse dia em que Isaque foi desmamado, Abraão deu um grande banquete. Sara viu que o filho de Agar, a egípcia, teve com Abraão estava zombando de Isaque. Então Sara disse a Abraão: Manda embora essa escrava e o filho dela, porque o filho dessa escrava não será herdeiro com o meu filho Isaque. Abraão ficou muito incomodado com isso, por causa de seu filho... Na manhã seguinte, Abraão levantou-se de madrugada, pegou pão e um odre

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