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Deus nas histórias da Bíblia
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E-book283 páginas4 horas

Deus nas histórias da Bíblia

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Sobre este e-book

Para amar alguém de verdade, você precisa conhecê-lo. E para amar verdadeiramente a Deus, devemos conhecê-lo também. Não apenas saiba que ele existe, mas saiba quem e como ele é. Esse estudo do caráter imutável de Deus, conforme revelado em treze histórias da Bíblia, oferece a você essa oportunidade de conhecê-lo melhor e amá-lo mais. Cada capítulo enfoca um atributo diferente de Deus, como ele influencia sua compreensão dele e como você pode aplicá-lo à sua vida diária.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de set. de 2022
ISBN9786559891139
Deus nas histórias da Bíblia

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    Deus nas histórias da Bíblia - Philip Graham Ryken

    Philip Graham Ryken. Deus nas histórias da Bíblia. Com guia de estudo. Cultura Cristã.Philip Graham Ryken. Deus nas histórias da Bíblia. Com guia de estudo. Cultura Cristã.

    Deus nas histórias da Bíblia, de Philip Graham Ryken © 2022, Editora Cultura Cristã. Publicado originalmente com o título Discovering God in stories from the Bible © 1999 by Philip Graham Ryken; Reedição © 2010 by P&R Publishing. Todos os direitos são reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, estocada para recuperação posterior ou transmitida de qualquer forma ou meio que seja – eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou de outro modo – exceto breves citações para fins de resenha ou comentário, sem o prévio consentimento de P&R Publishing Company, P.O.Box 817, Phillipsburg, New Jersey 08865-0817.

    1ª edição 2022

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    R993d

    Ryken, Philip Graham

    Deus nas histórias da Bíblia / Philip Graham Ryken; tradução Rubens Thomaz de Aquino. –- São Paulo: Cultura Cristã, 2022.

    Recurso eletrônico (ePub)

    Tradução de Discovering God in stories from the Bible

    ISBN 978-65-5989-113-9

    1. Exposição bíblica. 2. Vida cristã. I. Aquino, Rubens Thomaz de. II. Título.

    CDU 211

    Sueli Costa - Bibliotecária - CRB-8/5213

    (SC Assessoria Editorial, SP, Brasil)

    A posição doutrinária da Igreja Presbiteriana do Brasil é expressa em seus símbolos de fé, que apresentam o modo Reformado e Presbiteriano de compreender a Escritura. São esses símbolos a Confissão de Fé de Westminster e seus catecismos, o Maior e o Breve. Como Editora oficial de uma denominação confessional, cuidamos para que as obras publicadas espelhem sempre essa posição. Existe a possibilidade, porém, de autores, às vezes, mencionarem ou mesmo defenderem aspectos que refletem a sua própria opinião, sem que o fato de sua publicação por esta Editora represente endosso integral, pela denominação e pela Editora, de todos os pontos de vista apresentados. A posição da denominação sobre pontos específicos porventura em debate poderá ser encontrada nos mencionados símbolos de fé.

    ABDR. Associação brasileira de Direitos Reprográficos. Respeite o direito autoral.Editora Cultura Cristã

    Rua Miguel Teles Júnior, 394 – CEP 01540-040 – São Paulo – SP

    Fones 0800-0141963 / (11) 3207-7099

    www.editoraculturacrista.com.br – cep@cep.org.br

    Superintendente: Clodoaldo Waldemar Furlan

    Editor: Cláudio Antônio Batista Marra

    Ao Dr. James Maxwell e à sua esposa, Elaine —

    Suas vidas são ilustrações constantes do amor divino

    SUMÁRIO

    Introdução

    por James Montgomery Boice (1938–2000)

    Prefácio

    A Deus seja a glória

    A história de Moisés no monte do Senhor

    Deus é espírito

    A história do Messias junto à fonte

    Deus está em toda parte

    A história de Jonas e a grande fuga

    Glória ao rei eterno

    A história do rei jactancioso da Babilônia

    Deus não muda

    A história da rejeição de Saul como rei

    O grande Eu Sou

    A história de Moisés e a sarça ardente

    Deus tem todas as respostas

    A história de Jó e a tempestade

    O Senhor Deus onipotente reina

    A história do túmulo vazio

    Santo, santo, santo

    A história de Isaías no trono celestial de Deus

    A justiça de tudo

    A história da primeira transgressão e sua punição

    Deus é bom... O tempo todo

    A história do Bom Pastor

    Nada além da verdade

    A história de Jesus diante de Pilatos

    A maior história de amor já contada

    A história completa da salvação

    Posfácio

    Guia de estudo

    Por Nancy Ryken Taylor

    INTRODUÇÃO

    por

    James Montgomery Boice (1938–2000)

