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As estações: O clima da minha vida
As estações: O clima da minha vida
As estações: O clima da minha vida
E-book135 páginas1 hora

As estações: O clima da minha vida

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Sobre este e-book

Fábio faz uma viagem pelo passado, revisitando os momentos mais importantes de sua jornada. Para refletir sobre os seus erros e analisar o processo de transformação pelo qual passou, até chegar aqui. Ele era um jovem desanimado e estacionado no breu. Ao longo da infância e adolescência, conviveu com adversidades que lhe afetaram. Decepcionou seus pais, perdeu amizades importantes e tornou-se um sujeito solitário. Convivia diariamente com o fracasso e a frustração, tinha grandes sonhos, entretanto tão distante se encontrava da vida ideal. Flertou com a escuridão e esteve perdido, todavia recorreu a Deus, a quem conhecia vagamente desde criança. Numa jornada de autoconhecimento, experimentou uma revolução interior. Hoje, Fábio narra os eventos de sua breve existência, relatando ao mundo a sua identidade e dividindo com os leitores as importantes lições que foram aprendidas. Na busca por seu "final feliz", ele encontrou a si mesmo.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento20 de fev. de 2023
ISBN9786525440637
As estações: O clima da minha vida

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    Pré-visualização do livro

    As estações - Fernando Wiest

    Dedicatória

    A Deus, por me dar a vida. À minha família, por todo o seu amor. Aos leitores e aos que acreditaram em mim.

    Assim, que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

    II Coríntios 5:17

    Introdução

    Oi, meu nome é Fábio. Estou aqui para lhe contar a minha história, que tal? Venha e me acompanhe neste mar de palavras.

    Quero que você compreenda que há esperança. Talvez as coisas estejam difíceis para você, eu sei como é. Apenas te peço que não desista.

    Uma série de aprendizados ao longo da minha jornada me levaram a um destino surpreendente. Descobrimos com facilidade como a vida tem algo a oferecer, quando lhe damos uma chance. A gente só precisa prosseguir.

    "Filho, filha

    Não desista

    Por favor

    Fique

    Fique mais um pouco

    Mesmo que seja

    Apenas por favor

    Fique

    Isto é uma droga

    A gente espera algo

    Que talvez nunca venha

    A gente espera

    também

    O que não se sabe

    Quando vem

    Isto é uma droga

    É tudo verdade

    E é tudo mentira

    Também

    A gente queria

    Ter tanto

    A gente não sabe

    O que tem

    Fique só mais hoje

    Talvez amanhã haja alegria."

    — Poema Let It Be

    Fim

    Eu dizia ter a mente aberta a todas as possibilidades, a todas as ideias. Só que isso não era verdade, já que eu recusava a única via de salvação.

    Como se apresenta uma história?

    Quem pode explanar a própria trajetória com aptidão?

    Suas convicções mudaram. Você já não é mais o mesmo. Ansiava por paz e, finalmente, a encontrou em uma fonte real de paz e vida.

    1. O Fim é só um novo começo

    Você já não é mais o mesmo. Suas perspectivas mudaram.

    Não! Não foi o tempo que o curou.

    Ainda há medos, dificuldades, feridas... Sim, ainda há. Mas Ele te fortalece.

    Como se encerra uma história? Às vezes, o fim é apenas a melhor hora para recomeçar.

    2. Acabou

    Eu não me sentia mais vivo. Eu me sentia perdido. Nada fazia sentido.

    Eu sabia a resposta, eu sempre soube. Mas a questão é: o quanto a gente pode negar a verdade, fugir dela, por não gostar ou por não entender?

    Diante de uma realidade difícil, tudo que eu queria era acreditar nas teorias rasas e em todas as crenças que não me exigissem uma genuína transformação.

    Caminhos formosos que nunca me preencheram, nem me levaram a lugar algum. Mas que estabeleci como pilares da minha vida. Discursos frequentes, porém nunca sinceros.

    O meu coração conhecia a verdade. Meu coração sempre conheceu.

    O quanto a gente pode negar a verdade? Eu sei agora. Eu sempre soube, mas eu me perdi.

    Tudo deu errado e eu Lhe culpei pelo que eram as consequências das minhas escolhas, palavras e ações.

    A questão era crer. Me permitir crer.

    Apenas não fazer julgamentos. Deixar de lado todas as dúvidas e perguntas.

    Apenas crer. Sentir.

    E então saberei.

    Ansiava por paz. Eu a encontrei.

    3. Mas acabou de começar!

    E onde se inicia uma história?

    O final nem sempre é realmente o fim de tudo. E, às vezes, a continuidade é o início.

    Às vezes, a continuidade é a nova fase. Um reinício.

    Antes do Fim

    Há sempre muita coisa para acontecer. Toda jornada é repleta de momentos que se entrelaçam e formam o conjunto da obra. Analisar os velhos tempos é essencial para assimilar os acontecimentos da atualidade.

    Eu vou te contar como tudo começou. Como cheguei até aqui.

