Jovens em Situação de Rua e Seus Rolés pela Cidade: Registros de Subversão e (R)existência
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Jovens em Situação de Rua e Seus Rolés pela Cidade - Fabíola de Lourdes Moreira Rabelo
Doutoranda em Psicologia Clínica pela PUC-RIO, mestra em Educação pela Universidade do Estado de Minas Gerais e pós-graduada em Estudos Afro-latino-americanos e Caribenhos pelo Conselho Latino-americano de Ciências Sociais. Possui experiência na área da Psicologia Social e clínica, com interesse nos estudos ligados à Psicologia Social, saúde da população negra, juventudes, saberes e práticas decoloniais, antirracistas e interseccionais. Integrante do conselho editorial da revista África e Africanidades.
E-mail: famrabelo@hotmail.com
Orcid: 0000-0001-6561-7755
Doutora em Educação pela Université Laval, Québec-Canadá. Possui extensa experiência em formação de professores, tendo como áreas de investigação: cidade, memória, cultura e educação. Desenvolve e orienta pesquisas com foco na formação de professores e de educadores, no que concerne: à relação cidade e educação, na perspectiva da educação antirracista, emancipatória e das sensibilidades; e à relação educação e memória presente na educação para o patrimônio e na educação museal, na perspectiva da nova museologia e da museologia social. Professora da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Líder do grupo de pesquisa Polis Mnemosine: educação, memórias e culturas da UEMG.
E-mail: lana.siman@uemg.br
Orcid: 0000-0002-8061-9924
O livro lança um olhar para os processos de socialização vivenciados por jovens em situação de rua na cidade de Belo Horizonte-MG. Apresenta reflexões acerca dos efeitos da segregação social e espacial na vida dos jovens em situação de rua, discutindo a invisibilidade social, o racismo, os mecanismos de controle e violência que afetam suas trajetórias. Para além disso, destaca as táticas cotidianas dos jovens em situação de rua, tangenciadas por movimentos de (r)existência e reinvenção de suas possibilidades de ser, viver e estar na cidade.
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2021 da autora
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
Editora e Livraria Appris Ltda.
Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel. (41) 3156 - 4731
www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Fabíola de Lourdes Moreira Rabelo
Lana Mara de Castro Siman
Jovens em situação de rua
e seus rolés pela cidade
Registros de subversão e (r)existência
Aos Jovens do Bonde da Hospitalar – Tupac, Erasto, Jamila, Kito, Kamau, Tayó, Sule, Nyota, Sadiki, Kumi, Bakari, Akin e Shena –, coautores(as) deste livro, pelos ensinamentos que proporcionam outras lentes para ver e ler o mundo; por compartilharem suas histórias de coragem, (r)existência e de reinvenção da vida. Em especial, aos jovens Tupac e Jamila, que faleceram ao longo desta escrita.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos:
Ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da UEMG, pelo incentivo à publicação, e ao Programa de Apoio à Pós-Graduação da Capes (Proap/Capes), pelo auxílio financeiro, tornando possível a publicação deste livro na edição e-Book.
Aos jovens em situação de rua, coautores(as) desta obra, por participarem do processo de escrita conosco, compartilhando suas histórias e seus saberes, oferecendo-nos a oportunidade de, nesse encontro, aprendermos acerca de suas lutas cotidianas, marcadas por várias desigualdades e, também, por movimentos subversivos e de (r)existência.
Ao professor Mauro Giffoni, em especial, que coorientou a dissertação que deu origem a esse livro, e aos professores: Walter Ude, José Eustáquio e Lea Paixão, que nos proporcionaram aprendizados e trocas de conhecimentos por ocasião da banca de qualificação e defesa da dissertação, fornecendo, assim, contribuições importantes para a elaboração desta escrita.
Ao Frederico Luiz Moreira, ao Jonatas Tiburtino e Cláudia Furtado, que leram com cuidado este livro, contribuindo para a realização dos ajustes finais.
A todas as pessoas que caminharam e continuam a caminhar conosco, apoiando-nos nas travessias da vida.
O Grito ressoa
É preciso gritar
Bem alto pra aliviar
A angústia que é a miséria
Do lado de lá
Para aqueles que nem sequer
Imaginam o que é a luta
Promovida por este caminhar
Quem vê, escuta e está atenta ao olhar
Para aquele que ao menos pode sonhar
A vida?
A qualquer hora pode se acabar
Vida crua, nua, que nasce fadada ao condenar
Daquele que em ninguém pôde confiar
Falar, andar, constante movimentar...
