Calafrio Na Califórnia
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Calafrio Na Califórnia - C. R. Martins De Lemos
CAPÍTULO I - UM CADÁVER NO RIO
Sentado sobre o pequeno ancoradouro de troncos às margens do Rio Santa Clara, o jovem Cahal Misneach segurava uma vara de pesca a espera que algum peixe lhe fisgasse a isca. Estava desapontado, pois até então não havia obtido algum êxito em sua pescaria recreativa. Destarte, certo ar de frustração já começava a aflorar em seu semblante.
Ao lado de Cahal, fazendo-lhe companhia, a sua esposa Alanis Chisholm mantinha o rosto erguido e voltado para o sol outonal, que naquela hora matutina queimava-lhe levemente a tez clara.
Voltando-se para Alanis, que fechara os olhos devido aos raios do sol, Cahal falou:
– Se nenhum cardume aparecer, será melhor irmos para um outro ponto adiante.
Sem abrir as pálpebras, Alanis ponderou:
– Não custa nada tentar mais um pouco. Se não melhorar, então mudaremos de lugar.
– Então assim faremos – concordou Cahal, e sugeriu: – Alanis, na próxima pescaria seria bom irmos ao Lago Piru.
– Será ótimo, pois o Lago Piru é um lugar formidável para se conhecer e para a pesca! – aquiesceu Alanis, abrindo os olhos. Percebendo que algum peixe mordiscava a isca, avisou: – Veja! Tem um peixe mordendo a isca. Puxe!
De imediato Cahal se virou para o leito do rio. De fato, algo mordia levemente a isca no anzol. Sem grande esforço, fisgou um cat-fish. Por considerá-lo um pouco maior do que um alevino achou conveniente lhe devolver à água.
Mal o rapaz havia restituído o pequeno cat-fish ao leito do rio, para sua surpresa viu aparecer de repente a sua esquerda um homem desconhecido. O qual era seguido por três jovens mulheres.
O estranho indivíduo beirava os quarenta e cinco anos de idade. Tinha bigode e cavanhaque louros, queixo curto e sobrancelhas espessas. Enquanto as suas belas acompanhantes espalhavam-se pelas margens, ele aproximou-se de Cahal e Alanis no intuito de principiar um diálogo. Em tom amigável, indagou:
– Bom-dia meus jovens! Como está a pescaria?
– Até agora nada boa – respondeu Cahal.
– Não chegaste a fisgar nada?
– Nada que valesse a pena.
– Será que vai melhorar?
Cahal estranhou todo aquele interesse da parte daquele sujeito. Qual a razão dele fazer aquelas perguntas, se não estava ali para pescar, a julgar pelo modo de se vestir, visto que trajava calça social e camisa branca de linho com gravata. Compreendeu que talvez ele fosse do tipo de pessoa de mente curiosa, bisbilhoteira. Nesse caso se faria necessário lhe pôr um devido breque. Já que fazendo perguntas daquela maneira, estava lhe tirando a atenção da pescaria. Até sendo importuno.
– Não sei dizer – respondeu Cahal, evasivo.
– Assim é desanimador!
– Ora, para a prática da pesca é preciso ânimo e paciência.
– Paciência é o que eu não tenho. Prefiro pagar por tudo o que eu quero. Não é mais prático?
Alanis, que de antemão não havia se simpatizado com aquele indivíduo, intrometendo-se na conversa, respondeu:
– Ora, se o senhor não está aqui para pescar, seria mais prático nos deixar a sós, pois acabarás nos tirando também a nossa paciência.
Franzindo a testa, aborrecido com o comentário recriminador da moça, o sujeito fez menção em retrucar. Mas por conveniência desistiu. E habilmente, disfarçando o seu semblante de pessoa contrariada, pôs uma mão sobre o ombro de Cahal e se apresentou:
– Amigos, desculpem-me por não ter me apresentado antes! Não sei se vocês me conhecem. Eu me chamo Dick Percival. Sou advogado em Simi Valley.
Cahal se levantou, fazendo com que aquele indivíduo largasse a mão do seu ombro.