    Quase toda a sabedoria que possuímos, isto é, a verdadeira e perfeita sabedoria, consiste de duas partes: o conhecimento de Deus e de nós mesmos. Essas palavras do parágrafo de abertura das Institutas, de João Calvino, são tão verdadeiras hoje como quando escritas, há mais de quatro séculos. Mas o mundo não se tornou mais sábio em razão delas. Ao contrário, as pessoas modernas, mesmo na igreja, sabem muito pouco sobre Deus e, por essa razão, também, em geral, não se conhecem bem. Pois a maior parte delas se afastou de Deus e mergulhou ainda mais profundamente na triste ignorância espiritual da atualidade.

    Philip Ryken, meu estimado colega na Tenth Presbyterian Church da Filadélfia, fez uma tentativa ousada de transformar, com este livro, essa maré de ignorância. Ele está cônscio de que muitos não gostam de Teologia e que provavelmente nunca pegarão num livro sobre os atributos de Deus, muito menos o lerão. Mas as pessoas gostam de histórias. Assim, de uma forma cativante e criativa, ele tentou explorar o caráter de Deus por meio de 13 histórias bíblicas que nos foram dadas para o ensino de quem Deus realmente é.

    Você deve ler este livro? Conhecer a Deus é importante? Permita-me sugerir quatro razões pelas quais você deve lê-lo e pelas quais conhecer a Deus é um assunto de vital importância.

    Primeira, é conhecendo a Deus que se experimenta aquilo a que a Bíblia se refere como vida eterna. Jesus demonstrou isso quando orou: [...] a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste (Jo 17.3). Ter a vida eterna significa ser vivificado por Deus para que você possa desfrutá-lo agora, viver a vida ao máximo e saber que você continuará a ter comunhão com ele nos céus quando morrer. Isso é o que Jesus quis dizer quando falou: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente (Jo 11.25-26).

    Segunda, conhecer a Deus significa conhecer a nós mesmos, como disse no princípio. Nossos dias são os dias do psiquiatra, do psicólogo e do conselheiro. As pessoas gastam bilhões de dólares anualmente na tentativa de conhecerem a si mesmas, para se acertarem. Mas o conhecimento mais profundo de nós mesmos não provém de aconselhamento. Para nos conhecermos, devemos saber que fomos criados à imagem do próprio Deus, que caímos dessa elevada posição em razão do pecado e que Deus enviou seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, para nos resgatar do nosso pecado, para que nos tornemos novamente aquilo que ele pretendia que fôssemos. Esse conhecimento vem por meio da autorrevelação de Deus.

    Adquirir esse conhecimento é uma experiência humilhante, porque nenhum de nós deseja encarar naturalmente nosso pecado. Também é doloroso. Isaías teve uma visão de Deus assentado no seu trono celestial e gritou: Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos (Is 6.5). E ele era um profeta! Ao mesmo tempo, a descoberta de quem somos é tranquilizadora e satisfatória, pois, em vez de tentarmos ser algo que não somos, aprendemos a ser o que Deus pretendia que fôssemos. Aprendemos que Deus não nos ama por sermos bons, mas nos ama apesar de sermos maus, e que ele nos transformará.

    Terceira, o conhecimento de Deus nos dá conhecimento deste mundo. O mundo é meramente os indivíduos que o compõem num contexto ampliado, e essas pessoas também necessitam chegar ao conhecimento de Deus. Conhecer a Deus nos ajuda a entender por que as coisas correm de forma tão errada neste mundo e o que precisa ser feito a esse respeito. Falar de Deus para outros também é a coisa mais importante que podemos fazer por eles.

    Quarta, conhecer a Deus leva à santidade pessoal, porque Deus é santo, e aqueles que o conhecem se tornarão cada vez mais semelhantes a ele. Deus disse: [...] vós sereis santos, porque eu sou santo (Lv 11.45). Muitas pessoas não se preocupam em se tornarem santas. Elas mal sabem o que significa santidade. Mas se a causa dos nossos fracassos e misérias for o pecado, e a Bíblia diz que é, então o caminho para o verdadeiro sucesso e para a alegria genuína é tornar-se como Deus, para onde o conhecimento de Deus nos conduzirá.