Em busca de um lugar
Mas de que adianta o buscar?
Eles nasceram sem lugar
Nas idas e vindas pela cidade querem encontrar
Uma forma de mudar
A realidade que lhes foi entregue
Para suportar
E não para poder alterar
O que esperar?
Que ainda irão lhes cobrar
Porque não saíram de lá
Sem se ocupar
No que fez essas vidas ali ficar.
(Fabíola Rabelo)
APRESENTAÇÃO
Carta aos leitores
Este livro nasce como fruto da pesquisa de mestrado em Educação, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), intitulada Os jovens em situação de rua e os rolés pela cidade: contradições entre a invisibilidade e o protagonismo
, realizada entre os anos de 2013 e 2015, por Fabíola de Lourdes Moreira Rabelo, sob a orientação de Lana Mara de Castro Siman. Como autora e coautora, consideramos também os jovens em situação de rua verdadeiros coautores desta publicação.
Destacamos que o objetivo da pesquisa, que deu origem a este livro, foi escutar as falas, os saberes e as experiências do grupo de jovens em situação de rua – participante da pesquisa – em interlocução com referenciais teóricos que, naquele momento, ajudaram-nos a compreender um pouco acerca de suas histórias e processos de socialização.
Ter em mente o contexto social e político em que este livro foi escrito faz-se necessário, uma vez que, nos últimos anos, uma série de mudanças vem ocorrendo devido a retrocessos em diversos âmbitos dos direitos sociais. Mudanças essas que, entre outras, têm alterado os cenários das ruas e praças das grandes cidades, nos quais vemos o aumento e a diversificação de pessoas em situação de rua, ao mesmo tempo que se deterioram as condições sociais e pessoais de vida da população pobre, sobretudo, negra na cidade de Belo Horizonte – e em outras partes do Brasil –, o que se expressa tanto na fragilização de políticas públicas a ela dirigidas, como também na perda de direitos sociais antes conquistados. Tudo isso em um quadro que associa o recrudescimento da violência à população de jovens pobres, negros, em sua enorme maioria, e ao aumento da pobreza em decorrência da crise pandêmica da Covid-19.
Embora apresentemos, ao longo dos cinco capítulos deste livro, uma tentativa para atualização teórica na leitura dos dados coletados em 2013 e 2014, compreendemos que, se este fosse escrito com base em pesquisa mais recente, ganharia, certamente, outros contornos, à medida que a problemática da população de jovens em situação de rua tem se reatualizado e agudizado. Sendo assim, convidamos os(as) leitores(as) a, desde já, situarem o livro entre o presente e um passado muito recente, uma vez que é marcadamente influenciado e referenciado aos dados coletados na pesquisa que lhe deu origem.
Por fim, ao desejarmos uma boa leitura, desejamos igualmente que a luta pelos direitos dos(as) jovens em situação de rua se fortaleça coletivamente, visando garantir-lhes uma existência dignamente humana e libertadora. É para tal luta política e social que desejamos contribuir.
Fabíola e Lana
Belo Horizonte, 14 de julho de 2020.
PREFÁCIO
O convite recebido para apresentar, ao público leitor, esta obra, que aborda, de modo profundo e sensível, formas de socialização, resistências e aprendizados diversos constituídos por um grupo de jovens em situação de rua na região hospitalar da cidade de Belo Horizonte, remete-me a algumas características do tempo presente que incidem sobre os protagonistas dessas histórias. O ponto de partida que se apresenta no momento que escrevo este prefácio faz referência ao trigésimo aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cuja promulgação na forma de lei data de julho de 1990.
O reconhecimento conferido a crianças e adolescentes, enquanto sujeitos de direitos em nosso país, significou uma vitória de diversos movimentos sociais emergentes na cena política na década anterior, que, motivados pelas sistemáticas situações de violação de direitos de crianças e adolescentes periféricos, assumiram o protagonismo de promover mobilização social, denunciando, nacional e internacionalmente, as precárias condições de vida desses sujeitos, de modo a reivindicar, junto aos poderes constituídos, formas mais efetivas de proteção à vida.