– Vocês pescam sempre aqui? – indagou Dick Percival – Perceberam algo estranho no rio?
Puxando o anzol de dentro do rio, Cahal olhou a isca, e redarguiu:
– Mas por que o senhor nos faz tantas perguntas?
Abrindo um sorriso forçado, Dick Percival se explicou:
– Não me entendam mal. Quero apenas ser cordial com vocês. Afinal, as pessoas precisam de bons advogados para livrá-los de algum crime praticado. Caso necessitem dos meus préstimos...
– Nós jamais precisaremos do senhor, esteja certo disso!
Uma das mulheres que acompanhavam Dick Percival, apontando para um trecho do rio a fim de chamar-lhe a atenção, gritou:
– Veja Sr. Percival, veja ali no rio! Olhe acolá!
Boiando lentamente sobre o leito do Rio Santa Clara, descia um corpo humano.
Ao ver o cadáver ao longe, Dick Percival afastou-se de Cahal para ir se juntar as suas acompanhantes.
Preocupado para que Cahal e Alanis não escutassem o seu diálogo com as suas acompanhantes, Dick Percival ficou a falar em sussurros, passando a impressão de que eles não estavam naquele local a recreio, ou por acaso, e sim por causa daquele corpo morto.
Quando o cadáver chegou a uma distância de trinta metros, uma das mulheres, sem se despir de suas roupas, mergulhou no rio. Suas braçadas foram rápidas e constantes contra a fraca correnteza, demonstrando que era boa nadadora. Segurando o defunto, ela o trouxe até às margens, onde as demais companheiras ajudaram-na a retirá-lo para fora.
Coordenando as suas acompanhantes, Dick Percival começou a dar ordens. Duas delas cercaram o cadáver como a querer que ninguém lhe prestasse atenção. Contudo o que Alanis chegou a perceber a deixou impressionada. Pois o corpo do morto estava bastante inchado, sem nenhum sinal de ferimentos aparente. Possivelmente ele havia se afogado.
Ao mexer em um dos bolsos da jaqueta do cadáver, fechado a fecho ecler, Dick Percival encontrou um canhenho, em cuja capa azul estava escrito: Passado e Memórias. Sem dúvida ele estava ali em busca daquele objeto, porquanto imediatamente o guardou zelosamente consigo.
Reconhecendo o canhenho e o cadáver, Alanis logo sentiu um tremor medonho no corpo.
– Missão cumprida! – exultou Dick Percival, apertando a mão de cada uma de suas acompanhantes.
Puxando Cahal para um canto, Alanis tinha o rosto lívido quando perguntou com voz trêmula:
– Cahal, você reconheceu o corpo afogado?
– Não deu para ver direito – respondeu Cahal.
– Mas eu vi bem. O corpo é do subchefe de polícia Kenny Sullivan – afirmou Alanis, com convicção.
– Será ele mesmo?
– Sim, com certeza.
– Mas o que pode ter acontecido com ele para morrer afogado aqui no Rio Santa Clara, tão longe de sua residência em Simi Valley?
– Nem imagino...
– Talvez ele possa ter cometido suicídio, ou terem-no jogado ao rio para se afogar.
– Mas se alguém o matou, quem poderá ter sido? – perguntou Alanis.
– Olha Alanis, é bem provável que tenha sido a Vovó Patifa. Dela se podem esperar muitas maldades.
– Caso tenha sido, como ela o atraiu para um local fora dos limites de Simi Valley?
– Ora, a pessoa possessa pela ganância facilmente cai na manipulação de alguém ardiloso. Além do mais, o Sr. Sullivan possuía uma chácara beirando este rio, comprado com dinheiro sujo pago através da Vovó Patifa. Pelo o que eu ouvir falar, era lá onde ele desfrutava os seus dias de folga com os amigos. Entre eles a Vovó Patifa.
– Ela é bem capaz de um crime assim. Possivelmente a Vovó Patifa, ou alguém a mando dela, foi até a chácara do Sr. Sullivan passando-se como seu amigo e o liquidou, calando-lhe a boca.
