Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Situação de Risco: o amor simplesmente acontece
Situação de Risco: o amor simplesmente acontece
Situação de Risco: o amor simplesmente acontece
E-book314 páginas4 horas

Situação de Risco: o amor simplesmente acontece

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Uma explosão solar derruba vários satélites e dentre eles, um Norte Americano com segredos que o mundo não poderia saber.Dotado de uma tecnologia ainda não concebida, parte desses destroços resistiram a reentrada no planeta, oferecendo um risco iminente se alguém conseguisse se apoderar desses equipamentos.O problema realmente começa, quando a o governo americano detecta que esses fragmentos caíram em uma das regiões mais inóspitas do planeta. Um fosso, no alto do K2, a montanha mais mortífera do planeta.Um grupo especial, fora designado para esse resgate, porém, todos acabaram morrendo nessa busca insólita. Os registros, mostravam que apenas um homem havia cruzado aquele “Vale da Morte Gelado”, e por ironia, um escritor, que é chamado pelo governo americano para ajudá-los com o resgate. Esse escritor só acaba aceitando, ao perceber algo diferente nos olhos da cientista responsável por esse projeto, voltando ao Himalaia, um lugar onde havia jurado a si mesmo que nunca mais retornaria.Porém, a Mãe Natureza acabou reservando um final surpreendente para essa aventura...
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de jun. de 2022
ISBN9781526059451
Situação de Risco: o amor simplesmente acontece

Relacionado a Situação de Risco

Ebooks relacionados

Romance para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Situação de Risco

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Situação de Risco - MARCO TROZIDIO

    cover.jpg

    m. trozidio

    Situação de Risco

    o amor

    simplesmente

    acontece...

    São Paulo

    1ª Edição – 2021

    Copyright ©2017 – Todos os direitos reservados a:

    m. trozidio

    ISBN: ASIN: B093F2BF6J

    1ª Edição

    Maio 2021

    Direitos exclusivos para Língua Portuguesa cedidos à

    m. trozidio.

    Vendas:

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do conteúdo deste livro poderá ser utilizada ou reproduzida em qualquer meio ou forma, seja ele impresso, digital, áudio ou visual sem a expressa autorização por escrito de m. trozidio sob penas criminais e ações civis.

    O autor reserva-se o direito de atualizar constantemente o conteúdo deste livro e/ou do conteúdo fornecido via internet sem prévio aviso.

    Copyright © 2012 - Todos os direitos referentes aos Benefícios Adicionais Gratuitos são reservados à m. trozidio

    Agradecimentos

    Mesmo sem entender completamente todo o processo que envolve a minha vida, ainda assim, eu posso imaginar a complexa teia de relacionamentos que interage em um plano invisível, que realmente se mostra inatingível à minha compreensão, mas amplamente perceptível. Tenho consciência também da inteligência infinita contida em todo esse aspecto que me mantém vivo e protegido contra as intempéries que nos cercam. Agradeço assim a tudo e a todos, sempre e, principalmente a ela, a Mãe Natureza e sua inegável presença!

    m. trozidio

    Sumário

    Agradecimentos Mesmo sem entender completamente todo o processo que envolve a minha vida,

    Prefácio Nuvens frias contornavam o cume como se o estivessem acariciando lentamente. Um pedaço de rocha mais escura se destacava...

    Introdução ― É uma longa história, muito longa mesmo! – eu comecei assim, dizendo ao médico, me sentindo altamente incomodado...

    Capítulo 1 … doutor, tudo isso que eu vou lhe contar, eu fiquei sabendo depois que tudo aconteceu, depois que tudo foi concluído, assim, eu posso me esquecer de algum detalhe...

    Capítulo 2 ... três meses antes, a doutora Cinthia Bergson, chefe do centro de controle da operação Olhos de Águia, o satélite secreto, comunicava o Secretário de...

