Os 5 sentidos da casa

De Rivany Farias

Os 5 Sentidos da Casa é um livro para todas as pessoas que um dia sonharam em ter aquele lugar especial, bonito aos olhos, marcante no aroma, agradável nos sons, atrativo ao toque e saboroso no paladar. Isso tudo nos sentidos literais e também nas demais conotações que as palavras carregam.
Eu te ajudarei a identificar os elementos que podem estar gerando sentimentos desconfortáveis, a atender aos seus sonhos de bem-estar e a mapear a sua casa de forma que ela passará a te atrair em vez de repelir. Levar-te-ei a refletir sobre como você se relaciona com o espaço para te ajudar a analisar as suas reações e encontrar a raiz dos sentimentos. Mesmo sem nenhum conhecimento, ou formação nas áreas de arquitetura ou design, esta leitura te capacitará para transformar sua casa em um verdadeiro lar.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 6 de jun. de 2022
• ISBN: 9786525416069

Pré-visualização do livro

Para quem é

este livro?

É o mais feliz, seja ele rei ou camponês, aquele que encontra paz em seu lar.

Johann Wolfgang Von Goethe

Este livro é para todas as pessoas que, de alguma maneira, já passaram pelo desconforto de pensar em voltar para casa e não se sentiram atraídos pela ideia. Mesmo entendendo a necessidade do descanso, não tinham na memória as lembranças do aconchego e da paz que sua moradia deveria ter.

É para quem percebeu que o sentimento não parecia correto e não sabia exatamente o porquê deste mal-estar, nem do motivo que não lhe trazia a identificação com o seu ambiente.

É também para todas as pessoas que um dia sonharam em ter aquele lugar especial, bonito aos olhos, marcante no aroma, agradável nos sons, atrativo ao toque e saboroso ao paladar. Isso tudo nos sentidos literais e também nas demais conotações que as palavras carregam.

Eu vou te ajudar a identificar os elementos que podem estar gerando sentimentos desconfortáveis e atender aos seus sonhos de bem-estar. Vou mapear sua casa com você de forma que ela passará a te atrair ao invés de repelir. Vou te levar a reflexões sobre como se relaciona com o espaço e te ajudar a analisar as suas reações para encontrar a raiz dos sentimentos.

Depois de ler esse livro, só de pensar na sua casa relaxará os músculos e sorrirá sem perceber.

E pode ficar tranquilo, pois você não precisa ter nenhuma formação na área de design de interiores, arquitetura, ou decoração. Não precisa ter habilidades manuais específicas. Basta gostar da sua casa e querer transformá-la num lar.

Se você se identificou de alguma forma com as descrições que fiz, entre!

A CASA É SUA!

O luxo na arquitetura não é diferente do luxo na vida.Luxo é ter em sua casa aquilo que te deixa feliz.

Isay Weinfeld.

Introdução

Toda boa arquitetura é um refúgio, toda grande arquitetura é o desenho do espaço que contem, exalta e abraça ou estimula as pessoas naquele espaço.

Philip Johnson

A minha experiência profissional e pessoal me fez perceber que existem muitos mundos dentro de cada um de nós. Universos inteiros para serem observados, admirados, avaliados e que necessitam tantas vezes serem reorganizados.

É importante deixar claro desde já que não tenho a pretensão de lhe entregar uma peça científica por meio dessa obra, um livro denso com linguagem técnica, ainda que a partir desse momento nós comecemos um passeio por diversas áreas do conhecimento, tais como neurociência, psicologia, biologia, marketing, antropologia, filosofias, como cromoterapia e Feng shui, além, é claro, da arquitetura e do design. A minha proposta é trazer informações para despertar em você o desejo de mudança e aperfeiçoamento dos seus ambientes, com a certeza de que conseguirá interferir, seja qual for sua área de formação. Vou te passar as minhas observações, estudos e experiências de forma simples, como toda conversa agradável costuma ser.

Importante dizer também que as definições, descrições e exemplos relatados, visam trazer reflexão, nunca rotular, delimitar, ou restringir o seu pensamento, ou sua personalidade. Afinal, cada cabeça é um mundo!

O homem e seu

ambiente

Não chegamos a conhecer as pessoas quando elas vêm a nossa casa; devemos ir a casa delas para ver como são.

Johann Wolfgang Von Goethe

Desde que o mundo é mundo, e que houve a necessidade de proteção, abrigo e de lugar pra descansar, a casa existe. Falo de casa, mas fique à vontade para interpretar como tal o seu espaço. Pode ser um cômodo, um puxado, um cantinho, ou uma suntuosa edificação de vários ambientes individuais e coletivos composta de ambientes multifuncionais, ou de serviços restritos e separados. Realmente não vem ao caso a arquitetura construída, não nos interessa aqui o arquétipo da habitação, nem o objeto da moradia, mas todo o sentimento que dá o significado de lar àquele espaço delimitado.

Esse lugar especial se tornou mais significativo na medida que abandonamos a vida nômade. O investimento na moradia tornou-se diferenciado a partir do desenvolvimento do conceito de território.

Cada cultura traz os seus valores e o seu jeito próprio de se relacionar com os espaços. Para cada sociedade, a casa tem configurações diferentes. E de acordo com a época em que analisarmos, vamos nos deparar com uma linguagem não só de tipologia arquitetônica ou de estilo, mas também um reflexo do pensamento. E é nesse ponto que quero focar.

Ainda na faculdade de arquitetura, descobri um assunto que me interessou muito: a APO – avaliação de pós-ocupação. É o conjunto de métodos que visam mensurar o desempenho de edificações e seu uso, sem a restrição do ponto de vista unilateral do profissional que criou ou produziu, mas também o grau de satisfação dos usuários para quem aquela obra ou espaço foi produzido.

Ficou claro a necessidade humana de demonstrar de alguma forma, ainda que inconsciente, a nossa singularidade. Uma forma tão própria e espontânea, mesmo sem recursos, fugindo da padronização, mostrando, sem dúvida, a busca do relacionamento do homem com o seu ambiente a sinergia que gera correspondência.

A forma que cada um decide viver não tem a ver com os recursos financeiros, mas com a bagagem cultural, as experiências afetivas, as memórias pessoais, lugares que viu, passou e/ou ouviu falar… e essa decisão, como tantos processos neurológicos, nem sempre é consciente. Simplesmente obedecemos a uma programação mental, que nos leva a reagir e estabelecer as relações com o espaço na medida que permanecemos nesse determinado lugar.

Existe uma relação forte e constante de ação e reação com o lugar onde moramos, trabalhamos ou costumamos visitar. Quanto maior a permanência, maior ela é. É sobre essa relação que vamos conversar. Abordaremos os sentimentos espelhados, as vibrações emanadas e recebidas, como a troca se estabelece e como podemos produzir melhores sensações na busca de uma vida plena para desfrutar o bem-estar.

A neuroarquitetura

Nós moldamos nossos ambientes, e depois, estes ambientes nos moldam.

Winston Churchill

Dentre as inúmeras criações de Deus que me fascinam, está o cérebro humano. A parte mais desenvolvida e volumosa do encéfalo pesa em média 1,3 kg. Trata-se de uma massa cinza – róseo – composta por aproximadamente (até o momento, porque as pesquisas continuam e as descobertas estão só no