    Então que Deus nos abençoe, e que saiamos vivos dessa!

    1. O marco

    Durante a minha pré-adolescência, dentre várias dificuldades e obstáculos, conheci um terrível vilão: o bullying. Embora, para aqueles que me importunavam, fosse apenas uma brincadeira, eu fui afetado por aquelas constantes sessões de constrangimento e intimidação.

    Isso tomou proporções enormes em minha vida, me prejudicando até a fase adulta. Entretanto, naquele período, a primeira coisa a ser arruinada foi meu histórico escolar.

    Cada dia em que eu chegava em casa após a aula sentia um alívio. Ufa, um dia a menos. Cada dia era uma batalha, pois eu nunca sabia o que esperar, já que ora me importunavam mais, outrora me deixavam em paz.

    Eu estudava de manhã e, nos dias mais frios, os valentões não apareciam. Até porque, quando vinham, nem estudavam

    Com o tempo e com as terríveis experiências que eles me proporcionaram, aprendi a evitar certas situações. E sempre — sempre — torcer para que não viessem.

    Consequentemente, comecei a me ausentar muito na escola durante essa época, sempre inventando pretextos para a minha mãe. Geralmente era gripe, dor de cabeça ou dor de barriga. Ou então inventava que por algum motivo não haveria aula, no dia em que eu não tinha ânimo para comparecer.

    Com o passar dos anos, todos, incluindo colegas e professores, passaram a achar que eu era um menino bastante doente. Pois, na maioria das vezes em que eu fingia estar doente para faltar à aula, minha mãe me levava ao médico para receber um atestado e justificar minha ausência.

    A minha aparência colaborava deveras. Sempre fui pálido, pura pele e osso e andava todo torto. Já pensavam que eu tinha problemas de saúde por conta da minha aparência, de modo que, quando comecei a faltar na escola, tiveram convicção.

    As meninas, em sua maioria, me olhavam com pena. Algumas tinham nojo de mim.

    Na infância, eu, acompanhado de um grande amigo, azucrinava algumas garotas. Dentre elas, uma que esteve na minha classe durante uns cinco anos. Essa eu sabia que me detestava e cochichava com as amigas em tom de escárnio, fazendo contato visual comigo.

    Nesse tempo, surgiu outro problema: a perda de amizades. Conforme crescíamos, meus amigos queriam se encaixar entre os descolados, por conta disso, talvez até inconscientemente, foram se afastando. Pois nem todos queriam estar próximos do esquisitinho.

    A minha lista de amigos diminuía a cada ano durante a adolescência. Os caras com quem eu tive diversas conversas, dei boas gargalhadas e formei uma grande parceria, mudaram...

    E quanto a mim? Bem, eu continuava me tornando cada dia mais estranho.

    Por conta dos meus genes, eu tinha tendência a ser alto. Alcancei a faixa dos 1,80 m. Imagine alguém dessa altura, extremamente magro. E, é claro, tinha uma péssima postura.

    A escola era um inferno diante desses empecilhos. Caminhar pelo pátio, sendo observado pelos outros, imaginando o que falavam de mim pelas costas, era uma tortura. Eu odiava a escola! E odiava, mais ainda, ter que ir para lá.

    Durante a adolescência, vendo que já não podia fingir estar doente toda semana para ficar em casa, já que meus pais ficaram calibrados quanto às minhas artimanhas, comecei a fugir da aula.

    Eu saía de casa como quem ia para a escola, porém passava a manhã perambulando pelas ruas. Sempre cuidando, obviamente, para não ser avistado por nenhum conhecido ou por alguém da minha família. Cheguei a ficar dias a fio sem ir à escola.

    Mais tarde isso ainda me complicaria, entretanto a escola onde eu fazia o ensino fundamental não me exigia tanto. Eu conseguia me virar quando o assunto era as minhas notas.

    Todavia esse foi o início de uma sequência de bobagens que eu iria fazer ao longo do tempo.

    Nem todas as idiotices que aprontei eram justificáveis. Porém, em geral, era tudo pela mesma razão: o fato de eu não conseguir lidar com meus problemas. Hey God, why me?

    Sempre tive consciência de que todos têm algum tipo de problema, em grande ou pequena escala, e de que eu não era o único. Sempre estive consciente de que milhares de pessoas no mundo inteiro sofrem situações semelhantes ou piores. Entretanto o fato de saber que jamais fui o único cidadão do planeta que, por determinada razão, estava sofrendo, não diminuía a minha dor.

    A ida ao ensino médio me apresentou um novo desafio.

    Normal, né? Todo mundo passa por isso. Porém tudo deu errado.

    Eu era super, hiper, mega tímido! E, após nove anos estudando no mesmo lugar, cercado de rostos conhecidos, fui para uma nova escola.

    Pouquíssimos colegas do colégio antigo foram para lá. Eu era um esquisito, morrendo de medo naquele mundo de desconhecidos.

    Ao longo dos meses, na minha classe,

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