    Capítulo 3 ... desde que ocorrera o acidente com o satélite, e imediatamente foi detectado o local onde os destroços havia caído, a doutora Bergson se lembrou que eu, embora nunca tivesse...

    Capítulo 4 O coração da cientista disparou de forma inenarrável. De certo, havia a importância relacionada a sua missão, o motivo que a trouxera até o Brasil, mas também...

    Capítulo 5 A chuva finalmente perecia ter dado uma trégua quando os veículos atravessaram os portões de aço do consulado, com a sua enorme bandeira americana esvoaçando...

    Capítulo 6 ― Senhores! Como é do conhecimento de todos, a doutora Bergson foi até o Brasil falar com o homem, aliás com o único homem que temos conhecimento ter atravessado...

    Capítulo 7 Depois de aproximadamente uma hora, começaram as entrevistas. Dos 32 homens do grupo de operações especial, doze se voluntariaram para a missão...

    Capítulo 8 Imediatamente fui conduzido à outra sala, no final do corredor. Uma sala diferente, com uma mesa redonda no centro, forrada de mapas e equipamentos estranhos...

    Capítulo 9 Logo pela manhã, o general Lewis já estava em seu gabinete, ouvindo o diálogo que tivemos anteriormente, como ele mesmo falava: "o escritorzinho que surgiu para tirar a mulher...

    Capítulo 10 Algumas horas depois... Ela leu e releu várias vezes a mensagem, desejando responder imediatamente, mas acreditou ser melhor esperar um pouco...

    Capítulo 11 E assim os dias prosseguiram, comigo subindo o lado oeste do K-2 a montanha onde mais alpinistas morrem, a montanha considerada A Montanha Assassina ...

    Capítulo 12 O general Lewis estava falando com o secretário de segurança sobre o resgate. Informava-o que – surpreendentemente – um escritor, brasileiro...

    Capítulo 13 Imediatamente, comecei a empurrar com os braços o saco-de-dormir para cima, com os cotovelos apoiados no chão, e com as pernas encolhidas...

    Capítulo 14 Voltando a caminhar, agora mais atento, eu não conseguia deixar de pensar no bendito equipamento. Com absoluta certeza não era apenas um material de alta...

    Capítulo 15 — Miguel! Miguel! – É Cinthia! Continuando como um moribundo andando, esbocei um leve sorriso, achando irônico o que minha mente estava agora fazendo comigo...

    Capítulo 16 A noite estava prestes a assumir definitivamente o seu negrume, quando ao longe, eu avistei o acampamento base. Embora fosse um acampamento militar, eles tinham...

    Capítulo 17 Completamente estarrecido, com os olhos que deveriam estar desejando pular do meu rosto...

    Epílogo Eu acordei antes do dia clarear e mesmo ainda com os olhos fechados, eu senti a cama vazia. Olhei rapidamente para o lado e não encontrei a minha doutora....

    Outras Obras do Autos

    - Eu Sei Que Já Te Amei Antes – a certeza do amor

    - A Força de Um Caminho – procurando uma pessoa

    - Do Outro Lado – em algum lugar, em algum tempo

    - O Grande Palco – você escolhe o seu personagem

    - O Pirata Nobre – o amor transcende

    - O Amor Verdadeiro – para sempre

    - O Mercador – uma busca pelo conhecimento

    - Amanhã, um hoje que foi ontem – durante a pa

    Prefácio

    Aprendendo a respeitar o poder da Natureza.

    Nuvens frias contornavam o cume como se o estivessem acariciando lentamente. Um pedaço de rocha mais escura se destacava do incrível branco da neve que parecia desejar cobrir tudo abaixo de um céu muito azul. Com a visão nublada, vez por outra, era possível ver alguma coisa, enquanto outras, o sentir era a única substância plausível dentro daquele magnífico contexto. A própria história desconhece a origem do tabu que nos ensina que ao subirmos uma montanha, ficamos mais próximos de Deus. Desde que o homem resolveu desafiar os seus limites e se colocar em lugares onde o seu corpo não foi concebido para estar, essa história parece ter ganhado ainda mais força.

