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Série Fé Reformada - volume 1
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Série Fé Reformada - volume 1
E-book191 páginas4 horas

Série Fé Reformada - volume 1

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Sobre este e-book

A Série Fé Reformada apresenta aos leitores as distinções da Teologia Reformada. Teologia Reformada para o gasto.

Este volume responde cinco questões: O que é um calvinista de verdade? O que é uma Igreja Reformada? Por que batizamos nossos filhos? O que é governo da Igreja? O que é música para o culto? Teologia Reformada para o gasto.

No capítulo 1, Philip Ryken apresenta as características essenciais e que devem ser evidentes na vida daqueles que aderem às doutrinas do Calvinismo. No capítulo 2, Stephen Smallman faz uma introdução à visão reformada das Escrituras, da soberania divina, do pacto da graça, da lei de Deus, da igreja e do reino de Deus. Em seguida, Bryan Chapell responde de modo bíblico e pastoral, simples e acessível o porquê de batizarmos nossos filhos e mostra aos pastores como administrar o sacramento de maneira significativa e útil para suas igrejas. No capítulo 4, Sean Michael Lucas faz uma introdução básica sobre o governo da igreja presbiteriana, que é útil para novos membros ou classes de treinamento de oficiais, bem como para aqueles que estão investigando o presbiterianismo pela primeira vez. O último capítulo trata da música para o culto. Muito do debate em torno dos estilos diferentes de adoração está centrado nas preferências musicais das pessoas. Paul Jones, respeitado autor sobre música e adoração na igreja, dá um passo atrás e faz a pergunta: Para que serve a música? Olhando para as fontes bíblicas e históricas, ele constrói uma estrutura para nos ajudar a entender para onde devemos direcionar nossas energias e atenção - e como aumentar o valor de nosso canto de adoração.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de nov. de 2021
ISBN9786559890385
Série Fé Reformada - volume 1

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    Série Fé Reformada - volume 1 - Philip Graham Ryken

    Série Fé Reformada – vol. 1, vários autores © 2015 Editora Cultura Cristã. What is church government? © 2009 by Sean Michael Lucas, What is worship music? © 2010 by Paul Steven Jones, What is true Calvinist? © 2003 by Philip Graham Ryken, What is reformed church? © 2003 by Stephen E. Smallman, Why do we baptize infants? © 2006 by Bryan Chapell . Todos os direitos são reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, estocada para recuperação posterior ou transmitida de qualquer forma ou meio que seja – eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou de outro modo – exceto breves citações para fins de resenha ou comentário, sem o prévio consentimento de P&R Publishing Company, P.O.Box 817, Phillipsburg, New Jersey 08865-0817.

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    A posição doutrinária da Igreja Presbiteriana do Brasil é expressa em seus símbolos de fé, que apresentam o modo Reformado e Presbiteriano de compreender a Escritura. São esses símbolos a Confissão de Fé de Westminster e seus catecismos, o Maior e o Breve. Como Editora oficial de uma denominação confessional, cuidamos para que as obras publicadas espelhem sempre essa posição. Existe a possibilidade, porém, de autores, às vezes, mencionarem ou mesmo defenderem aspectos que refletem a sua própria opinião, sem que o fato de sua publicação por esta Editora represente endosso integral, pela denominação e pela Editora, de todos os pontos de vista apresentados. A posição da denominação sobre pontos específicos porventura em debate poderá ser encontrada nos mencionados símbolos de fé.

    Rua Miguel Teles Júnior, 394 – CEP 01540-040 – São Paulo – SP

    Fones: 0800-0141963 / (11) 3207-7099

    www.editoraculturacrista.com.br – cep@cep.org.br

    Superintendente: Haveraldo Ferreira Vargas

    Editor: Cláudio Antônio Batista Marra

    Sumário

    Capa

    Folha de rosto

    Expediente

    Série Fé Reformada - Volume 1

    O que é um calvinista de verdade?

    O que é uma Igreja Reformada?

    Por que batizamos nossos filhos?

    O que é governo da Igreja?

    O que é música para o culto?

    Série Fé Reformada

    Volume 1

    O que é um calvinista de verdade?

    Philip Graham Ryken

    O que é um calvinista de verdade?

    Sinclair B. Ferguson é pastor da Tron Church de Saint George, em Glasgow, na Escócia, e também professor de Teologia Sistemática no Westminster Theological Seminary, na Filadélfia. Seus alunos se lembram bem de como ele começava seu curso sobre o Espírito Santo: O objetivo da teologia é a adoração de Deus. A maneira de se fazer teologia é de joelhos. O método da teologia é o arrependimento.

