Parcial De Nua E Crua
()
Sobre este e-book
Relacionado a Parcial De Nua E Crua
Ebooks relacionados
Autobiografia de um homem inexistente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTomo conta do mundo: Conficções de uma psicanalista Nota: 3 de 5 estrelas3/5O Culto Do Lobo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBela Vista Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Guardião da última fada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO fio do destino Nota: 5 de 5 estrelas5/5Atalho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPanarquia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO gato preto e outros contos de terror Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAprender a falar com as plantas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Bate-papo com o além Nota: 5 de 5 estrelas5/5Dr. Archimedes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Gato Preto e Outras Histórias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNas Ruas De Tranca-ruas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA rainha dos condenados Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Calhamaço Das Abstrações Concretas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCrônicas Mundanas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAriel E Martinica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasElogio Da Loucura Do Poema Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Livro Da Longa Jornada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Tumba Nota: 4 de 5 estrelas4/5Resquícios de partículas dos fragmentos de estilhaços das lascas dos cacos do mosaico de um eu [ao vento…] Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSituação de Risco: o amor simplesmente acontece Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJoe: A morte dos sonhos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Como ser um idiota Nota: 0 de 5 estrelas0 notasExtemporâneo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasReminiscências Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Veras Quimeras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLivro do Desassossego Nota: 4 de 5 estrelas4/5Almas Eleitas Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Artes Cênicas para você
Contos Sexuais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Proposta Nota: 3 de 5 estrelas3/5O abacaxi Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Procura Nota: 5 de 5 estrelas5/5William Shakespeare - Teatro Completo - Volume I Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGlossário de Acordes e Escalas Para Teclado: Vários acordes e escalas para teclado ou piano Nota: 5 de 5 estrelas5/5Contos De Carmélia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasStanisláviski e o trabalho do ator sobre si mesmo Nota: 3 de 5 estrelas3/5Danças de matriz africana: Antropologia do movimento Nota: 3 de 5 estrelas3/5Ordem Das Virtudes (em Português), Ordo Virtutum (latine) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA arte da técnica vocal: caderno 2 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA arte da técnica vocal: caderno 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo fazer documentários: Conceito, linguagem e prática de produção Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo Escrever de Forma Engraçada: Como Escrever de Forma Engraçada, #1 Nota: 4 de 5 estrelas4/5Os Crimes Que Chocaram O Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAdolescer em Cristo: Dinâmicas para animar encontros Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOratório Métodos e exercícios para aprender a arte de falar em público Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Acordo Nota: 4 de 5 estrelas4/5Da criação ao roteiro: Teoria e prática Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sexo Com Lúcifer Nota: 5 de 5 estrelas5/55 Lições de Storyelling: O Best-seller Nota: 5 de 5 estrelas5/5Cinema e Psicanálise: Filmes que curam Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo falar no rádio: Prática de locução AM e FM Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Amor Não Dito Deveria Ser O Som Mais Alto De Todos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCriação de curta-metragem em vídeo digital: Uma proposta para produções de baixo custo Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Mise en scène no cinema: Do clássico ao cinema de fluxo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os Cossacos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO rei Lear Nota: 4 de 5 estrelas4/5Direção, atuação e preparação de elenco: os processos de criação de atores e atrizes no cinema brasileiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Categorias relacionadas
Avaliações de Parcial De Nua E Crua
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Parcial De Nua E Crua - Marcos Toni Procópio De Sousa Ou Mark T.
Content
NUA e CRUA
MARCOS TONI PROCÓPIO DE SOUSA
MARK T.
NUA e CRUA
1ª – Edição
Ano – 2014
Entremeado num caos, para mim, definidamente visível,
para mim, altamente audível, no momento crucial, suas diligências.
Não se esquece daqueles para quem nos avessamos, da-
les que, devido às sábias orientações, conduz-nos até a sanidade, a-
través de prescrições adequadas.
À Priscila Zanetti; à doutora. Alexandra Oliveira.
E porque o Brasil praticamente tem sido esse Texas.
INTRODUÇÃO
Bolei de imediato pelo menos as raízes, a essência desta estória.
Sonhei que era um animal sujo e sem valor, apesar de, ironicamente, enormemente apreciado. Mas excepcionalmente somente porque rosado e grunhidor estridente.
Vale dizer, tornei-me vegetariano, em definitivo, aos vinte e três anos, após duas ou três recaídas – sim, o termo cabe. Mas o que é tratado aqui não a isso em primazia se refere, pelo menos não exatamente é o núcleo do conto. Mas no sonho era justificado por um estigma criado inevitavelmente também por mim, mesmo que em razão da minha própria biologia, da mera circunstância de ser, o que é forte, nos define, por termos nascido de deter minado modo... incrível, assustador... Estigmas, na maioria esmagadora das vezes, por si só, originam-se disso tudo.