Cahal conjeturou:
– Então ciente de que o cadáver do Sr. Sullivan encontrava-se dentro desse rio, carregando consigo o canhenho com as memórias do Dustin Calafrio, Possivelmente a Vovó Patifa mandou essas pessoas aqui para recuperá-lo.
– Sem dúvida! E esse sujeito o pegou do morto, guardando-o consigo.
– Mas agora eu me pergunto: por que querer recuperar algo que não tem mais serventia já que ele não mais existe?
– Olha Cahal, o que eu sinto é que não podemos confiar nessa gente aí.
Afastando-se das margens do rio, as mulheres suspeitas levaram o cadáver do Sr. Sullivan até um carro esportivo de cor amarela, que estava estacionado distante em vinte metros na estrada de terra que dava no acanhado ancoradouro, e o puseram dentro do porta-malas.
Uma das moças ficando na direção do veículo fez o retorno. Apressadamente Dick Percival e as duas acompanhantes entraram nele. Sem retardo, o automóvel tomou a estrada. Percorrida algumas milhas, o carro se enveredou por um atalho em direção a Santa Susana Mountains, para dali chegar à estrada para Simi Valley.
Sem ânimo para prosseguir em sua pescaria, e intrigado pelo fato ocorrido, Cahal pensou: quem mais, além da Vovó Patifa, pode está interessado no cadáver do Sr. Sullivan? Só mesmo os que abominam dos mesmos delitos que ele. Era a única conclusão que ele poderia tirar daquele mistério. O falecido homem da lei não era tão importante para a segurança pública dos seus concidadãos, ou era? Talvez aquelas pessoas, a despeito do seu caráter ignóbil, apenas desejassem lhes prestar uma última homenagem e proporcionar-lhe um enterro digno.
Com a pressuposição de que aquele bando que ali estivera a resgatar o cadáver do Sr. Sullivan no Rio Santa Clara seria composto tão somente por pessoas de más índoles, Cahal guardou a vara de pesca no seu carro, e resolvido, já que aquele acontecimento o deixara sem entusiasmo para prosseguir em sua recreação, decidiu:
– Alanis, é melhor voltarmos para Simi Valley o quanto antes. O fato ocorrido aqui nos deve deixar em alerta quanto àquelas pessoas.
Taciturna, Alanis fitou o marido pensando em divergir, porque queria ficar um pouco mais para aproveitar aquele dia recreativo. Todavia, achando consistência no receio de Cahal, e dela própria também, acabou concordando. Entretanto os seus pés pareciam que estavam grudados no chão, tamanho era o seu estupor. A imagem daquele cadáver retirado do Rio Santa Clara e do canhenho com as memórias de Dustin Calafrio não saíam da sua mente.
– Você está bem querida? – perguntou Cahal, preocupado.
Alanis respondeu:
– Estava refletindo. Acho que aquelas pessoas estão a serviço deles...
– Deles?
– Do Dustin Calafrio e da Vovó Patifa.
– É mais que provável – concordou Cahal. – E nós que acreditávamos que havíamos nos livrado daquela corja.
– Tomara que eu esteja enganada, mas esse interesse pelo corpo do Sr. Sullivan foi somente para se recuperar o canhenho que estava com ele. E agora que estão de posse do canhenho, para quem ele servirá?
Sentindo um frio na barriga, Cahal disse:
– Caso Dustin Calafrio ainda esteja vivo, tudo que vimos aqui é um aviso de que corremos sério perigo de vida.
– Põe perigo nisso! Se ele é cruel com os seus inimigos não declarados, imagina conosco que o desafiamos. Como uma fera ferida e esfaimada, ele vai querer nos despedaçar – comentou Alanis.
– Se os asseclas dele souberem do nosso paradeiro...
– Informarão a ele. Querido, será que termina aqui o nosso sossego?
Indeciso, Cahal respondeu:
– Espero que estejamos enganados, para o nosso bem e para o bem de todos os moradores da região. Mas sinto que as maldades do Dustin Calafrio irão recomeçar – e apressado ele decidiu: – Alanis, nós temos que ir embora deste lugar.
