A plástica da vida: à moda de Stael Machado dos Santos
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Sobre este e-book
A obra propõe como eixo conhecer-se e se aceitar para a construção de uma identidade saudável. Traz, assim, benefícios para novas gerações com um novo estilo de vida, na qual a plástica da vida é a própria arte.
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A plástica da vida - Stael Kyanda Machado
Dedicatória
Este livro é dedicado ao Paulo e a Débora, meus irmãos, porque viram quase tudo; à Iachas Camime, minha filha que não viu e acreditou; e Caio Iori, meu neto que ama tudo que a vovó fala e faz.
Agradecimento
Desde já agradeço:
A Bárbara Fernandes
Binha
minha escriturária;
A António Aléluia
o fotógrafo da
bela imagem da capa;
Também o fotógrafo
Renato Frota
as lindas fotografias do recital;
E todos desenhos ilustrativos da própria
Stael Kyanda Machado.
A gosto de Stael, tudo me inspira.
A ARTE DA VIDA I
Nasci no ano de 1961, ano de pressão, educação, tradição, religião e confusão; como perfeição, tivemos como bons resultados não ultrapassar a linha, vai entender... Mulher que anda na linha o trem pega — incrível ditado da época
, pressão do futuro como se fosse uma linha solta fora do tempo; quando percebi que estava construindo esse futuro, eu já estava fechando o círculo da cobrança total de eficiências: boa profissional é assim... boa dona de casa faz desse jeito... boa mãe faz isso e até boa mulher, se quiser ser virtuosa...
A Arte da Vida
Arte da vida é viver,
Arte de viver é contemplar,
Arte de contemplar é perceber,
A Arte de perceber é sentir,
Arte de sentir é ser!
A ARTE DA VIDA II
E por falar em arte, eu não a escolhi, ela que me escolheu. Meu pai fazia, com muita habilidade e pouca valorização, cartazes de datas comemorativas para a igreja, e eu, pequenina, mas encantada e atraída pelas letras desenhadas e organizadas no espaço de uma folha de cartolina, queria tanto crescer para ocupar esse espaço, pois eu sabia do meu potencial, embora ninguém deste grupo familiar e religioso reconhecesse a arte como futuro.
A Arte da Vida
Arte da vida é luz para meu caminho
Tudo que vejo inspira-me
Viver num paraíso
E gozar de imaginar
Um transporte que leva a lugar algum
Onde pode começar tudo
Vendo o princípio sair do vácuo
E traçando um espetáculo
Com direito a aplausos
E uma entrega que flui na natureza do eu, seu e outro
Voltando o mesmo caminho
Achando outro lugar
Que é o mesmo lugar
Que faz recomeçar
Curtindo como a primeira vez
Para de novo entregar
A vida
É uma arte
Que chegou para voltar
E sempre as idas e vindas
Apontam o recomeço
Com algo para entregar
PARQUE ESCOLA
Assim entrego à Escola Parque deslumbrante em minha história de vida, conhecimento e arte. Naquela época, passar no teste para entrar na Escola Parque era ponto positivo de base.
— Caramba!
Minha credibilidade era baixa diante da plateia familiar como quem espera um final para apenas confirmar:
— Tá vendo o que eu disse.
Minha prima que também fez o teste, tínhamos a mesma idade, era muito elogiada de sabedoria diante das comparações, fizemos o mesmo teste na mesma hora e a prima errou, passou a borracha no cuspe na tentativa de apagar, manchou e rasgou o papel fazendo um buraquinho, foi desclassificada
, isso só me deu vantagem para os que me comparavam como incapaz de boa pontuação, mas minha grande vantagem foi a arte que florescia dentro de mim e o teste exigia muito mais desenho que conteúdo didático.
— Oh Glória!
Fui aprovada e estudei dez anos de minha vida na escola de vanguarda criada pelo professor Anísio Teixeira e conduzida pela diretora-professora Carmem Teixeira.
Uma vez, eu abracei uma das belas árvores que tem na Escola Parque e comecei a musicalizar
— não tem aula… não tem aula … Aí uma pessoa muito encantada comigo, por me considerar uma criança bela e de tranças perfeitas, pegou-me pela mão e conduziu até o setor administrativo apresentando para todos:
— Olhem que criança linda! Como é seu nome?
—Stael
— eu disse.
Aí ela profetizou:
— Nome de artista
.
Esta pessoa foi a própria professora Carmem Teixeira, a quem eu agradeço com alegria. Naquela escola, tudo inspirava coragem e criatividade para a vida, entre o ser e o querer. O setor de biblioteca era uma casa linda de paredes de vidros, aproveitando 100% da energia solar; diariamente, tínhamos horário para a leitura orientado por professores, que também eram contadores de histórias, setor de canto, tínhamos a música como veículo de aprendizado e formação cognitiva e educação cidadã, lá cantávamos todas as datas comemorativas e outras belas canções como introdução ao teatro, dança e consciência de corpo e emoção presente.
Havia também o setor de