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Todas As Flores Que Ela Viveu
Todas As Flores Que Ela Viveu
Todas As Flores Que Ela Viveu
E-book58 páginas52 minutos

Todas As Flores Que Ela Viveu

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Sobre este e-book

Essa é uma história baseada em fatos reais que se passa na Alemanha de 1914 até quase o fim da década de 1990. Essa história, é contada através do olhar e questionamentos de uma cidadã alemã, desde sua infância, que seguiu sobrevivendo à duas Grandes Guerras Mundiais. E nela, ela vive uma rotina nos abrigos antibombas, sofre bombardeios, trabalha na reconstrução, atormenta-se com a perda dos familiares e ainda assim, insiste em enxergar as belezas da vida. Entre bombas, cartas e flores, Margarida Wirth manteve-se firme e continuando em meio aos rastros de memórias e lágrimas deixadas pela guerra. Portanto, essa história é sobre mortes e é sobre vidas. É sobre guerras, mas também é sobre flores.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de mar. de 2024
Todas As Flores Que Ela Viveu

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    Todas As Flores Que Ela Viveu - Lisandra Polidoro

    Para aqueles que são meus alicerces e meus pilares, e para aqueles que são minhas estrelas no firmamento.

    Para minha família.

    "Este livro contém uma história imaginada,

    baseada em fatos e pessoas reais."

    Essa é uma história que se passa na Alemanha de 1914 até quase o fim da década de 1990.

    Essa história, é contada através do olhar e questionamentos de uma mulher, desde sua infância, que seguiu sobrevivendo a duas Grandes Guerras Mundiais.

    Entre bombas, cartas e flores, Margrete Wirth, ou Margarida Wirth - conforme tradução de seu nome usado por seus sobrinhos brasileiros - manteve-se firme em meio aos rastros de memórias e lágrimas deixados pela guerra.

    Essa história mostra que os inimigos de Margarida e sua família não eram as nações e seus exércitos, mas sim, o ódio e o desejo de poder dos homens. Mesmo assim, como cidadã alemã, continuou insistindo em enxergar as belezas da vida.

    Portanto, essa história é sobre mortes e é sobre vidas.

    É sobre guerras, mas também é sobre flores.

    Capítulo 1        O Jardim Página 11

    Capítulo 2        A Dália-Negra       Página 23

    Capítulo 3        A Doença dos Crisântemos  Página 29

    Capítulo 4        O Alheio Cravo             Página 45

    Capítulo 5        As Breves Lavandas       Página 59

    Capítulo 6        Amor-Perfeito               Página 65

    Capítulo 7        O Crisântemo Cor-de-Rosa       Página 77

    Capítulo 8        Margarida       Página 95

    O Jardim

    Dois simples canteiros retangulares ao lado dos degraus da porta da casa, constituíam o jardim. Ali floresciam Crisântemos-cor-de-rosa, delicados Amores-perfeitos de todas as combinações de cores, a respeitosa Dália-negra e os perfumados e coloridos Cravos.

    Por mais comum e pequeno, aquele jardim adornava a morada da família Wirth, com um total de cinco filhos, sendo um deles a pequena Margarida Wirth.

    A rua era composta de casas caprichadas e aconchegantes de diversas famílias, em um bairro tranquilo aonde Margarida e seus irmãos iam sozinhos caminhando para a escola. Havia uma escola para as meninas e outra para os meninos. Margarida achava assim melhor, já que não gostava das brincadeiras dos meninos, exceto de seu irmão mais velho, que costumava sentar-se e brincar com ela em casa.

    Acordavam-na cedo porque seu pai dizia que demorava muito para comer seu mingau matinal. Ela se admirava como o mingau poderia ter o mesmo gosto em cada dia. Observava sua mãe misturar os ingredientes ao leite no fogão e não conseguia entender como poderia colocar exatamente as mesmas quantidades todos os dias. Todas as manhãs esperava teimosamente que o mingau tivesse um gosto diferente, mas entediava-se com a mesma doçura e densidade de sempre.

    Depois tinha de se vestir sozinha, porque segundo sua mãe, já tinha idade para isso. Com exceção do último botão do vestido, que ficava às costas, esse, sua mãe fechava. Assim saía apressada, animada e sozinha para a escola. Seus irmãos saíam mais tarde e por outro caminho e sua irmãzinha era ainda apenas um bebê.

    Um beijo de despedida em seu pai e outro em sua mãe, e descia os três degraus da porta de sua casa, pulando direto para o último e passando pelos canteiros de flores que sua mãe gostava de cultivar. Todas as manhãs observava as cores das flores e escolhia secretamente sua cor favorita. Intensos violetas, suaves cor-de-rosa, vermelhos, magentas e doces amarelos.

    Naquele dia, se demorou ainda mais no seu mingau, deixou seu pai um pouco nervoso, e estando atrasada, não escolheu nenhuma cor. No caminho, encontrou-se com suas amigas, conversando divertidamente, como se já fossem meninas sabidas de diversas coisas.

    Na escola, as professoras eram rigorosas e sérias e Margarida sabia que tinha de aproveitar e conversar com as colegas apenas no caminho para lá. Naquele dia, sentava-se orgulhosa porque vestia seu vestido xadrez, era raro poder usá-lo para dias de aula. Tão orgulhosa que apenas mais tarde, se deu conta que calçava uma meia branca e outra marrom.

    Aquele era o dia da aula de leitura e Margarida observava as colegas ansiosas e nervosas, como se tivessem medo das palavras no papel. Margarida por sua vez, sentia-se tranquila. Mas antes que pudesse chegar a sua vez na leitura, um barulho estrondoso fez suas colegas

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