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O Menino Fauno E O Jardim Encantado
O Menino Fauno E O Jardim Encantado
O Menino Fauno E O Jardim Encantado
E-book106 páginas47 minutos

O Menino Fauno E O Jardim Encantado

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Sobre este e-book

Um menino é levado a uma aventura e, passando por um portal, se depara com um mundo estranho, aparentemente, desconhecido. Estavam na espera deste visitante. Uma transformação o assusta pois...Precisa voltar, sair deste pesadelo mas, precisam dele; a Senhora das Águas que o diga.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento19 de nov. de 2015
O Menino Fauno E O Jardim Encantado

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    O Menino Fauno E O Jardim Encantado - Carmen Lu Miranda

    O MENINO FAUNO

    E O JARDIM ENCANTADO

    Curitiba – 2009

    ISBN 978-85-7828-069-07 – /livro físico/

    1. Ficção Brasileira. I título – CDD B869.3

    O Portal

    No centro de uma pequena cidade, havia uma rua

    calma e arborizada onde morava a avó de Miguel. Ao lado da casa da avó

    ficava a casa de sua tia Marta.

    Marta se preocupava com a sua mãe e, por serem vizinhas, um muro alto

    separava as duas casas. Marta achou melhor abrir uma passagem no tal

    paredão para que, assim, as duas tivessem contato sem precisar sair pela

    rua.

    A passagem ficava no final do muro. Ligava a horta da avó de Miguel ao

    corredor lateral, na área de serviço da casa de Marta. Sua casa era

    encostada nos fundos e, assim, sobrou bastante espaço para o jardim.

    Quando a mãe de Miguel entrava em seu quarto e avisava que seria dia de

    visitar a avó, Miguel levantava aos gritos. Chamava a irmã e, juntos, faziam

    muita festa.

    Sua mãe, às vezes, até se arrependia de comunicar cedo demais, pois,

    Miguel não lhe dava descanso, apressando a saída.

    Quando chegavam, a buzina insistente avisava a avó, que já sabia de

    quem se tratava.

    A mãe dirigia, mas, a mão na buzina era de Miguel. Ele fazia isto por um

    reflexo do contentamento. Mal descia do carro, Miguel cumprimentava sua

    avó, rapidamente, e saia correndo. Tia Marta era seu destino. Toda aquela

    alegria era por poder brincar na casa da tia. Na casa propriamente não... No

    jardim.

    Miguel esperava encontrar sua tia, sempre com tempo, para as

    brincadeiras e, na maioria das vezes, isto acontecia. Miguel a convidava:

    _Tia Marta, vamos dar um passeio pelo jardim, vamos?

    Sua voz tinha um tom meigo e soava como a de um velho amigo

    convidando para dar uma volta. Tia Marta não resistia e saiam os dois para o

    jardim.

    Para Miguel, tudo parecia maior do que na realidade era. Seus seis anos o

    mantinham sempre em desvantagens às hortênsias e sálvias. Pareciam

    gigantes. Além do mais, tia Marta nunca as podava.

    Seguiam até o portão, num passeio lento, saindo do caminho, hora ou

    outra, como se estivessem explorando.

    Miguel fazia mil perguntas.

    _Que passarinho é aquele, tia Marta?

    _É bem-te-vi, Miguel.

    _Como é lindo!

    _Conhece aquele, Miguel?

    _Conheço. Conheço sim tia Marta, mas não lembro o nome dele.

    E assim continuavam como num ritual. Em alguns momentos, tia Marta

    necessitava fazer com que Bibo parasse de perturbar Miguel. Bibo, um

    cachorrinho muito alegre, saltava de um lado para o outro, sempre que

    Miguel ia até o jardim. Pulava no menino que até o derrubava. Miguel às

    vezes ria, outras vezes pedia ajuda à sua grande amiga, tia Marta.

    Bibo era branco, com algumas manchas pretas, tinha porte médio e era

    fino, nunca engordava. Acho que por isso, ele tinha tanta agilidade. Corria

    em volta de Miguel e dava muitas voltas, como se quisesse convidá-lo para a

    farra. Miguel entendia e saia correndo para fazer a alegria do cão. Assim, o

    passeio continuava.

    Do lado direito do portão havia um pé de camélia que Tia Marta prezava

    muito. Dizia que era mais velha que ela e que a sua avó havia plantado.

    Debaixo da camélia, as tais treporavas. Tia Marta, as chamava assim.

    Eram plantas rasteiras que mais pareciam mato.

    Descendo mais um pouco, havia um estreito caminho feito de tijolos

    cercado por plantas e flores, porém, não dava para lugar algum, pois, ele

    acabava no muro e lá, encostada no muro, uma roseira. Ela estava sempre

    florida, com suas flores em tom de rosa vivo e outras mais apagadas, no

    mesmo pé. Elas se emaranhavam tanto que o muro ficava escondido por

    seus galhos, folhas e flores.

    A tia de Miguel o impedia de entrar no caminho e, mostrando a cor dos

    tijolos, explicava que por ser um lugar muito úmido, os tijolos estavam

    sempre

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