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Sedução à meia-noite
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Sedução à meia-noite
E-book162 páginas1 hora

Sedução à meia-noite

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Sobre este e-book

A última aventura do milionário Harlan McClaren quase lhe custara a vida. Agora, só desejava estar sozinho e aquele porto afastado onde ninguém conhecia a sua identidade parecia ser o sítio perfeito. Mas, então, apareceu uma jovem inocente e sedutora que lhe pediu ajuda para resolver aquele terrível mistério...
Desde o primeiro momento que Emma Purcell ficou cativada pelos olhos angustiados daquele homem de passado obscuro. Mas não podia deixar que isso a distraísse da sua missão.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jun. de 2019
ISBN9788413280462
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    Sedução à meia-noite - Justine Davis

    Editado por Harlequin Ibérica.

    Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2004 Janice Davis Smith

    © 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Sedução à meia-noite, n.º 592 - junho 2019

    Título original: Midnight Seduction

    Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

    Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

    As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

    Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-1328-046-2

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

    Sumário

    Créditos

    Capítulo Um

    Capítulo Dois

    Capítulo Três

    Capítulo Quatro

    Capítulo Cinco

    Capítulo Seis

    Capítulo Sete

    Capítulo Oito

    Capítulo Nove

    Capítulo Dez

    Capítulo Onze

    Capítulo Doze

    Capítulo Treze

    Capítulo Catorze

    Capítulo Quinze

    Epílogo

    Se gostou deste livro…

    Capítulo Um

    Emma Purcell tentou concentrar-se e esquecer o ruído da avioneta. De qualquer modo, o seu negócio estava com a água pelo pescoço e, a continuar assim, com Frank Kean a exigir-lhe dinheiro pelo arrendamento, a Safe Heaven rapidamente se afundaria.

    Cortou o rumo aos seus pensamentos e suspirou. Embora não gostasse do mar, as metáforas marinhas não lhe saiam da cabeça desde que saíra do escritório do advogado. Desejara algo que a distraísse da dor insuportável que lhe tinha causado a morte do seu primo Wayne e as dívidas do seu adorado refúgio para animais, a Safe Heaven, e agora conseguira-o. Algo imenso. Algo em torno de uma grande questão: por que raio deixaria Wayne um barco a uma prima que odiava o mar?

    Estava a pensar vendê-lo quando o piloto anunciou o Monte St. Helens à direita do avião.

    – Poderia conseguir o suficiente para nos mantermos mais uns meses – pensou. – Ou, com alguma sorte, um pouco mais. Até poderia cortar o cabelo.

    Mas antes tinha de cumprir o que Wayne estipulara e, por isso, iria ver o Pretty Lady antes de decidir o que quer que fosse, tal como o seu primo lhe pedira na carta em código que recebera, de um modo inquietante, três dias após a sua morte. Devia-lho.

    Para enfrentar a tristeza que a invadia, obrigou-se a olhar pela janela quando se aproximavam do aeroporto SeaTac. Teve de admitir que aquela zona do Pacífico Norte era extremamente bonita. Nunca tinha estado naquela parte do país e agora perguntava-se porquê, pois, apesar de não ser uma aficcionada do mar, aquilo era diferente. Do ar, Puget Sound parecia um enorme lago calmo salpicado por ilhas e delimitado por penínsulas grandes e pequenas. Desde miúda que o oceano a assustava, mas aquele parecia mais seguro, pois não tinha ondas e, além disso, nunca se perdia de vista a terra firme, o que reconfortava o seu espírito de marinheira de água doce.

    – Não será para tanto – disse para si mesma enquanto preenchia os papéis para alugar um carro. – Talvez até pudesse fazer umas férias.

    O jovem sorridente por trás do balcão informou-a de que o seu destino estava muito perto. Só teria que tomar a I-55, seguir para a saída 177 e dirigir-se ao ferry que a levaria à outra margem a apenas alguns quilómetros do porto de recreio que procurava.

