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Transitando
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E-book56 páginas54 minutos

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Sobre este e-book

Homem trans, pré-t, 36 anos, hetero e sonhador. Quer conhecer um pouquinho da minha história? Venha comigo! Aqui eu falo sobre meu primeiro relacionamento após me assumir trans, um pouco sobre meu trabalho e minha vida em geral.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de jun. de 2022
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    Transitando - Pedro Silva De Brito Oliveira

    TRANSITANDO –

    2022.

    Agradecimentos

    A todas as pessoas LGBTQUIA+ que continuam na luta.

    A todos que lutam pela causa.

    A minha ex-terapeuta, minha chefe e minha ex.

    Aos meus amigos que sempre estiveram ao meu lado me dando força e me ajudando a continuar seguindo em frente.

    E não menos importante, a Deus, que me tirou do fundo do poço.

    Dedicação.

    Dedico a todos os trans que continuam lutando para ter seu lugar no sol, com respeito, dignidade e reconhecimento, continuam lutando para poderem viver sem medo, sem preconceito.

    Dedico a todas vitimas de preconceito, racismo e gordofobia.

    Dedico as minhas amigas Paula Dias, Graziella Gouveia, Letícia Pereira e meu amigo Heverton Gouveia, que nunca sairam do meu lado e me ajudaram no momento em que mais precisei.

    Obrigado.

    Considerações finais.

    Como todos os outros livros, este também não passou por correções ortograficas, ou qualquer reparo, pensei e fui escrevendo, terminei e conclui, nada demais, este não é um livro profissional.

    Obrigado.

    Transitando – Um pouco sobre mim.

    Para quem não me conhece, sou o Pedro, homem trans de 36 anos, pré-t, solteiro e deficiente auditivo bilateral, é, tudo isso em um homem só rs. Ah! E

    também tenho depressão, ansiedade e sindrome do pânico.

    Eu me assumi como homem trans muito tarde, na minha época eu não tinha todas as informações que temos hoje, eu não tinha acesso a internet para pesquisar e ter todas as respostas ali prontas na tela do computador e eu não tinha com quem conversar, porque minha familia é religiosa, eles acreditam que o simples fato de uma pessoa ser LGBT já o ingresso garantido para o inferno e por mais que eu tenha tentado, não sei se consegui faze-los entender que isso não é uma escolha, não é algo como trocar de time de futebol ou escolher um novo sabor predileto.

    Já me perguntaram muito sobre minha religião, a verdade é que conforme eu fui crescendo, eu fui entendendo que não é uma religião que move a gente, que move nossa fé, é Deus. E eu acredito muito em Deus, tento respeita-lo o máximo que posso e sempre estou agradecendo por todas as benções e proteções, mas é isso, eu não sigo literalmente uma religião, respeito todas, mas não as sigo, para mim, é eu e Deus, o nosso relacionamento que importa, mas como eu disse, eu respeito todas as religiões que conheço.

    Enfim, eu tinha 30 anos quando me assumi, ou seja, há 6 anos, quando minha prima de 14 anos engravidou e ninguém disse nada, a furia ferveu tanto o meu sangue, que foi o suficiente para eu gritar para o mundo quem eu realmente sou, eu sempre quis me assumir, mas eu tinha medo e pelo visto, eu precisava apenas de um grande empurrão, um momento certo, ele veio e eu agarrei sem pensar duas vezes.

    Bom, eu já escrevi outros livros sobre a minha história como homem trans, que obviamente não fez barulho nenhum, mas mesmo assim eu continuo escrevendo, acho que as vezes, para lembrar a mim mesmo da minha trajetória até aqui e talvez inspirar alguém.

    Nesses ultimos dias estive muito pensativo, sem esforço nenhum, me veio a cabeça de quando eu era apenas uma criança e eu não sabia nada sobre o mundo, sobre a humanidade, sobre mim mesmo.

    Eu não sabia que o mundo poderia ser tão cruel assim e que apenas uma parte dele ainda vale apena ser vista, eu não sabia que nós humanos que estragamos o planeta, estragamos tudo o que era lindo e maravilhoso, tudo o que Deus criou para termos uma vida incrível aqui na terra e pior ainda, eu não sabia que passariam décadas e continuariamos estragando tudo, dia após dia, mas o que mais me doeu

    aprender, é que as pessoas são capazes de matar outras pessoas só pelo simples fato delas serem diferentes do que a sociedade definiu como padrão, me lembro de muito me perguntar, quem era o idiota que se achava dono da sociedade para definir o que era ou não normal, o que era ou não aceitavel, eu queria sentar e conversar com ele, tentar entender seu ponto de vista para aceitar que ele não tinha só minhocas na cabeça, levou um bom tempo até eu entender que não existe exatamente um dono da sociedade, as pessoas são a sociedade, que inclusive, foram escrotas por muito tempo.

    Eu não sabia que as pessoas são capazes de ofender, bater, abusar e até matar qualquer outra pessoa que seja diferente, não importa

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