O Menino Fauno E O Jardim Encantado
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Pré-visualização do livro
O Menino Fauno E O Jardim Encantado - Carmen Lu Miranda
O MENINO FAUNO
E O JARDIM ENCANTADO
Curitiba – 2009
ISBN 978-85-7828-069-07 – /livro físico/
1. Ficção Brasileira. I título – CDD B869.3
O Portal
No centro de uma pequena cidade, havia uma rua
calma e arborizada onde morava a avó de Miguel. Ao lado da casa da avó
ficava a casa de sua tia Marta.
Marta se preocupava com a sua mãe e, por serem vizinhas, um muro alto
separava as duas casas. Marta achou melhor abrir uma passagem no tal
paredão para que, assim, as duas tivessem contato sem precisar sair pela
rua.
A passagem ficava no final do muro. Ligava a horta da avó de Miguel ao
corredor lateral, na área de serviço da casa de Marta. Sua casa era
encostada nos fundos e, assim, sobrou bastante espaço para o jardim.
Quando a mãe de Miguel entrava em seu quarto e avisava que seria dia de
visitar a avó, Miguel levantava aos gritos. Chamava a irmã e, juntos, faziam
muita festa.
Sua mãe, às vezes, até se arrependia de comunicar cedo demais, pois,
Miguel não lhe dava descanso, apressando a saída.
Quando chegavam, a buzina insistente avisava a avó, que já sabia de
quem se tratava.
A mãe dirigia, mas, a mão na buzina era de Miguel. Ele fazia isto por um
reflexo do contentamento. Mal descia do carro, Miguel cumprimentava sua
avó, rapidamente, e saia correndo. Tia Marta era seu destino. Toda aquela
alegria era por poder brincar na casa da tia. Na casa propriamente não... No
jardim.
Miguel esperava encontrar sua tia, sempre com tempo, para as
brincadeiras e, na maioria das vezes, isto acontecia. Miguel a convidava:
_Tia Marta, vamos dar um passeio pelo jardim, vamos?
Sua voz tinha um tom meigo e soava como a de um velho amigo
convidando para dar uma volta. Tia Marta não resistia e saiam os dois para o
jardim.
Para Miguel, tudo parecia maior do que na realidade era. Seus seis anos o
mantinham sempre em desvantagens às hortênsias e sálvias. Pareciam
gigantes. Além do mais, tia Marta nunca as podava.
Seguiam até o portão, num passeio lento, saindo do caminho, hora ou
outra, como se estivessem explorando.
Miguel fazia mil perguntas.
_Que passarinho é aquele, tia Marta?
_É bem-te-vi, Miguel.
_Como é lindo!
_Conhece aquele, Miguel?
_Conheço. Conheço sim tia Marta, mas não lembro o nome dele.
E assim continuavam como num ritual. Em alguns momentos, tia Marta
necessitava fazer com que Bibo parasse de perturbar Miguel. Bibo, um
cachorrinho muito alegre, saltava de um lado para o outro, sempre que
Miguel ia até o jardim. Pulava no menino que até o derrubava. Miguel às
vezes ria, outras vezes pedia ajuda à sua grande amiga, tia Marta.
Bibo era branco, com algumas manchas pretas, tinha porte médio e era
fino, nunca engordava. Acho que por isso, ele tinha tanta agilidade. Corria
em volta de Miguel e dava muitas voltas, como se quisesse convidá-lo para a
farra. Miguel entendia e saia correndo para fazer a alegria do cão. Assim, o
passeio continuava.
Do lado direito do portão havia um pé de camélia que Tia Marta prezava
muito. Dizia que era mais velha que ela e que a sua avó havia plantado.
Debaixo da camélia, as tais treporavas. Tia Marta, as chamava assim.
Eram plantas rasteiras que mais pareciam mato.
Descendo mais um pouco, havia um estreito caminho feito de tijolos
cercado por plantas e flores, porém, não dava para lugar algum, pois, ele
acabava no muro e lá, encostada no muro, uma roseira. Ela estava sempre
florida, com suas flores em tom de rosa vivo e outras mais apagadas, no
mesmo pé. Elas se emaranhavam tanto que o muro ficava escondido por
seus galhos, folhas e flores.
A tia de Miguel o impedia de entrar no caminho e, mostrando a cor dos
tijolos, explicava que por ser um lugar muito úmido, os tijolos estavam
sempre