    Esta é a mensagem de alguns dos mais importantes versículos da Bíblia sobre o conhecimento de Deus. O profeta Jeremias escreveu:

    Não se glorie o sábio na sua sabedoria,

    nem o forte, na sua força,

    nem o rico, nas suas riquezas;

    mas o que se gloriar, glorie-se nisto:

    em me conhecer e saber

    que eu sou o

    Senhor

    e faço misericórdia,

    juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado,

    diz o

    Senhor.

    (Jr 9.23-24)

    Como todo livro a respeito de Deus, Deus nas histórias da Bíblia apenas indicará a direção certa. Não crerá ou orará por você. Isso é uma coisa que você mesmo tem de fazer. Deus nas histórias da Bíblia nem mesmo o ensinará tudo o que deve saber sobre Deus. Deus é um ser infinito, e nenhum ser finito jamais chegará a conhecer a Deus completamente. Mas estes 13 capítulos brilhantes fornecerão o começo. E também o encorajarão. Ao iniciar a leitura, lembre-se de que Deus prometeu que aqueles que o buscam o encontrarão e àqueles que baterem à porta, ela será aberta (Mt 7.7-8).

    PREFÁCIO

    Desejo conhecer a Deus mais intimamente. Pelo menos, às vezes. No restante do meu tempo estou muito ocupado para Deus, alheio à grandeza da sua glória. Mas, no fundo, o desejo do meu coração é conhecer e amar a Deus, que sempre me conheceu e me amou.

    O caminho para conhecer melhor a Deus é estudá-lo. O caminho para estudá-lo é aprender o que a Bíblia ensina sobre ele, pois todos os atributos de Deus estão revelados na sua Palavra. Embora difícil, a contemplação de Deus é o mais recompensador de todos os esforços. Nas palavras de Charles Haddon Spurgeon:

    Há algo extremamente aperfeiçoador para a mente numa contemplação da Divindade. É um assunto tão amplo que todos os nossos pensamentos ficam perdidos em sua imensidão; tão profundo que nosso orgulho é afogado em sua infinidade. [...] Nada ampliará assim o intelecto, nada engrandecerá tanto a alma do homem, como uma investigação devota, séria e contínua do grande tema da Divindade.1

    Infelizmente, em algum ponto ao longo do caminho a igreja evangélica perdeu o entusiasmo de Spurgeon pela investigação de Deus. Os cristãos contemporâneos têm um conceito pobre da divindade. Estamos interessados em muitas outras coisas. Preferimos ser entretidos em vez de iluminados, distraídos em vez de discipulados. Para ser franco, Deus nos aborrece.

    No entanto, se há alguma coisa que prende nossa atenção, é uma boa história. E, como todos sabemos, as melhores de todas histórias estão na Bíblia. Com isso em mente, este livro usa histórias bíblicas para ensinar os atributos de Deus. Cada capítulo inclui instrução doutrinária sobre um aspecto do caráter de Deus, mas também usa uma história bíblica para ilustrar, explicar e aplicar a doutrina bíblica à vida diária.

    É perigoso estudar os atributos divinos desta ou de qualquer outra forma. O perigo é tratar Deus como um espécime de laboratório, mais acadêmica do que espiritualmente, sabendo sobre ele mais do que realmente o conhecendo. O reformador alemão Filipe Melanchthon advertiu sobre isso quando escreveu: É melhor adorar os mistérios da divindade do que investigá-los. Além disso, esses assuntos não podem ser investigados sem grande risco, e até mesmo os homens mais santos muitas vezes vivenciaram isso.2

    Se os mistérios do caráter de Deus devem ser adorados, devem, naturalmente, ser investigados, mas Melanchthon estava certo em nos advertir. A forma correta de estudar Deus é adorá-lo por seus atributos, de forma que nossa teologia seja nossa doxologia.