    A sua cabeça foi invadida por imagens de Charon e do seu barco a navegar pelo rio Styx. Afastou essas ideias e examinou o mapa no qual o jovem lhe indicava o caminho. Uma vez fora do terminal, tirou o telemóvel do bolso para ligar à sua infatigável assistente Sheila.

    – Já cheguei, sã e salva.

    – Fantástico! Já fechei todos os animais e o filho da senhora Santini veio buscar o Corky.

    – Ele vai regressar a casa?

    – Sim, amanhã. Queria que o Corky estivesse lá para recebê-la.

    Emma emocionou-se ao imaginar o reencontro entre a adorável velhinha e o seu terrier. Eram estas situações que faziam com que valessem a pena as longas horas de trabalho e de tensão para abordar estranhos e pedir-lhes dinheiro ou bens. Para isso criara o Safe Heaven, para cuidar dos animais de estimação quando os seus donos estivessem doentes ou feridos e não pudessem encarregar-se deles.

    – Repassarei tudo contigo esta noite – disse.

    – Nem penses nisso. Estas são as tuas primeiras férias em dois anos.

    – Mas…

    – Não me estarás a insultar, pois não? Não vais insinuar que não posso gerir este lugar sem ti.

    O aborrecimento de Sheila era fingido e Emma sabia que não era o que realmente sentia. Também sabia que a sua assistente era muito competente e não era senão a sua própria ambivalência que a punha nervosa. Deixou que a mulher lhe assegurasse que tudo iria correr bem e desligou após a promessa de não voltar a ligar a não ser em caso de emergência.

    Tentou distrair-se enquanto conduzia, concentrando-se na paisagem e pensando que devia a Wayne, pelo menos, o estar disponível para o que quer que ele tivesse encontrado naquele lugar e que o levara a ficar ali, tão longe do seu lar.

    Embora tenha concluído, por outro lado, que Wayne também não tinha qualquer motivo para regressar e custou-lhe não se sentir, naquele momento, mais ressentida do que nunca. A crueldade da família do seu primo afastara-o há já muito tempo, e agora estava morto sem ter alcançado uma solução para a questão. Ela tentara-o muitas vezes, tinha tentado em inúmeras ocasiões actuar como mediador, mas não o conseguira e os seus pais também não tinham sido de grande ajuda. Disse para si mesma, então, que isso já não importava; Wayne estava morto e, por isso, já não poderia envergonhar a sua conflituosa família.

    Emma mordeu o lábio inferior para impedir as lágrimas e tentou não pensar no assunto. Como não funcionou, pensou no facto de que, em breve, estaria a bordo de um barco. Aquilo pareceu funcionar e manteve a sua mente ocupada até chegar o ferry. Parecia-lhe uma parvoíce ter medo, sobretudo ao ver tantos passageiros a conversar tranquilamente enquanto subiam para comer ou beber qualquer coisa.

    – Entendo por que bebem – murmurou Emma para si própria, pensando em bebidas alcoólicas de um modo pouco habitual para ela.

    Comer era a última coisa que precisava, uma vez que queria perder os nove quilos que ganhara sem saber como; porém, quando o barco zarpou viu-se com uma madalena na mão e ficou surpreendida ao aperceber-se de que lhe apetecia mesmo, não tendo nenhum desejo de afogar as suas mágoas em algo líquido.

    Pensou então que aquele barco não seria, afinal, assim tão mau.

    Tinham-lhe dito que demoraria algum tempo, mas não quanto. Harlan McClaren esfregou o corrimão cromado do Seahawk, apesar deste sempre ter estado resplandescente. Polia-o de uma forma minuciosa, como se fosse uma tarefa complexa e não uma mera rotina; esfregava-o como se a sua vida dependesse disso. Mas tinha consciência de que o fazia para não enlouquecer.

    Também sabia que ficaria exausto. Era isso o que mais o fazia vacilar, a facilidade com que se cansava com as tarefas mais simples. Acabava de cumprir os trinta e nove anos, mas sentia-se como um septuagenário. Tinha a sensação de como se se movesse debaixo de água, como se o ar estivesse empenhado em ser uma barreira aos seus movimentos. Mas aceitava bem o cansaço, pois evitava pensar demasiado e, por vezes, chegava a ficar esgotado até quando dormia sem sonhar.

