Metanoia
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METANOIA
rUBENS c. SIQUEIrA
Vitrine Literária Editora
2015
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Copyright © 2015 by Rubens Camargo Siqueira
Capa: Luciano de Paula Almeida
Revisão: Paulo Rezende
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Siqueira, Rubens Camargo
Metanoia / Rubens Carmargo Siqueira -- S. José
do Rio Preto, SP : Vitrine Literária Editora, 2015.
1. 1. Autoconhecimento - Teoria 2. Autoconsciência
3. Autorrealização 4. Autotransformação 5. Conduta
de vida 6. Consciência 7. Mudanças de vida I. Título.
ISBN 978-85-64166-46-2978-85-64166-41-7
15-04802 CDD-158.1
Índices para catálogo sistemático:
1. Autoconhecimento : Psicologia aplicada 158.1
2. Desenvolvimento pessoal : Psicologia aplicada 158.1
Contato com o autor
rubenssiqueira@terra.com.br
www.vitrineliteraria.com.br
contato@vitrineliteraria.com.br
(17) 30337200 - 991429064
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida – em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação, etc – nem apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a expressa autorização do Autor.
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Índice
Capítulo 1
A promessa que a ciência e a razão não cumpriram 15
Capítulo 2
A falsa felicidade 21
Capítulo 3
O egoísmo acima de tudo 27
Capítulo 4
O falso eu 35
Capítulo 5
O sentido da vida 41
Capítulo 6
Buscando a Espiritualidade 51
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Capítulo 7
O que é metanoia? 61
Capítulo 8
O mistério da fé 73
Capítulo 9
Por que e como mudar? 81
Capítulo 10
Como encontrar Deus? 89
Capítulo 11
As duas realidades 105
Capítulo 12
Experimentando a nova realidade 119
Capítulo 13
O novo homem 129
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Metanoia
Introdução
Todos nós chegamos um dia em uma en-
cruzilhada existencial. Chega um momento na
vida em que sentimos o gosto da sensação do
nada. Este momento muitas vezes aparece após
uma grande perda, quer seja material, de bens,
de uma pessoa que amamos, ou em forma de
perda de sentido filosófico propriamente dito,
quando esgotamos nossa procura por uma feli-
cidade verdadeira nas coisas do mundo e não a
encontramos. Este momento tem idade variável
e muitos privilegiados, eu diria, são contempla-
dos precocemente na vida com esta constata-
ção. Mas uma boa parte das pessoas chega nes-
te tempo quanto atinge a meia idade.
Quando passamos dos 40 (segundo al-
guns autores mais precisamente aos 45 anos)
atingimos a chamada idade crítica. Sempre
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acostumados a um processo de expansão e ple-
nitude, começamos a perceber a irrupção de
uma experiência de desencanto, em evidente
contraste com o modo anterior. Muitos cha-
mam de crise dos quarenta anos
, de demônio
meridiano ou demônio do meio dia, pois os cha-
mados padres do deserto, na época do cristia-
nismo primitivo, comparavam esta idade ao pe-
ríodo entre as dez da manhã e as duas horas da
tarde, quando o calor insuportável do deserto
deixava-os prostrados. Assim perdiam a força e
entusiasmo, uma característica da crise da meia
idade. Podemos considerá-la como idade crítica,
pois será um momento decisivo de escolhermos
entre nos transformarmos em pessoas melho-
res ou simplesmente deixarmos a oportunidade
passar e cairmos em depressão.
Os sintomas da crise desta idade in-
cluem uma sensação de insatisfação, de desco-
berta das próprias limitações e erros, de impo-
tência diante do mal, da perda das ilusões, da
falta de sentido da vida, vocação sem realização
ou entusiasmo, de naturalismo religioso que in-
terpreta a vida e os sucessos como fatalidade e
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condicionamentos, e de um orgulho que atribui
o mal estar que está sentindo a uma má vonta-
de por parte dos outros.
As causas e fatores que provocam esta
sensação global podem ser muitos. Nesta idade,
os três níveis que integram a maturidade são:
biológico, psicológico e sociológico. Estes níveis
sofrem uma mudança de curso e entram numa
linha descendente, e as energias, emoções, pro-
jetos, etc., mostram-se limitados. A vida então
parece que perde o seu colorido.
A reação que temos frente a esta situa-
ção geralmente ocorre por meio de três cami-
nhos:
1) Juvenilização, ou seja, em nos-
sa imaginação chegamos à brilhan-
te conclusão que antes estava tudo
bem, e a partir daí começamos a to-
mar atitudes e comportamentos de
quando éramos mais jovens , ou seja,
vestimos roupas que geralmente são
usadas por jovens, hábitos e atitu-
des para tentar nos enquadrar em
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um outro ambiente anterior ao que
estamos vivendo. Obviamente se ti-
vermos um tempinho para olhar no
espelho com sinceridade, presencia-
remos o ridículo.
2) Resignação passiva, quando acei-
tamos a situação como um destino
inevitável e prosseguimos com nos-
sos valores materiais, sem novas pro-
jeções ou tentativa de mudança de
rumo. Neste caminho, definharemos
com as coisas que acumulamos e no-
taremos, ao final, o óbvio, que tudo
derrete juntamente com nosso corpo.
3) Ânsia de experiências ou impres-
sões novas, procuradas por caminhos
que implicam mudança de vocação,
de profissão ou de cidade, na tenta-
tiva de viver novos ares
e ter uma
espécie de recomeço. Essa, das três
opções, talvez seja a mais arriscada,
pois devemos lembrar que, para qual-
quer lugar que formos, levaremos em
nossa bagagem nós mesmos.
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Metanoia
Notamos nesta idade, que conseguimos
quase tudo aquilo que pensávamos que fosse
nosso objetivo, como o sucesso profissional, a
compra de uma casa, o carro, o casamento, ter
filhos, etc. Quando então descobrimos que não
estava ali a resposta que procurávamos.
A resposta a quê?
Simples: ao que realmente viemos fazer
aqui.
Começa então em nossa cabeça um tur-
bilhão de reflexões, questões estas que vão nos
encurralando, tais como: quem sou eu afinal?
De onde vim? Para onde vou? O que vim fazer
aqui? A vida é somente isso, tentar ter prazer
e diversão ao máximo, antes que uma doença
grave ou a morte cheguem? Qual a minha mis-
são, se é que eu a tenho? Sou realmente feliz?
Quando não começamos espontane-
amente a nos fazer estas perguntas chaves,
somos obrigados a conhecê-las à força
, por
meio de uma grande perda, por exemplo de
alguém