    Se chegamos ou não mais perto de Deus quando subimos uma montanha, principalmente no Himalaia, eu não sei, mas que mergulhamos sim em nosso mais profundo ser, isso eu posso garantir com toda certeza. Talvez a solidão de quem se arrisca a esse tipo de aventura, ou quem sabe a presença constante da morte, ou ainda a inexorável energia que parece eclodir de todos os cantos, não sei... só sei mesmo que o mergulho acontece e com ele, esse sentimento de estarmos próximos, muito próximos de Deus nos deixa com uma vibração completamente diferente da que estamos habituados a viver.

    Assim, se Ele habita dentro de cada objeto de sua criação, esse mergulho interno, realmente nos arremete a nossa própria origem, de encontro ao nosso verdadeiro Ser Divino.

    Introdução

    ― Senhor, lamentamos informá-lo, nós a encontramos. É nossa obrigação comunicá-lo. Ela estava a mais de 50 milhas do local do acidente. Sentimos muito senhor...

    ― É uma longa história, muito longa mesmo! – eu comecei assim, dizendo ao médico, me sentindo altamente incomodado.

    ― Bom, temos todo o tempo que você achar necessário – manifestou-se ele, tentando me deixar mais à vontade, mesmo eu sabendo que isso não era verdade.

    ― Sinceramente, eu nem sei por onde começar. É tudo tão confuso, tão inusitado que até mesmo para mim é difícil entender, quanto mais aceitar...

    O médico, jogando o corpo para trás, quase deitando a sua cadeira, cruzando os dedos atrás da cabeça e com aquele seu característico sorriso brincalhão, se manifestou:

    ― Você pode começar pelo começo...

    ― Por uma questão de princípio – eu completei, também com um leve sorriso desenhado nos lábios, só que totalmente sem graça de minha parte.

    ― Sim! Por que não? Então vamos lá…

    Um fio de Sol invadia o recinto pela fresta de uma janela quase que colada no teto, mostrando a dança de minúsculas partículas que pareciam subir em sua direção, naquela linda e fria manhã de Outono, às 10 horas e 30 minutos. Apesar da antiga mobília do consultório que lhe conferia um ar pesado, talvez a energia e simpatia do próprio médico, acabavam deixando o ambiente receptivo e altamente reflexivo, uma verdadeira mistura do antigo com o contemporâneo adaptada às suas necessidades. Velhas telas em óleo circundavam junto às paredes, não conseguindo esconder que já estavam no mesmo lugar há intocáveis décadas.

    O mesmo, poder-se-ia dizer das dezenas de livros na estante postada atrás do doutor. Sob os nossos pés, um tapete grosso, surrado, parecia mesmo cansado de ouvir muitas pessoas e seus relatos, sustentando uma pesada mesa de jacarandá, enegrecida pelo tempo, principalmente em seus profundos sulcos de entalhes feitos certamente por mãos de um magnífico artesão do século passado e que, certamente não estaria mais entre nós para contar os seus feitos. E assim, embalado em todo esse clima, essa história tinha que começar...

    Quanto a mim, depois de um ano lutando com os meus sentimentos e própria consciência, resolvi ceder e procurar ajuda novamente. Novamente porque no passado eu já havia visitado psiquiatras, psicólogos e afins, fazendo terapia e uso de medicamentos para depressão por anos consecutivos. E, o doutor Cassio, em particular, fora o meu primeiro médico, o primeiro psiquiatra que se dispôs, calmo e paciente, a ouvir todos os verdadeiros absurdos que a mente humana era capaz de criar e viver. Nesse ponto, vejo a necessidade de fazer uma observação que acredito ser relevante: naquela época, eu não tinha dinheiro para pagar essas sessões de terapia, mas, eu tinha um amigo psiquiatra. E ele, esse mesmo médico que estava agora a minha frente, me ouvia novamente depois de mais de 30 anos. Incrível como o tempo havia passado. Sinceramente eu não era capaz de conceber esse simples detalhe: mais de 30 anos...

