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Série Fé Reformada - volume 2
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E-book175 páginas1 hora

Série Fé Reformada - volume 2

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Sobre este e-book

A Série Fé Reformada apresenta aos leitores as distinções da Teologia Reformada. Teologia Reformada para o gasto.
O volume 2 responde quatro questões: Como glorificamos a Deus? O que é cosmovisão cristã? O que são dons espirituais? O que acontece após a morte?
Primeiro, John D. Hannah lembra que fomos criados para glorificar Deus. Numa época em que tantos buscam uma razão para viver, ele oferece uma compreensão concisa do desejo de Deus de restaurar sua natureza para nós, renovando nossa alma, para refletir sua glória em nossas palavras, ações, no estilo de vida. Em seguida, Philip Ryken revela a base de uma cosmovisão cristã e descreve como ela afeta a visão de Deus, da criação, da família, das artes e de outras questões. Deus dá aos crentes dons espirituais para servirem a outros na igreja e no mundo. Mas quais dons se aplicam a nós e como devem ser usados? No capítulo 3, Vern Poythress recorre à autoridade das Escrituras para obter respostas. Por fim, Richard Phillips expõe o ensino da Bíblia sobre a morte, o morrer e a vida após a morte para amenizar nossos medos sobre um tópico difícil.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de nov. de 2021
ISBN9786559890392
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    Pré-visualização do livro

    Série Fé Reformada - volume 2 - John D. Hannah

    Série Fé Reformada – vol. 2, vários autores © 2015 Editora Cultura Cristã. What is a christian worldview? © 2006 by Philip Graham Ryken, What are spiritual gifts? © 2010 by Vern S. Poythress, How do we glorify to God? © 2000 by John D. Hannah, What happens after death? © 2011, 2013 by Alliance of Confessing Evangelicals. Todos os direitos são reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, estocada para recuperação posterior ou transmitida de qualquer forma ou meio que seja – eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou de outro modo – exceto breves citações para fins de resenha ou comentário, sem o prévio consentimento de P&R Publishing Company, P.O.Box 817, Phillipsburg, New Jersey 08865-0817.

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    A posição doutrinária da Igreja Presbiteriana do Brasil é expressa em seus símbolos de fé, que apresentam o modo Reformado e Presbiteriano de compreender a Escritura. São esses símbolos a Confissão de Fé de Westminster e seus catecismos, o Maior e o Breve. Como Editora oficial de uma denominação confessional, cuidamos para que as obras publicadas espelhem sempre essa posição. Existe a possibilidade, porém, de autores, às vezes, mencionarem ou mesmo defenderem aspectos que refletem a sua própria opinião, sem que o fato de sua publicação por esta Editora represente endosso integral, pela denominação e pela Editora, de todos os pontos de vista apresentados. A posição da denominação sobre pontos específicos porventura em debate poderá ser encontrada nos mencionados símbolos de fé.

    Rua Miguel Teles Júnior, 394 – CEP 01540-040 – São Paulo – SP

    Fones: 0800-0141963 / (11) 3207-7099

    www.editoraculturacrista.com.br – cep@cep.org.br

    Superintendente: Haveraldo Ferreira Vargas

    Editor: Cláudio Antônio Batista Marra

    Sumário

    Capa

    Folha de rosto

    Expediente

    Como glorificamos a Deus

    O que é cosmovisão cristã?

    O que são dons espirituais?

    O que acontece após a morte

    Série Fé Reformada

    Volume 2

    Como glorificamos a Deus

    John D. Hannah

    Como glorificamos a Deus

    Uma perspectiva radical

    Há não muito tempo, eu estava em certa igreja para o começo do louvor. Com exuberância e mãos levantadas, o coral nos convidou a um louvor celebrativo ao cantar Eu me sinto bem. Eu fiquei profundamente perturbado, pois me parecia que tal chamado para o louvor expressava que não precisamos nos aproximar de Deus, e que ele devia apreciar quando tiramos tempo da nossa rotina para reconhecer sua existência. Por contraste, a validade de uma fé verdadeiramente religiosa e a razão para se reunir corporativamente é para celebrar a glória de Deus enquanto confessamos sua graça por nós na adoração de sua pessoa.

    Muitas igrejas se tornaram alvos de assimilação cultural. Degeneraram, tornando-se empresas que servem a seus próprios interesses, cuja celebração primária é de exaltar Deus como provedor e validar uma mensagem de narcisismo cultural e vantagens pessoais. Tais igrejas se acomodaram com coisas que não são eternas, mas adoração genuína não é dessa maneira. Ela reconhece o valor de Deus e nossa dependência nele. Não é uma celebração de um status socioeconômico favorecido em meio a um estado capitalista decadente.