Do início ao fim, estava em posse de uma figura que não ia além do mistério e não isso era sinistro, causa do meu mais inabalável terror. Sentia que seria, além da habitual, de formas absurdas consumido e se faz necessário ressaltar não ser (não apenas) a matança, sim, brutal, que, numa humilde, porém, não ingênua opinião, suprime os seres (no caso, constituídos de sistema nervoso, vale detalhar) comíveis o motivo pela decisão particular.
A diferença era que me conscientizava de que as consumações viram, fatal ou sequencialmente dolorosas, a de um tipo, primeiro, a do outro
, ao meu ver, tão perversa quanto, em seguida, convenientemente aquele que me tinha, isso sem falar nos repetecos da primeira – me refiro à fome orifícios carnosos, logicamente. Durante todo o percurso aparentemente sem fim, por onde era firmemente carregado, a certeza disso era inviolável, resumida e literalmente, todo o meu horror – justificado, não? Afinal minha mente, pelo menos ela, era humana.
No entanto, nada de fato ocorreu além da minha paranoia, ou a perspectiva sempre justificável nos rodeando de dentro. Porque o medo não nasce sozinho, é provocado ou por fatores concretos além das superfícies ou por razões impregnadas, atuantes no inconsciente. Quanto ao último, sem pre estará lá, pois, simplesmente no formato original de memória traumática, inapagável. A mente não pode ser convencida do contrário.
O restante do enredo não se identifica em nada com o pesadelo além disso.
E tudo veio depressa, tendo esse fato – das nossas vulnerabilidades,
fragilidades das mais simples, nossa capacidade de uma hora para outra definir a vida restante imediatamente após o trauma –, como se tendo-o colado nos olhos, por sob essas telas cortinadas. Tinha à mente, mão construtora primeira, o que nos cerca, adornando-nos por nossa própria, direta e indireta mas constante manutenção social humana, uma, até certo ponto, invisível consequência. Ou seja, esta trama quase nada há de fantástica, pelo menos na questão possibilidade, nada. Isso, claro, para os que, curiosos, fazendo valer esta vida, única, procuram simplesmente conhecer a obscuridade que, creio, é também nossa essência natural, biologicamente vari ável provavelmente. O que cada um faz a partir da vontade, sendo possível ou não, é outra questão também nada mera. Afinal, não é a não ser um painel só os arredores e a própria vida, no geral, a realidade de fato múltipla e na-da relativa – desde que relevado que se repete, tudo de básico então conhecido cada vez mais milenarmente pelo homem –, verdadeira demais, pois cujo plano, e não pano de fundo, ao contrário do papel, não é claro, mas se constituí naturalmente de pura e densa negridão, e esta, depende não de fonte alguma? Sem sol, o que teríamos, e seríamos distintos – mais sinceros, mais libertos talvez? De fato natural, é somente onde tudo exis tente sem a luz não sobrevive, porque devemos, acima da mecânica simples da ciência, combater a todo instante o substrato interior dela herdado, em nós mesmos: a escuridão. Pois é o ambiente onde tudo é rascunhado e a partir disso nasce, evoluí, involuí. Pessoalmente, creio ser um baita equívoco não considerar tal cor (preto) o oposto, a mistura de todas as outras e, porque não, coisas, por essência lógica. Então não há porque temê-la, sim?
Mas decidi ainda na juvenil madrugada iniciar a trama. E sabe, en- quanto o fazia, surgiam ideias e ressurgiam melhores, ou bem piores para os protagonistas, no caso, coadjuvantes, tendo consciência da dimensão da consequência, e não do significado idealizado da sociedade. Com um óculos dos derradeiros tempos do último século e deitado num colchão, por opção, rente ao chão de meu degradado, porém, igualmente lúdico quarto, lembrei-me: deveria trocar a lâmpada, ultrapassada, mas não por isso, por uma das atuais que infelizmente destoam a coloração de tudo no ambiente, e, a-lém – excêntrico, reconheço –, interligadas às redes, como a tevê e o seu sinal, imensamente. Parei por um segundo os pensamentos crescentes e tratei de fazê-lo.
A outra lâmpada cheirava como pão fresco (no meu gosto, sulfite no vinho) quando a retirei da embalagem, destarrachei a antiga e a instalei no lugar, branquinha... um instante antes de apertar o interruptor, imaginei que a partir de então a luminosidade no estreito cômodo daria a impressão maior de um aposento de pior categoria, mas hospitalar, instantaneamente, de tão impessoal, e isso somente é que o tornou detestável, afinal, nossos
lares. Quanto a conservação do lugar, ambientes indesejáveis não nesse as- pecto, na asquerosidade, são perfeitos para inspirarmo-nos e desenvolver mos enredos de amedrontar. Claro, desde que queira dar à trama