Megatério, A Lenda Do Mapinguari
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Megatério, A Lenda Do Mapinguari - Jonathas Brandao
MEGATÉRIO,
A LENDA DO MAPINGUARI
Jonathas Brandão
INTRODUÇÃO
A floresta amazônica esconde muitos segredos. Mitos e lendas circulam entre os ribeirinhos, histórias arrepiantes que muitos caçadores juram de pé junto que são reais e que eles viveram realmente a experiência. Mas até onde as histórias são reais ou não passam de contos fictícios para assustar a mente das crianças?
Várias lendas parecem fantasiosas demais: um boto que se transforma em homem para seduzir moças belas e virgens; Uma cobra grande que pode se transformar em homem, um índio que foi amaldiçoado por Tupã e transformado em peixe ou o Megatério, uma criatura que os cientistas afirmaram haver sido extinto a cerca de 6.000 anos, mas que os povos indígenas e ribeirinhos afirmam que ainda existem nas entranhas da floresta amazônica e aterrorizam os homens que se arriscam na floresta em busca do sustento de suas famílias. Nas comunidades e povoados amazônicos essa fera é conhecida como o terrível Mapinguari e, ao contrário do que os cientistas afirmam, essa fera não está extinta e muito menos é herbívora, fato comprovado por um grupo de pessoas que moram na pequena comunidade Bela Vista, no Igarapé do Jaraqui, a 60 km da capital amazonense.
De uma forma terrível, esse grupo de pessoas não somente descobriu que essa fera lendária existe como também terão que descobrir como combatê-la para que ela não se torne uma ameaça não somente para a comunidade mas para todas as outras comunidades e povoados da região .
CAPÍTULO 1
O COMENTÁRIO DOS ATAQUES
Jaraqui, setembro de 2001, sete horas da manhã. Jhon se prepara para um novo dia, mas não é qualquer dia. O que acontecerá naquele dia mudará para sempre não somente a vida de Jhon, mas a história de toda comunidade Bela Vista, e ele aprenderá, de uma maneira bastante cruel, que todas as histórias que ele ouviu de seus avós, tios e anciãos daquela comunidade sobre a lenda de um terrível monstro que habita nas entranhas da floresta amazônica são reais. Mas antes, vamos voltar um pouco na história.
É o mês de setembro, e o verão amazonense é impiedoso nesta época do ano. Mas isso não impede Jhon de fazer o que ele mais gosta, que é caçar com seu pai Antônio. Só que os planos da caçada seria, de certa maneira, mudada, pois, diferente das demais caçadas, seu Antônio teria um alvo específico desta vez, mas ele ainda não sabia disso naquela manhã. A alguns dias antes, uma fera, ainda desconhecida, havia visitado
a comunidade à noite e levado consigo, em uma noite, um cachorro, em outra, um bode e na noite anterior aos eventos que estão prestes a acontecer, um boi havia desaparecido. Todos na comunidade estavam atônitos com a situação , então resolveram pedir ajuda ao seu Antônio, que era experiente caçador, tendo ele experiência adquirida na fazenda de seu pai que ficava às margens do Rio Solimões e em seu período em que esteve no exército.
Seu Antônio, como de costume, pela manhã, estava olhando a malhadeira que tinha esticado em seu porto e colhia os peixes, quando uma canoa se aproximou. Era seu Francisco, o presidente da Comunidade Bela Vista e seu filho Marcelo, um amigo de Jhon, que foi até ele para pedir ajuda.
- Bom dia Antônio! – Saudou seu Francisco.
- Bom dia Francisco! A que devo a honra de sua visita? – respondeu seu Antônio.
- Soube dos ataques na comunidade? – Perguntou Francisco.
- Fiquei sabendo, o Manel passou por aqui e me falou – respondeu seu Antônio – de que vocês suspeitam?
- Alguns estão falando que foi uma onça, mas tem umas pegadas que não parecem ser de onças e são muito grandes para ser de onça. O senhor é o caçador mais experiente da