    A teologia não se torna doxologia por si só. Para isso necessitamos da ajuda do Espírito Santo. Melanchthon foi discipulado na fé cristã por Martinho Lutero, que sabia existir "uma grande diferença entre saber que há um Deus e conhecer quem ele é e como ele é. A natureza conhece o primeiro, e está escrito em todos os nossos corações. O segundo é ensinado somente pelo Espírito Santo".3

    O Espírito Santo tem sido meu auxiliador ao trabalhar neste livro (os erros são meus, não dele!). Mas tive também muitas outras ajudas. Como sempre, sou grato pelo amor de minha família, pelas orações da minha congregação e pelo apoio da equipe da Tenth Presbyterian Church da Filadélfia. O reverendo John Yenchko sugeriu formas para delinear o esboço e diversos leitores aprimoraram o texto, principalmente Holly Canavan, Jonathan Rockey, Mary Ryken e Glenn Wesley.

    Notas

    1 SPURGEON, Charles Haddon. The New Park Street Pulpit, 1855; reimp. Pasadena, TX: Pilgrim, 1975, 1:1.

    2 MELANCHTHON, Philipp. Introdução a Loci Communes, 1a edição. In: Christian History Institute’s Glimpses, no 98 (1998), p. 4.

    3 LUTHER, Martin. In: ALTHAUS, Paul. The Theology of Martin Luther. Filadélfia: Fortress, 1966, p. 16.

    Capítulo 1

    A DEUS SEJA A GLÓRIA

    A história de Moisés no monte do Senhor

    Quem é esse Rei da Glória? O

    Senhor

    dos Exércitos, ele é o Rei da Glória.

    Salmos 24.10

    Quanto Deus pesa?

    Se David Wells estiver certo, Deus não está inclinando a balança como estava habituado. Num livro chamado God in the Wasteland, Wells descreve uma condição curiosa que ele chama de a ausência de peso de Deus. Ele escreve:

    Uma das características da nossa época é que Deus não tem mais peso. Eu não quero dizer com isso que ele é etéreo, mas sim que se tornou sem importância. Ele repousa sobre o mundo de modo tão irrelevante que não é perceptível. Ele perdeu sua importância para a vida humana. Aqueles que confirmam as opiniões de suas crenças na existência de Deus podem, no entanto, considerá-lo menos interessante do que a televisão; seus mandamentos, menos mandatórios do que seus apetites por riqueza e influência; seu julgamento não é mais inspirador do que as notícias da noite; e sua verdade é menos convincente do que a doce neblina de bajulação e mentiras dos anunciantes. Isso é ausência de peso.1

    É a ausência de peso de Deus, mais do que qualquer outra coisa, que explica as falhas da igreja evangélica. Em razão de Deus ser tão sem importância para nós é que nossa adoração é tão irreverente; nossa comunhão, tão sem amor; nosso testemunho, tão tímido; e nossa teologia, tão superficial. Fomos transformados em filhos de um Deus peso-leve.

    Como ganhar peso

    Uma das melhores maneiras para que nosso conhecimento de Deus readquira algum peso é por meio da contemplação de seus atributos. O ponto apropriado para começar é com a glória de Deus, pois isto é o que significa glória: o peso de Deus.

    A palavra hebraica para glória (K~vD) vem do termo hebraico para pesado" (K~v#D). A palavra era frequentemente usada para descrever coisas que eram pesadas no sentido literal e físico. A Bíblia diz que o sumo sacerdote Eli era pesado (1Sm 4.18). Em outras palavras, ele era gordo.

    O vocábulo também era usado mais figurativamente para descrever algo substancial ou imponente. A Bíblia diz que Abraão era pesado, mas isso não tinha nada a ver com sua cintura; significava que ele era rico. Era Abrão muito rico [literalmente ‘pesado’]; possuía gado, prata e ouro (Gn 13.2).

    Por fim, a palavra hebraica para pesado era usada para descrever alguém digno de honra ou reconhecimento. Era utilizada para guerreiros, príncipes, mercadores e outros homens de posição e influência. Em linguagem moderna, poderíamos chamá-los de pesos-pesados.

    O maior peso-pesado de todos é o nosso Deus Todo-Poderoso (não fisicamente, claro, mas espiritualmente). Ninguém é mais relevante do que ele. Ninguém tem mais influência. Ninguém tem uma posição mais alta ou uma reputação mais importante. Ninguém é mais merecedor de honra, reconhecimento e louvor. Não importa quão desprovido de peso ele possa parecer na igreja pós-moderna, o próprio Deus é pesado. Em outras palavras, ele é glorioso.