    Apesar do tempo e prováveis centenas ou melhor quem sabe, milhares de pacientes que até então passaram pelo seu consultório, ele incrivelmente se lembrava do meu caso. Tudo bem que se tratava de coisas atípicas, quando eu sofria um conflito muito grande com uma promessa feita no passado, sofria com o meu alto grau de sensibilidade e ainda viva – constantemente – perturbado com imagens de séculos anteriores que insistiam em pulsar em meus pensamentos, ora por períodos medievais, ora por uma vida inteira lembrada quase que completamente com piratas, entre os séculos 17 e 18. Cenas, vivências que se faziam constantes no meu dia-a-dia e que, feliz ou infelizmente ainda me acompanham até hoje. Toda essa vivência a séculos atrás, foi a percursora do meu livro O Pirata Nobre, escrito inteiramente com base naquilo que eu acredito ter vivenciado. A diferença, entre hoje e 30 anos atrás, é que acabei aprendendo a conviver com tudo isso e fazendo uso dessas lembranças em meu benefício. Mesmo sem ainda aceitar definitivamente a possibilidade de se tratar de vidas passadas ou coisa assim, esse conflito ainda permanecia, fazendo parte da minha vida desde criança, mas agora, pelo menos naquele momento, não seria hora de mexer com tudo isso. Um fato ocorrido há pouco mais de um ano – definitivamente – me tirara do meu eixo, transformando a minha vida em um ponto de interrogação do tamanho do Universo.

    Quanto a ele, psiquiatra, profissão que herdara do pai, o doutor Cassio com seus cinquenta e poucos anos, trinta deles dedicados ao trabalho e estudo do comportamento humano, tinha como principal característica o seu jeito despojado de ser, de se vestir, de viver. Ninguém que não o conhecesse, diria que se tratava de um conceituado e respeitando médico dentro do seu segmento. Com mais de um metro e noventa de altura, um porte atlético, parecia sempre estar de bem com a vida, sempre brincando e fazendo piadas com tudo e com todos quando podia. Porém, quando se tratava do seu trabalho, parecia se vestir de um profissionalismo que impressionava pela – radical – mudança de comportamento quando estava com o seu jaleco branco. Um médico que além de médico, também se mostrava um grande amigo.

    ― Doutor Cassio...

    ― Miguel, – ele me interrompeu – nós nos conhecemos há muitos anos, se você ficar mais confortável, pode me chamar de Cassio, você se lembra, não?

    ― Tudo bem, eu vou tentar, afinal, faz muitos anos que não nos vemos...

    O Sol continuava entre nós dois. Aquele fio de luz dourada, agora tinha se movido um pouco para a esquerda, chegando na beirada da mesa, ainda refletia como um divisor entre nós, o mesmo Sol que dera início a toda aquela inusitada narrativa que lentamente começava a ser contada pela primeira vez a alguém, desde que tudo acontecera há pouco mais de um ano. E como às minúsculas partículas de poeira que continuavam subindo, aos poucos, as minhas palavras começaram a ser arrancadas por mim mesmo do meu peito, sendo colocadas à luz do dia, com muita dor, ceticismo e constrangimento.

    ― Como eu disse, trata-se de uma longa, uma longa história doutor.

    ― Recentemente, há pouco mais de um ano, eu vivi uma experiência que jamais, em toda minha vida acreditei ou imaginei ser possível. Tudo aconteceu tão rápido e de uma forma tão inesperada que às vezes, até para mim é difícil aceitar...