    Este é um bom conjunto de diretrizes a serem lembrados, porque muitos dos que descobriram a beleza da Teologia Reformada são tudo, menos propriamente belos. As pessoas algumas vezes falam dos RVs, ou seja, aqueles que são Reformados de Verdade. Mas o que este termo traz à mente geralmente não é algo muito agradável (algumas pessoas têm instintivamente a mesma reação quanto ao termo calvinista). Os Reformados de Verdade são considerados pessoas com a mente fechada, com uma visão limitada das coisas e atitude nada gentil para com aqueles que discordam deles. Eles têm uma má reputação que, infelizmente, em alguns casos, é bem merecida.

    Há uma linha militante no calvinismo que, sempre que as doutrinas da graça¹ (mais precisamente identificadas como Depravação Total, a Eleição Incondicional, Redenção Particular, a Graça Irresistível e a Perseverança dos Santos) são separadas da vida cristã piedosa, deixa algumas pessoas irritadas. Alguns cristãos que se identificam como calvinistas parecem estar em um estado perpétuo de descontentamento com os seus pastores, e muitas vezes acabam fazendo sugestões inconvenientes para que melhorem como pessoas. Outros parecem excessivamente preocupados com a conversão de pessoas para a sua denominação eclesiástica. Outros memorizaram os Cinco Pontos do Calvinismo (Depravação Total, Eleição Incondicional, Expiação Limitada, Graça Irresistível e a Perseverança dos Santos), mas de alguma forma fica faltando a essência do evangelho. Assim, temos compaixão pelo homem que escreveu: Nada vai amortecer uma igreja ou colocar um jovem para fora do ministério mais do que uma adesão ao calvinismo. Nada vai fomentar o orgulho e a indiferença como um carinho pelo calvinismo. Nada irá destruir a santidade e a espiritualidade como uma adesão ao calvinismo... As doutrinas do calvinismo irão enfraquecer e matar qualquer coisa: oração, fé, zelo, santidade.²

    Isso não deveria ser assim. Na verdade, não deve ser assim, desde que o calvinismo seja corretamente compreendido. As doutrinas da graça ajudam a preservar tudo o que é certo e bom na vida cristã: humildade, santidade e gratidão, com uma paixão pela oração e o evangelismo. O verdadeiro calvinista deveria ser o cristão mais excelente – não de mente fechada e cruel, mas fundamentado na graça de Deus e, portanto, generoso de espírito. Para isso, este texto é uma introdução prática à espiritualidade reformada. Vamos explicar o que as doutrinas da graça significam para o crescimento pessoal em santidade, buscando responder à pergunta: Como deveria ser um calvinista de verdade?

    Uma mente centrada em Deus

    O calvinismo traz muitas mudanças para uma pessoa como um todo, mas vamos começar com a mente, porque este é o lugar por onde as Escrituras também começam: Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente (Rm 12.2a). Enquanto que o calvinismo é muito mais que uma forma de pensar, ele, contudo, começa com a mente, que é iluminada pela verdade do evangelho.

    O que está mais presente na mente calvinista é a glória de Deus. O antigo teólogo de Princeton, B. B. Warfield, uma vez afirmou, O evangelicalismo se levanta ou cai com o calvinismo (isto é, o evangelho da graça se levanta ou cai com as doutrinas da graça). O que, na realidade, Warfield quis dizer com calvinismo foi aquela visão da majestade de Deus que permeia a vida como um todo e todas as experiências que temos. Ou, para citá-lo de forma mais completa, calvinismo é

    ... uma compreensão profunda de Deus e sua majestade, que é inevitavelmente acompanhada por uma percepção pungente, da relação com Deus mantida por tal criatura, a pecaminosa, em particular. O calvinista é um homem que viu a Deus, e que, ao vê-lo em sua glória, é cheio, por um lado, com o senso de sua própria falta de dignidade de estar diante de Deus como criatura, quanto mais como um pecador que é, e por outro lado, com uma admiração em forma de adoração que, no entanto, este Deus é um Deus que recebe pecadores. Quem acredita em Deus sem reservas e está determinado que Deus será Deus para si em todo seu pensar, sentir e desejar - ou seja, em todas as áreas de sua vida, intelectual, moral e espiritual – bem como em todas as suas relações sociais e religiosas, é, portanto um calvinista.³