– Isso! Vamos o quanto antes. Pois caso aquelas pessoas retornem aqui, elas poderão vir acompanhadas por alguém que nos possam reconhecer.
Apressados, Cahal e Alanis afastaram-se do ancoradouro e entraram no carro, desistindo da pescaria.
– Deixemos a pescaria para um outro dia. Vamos para casa! – disse Cahal, ligando o motor do veículo para tomar a estrada.
No trajeto, através da estrada que transpunha a Santa Susana Mountains, Cahal procurou apagar da sua mente à imagem cadavérica do Sr. Sullivan descendo o leito do Rio Santa Clara. Contudo, ao perceber que Alanis se mantinha muito inquieta, presa àquele fato inesperado, procurou motivá-la, dizendo:
– Talvez aquelas mulheres não tenham nenhum vínculo amoroso com o Dustin Calafrio, e ele esteja realmente morto.
– Tudo me leva a supor de que o mal não tenha terminado. Com o Dustin Calafrio, ou sem ele, o perigo existe.
– Mas caso o Dick Percival venha mesmo a entregar o canhenho para a Vovó Patifa, e daí?
– E daí é que aquela velha biltra é capaz de tudo para se vingar de nós.
– Sei disso. No entanto o maior perigo se chama Letharugosis. E com o fim do agente transmissor, esse mal não mais ocorrerá, porque todas as mulheres que seriam uma presa fácil para o Dustin Calafrio, agora estão livres daquele mal para sempre.
Alanis pegou um lenço de papel. Enxugou o suor da testa, e indagou:
– Será mesmo? O que foi feito do Dustin Calafrio? Dizem que ele morreu de fato e que os seus ossos viraram cinza em um crematório de Los Angeles.
– Você acredita nessa história?
– Não sei... É pouco provável. Mas, e se ele ainda estiver vivo? Será que ele ficou sem sequelas? E qual é o seu paradeiro? Não sabemos.
– O que eu sei é que ele não se encontra em nenhum hospital da circunvizinhança, e nem em Los Angeles – afirmou Cahal. – Talvez ele esteja recebendo tratamento exclusivo em um lugar privativo. Dinheiro ele tem para pagar os melhores médicos.
– Quem sabe ele não esteja se curando das feridas em alguma cidade fora da Califórnia? Bem longe daqui...
– Acredito que não. Provavelmente ele esteja sendo tratado em sua própria casa no Rancho Arcoblanco.
– É bem plausível. Se ele sobreviveu enterrado vivo debaixo da terra por cento e trinta e três anos, ele poderá sobreviver mesmo moribundo por mais um século sobre o leito de uma cama em sua própria casa.
– Tudo é possível quando alguém tem poderes sobre-humanos.
– Sabe Cahal, eu tenho receio de que tudo retorne outra vez. E dessa vez de forma ainda pior. Aqueles foram os piores momentos das nossas vidas.
– Nunca esqueceremos aqueles dias sinistros.
– A luta foi árdua. Muitos morreram...
– Mas nós vencemos.
– Será mesmo?
– Até agora estamos todos em paz. Não há mais delitos praticados pela quadrilha das malacas. Simi Valley voltou a ser uma cidade feliz, tranquila e segura como sempre foi. Agora, se o Dustin Calafrio ainda estiver vivo ele procurará restaurar o seu bando criminoso, e em contrapartida, tentará nos tirar do seu caminho, já que somos seus inimigos.
Indecisa, Alanis murmurou:
– Com ele vivo acabar-se-á a nossa paz e o nosso sossego em Simi Valley.