    Capítulo 1

    … doutor, tudo isso que eu vou lhe contar, eu fiquei sabendo depois que tudo aconteceu, depois que tudo foi concluído, assim, eu posso me esquecer de algum detalhe, ou mesmo não ter tido a sua devida informação, mas então, vamos lá…

    ...19 horas e 32 minutos do horário Greenwich, uma enorme explosão solar alerta todos os cientistas que monitoram o Solar Dynamics Observatory (SDO) uma sonda não-tripulada da NASA que estuda processos do Sol que afetam diretamente a vida na Terra, e cujo lançamento ao espaço ocorreu de Cabo Canaveral em 11 de fevereiro de 2010.

    Embora esses fenômenos fossem comuns, todos possuíam um certo padrão quanto ao seu potencial. Porém, este, impressionou a todos, pois até então, não havia registros catalogados, de uma explosão daquela magnitude.

    Uma correria desenfreada, ligações e contatos com autoridades americanas de alta-patente e um frenesi completamente incontrolável, tomava conta dos doze homens que ali trabalhavam. Os perigos eminentes, causavam um descontrole total em todos os cientistas que compunham aquele espaço de pouco mais de 150 metros quadrados, forrados de equipamentos de alta-tecnologia no coração da NASA. Não demorou mais do que alguns minutos para que os cientistas decidissem comunicar o Secretário de Defesa dos Estados Unidos sobre o que estava acontecendo, fazendo um breve resumo, prevendo às consequências desse evento.

    Diante do exposto, o Secretário e todos integrantes daquele departamento tinham agora como missão, acompanhar a onda eletromagnética que caminhava a uma velocidade supersônica em rota de colisão com a Terra e com isso, determinar com a máxima exatidão, não apenas o tempo de impacto, mas como também o local, ou os locais que possivelmente seriam atingidos.

    Todos nós sabemos que o nosso planeta possui uma proteção natural contra essas atividades solares tão comuns. Devido a sua rotação ser inversamente proporcional a do seu núcleo, que é basicamente composto de ferro incandescente, essa atividade produz um campo magnético que sai do Polo Sul convergindo em uma grande onda até o Polo Norte, protegendo-nos contra essa forte e nociva atividade eletromagnética, derivada das constantes explosões solares.

    Mas, essa, que acabara de ocorrer há poucos minutos, devido a sua grande proporção, tirou – literalmente – todos os integrantes daquele departamento de sua zona habitual de conforto. Todos tinham plena consciência que, caso o nosso escudo protetor não suportasse esse impacto, poderia destruir todo, ou no melhor das hipóteses, quase todo o nosso sistema de distribuição de energia elétrica, causando uma mudança radical em toda humanidade.

    Em março de 1989, uma forte onda magnética, derivada de outra grande explosão solar, atingiu a cidade de Quebec no Canadá, provocando um apagão e um prejuízo estimado em dezenas de milhões de dólares, além de todo transtorno causado até que todo o sistema elétrico pudesse ser restabelecido.

    Hoje, o mundo não é capaz de imaginar os reais prejuízos e riscos para todos, com uma falência total da energia elétrica. Tornamo-nos demasiadamente dependentes da eletricidade. Milhões de mortes por frio intenso, hospitais, UTIs sem energia para manter a sobrevida de milhares de doentes, aeroportos, controladores de voo, sistemas de transportes e navegação... os geradores, em alguns casos, poderiam suportar por algumas horas, dias talvez, mas com todas as linhas de transmissões destruídas, mais todos os transformadores, tudo isso para ser restaurado, levaria meses, anos até que a normalidade pudesse garantir a vida novamente no planeta.

    Agora, a impressão que se tinha, era de que o tempo passava cada vez mais e mais rápido. Completamente inoperantes, os observadores podiam apenas continuar monitorando a imensa onda magnética que seguia o seu inabalável curso em direção ao nosso planeta. Cálculos e mais cálculos eram fornecidos pelos enormes computadores do centro de observação Solar Dynamics Observatory, todos eles com prognósticos cada vez piores. Segundo o último boletim, o impacto aconteceria em 03 horas, 44 minutos e 32 segundos. O Secretário de Defesa, diante do potencial risco, decide comunicar o Presidente dos Estados Unidos da América sobre a real ameaça que o mundo estava vivendo.

