Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Parcial De Nua E Crua
Parcial De Nua E Crua
Parcial De Nua E Crua
E-book77 páginas1 hora

Parcial De Nua E Crua

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Parcial de Nua e Crua, que introduz o drama de Dante, texano no ermo do Estado americano, onde vive desde a infância, quando criado - APENAS - pela babá estrangeira, então, diante de Catherine e sua mãe Verusca, vizinhas, únicas vizinhas, depois de pouco mais de duas décadas, de condado.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de fev. de 2014
Parcial De Nua E Crua

Relacionado a Parcial De Nua E Crua

Ebooks relacionados

Artes Cênicas para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Parcial De Nua E Crua

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Parcial De Nua E Crua - Marcos Toni Procópio De Sousa Ou Mark T.

    Content

    NUA e CRUA

    MARCOS TONI PROCÓPIO DE SOUSA

    MARK T.

    NUA e CRUA

    1ª – Edição

    Ano – 2014

    Entremeado num caos, para mim, definidamente visível,

    para mim, altamente audível, no momento crucial, suas diligências.

    Não se esquece daqueles para quem nos avessamos, da-

    les que, devido às sábias orientações, conduz-nos até a sanidade, a-

    través de prescrições adequadas.

    À Priscila Zanetti; à doutora. Alexandra Oliveira.

    E porque o Brasil praticamente tem sido esse Texas.

    INTRODUÇÃO

    Bolei de imediato pelo menos as raízes, a essência desta estória.

    Sonhei que era um animal sujo e sem valor, apesar de, ironicamente, enormemente apreciado. Mas excepcionalmente somente porque rosado e grunhidor estridente.

    Vale dizer, tornei-me vegetariano, em definitivo, aos vinte e três anos, após duas ou três recaídas – sim, o termo cabe. Mas o que é tratado aqui não a isso em primazia se refere, pelo menos não exatamente é o núcleo do conto. Mas no sonho era justificado por um estigma criado inevitavelmente também por mim, mesmo que em razão da minha própria biologia, da mera circunstância de ser, o que é forte, nos define, por termos nascido de deter minado modo... incrível, assustador... Estigmas, na maioria esmagadora das vezes, por si só, originam-se disso tudo.

    Do início ao fim, estava em posse de uma figura que não ia além do mistério e não isso era sinistro, causa do meu mais inabalável terror. Sentia que seria, além da habitual, de formas absurdas consumido e se faz necessário ressaltar não ser (não apenas) a matança, sim, brutal, que, numa humilde, porém, não ingênua opinião, suprime os seres (no caso, constituídos de sistema nervoso, vale detalhar) comíveis o motivo pela decisão particular.

    A diferença era que me conscientizava de que as consumações viram, fatal ou sequencialmente dolorosas, a de um tipo, primeiro, a do outro, ao meu ver, tão perversa quanto, em seguida, convenientemente aquele que me tinha, isso sem falar nos repetecos da primeira – me refiro à fome orifícios carnosos, logicamente. Durante todo o percurso aparentemente sem fim, por onde era firmemente carregado, a certeza disso era inviolável, resumida e literalmente, todo o meu horror – justificado, não? Afinal minha mente, pelo menos ela, era humana.

    No entanto, nada de fato ocorreu além da minha paranoia, ou a perspectiva sempre justificável nos rodeando de dentro. Porque o medo não nasce sozinho, é provocado ou por fatores concretos além das superfícies ou por razões impregnadas, atuantes no inconsciente. Quanto ao último, sem pre estará lá, pois, simplesmente no formato original de memória traumática, inapagável. A mente não pode ser convencida do contrário.

    O restante do enredo não se identifica em nada com o pesadelo além disso.

    E tudo veio depressa, tendo esse fato – das nossas vulnerabilidades,

    fragilidades das mais simples, nossa capacidade de uma hora para outra definir a vida restante imediatamente após o trauma –, como se tendo-o colado nos olhos, por sob essas telas cortinadas. Tinha à mente, mão construtora primeira, o que nos cerca, adornando-nos por nossa própria, direta e indireta mas constante manutenção social humana, uma, até certo ponto, invisível consequência. Ou seja, esta trama quase nada há de fantástica, pelo menos na questão possibilidade, nada. Isso, claro, para os que, curiosos, fazendo valer esta vida, única, procuram simplesmente conhecer a obscuridade que, creio, é também nossa essência natural, biologicamente vari ável provavelmente. O que cada um faz a partir da vontade, sendo possível ou não, é outra questão também nada mera. Afinal, não é a não ser um painel só os arredores e a própria vida, no geral, a realidade de fato múltipla e na-da relativa – desde que relevado que se repete, tudo de básico então conhecido cada vez mais milenarmente pelo homem –, verdadeira demais, pois cujo plano, e não pano de fundo, ao contrário do papel, não é claro, mas se constituí naturalmente de pura e densa negridão, e esta, depende não de fonte alguma? Sem sol, o que teríamos, e seríamos distintos – mais sinceros, mais libertos talvez? De fato natural, é somente onde tudo exis tente sem a luz não sobrevive, porque devemos, acima da mecânica simples da ciência, combater a todo instante o substrato interior dela herdado, em nós mesmos: a escuridão. Pois é o ambiente onde tudo é rascunhado e a partir disso nasce, evoluí, involuí. Pessoalmente, creio ser um baita equívoco não considerar tal cor (preto) o oposto, a mistura de todas as outras e, porque não, coisas, por essência lógica. Então não há porque temê-la, sim?

    Mas decidi ainda na juvenil madrugada iniciar a trama. E sabe, en- quanto o fazia, surgiam ideias e ressurgiam melhores, ou bem piores para os protagonistas, no caso, coadjuvantes, tendo consciência da dimensão da consequência, e não do significado idealizado da sociedade. Com um óculos dos derradeiros tempos do último século e deitado num colchão, por opção, rente ao chão de meu degradado, porém, igualmente lúdico quarto, lembrei-me: deveria trocar a lâmpada, ultrapassada, mas não por isso, por uma das atuais que infelizmente destoam a coloração de tudo no ambiente, e, a-lém – excêntrico, reconheço –, interligadas às redes, como a tevê e o seu sinal, imensamente. Parei por um segundo os pensamentos crescentes e tratei de fazê-lo.

    A outra lâmpada cheirava como pão fresco (no meu gosto, sulfite no vinho) quando a retirei da embalagem, destarrachei a antiga e a instalei no lugar, branquinha... um instante antes de apertar o interruptor, imaginei que a partir de então a luminosidade no estreito cômodo daria a impressão maior de um aposento de pior categoria, mas hospitalar, instantaneamente, de tão impessoal, e isso somente é que o tornou detestável, afinal, nossos

    lares. Quanto a conservação do lugar, ambientes indesejáveis não nesse as- pecto, na asquerosidade, são perfeitos para inspirarmo-nos e desenvolver mos enredos de amedrontar. Claro, desde que queira dar à trama

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1