    O ombro começou a doer-lhe, recordando-lhe o que o levara até àquele lugar. Esticou-o em vez de abandonar o que lhe provocava a dor e colocar gelo, como lhe tinham dito os seus terapeutas. Sabia que aquilo não seria nenhuma surpresa para alguém que o conhecesse. Excepto para Josh, o dono do Seahawk, que mandara Harlan recuperar-se no seu barco, com instruções restritas do que fazer durante a forçada convalescência.

    – Por uma vez na tua vida, Mac, faz o que é saudável – dissera-lhe Joshua Redstone, que o conhecia tão bem como o resto das pessoas.

    De repente, ouviu um rangido de madeira, sinal de que alguém se aproximava pelo cais. Pensou em meter-se na cabina, pois naquele dia não lhe apetecia conversar com nenhum dos habituais dali. Mas o som dos passos, a hesitação que havia neles, fizeram-no olhar e franzir a testa.

    A mulher que se aproximava pelo passeio de madeira agarrava-se ao corrimão como se a sua vida dependesse disso. Não usava sandálias com tacão, como algumas que vira a visitar o cais, mas caminhava como se o fizesse, com passos muito curtos, como se receasse que os pedaços de madeira rebentassem sob os seus pés e ela caísse nas frias profundezas.

    Voltou ao seu trabalho quando a mulher já tinha descido o cais, esperando que se detivesse muito antes do final, onde estava atracado o Seahawk, mas os passos continuaram a aproximar-se cada vez mais, até que Harlan parou e ficou gelado junto ao corrimão, perfeitamente brilhante, no qual viu o reflexo de uma mulher com o cabelo loiro e curto.

    Prendeu a respiração. Não esperava ninguém e, de facto, estava naquele local para evitar as pessoas. Não tinha tido nenhuma visita desde a sua chegada e gostava que continuasse a ser assim. Estranhou muito quando a mulher continuou a andar pelo cais e passou os espaços vazios entre o seu barco e o último que estava atracado, o pior sítio para estar durante uma intempérie, o Pretty Lady, o barco de um homem que falecera.

    Harlan agachou-se, observando. Se por um momento esperara que ela não o tivesse visto, o olhar rápido que esta lhe lançou sobre o ombro fê-lo pôr a ideia de parte, e o repentino acelerar dos seus passos fê-lo pensar que ela se apercebera que ele a observava. Franziu a testa, pois nenhuma mulher que fosse ao Pretty Lady poderia ser melindrosa. Mas também era verdade que aquela não era como as que tinha visto nas poucas ocasiões em que o barco recebera visitas femininas. Aquela mulher tinha demasiada classe.

    Pensou que talvez se tratasse de uma advogada que tinha ido taxar o barco, cujo valor diminuía de dia para dia. Obrigou-se então a voltar-se, pensando que o assunto não lhe dizia respeito e continuou a polir o corrimão que não precisava nada disso. Não lhe importava, e não queria que lhe importasse, o motivo pelo qual alguém se tinha apresentado, por fim, na velha chalaça.

    De repente, com a imagem da mulher ainda na cabeça, traçou a conexão que deveria ter feito assim que a viu. A semelhança com o homem do Pretty Lady era inegável; portanto, deveria ser a prima de que Wayne Parcell lhe falara, o único membro da família de quem falara com carinho e não com raiva ou ódio absoluto. Então, ocorreu-lhe que deveria ir expressar-lhe as suas condolências. Embora não tivesse sido muito amigo de Wayne, tinham partilhado algumas cervejas nalgumas ocasiões, até ao momento em que dera conta que, quando começava a beber, Wayne tinha dificuldade em parar. Mas não se conseguiu mover; a ideia de se aproximar de um estranho, especialmente de uma mulher tão atraente, e ser amável, parecia-lhe tão impossível como escalar o Everest. Observou de lado como ela subia para o barco, agarrando-se com todo o cuidado ao corrimão tal como fizera antes. Quando, por fim, entrou

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