    Qualquer pessoa sã pode tirar seu chapéu para um Deus que é meramente provedor cósmico, mas comunidades cristãs não existem para ponderarem sobre sua abundância física. Elas existem para adorar o Deus que é abundante em misericórdia e perdão.

    A erosão da centralidade de Deus

    Influências estabelecidas desde o século 17 criaram uma decadência da vida e valores na cultura ocidental. Um foco em Deus e sua Palavra tem um efeito libertador nas pessoas, mas o afastamento da Palavra com uma ênfase em si mesmo aponta para a escravidão. Com raízes no Iluminismo, que enfatizava a supremacia da razão ou revelação natural, a Era Moderna (1750-1900) realçava a perfeição humana através da educação e ciência enquanto rejeitava a doutrina bíblica da insuficiência humana. A racionalização do homem se tornou a esperança do que se achava ser um mundo em contínua progressão e crescentemente benéfico. Essa visão do mundo e da vida sucumbiu a evidências contrárias. Duas guerras mundiais e genocídios nos demonstraram que embora a ciência possa melhorar a vida de várias maneiras maravilhosas, educação secular não consegue melhorar o lado obscuro da espécie humana. De fato, mais conhecimento pode torná-la mais obscura e perigosa.

    A Era Moderna acabou. O que a substituiu, porém, não foi um retorno ao mundo bíblico do 1º século nem à Reforma do século 16, mas desespero humano. A Era Moderna abraçou a possibilidade de coesão corporativa através de uma perspectiva moral comum, mas isso provou ser um mito, e o que a substituiu foi uma ênfase no ser pessoal, direitos pessoais e morais pessoais. Eis que nasce a Era Pós-moderna, com seu chamado à ênfase radical no próprio ser.

    Um fruto da pós-modernidade foi a adoção de uma nova perspectiva por parte da sociedade. Críticos da sociedade advertiram contra isso, desde o secular Christopher Lasch (The Culture of Narcissism, 1969) e o apologista cristão Francis Schaeffer até uma lista de escritores recentes como George Barna, Michael Horton e David Wells. Entre suas muitas manifestações, encontram-se essas:

    A trivialidade dos valores. Isso flui do nosso consumismo, a coleta de riquezas e uma preocupação com esportes e lazer. Os norte-americanos vivem pela tentação de meros prazeres, enquanto virtudes públicas se desintegram no abismo de valores privados e individuais.

    Autoabsorção e vida egoísta. Ao monitorar nossas conversas sociais, parecemos valorizar atletismo (a virtude da força), beleza física (a arte de atração temporária) e dinheiro (portfólios e planos de aposentadoria) acima de tudo, e não a preocupação ou sacrifício pelo próximo.

    Uma perda da gratidão. Preocupados com nós mesmos, perdemos a graça da gratidão. É triste viver em um mundo em que ninguém há a quem devamos agradecer, pois nós mesmos nos tornamos a causa e a origem de todas as coisas boas.

    À luz dessas tendências, não é de se espantar que muitas de nossas igrejas não possuam um chamado sério à adoração de Deus. O que falta não é a estrutura na adoração. Todas as igrejas possuem isso. O que falta é contrição e humildade verdadeiras na adoração. A perspectiva de Deus sobre a adoração foi deixada de lado, e é impossível recuperá-la sem a renovação do nosso foco em Deus.

    O modelo da Reforma

    Não há modelo melhor para a igreja hoje que aqueles baseados nos princípios bíblicos resgatados pela Reforma Protestante do século 16. Martinho Lutero, João Calvino e um grande número de outros reformadores exigiram um foco radical na centralização de Deus em nossa vida como essência da profissão de fé e da vida cristã que são genuínas. O modo de eles verem a fé era tão radicalmente diferente de como cristãos seus contemporâneos a viam, e tão minuciosamente bíblica, que um retorno do vazio de um cristianismo moldado por valores pós-modernos a uma fé reformada baseada nas Escrituras ajudaria imensamente na renovação de nossas igrejas.

    A Reforma foi um chamado a um cristianismo autêntico, uma tentativa de escapar da corrupção medieval da fé através de renovação e reforma. Seus ensinamentos, cujos princípios eram uma repetição quíntupla da palavra sola (somente), constituíram uma mensagem radical para aquele tempo (e deveria ser para o nosso) porque demandavam um compromisso com uma visão completamente centralizada em Deus da fé e da vida.

