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Ser feliz não é ser perfeito
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Ser feliz não é ser perfeito
E-book77 páginas46 minutos

Ser feliz não é ser perfeito

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Sobre este e-book

Marina é uma linda jovem sonhadora que busca fazer das dificuldades um sonho, uma vida. Ela é casada com Júlio, ambos têm deficiência visual e mostram que a felicidade não existe só na perfeição.
Marina está deitada sobre a maca. Júlio está sentado ao lado dela. Do outro lado está uma médica com um aparelhinho na mão, o qual passa sobre a barriga da jovem gestante e, com a outra mão, ela mexe no mouse, olhando para a pequena tela em sua frente. Tudo o que esse maravilhoso casal quer é buscar meios de viver a vida intensamente, o dia a dia, como qualquer outra pessoa dita normal. Nada impede que Marina vá ao supermercado, seja uma boa dona de casa e se torne uma mãe maravilhosa, que ama sua pequena família recém-formada com seu esposo Júlio. Júlio, como um bom pai de família, também trabalha fora e é habilidoso como qualquer outra pessoa que trabalha com programação. Batendo aqui e ali com suas bengalas, ambos caminham na direção certa de seus objetivos.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento18 de jul. de 2022
ISBN9786525419794
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    Ser feliz não é ser perfeito - Ivanes Nunes

    Prefácio

    Essa obra é baseada na minha história de vida, que vivo com minha pequena família.

    Os nomes, com exceção de Igor, são fictícios.

    Tornar-me mãe foi o presente mais lindo e abençoado por Deus.

    Assim, inspirei-me em contar um pouco dos mais belos momentos que vivo juntamente com o meu esposo e meu filho.

    Falar um pouco das dificuldades, dos desafios que enfrentamos em nosso dia a dia, pois é preciso muita coragem para enfrentarmos as imperfeições do dia a dia mesmo.

    Para todos nós, sim, todos nós seres humanos, com deficiências ou não, branco, negro, pardo, amarelo, dito diferente, dito normal, todos nós seres humanos temos nossos altos e baixos na vida.

    Feliz é aquele que consegue, com muita fé em Deus, dar a volta por cima.

    É como diz uma canção cuja autoria desconheço:

    Ser feliz, não é ter uma vida perfeita.

    Eu já diria:

    Às vezes temos de sorrir para escondermos as lágrimas, pois assim nos tornamos positivos e a positividade é o segredo de uma linda felicidade.

    A vida é um milagre de Deus e cabe a nós torná-la bonita.

    Dedicatória:

    Aos meus filhos, Igor e Theo, minhas razões de viver e bênçãos divinas.

    Ao meu esposo Jefferson Campos Beck, que comigo enfrenta as tempestades e os leões do dia a dia.

    Sou grata a ele, que me apoia em minhas decisões e muitas vezes nas minhas indecisões também.

    Obrigada, Deus, pela inspiração. Obrigada, minha pequena família, que tanto amo.

    Prólogo:

    Naquele final de tarde de março de 2020, com aquele sol dourado, que já se escondia em partes por trás das verdejantes montanhas, Marina desce do ônibus com sua mochila nas costas e guiando-se com sua bengala.

    Abatida e cansada, caminha em direção ao apartamento onde reside com seu esposo, Júlio, e o pequeno Igor, filho do casal.

    Ao entrar no prédio, a mulher sobe os quatro lances de escadas e, ao abrir a porta principal de entrada do apartamento, é surpreendida pelo pequeno Igor, de apenas cinco anos de idade, que vem ao encontro da mãe. Ao tocar na barriga de Marina, ele vai logo dizendo:

    — Mamãe, tem um bebê aqui.

    Marina sorri e pergunta, ao perceber que Júlio também se aproxima sorrindo:

    — Um bebê? Como assim?

    — Ué, não lembra do exame que acabastes de fazer? – pergunta Júlio.

    Ao abaixar-se, ela dá um abraço no pequeno Igor, que já dizia:

    — É o meu irmão, mamãe, que está aí na tua barriga. Eu vou ganhar um mano.

    A criança, sorridente, retribui o abraço da mãe e Júlio junta-se a eles. A pequena família comemora com um longo abraço aquela linda notícia.

    Parte 1:

    Centro de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

    Dia cinzento, uma leve chuva, pessoas muito bem agasalhadas andam pelas ruas da cidade.

    Carros que vão, carros que vêm nas principais ruas. Entre essa multidão, uma jovem, cabelos castanhos escuros, pele clara, com o olhar um tanto diferenciado por uma cegueira. A jovem carrega no ombro uma bolsa e, numa das mãos, guia-se com uma bengala branca, com a ponteira amarela. Batendo sua guia no chão, da esquerda para a direita, vice-versa, ela tenta seguir seu caminho próximo à parede dos prédios, onde estão estabelecimentos comerciais e residenciais.

    Aqui e ali, pessoas passam pela jovem, conversam e não se dão conta de que precisam tomar cuidado com os outros pedestres, pois na rua há pessoas que não as estão vendo.

    Em certos instantes, pessoas paradas nas vitrines, ao sentir a bengala em seus pés, em vez de darem espaço para a jovem passar, pegam

    em seu braço e a desviam para a beira da calçada dizendo:

    — Mais pra esquerda! ‒ Paciente, ela desvia e procura novamente pela parede para seguir seu caminho.

    — Cuidado, a parede! – diz um senhor, que também seguia seu caminho por ali.

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