    O que é a glória de Deus? A glória de Deus está tão além da nossa compreensão que é difícil exprimir verbalmente. Talvez seja por essa a razão que a maioria dos livros sobre os atributos de Deus a omitem de sua lista. Não é apenas um atributo sozinho, mas também a soma de todos os atributos de Deus. Santidade, justiça, bondade, poder, verdade – cada uma das perfeições divinas aumenta o conceito de Deus e, portanto, o peso de sua glória.

    Deus é glorioso naquilo que ele faz. Ele é glorioso na criação. Seus atributos divinos – seu poder e sua sabedoria – estão revelados em tudo o que ele fez, da menor partícula subatômica à galáxia mais longínqua.

    O Deus Criador é tão pesado que carimbou sua marca no Universo como uma bota de trabalho no cimento úmido. Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos (Sl 19.1). Da mesma forma que a habilidade de um artista é exibida em sua obra de arte, a transcendência de Deus é revelada em sua obra. Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a tua glória (Sl 57.11). Deus é o glorioso Criador.

    Deus também é o glorioso Redentor. Sua glória é manifestada na redenção, bem como na criação. Deus traz glória pra si mesmo quando salva seu povo. Esse é o significado do êxodo. Quando os filhos de Israel foram escravizados na terra do Egito, Deus os libertou por meio de grandes manifestações de poder. Mas primeiro ele explicou a Moisés por que iria fazer isso: Endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército; e saberão os egípcios que eu sou o Senhor. Eles assim o fizeram (Êx 14.4). Deus reforça sua imagem a cada vez que salva seu povo. Ele é tão glorioso na redenção quanto na criação. Ele é glorioso em tudo o que faz.

    Deus também é glorioso em quem ele é. Ele é glorioso em si e de si mesmo. Mesmo que Deus nunca tivesse feito nada ou salvado ninguém, ele ainda seria glorioso em seu ser. É da própria natureza de Deus ser pesado.

    No entanto, não haveria nenhuma maneira de os seres humanos experimentarem a glória de Deus, a menos que ele a revelasse de alguma forma. Por isso Deus, algumas vezes, mostra vislumbres de sua glória. A Bíblia inclui relatos históricos de manifestações visíveis de sua grandiosidade.

    Em certa ocasião Deus se revelou numa nuvem de luz resplandecente e deslumbrante. Ele liderou a saída do seu povo do Egito com uma nuvem de dia e uma coluna de fogo à noite. A Bíblia chama essa nuvem radiante e luminescente de a glória do Senhor (Êx 16.10).

    Essa é a nuvem de glória – algumas vezes chamada de glória shekinah – que o profeta Ezequiel viu no templo. Então, se levantou a glória do Senhor de sobre o querubim, indo para a entrada da casa; a casa encheu-se da nuvem, e o átrio, da resplandecência da glória do Senhor (Ez 10.4). O que Ezequiel viu foi a manifestação visível dos atributos invisíveis de Deus. Glória, escreveu o puritano Thomas Watson (m. 1686), é o brilho da Divindade.2

    A glória de Deus na face de Moisés

    Há uma história na Bíblia sobre o brilho da divindade de Deus. É a história de Moisés no monte do Senhor.

    Deus convidou Moisés para subir ao monte Sinai para a primeira reunião de cúpula do mundo. Ele queria emitir suas normas de comportamento humano, algumas vezes chamadas de Dez Mandamentos. Mas quando Moisés desceu da montanha e começou a dizer ao povo o que fazer, como saberiam que ele não estava inventando aquilo enquanto voltava? Eles precisavam de alguma prova de que Deus estava realmente falando com Moisés.

    Para que o povo tivesse uma manifestação visível de sua grandeza, Deus desceu na montanha numa brilhante nuvem de sua glória.

    Tendo Moisés subido, uma nuvem cobriu o monte. E a glória do

    Senhor

    pousou sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; ao sétimo dia, do meio da nuvem chamou o

    Senhor

    a Moisés. O aspecto da glória do

    Senhor

    era como um fogo consumidor no cimo do monte, aos olhos dos filhos de Israel. E Moisés, entrando pelo meio da nuvem, subiu ao monte; e lá permaneceu quarenta dias e quarenta noites. (Êx 24.15-18)

    A glória de Deus queimava como fogo

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