Ao longo do período de vigência do ECA, mesmo considerando o avanço no despertar da consciência coletiva acerca da necessidade de assegurar os mais diversos direitos a crianças e adolescentes do campo e da cidade, percebemos que tem sido longo o caminho para a efetivação de direitos básicos e para a proteção à vida em suas mais diversas formas de expressão. Em um recente comunicado acerca da situação da infância em nosso país, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) reconhece que o Brasil tem uma das legislações mais avançadas do mundo no que diz respeito à proteção da infância e adolescência. No entanto, o ordenamento jurídico avançado não tem sido suficiente para deter o conjunto de violações e atrocidades cometidas contra esses sujeitos. Exemplifica essa incapacidade a partir dos dados sobre mortes violentas de crianças e adolescentes em comparação com outros países. A partir dos dados arrolados, o comunicado reconhece que o Brasil é o país com maior número absoluto de adolescentes assassinados no mundo
(VIDAS NEGRAS, 2018, s/p), revelando uma situação mais crítica que a de países afetados por conflitos internos.
Cientes dessa situação e em busca de compreensão desse quadro, a partir da interação com os próprios sujeitos que vivenciam esse cotidiano de violências e violações de direitos, as autoras vão a campo para interagir com as histórias de vida narradas em primeira pessoa, em um contexto de confiança construída ao longo de um paciente e persistente processo de aproximação.
A partir das narrativas recolhidas nesta obra, percebemos que, apesar da dura realidade a que são expostos no contexto das ruas e praças da cidade, esses jovens compartilham a esperança de que a realidade pode construir-se a partir de uma lógica que os inclua como sujeitos de pleno direito. A consciência que têm acerca de sua condição de vida interroga a nossa sociedade acerca da inaceitável desigualdade social persistente em nosso país, que concentra renda e poder nas mãos de poucos privilegiados, provocando a reprodução histórica do quadro de desigualdade, que atravessa gerações e afeta, sobretudo, a população negra de nosso país, que tende a se acentuar no contexto em que atravessamos da grave crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19.
Para concluir o convite à leitura, tomo de empréstimo as questões formuladas pela filósofa norte-americana Judith Butler, no ensaio intitulado Sin Miedo – Formas de Resistencia a la Violencia de Hoy, em sua versão espanhola. Indaga a filósofa:
[…] em que circunstâncias é possível lamentar uma vida perdida? De quem são as vidas consideradas choráveis em nosso mundo público? Quais são essas vidas que, se perdidas, não serão consideradas em absoluto uma perda? É possível que algumas de nossas vidas sejam consideradas choráveis e outras não? (BUTLER, 2020, p. 19, tradução livre).
Essas questões provocam-nos a refletir sobre nossos compromissos profissionais e militantes em favor da vida, sobretudo daqueles que estão expostos à morte violenta resultante de ações humanas, institucionais e políticas.
Que o conhecimento das trajetórias de vida e das formas de (r)existência dos jovens integrantes do Bonde da Hospitalar
inspire-nos nessa árdua batalha cotidiana em prol do direito à vida de sujeitos, muitas vezes, considerados invisíveis pelos poderes constituídos e, por essa razão, concebidos como destituídos de humanidade.
José Eustáquio de Brito
Doutor em Educação, professor da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), atuando no Programa de Pós-Graduação stricto sensu Educação e Formação Humana
. É vice-presidente da Associação Profissionalizante do Menor (ASSPROM).
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
Sumário
INTRODUÇÃO
JOVENS EM SITUAÇÃO DE RUA E O RETRATO DA VIOLÊNCIA QUE ESTRUTURA O BRASIL
CAPÍTULO 1
SINALIZANDO O PORVIR: CONTRADIÇÕES ENTRE A INVISIBILIDADE E O PROTAGONISMO DE JOVENS EM SITUAÇÃO DE RUA
1.1 Contexto e construção de vínculo dos jovens em situação de rua com a pesquisa
1.2 Descolonizando o saber-fazer na produção de conhecimento
CAPÍTULO 2
O BONDE AQUI QUE TÁ: HISTÓRIA(S) DE LUTA(S) POR LUGAR E RECONHECIMENTO
2.1 Jovens em situação de rua e seus vínculos familiares e socioterritoriais
2.2 Jovens em situação de rua e pertencimento étnico-racial
2.3 Presença de instituições na vida dos jovens em situação de rua
2.4 Estudos estatísticos em diálogo com a realidade dos jovens em situação de rua
CAPÍTULO 3
VIDAS À MARGEM: CRIAÇÃO DE (R)EXISTÊNCIAS
3.1 Marcas das trajetórias dos jovens em situação de rua
3.2 Racismo no Brasil: jovens negros em situação de