    Se o verdadeiro calvinista é um pecador que recebeu a graça de Deus e procura viver para a glória de Deus, então o profeta Isaías é o exemplo perfeito. Em The Practical Implications of Calvinism, Al Martin afirma que Isaías 6 é o relato histórico de como Deus faz um calvinista.⁴ Para alguns isso pode parecer uma conexão de se admirar. Mas, se a essência do calvinismo é uma paixão para a glória de Deus, então dificilmente se poderia chegar a um exemplo melhor do que o profeta Isaías:

    No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o

    Senhor

    dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o

    Senhor

    dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. (Is 6.1-8)

    Essa visão, na qual Deus revelou a sua glória, majestade, santidade e graça, mudou completamente a vida e o ministério de Isaías. O profeta foi levado para o céu, onde tudo transmite uma sensação de transcendência de Deus. O céu é o lugar onde Deus é exaltado ao máximo. Há o seu manto que enche o templo e lá ele é cercado por serafins, literalmente os incandescentes, que, apesar da sua própria glória, humildemente desviam o seu olhar e cobrem os pés, a fim de proteger-se da grandiosa glória de Deus. Esses anjos oferecem um louvor, adoração a Deus na beleza da sua santidade. As vozes deles são como o som de um trovão, fazendo tremer os umbrais do templo celestial. Para aumentar a sensação de transcendência, o lugar todo é cheio de fumaça, rodeado de glória e mistério.

    Talvez o mais importante seja, na realidade, o que Deus está fazendo. Deus está sentado no seu trono real, reinando do lugar de suprema autoridade real sobre o céu e a terra. Como mais uma demonstração de sua autoridade divina, o próprio trono é exaltado, ou seja, é alto e elevado. O que Isaías viu, portanto, foi uma visão da soberania de Deus. O Deus entronizado no céu é o Deus que governa. De seu trono ele emite seus decretos reais, incluindo o seu decreto soberano de eleição e também executa seu plano de salvação, atraindo os pecadores para si, por sua graça eficaz e perseverante. Não é à toa que o trono de Deus é chamado trono da graça (Hb 4.16), pois toda a graça definida pelas doutrinas da graça flui de seu trono celeste.

    A visão de Isaías não é simplesmente um sonho do passado; é uma realidade presente. Até hoje, o Senhor da glória se assenta no centro do céu e recebe o louvor de incontáveis anjos. O livro do Apocalipse confirma isso, pois quando o apóstolo João visitou a sala do trono de Deus, ele viu a mesma coisa que Isaías tinha visto centenas de anos antes. Ele viu o Senhor exaltado no seu trono celestial e ele ouviu as seis criaturas que vivem ao redor do trono, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir (Ap 4.8). A única diferença é que, na visão de João, o Senhor que reina é explicitamente identificado como Cristo: Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto (Ap 5.6; cf. Hb 1.3). Não só é Cristo no meio do trono, mas o próprio trono está no centro do céu, cercado por homens e por anjos, que lhe oferecem louvor perpétuo.

    A forma que Deus faz um calvinista é trazendo uma pessoa para esta sala do trono, para que ela se curve diante de sua majestade suprema. Como um dia já se disse de um típico puritano, O Deus dele é o centro de toda sua vida. Deus é o centro, governando com poder soberano. O verdadeiro calvinista viu isso e, por isso, mantém Deus no centro de tudo o que faz. Deus é o centro de sua adoração, no verdadeiro culto a atenção é desviada das coisas terrenas e reverentemente fixada em Deus e em sua glória. Deus também é o centro do pensamento do verdadeiro calvinista. Seu objetivo é levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo (2Co10.5b), e para esse fim o seu raciocínio começa e termina com Deus. Sua visão da soberana majestade molda sua inteira forma de pensar, enchendo sua mente com pensamentos de Deus e sua glória e, dessa forma, o Deus da graça se torna o centro de toda a sua vida. O que o americano puritano John Winthrop experimentou depois de sua conversão é o testemunho de todo calvinista verdadeiro: Agora eu fiquei mais familiarizado com o Senhor Jesus Cristo... Quando eu ia para o exterior, ele ia comigo, quando voltava, ele voltava para casa comigo. Eu conversava com ele no caminho, ele se deitava comigo e geralmente eu acordava com ele e seu amor por mim era tão doce, que eu não desejava mais nada, a não ser ele no céu ou na terra.

    Um espírito penitente

    Embora o verdadeiro calvinismo comece com a mente, ele não para aí. Esse ponto precisa ser enfatizado, pois, embora

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