    Depois de passar todas as informações preliminares, o próprio Presidente concluiu que nada, absolutamente nada poderia ser feito diante de um fenômeno dessa magnitude. Sua iniciativa, conforme o protocolo, era eminente: partir imediatamente para o bunker presidencial mais próximo. De lá, além de estar em total segurança a centenas de metros abaixo do solo, teria ainda estrutura e condições de manter o controle do seu governo por alguns dias, meses e até mesmo alguns poucos anos – se necessário – até que se pudesse ter normalizada a situação.

    Uma comitiva de mais de dez veículos presidenciais, blindados e com aparelhos de segurança e tecnologia de comunicação, são acionados e postos a uma neurótica jornada em direção ao bunker, enquanto os melhores cientistas e astrônomos do mundo inteiro continuavam monitorando a monstruosa onda magnética que avançava firme rumo ao nosso planeta azul.

    Com batedores e todo o aparato treinado para situações como essa, abriam caminho seguidos pelas quatro limusines e por outros seis carros de segurança e assessores. Não foi necessário mais do que poucas horas para que o Presidente estivesse entrando em seu bunker e sendo conduzido rapidamente para dezenas de metros abaixo da terra, para o seu gabinete especial. Uma sala completamente equipada com tudo o que de mais sofisticado existia em tecnologia e informação.

    Imediatamente estavam em contato com a NASA obtendo as mais recentes notícias sobre a proximidade da grande onda eletromagnética. Tudo havia acontecido tão rápido, que ficou decidido que não deveriam comunicar o restando do planeta, mesmo porque, não haveria o que ser feito a não ser mesmo, esperar acontecer.

    Os prognósticos não eram nada animadores. Mesmo plenamente conscientes do nosso escudo natural contra essa atividade solar tão comum, o que mais preocupava a todos, era sem dúvida o seu tamanho, a proporção e a força que ela mostrava, nunca registrada desde que esses estudos iniciaram em 2010.

    A preocupação com todo sistema elétrico e de comunicação, eram eminentes. Agora, faltando pouco mais de uma hora para o impacto, o Secretário de defesa solicitou aos controladores que fizessem uma projeção do local onde estariam todos os satélites americanos no momento exato da colisão. Além de todos os satélites que orbitam o nosso planeta serem catalogados e do conhecimento das autoridades do mundo inteiro, mesmo assim, alguns deles não estavam onde estavam, com os propósitos oficialmente divulgados. E essa, sem dúvida, era a maior de todas as preocupações das autoridades americanas e, era muito fácil entender o porquê.

    Todo mapeamento fora concluído quando faltavam apenas 44 minutos e 36 segundos para o impacto. Mesmo assim, ainda seria possível o acionamento – caso necessário – do dispositivo de autodestruição de um desses satélites, em especial o ZK3213. Porém, antes de autorizar a sua destruição, o Presidente solicitou uma análise completa do real risco que este estaria exposto com a onda solar, pois, ainda havia tempo para isso. Segundo os cálculos dos seus cientistas, o satélite poderia ser destruído até 10 segundos antes da colisão da onda que, certamente o destruiria também, porém, talvez não destruísse aquilo de mais comprometedor que ele possuía e mais, que poderia inclusive, resistir a reentrada na nossa atmosfera, por ter sido concebido com uma nova tecnologia ainda desconhecida pelo resto do mundo. Já o acionamento de autodestruição, estava exatamente programado para isso.

    Os dirigentes do observatório em conjunto com os assessores e controladores deste satélite em particular, começaram uma exaustiva e rápida sucessão de cálculos e mais cálculos, com o objetivo de munir o Presidente quanto à decisão a ser tomada: destruir o ZK3213 e jogar – literalmente – no lixo centenas de milhões de

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1