Cahal concordou. Depois dos meses de desassossegos em que tivera que enfrentar e derrotar a quadrilha de Dustin Calafrio, o que ele mais queria era usufruir de paz e tranquilidade ao lado da mulher que ele tanto amava. Mas, e se o Dustin Calafrio tivesse realmente sobrevivido aos seus gravíssimos ferimentos? Então deixar Simi Valley seria como se acovardar ante um iminente perigo que poderia aniquilar a vida de muitas pessoas. Aquele vilão era um potencial perigo para as jovens incautas e ingênuas das redondezas. Por isso era um dever seu lutar contra todas as forças tétricas advindas do sobrenatural. Era-lhe primordial que o bem prevalecesse sempre sobre o mal. E Dustin Calafrio era o tentáculo sinistro da moléstia. Todavia contra ele não pesava nenhum delito. Apenas havia acusações da parte dele e de Alanis. Acusações estas que pouco valeria para a justiça criminal, já que as pessoas e as autoridades supunham de que todos os delitos cometidos pela quadrilha das malacas eram fenômenos oriundos do além-mundo; e que acusar alguém vivente de tais crimes, seria um ato de injúria.
– Será mesmo que devemos abandonar Simi Valley? – indagou Alanis.
– Se fugirmos do perigo, brevemente não estaremos seguros em lugar algum do país – respondeu Cahal.
– Então você pretende...
Seguro, Cahal respondeu:
– Sim. Não existe outra saída. Não irei abandonar Simi Valley por causa de facínora algum, e nem deixarei que as maldades dele criem aqui raízes. Caso o mal ainda não tenha acabado, eu haverei de enfrentar pela última vez o sanguinolento Dustin Calafrio. Será arriscado, mas necessário.
– Quiçá consigamos alguma ajuda!
– De quem?
– Não sei.
– Todos que estiveram ao nosso lado já estão mortos e enterrados. Também não devemos confiar em toda e qualquer pessoa desconhecida.
– Concordo contigo.
Passando em um trecho da estrada margeada pelos capins e arvoredos, algo à frente fez Cahal frear o carro bruscamente. Era um enxame de abelhas selvagens em revoada a baixa altura. Alguns zangões acabaram se chocando contra o vidro dianteiro do seu veículo. Eles pareciam inquietos.
Horrorizada, Alanis levou as mãos à face. Exclamou:
– Minha nossa! São abelhas!
Enquanto fechava as janelas para impedir a entrada das abelhas, Cahal disse:
– Mas que coisa estranha!
– É apavorante! Mas qual a causa desse desassossego?
– Algo as assustou – supôs Cahal, e perguntou: – Mas o que está acontecendo?
Sem achar respostas para aquele inesperado ataque dos agitados himenópteros, Cahal, já refeito da má surpresa, deu prosseguimento ao seu trajeto. Logo o inquieto enxame de abelhas alçou voo alto em busca de uma nova colmeia.
– As abelhas já foram embora. Ufa, que dia sinistro! – suspirou Alanis, sentindo-se aliviada por um instante.
Todavia a trezentos metros adiante, o casal se deparou com uma gangambá e sua ninhada. As quais saindo do capão invadiam a pista. Cahal estranhou aquela inesperada aparição, já que aqueles animais tinham hábitos noturnos, e ainda era dia claro. Com cautela para não atropelar os mustelídeos, ele deu prosseguimento ao seu percurso.
Percorrido mais uma milha, algo chamou a atenção de Cahal e Alanis. Era o carro de Dick Percival que se encontrava parado em um acostamento à direita da estrada.
– Veja Cahal, aquele é o carro em que puseram o cadáver do Sr. Sullivan... – comentou Alanis.
Prestando atenção no veículo estacionado em local suspeito, Cahal percebeu que no seu interior não havia ninguém. Entretanto o porta-malas encontrava-se aberto, com a tampa levantada. Por achar aquilo suspeito, parou instantaneamente o seu carro em uma distância segura, e esperou, precavendo-se para não ter que reencontrar aquelas pessoas suspeitas. Pois se ambos fossem vistos ali, possivelmente eles poderiam imaginar que estavam sendo seguidos. E nesse caso, não se deveria esperar nada de bom da parte daquele grupo, pois possivelmente alguns deles poderiam estar armados e atentar contra a sua vida e da esposa.
A espera de Cahal e Alanis foi breve. Logo Dick Percival e as