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A Estrada Para A Mente
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E-book99 páginas1 hora

A Estrada Para A Mente

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Sobre este e-book

A partir de um momento difícil em sua vida, Téo começa uma jornada de busca de si mesmo e de descobertas dos fundamentos da magia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de ago. de 2018
A Estrada Para A Mente

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    A Estrada Para A Mente - Lord Thanatos

    Lord Thanatos

    A estrada para a mente

    Lord Thanatos

    2ª edição

    Rio de Janeiro

    Editora Duende Amarelo

    2015

    ________________________________________________________

    Mendonça, André

    A estrada para a mente: Lord Thanatos / André Mendonça. — Rio de Janeiro: Duende Amarelo, 2015.

    ISBN: 978-85-69448-29-7

    1. Magia. 2. Autoconhecimento. 3. Romance

    I. Titulo.

    ________________________________________________________

    Agradecimentos

    Este livro é um resultado de muitos esforços. Agradeço muito aos parceiros e colaboradores que atuaram na produção do material em si, e também devo muito a outras pessoas que ao longo de todo o período de pesquisa, redação e estruturação do texto, desde a primeira inspiração até conclusão do primeiro original, contribuíram de diversas formas. São elas: minha mãe, Rosa Duran, minha esposa Aline Fernandes, por longos momentos de leitura, debates e até dramatizações; a vários amigos que contribuíram lendo rascunhos, questionando, dando sugestões e apontando fraquezas. Ao amigo Wieland Hanemann, que além da leitura crítica especializada, prestigiou a obra com o prefácio a seguir.

    A todos os envolvidos, em todos os processos da criação, da produção e da distribuição da obra...

    Muito obrigado !

    Prefácio

    Conheci Lord Thanatos em um dos vários encontros esotéricos que frequento e costumo palestrar. Não tem como deixar de notar... uma figura que se destaca no meio do público, que já normalmente é bem diferente — alto, fisionomia incomum e visual exótico.

    Porém, ao conversarmos pela primeira vez, descobri a característica mais marcante: um grande conhecimento do mundo místico; o que mais me chamou atenção e me agradou, foi um senso de humor único, sutil, refinado e discreto, que contrasta com o meu... Nesse ponto, a amizade estava consolidada.

    Muitos encontros depois, algumas viagens — uma delas, a última, uma verdadeira aventura, começamos a conversar sobre projetos. Ao voltar, fui convidado para sair, beber algo e conversar. Nesse encontro, recebi um convite que me deixou muito honrado: prefaciar sua obra. Convite esse que aceitei sem pensar duas vezes...

    Logo após, recebi o original para ler e comentar, o que comecei a fazer com muito prazer. E a cada linha que lia, cada página que terminava, crescia a admiração pelo autor e por seu personagem.

    Lord Thanatos nos guia por uma jornada mágica — que mostra que nossa evolução e autoconhecimento só depende de nós mesmos, e lógico, de uma ajuda de nossos mentores espirituais que estão sempre nos acompanhando e só precisamos pedir para que tenhamos sua ajuda — de forma emocionante e inteligente, passando do Umbral ao Tarô, da Mitologia à Física Quântica, enveredando por diferentes áreas da psique humana e da Magia.

    Espero que o leitor, nesta viagem brilhantemente guiada pelo autor, tenha o mesmo prazer que tive ao percorrer o caminho junto com o personagem. Que consiga como eu, viajar e visualizar cada cena, e aprender, como aprendi durante sua jornada. Que consiga saborear a emoção em cada página, e no final do livro, saia mais elevado espiritualmente que no começo da jornada do nosso personagem.

    Finalmente, desejo uma boa leitura e uma boa viagem...

    Wieland Hanemann

    A ESTRADA PARA A MENTE

    O cinza do céu hibernal já se havia convertido em denso azul e a noite já se fazia presente. Os convidados já há muito haviam deixado o cemitério onde horas atrás o corpo de Sandra fora depositado em seu jazigo, mas um vulto ainda permanecia quase tão inerte quanto o da menina. Com o olhar perdido sobre a lápide humilde e fria, Téo não conseguia acreditar que tudo aquilo estivesse de fato acontecendo. Dois anos atrás ela o acompanhara naquele mesmo lugar, enquanto o corpo de sua esposa era depositado alguns palmos abaixo de onde hoje jaz sua filha. Naquela ocasião ele não teve muito tempo para ficar velando o sepulcro. Tinha que esclarecer para a menina, então com nove anos, o que havia acontecido com sua mãe. Para ela o mais difícil era conceber a ideia de que aquilo era absolutamente irreversível, a ideia de nunca mais, de eternidade. Talvez se ele soubesse que no caso da filha eternidade seriam dois anos, não teria se dedicado tanto a fazê-la compreender.

    Agora o denso azul já se fazia negro, e Téo finalmente deixa para traz o túmulo e caminha pelas quadras arborizadas em direção ao grande portão metálico. Ao sair prefere não olhar para trás e, se seu corpo agora já se move, sua mente parece ainda tão inerte quanto esteve durante as horas que se passaram desde o momento do sepultamento. Nada mais parecia fazer sentido. Pontos de ônibus passavam por ele sem serem notados enquanto ele seguia em sua caminhada até que sua casa já se fazia visível ao longe. Ao entrar sentou-se em uma poltrona e lá permaneceu até ser vencido pelo cansaço. Foi um sono pesado e desconfortável. A cabeça parecia rodar como se estivesse sob o efeito de muitas doses de vinho! Imagens desconexas dançavam morbidamente ao redor de seu espírito. Mas o corpo, ainda fraco pelo excessivo desgaste, mal conseguia reagir, ainda que sentisse a pressão dos impulsos involuntários. Os dias iam se tornando noites e as noites novamente cediam lugar a outros dias. Sons de campainhas e telefones eram absolutamente ignorados. Durante quase uma semana ele vegetou plantado em sua casa, salvo umas poucas idas ao banheiro; passou dias na mesma poltrona em que descansou o corpo após sua chegada do fúnebre ritual.

    Quando parecia mostrar os primeiros sinais de reação, um telefonema! O primeiro que resolveu atender após todos aqueles dias e noites e não era mais do que a notícia de que perdera, também, o seu emprego. Um colega havia ligado para dizer que sentia muito. E todas aquelas coisas que se diz para uma pessoa que acaba de perder um ente querido e que não servem para coisa alguma além de fazer lembrar de tudo novamente. Mas também dizia que apesar dos pedidos penalizados de todos os colegas, o diretor da empresa já havia colocado alguém em seu lugar e que ele passasse por lá em quinze dias, apenas para receber o que lhe era devido.

    Duzentos e oito entalhes! Ou seriam duzentos e nove? Mas o que importa o número de entalhes que algum marceneiro desocupado deu em uma peça de madeira para esculpir o totem sobre o armário? O fato é que, ao entardecer daquele dia, Téo já estava há horas em sua cama sem ânimo para coisa alguma. O tédio havia tomado conta de sua mente e corpo, e contar inutilmente entalhes na madeira de uma peça cuja existência ele já nem costumava perceber era um claro sinal de que as coisas iam de mal a pior. A perda de sua filha o fez perder todo o interesse de viver a ponto de ser demitido da empresa em que até há poucos dias trabalhava. E essa demissão só agravou seu desânimo. Abrir o armário da cozinha sem saber o que procurar também não é um sinal de muita felicidade, mas para quem está indo de marcha a ré,

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