    Somente as Escrituras. Os reformadores insistiam, como base para tudo o mais, que somente as Escrituras são a) a autoridade em todas as questões sobre fé e prática, b) o conteúdo da revelação de Deus para a humanidade, e c) provenientes daquele que é incapaz de enganar ou ser enganado. Somente Deus é verdadeiro e sua palavra é um produto das perfeições de seu caráter. Portanto, somente ela é completamente verdadeira e confiável.

    Somente Cristo. Os reformadores insistiam que somente Deus é o redentor. Por meio disso, eles entendiam que a) somente Cristo é o meio da salvação, b) o fundamento da salvação não é nada mais que o trabalho de Cristo no calvário, criando uma salvação penal ao se oferecer a Deus pelos pecadores, e c) para que isso aconteça, Cristo deverá ser igual a Deus ou seu filho único, já que o caráter de Deus requer um pagamento que supra as demandas de seu próprio ser, e não há qualquer criatura que consiga fornecer isso.

    Somente graça. Os reformadores insistiam que o fato de a criatura não conseguir levar Deus a se revelar de outro modo que não a sua ira significava que a salvação necessariamente era somente por meio da graça, sem nenhum mérito humano que a afetasse. Um entendimento tão radical, embora bíblico, das Escrituras, significava que somente Deus pode prover a salvação. Ela não pode ser recebida através de méritos humanos.

    Somente fé. Os reformadores insistiam que a salvação era somente por meio da fé. A fé não é a causa da graça de Deus. Ela é a nossa resposta à revelação da graça de Deus à alma. Isso significa que a) fé não tem a ver com mérito, sendo somente o meio de se apropriar da provisão da misericórdia de Deus em Cristo, b) a fé é nossa aceitação do que Cristo já fez por nós, não a causa disso, e c) fé em si mesma é um presente de Deus.

    Glória somente a Deus. O quinto ponto é o foco desse livreto — a glória somente de Deus. Essa é a implicação lógica dos outros quatro pontos, um chamado para uma visão radical de um viver teocêntrico em meio a todas facetas da vida. A glória somente de Deus implica o propósito correto por toda a vida — um propósito teocêntrico. Todos que compartilham dessa visão radical do cristianismo fazem da glória de Deus o propósito primordial da vida, não a própria realização ou sucesso.

    Ser teocêntrico

    Não há resumo melhor para a glória de Deus somente que a afirmação de Paulo em Romanos 11.36: (...) dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! Essa é a justificativa de Paulo para uma análise da vida profundamente teocêntrica. A repetição quádrupla de ele dentro do compasso dessas poucas palavras ilumina o foco central e exclusivo para o cristão — Deus e sua glória. Além disso, a razão por essa visão radical da vida é expressada por três proposições — dele, por meio, e a.

    A primeira dessas palavras, dele, indica que Deus é a fonte de todas as coisas. Todas as coisas têm sua origem ou causa vindas de Deus. Isso se encontra em harmonia com a afirmação de João Batista: Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez (Jo 1.3). Todas as coisas são vindas de Deus. O que não foi criado criou todas as criaturas.

    A segunda dessas preposições, por meio, indica que Deus é o provedor de tudo que criou. Isso significa que a existência da criação depende da benevolência constante de Deus. Paulo escreveu a respeito de Jesus, Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste (Cl 1.17). O que não foi criado não somente criou todas as coisas. Ele as sustenta mesmo agora pela palavra de seu poder.

    A terceira dessas palavras, a (ou para), indica o objetivo de tudo que Deus criou. Todas as coisas foram criadas por Deus, e todas existem para ele. Aquele que criou todas as coisas é o propósito pelo qual todas as coisas foram criadas. Por meio dessas expressões, Romanos 11.36 apresenta uma orientação àvida que é radicalmente contra os valores e súplicas da cultura moderna. É essa vida teocêntrica que eu quero definir e explicar neste livreto.

    A glória de Deus: seu significado

    A palavra principal do Antigo Testamento para glória é kavod, e a do Novo Testamento é doxa. Há várias pequenas diferenças nessas palavras à medida que elas são aplicadas a Deus na Bíblia. Por exemplo, glória é usada para expressar as qualidades ou atributos internos de Deus. Ela se refere a aspectos essenciais de seu ser como excelência, dignidade, merecimento,

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