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Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio
Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio
Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio
E-book468 páginas1 hora

Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio

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Sobre este e-book

O Strôncio é um louco, um cara difícil de se compreender. Repentinamente é um amante sincero. Sempre é um brinquedo... é uma criança. Ele é uma parte de você que está lendo isso, e se nele não tiver uma parte de você, concluo que ou você não é um ser e não tem sentimento, ou tem medo de isso reconhecer; e, dessa forma, posso afirmar que grande parte de você é ele: O STRÔNCIO. Essa é uma autobiografia construída a partir de narrativas e poesias escritas entre os anos de 1969 a 1988 que descrevem os fatos que ocorriam na vida do autor naquela época. São 3 volumes que contabilizam um total de 1034 obras – divididas entre poesias, trovas e pensamentos, e que são recheadas por informações pessoais com cronologia dos fatos paralelos que podem auxiliar na compreensão da história dos trinta primeiros anos de vida do autor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de abr. de 2020
Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio

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    Pré-visualização do livro

    Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio - José Antônio Salgado Filho

    Dedico os 3 livros, um a cada uma de minhas filhas,

    frutos como as poesias que escrevi.

    - Para a Ana Victoria dedico o Livro 1 Adolescente 1969 a 1976,

    filha mais nova nascida em 1998.

    - Para a Poliana dedico o Livro 2 Jovem 1977 a 1980,

    filha do meio nascida em 1996.

    - Para a Ana Carolina dedico o Livro 3 Adulto 1981 a 1988,

    filha mais velha nascida em 1991.

    O que nos faz amar as novas relações não é tanto o cansaço que sentimos das antigas, ou o prazer de mudar, mas o desgosto de não sermos bastante admirados pelos que nos conhecem bem e a esperança de o sermos pelos que não nos conhecem tanto.

    François La Rochefoucaul

    Agradecimentos

    Agradecer, em primeiro lugar, a minha família que suportou eu contando as histórias do passado e que permitiram revisitar meus erros e acertos, aprender com eles e buscar ser alguém sempre melhor.

    Às pessoas que são retratadas aqui, gostaria de pedir desculpas por descrever a minha visão dos fatos e agradecer por terem feito parte e/ou motivarem os escritos a seguir.

    Gostaria de agradecer em especial a você e todos, por permitirem que aos 61 anos de idade, tornasse público este conteúdo gerado a partir da adolescência e alertar que erros de concordância foram mantidos para manter a originalidade e erros ortográficos foram corrigidos nas revisões.

    Gratidão

    São Paulo 2020

    M.:M.: J. A. Salgado Filho

    Reiniciando

    Concluído o primeiro livro, vamos para o segundo, mas antes de iniciar vou comparar alguns detalhes para ficar um pouco mais clara a divisão.

    Devo alertar que se trata de uma continuidade e o corte não altera todo contexto imediatamente, há um período de transição.

    Assim iniciando o segundo Livro, O Strôncio Jovem, contendo escritas de quando tinha de 18 anos de idade até os 22 anos. Serão apenas 4 anos (não 8 anos) e 345 poesias que falei também sobre 18 nomes femininos não necessariamente os mesmos, muitos novos. Em algumas vezes preferi não dizer o nome e chamei de ninguém.

    Um período mais curto que o primeiro livro com mais poesias e tendo dois anos que escrevi muito pouco.

    Escrever muito pouco pode conter várias respostas para a causa deste volume baixo que podem ser: falta de inspiração, felicidade e tranquilidade com a namorada, a namorada não gostar que eu escreva, período longo de namoro com a mesma pessoa, diferença de classe social entre eu e a namorada, um medo constante de traição e de perder a namorada, outros conflitos pessoais que não envolvem a namorada ou o namoro, entre outros.

    Ficará a critério do leitor acreditar em qual das hipóteses é ou são as mais razoáveis e até incluir novas possibilidades. (Fique à vontade) Eu, bem eu sei dos motivos, mas lamento, não vou declarar.

    Neste período eu já não olhava mais só para mim, via a sociedade como um todo e suas cobranças de resultados. Estou vivenciando a época das indecisões com obrigação de tomadas de decisões, desejo de se casar por exemplo, mas vejo que não tenho estrutura para suportar um casamento.

    Faço exército em quartel longe da minha residência e na periferia, tendo de pegar estrada todo dia, podendo sair ou ficar aquartelado.

    Depois um subemprego como monitor, moro com meus pais ainda, e percebo um questionamento de todos de qual será o meu futuro, uma vez que as expectativas são baixas.

    Inicialmente tinha feito o colegial Técnico em Eletrônica e faria a faculdade de Engenharia, depois passei para Psicologia e na indecisão fazer cursinho foi a solução.

    Quando perdi a namorada, passei a procurar por todas e por tudo.

    Procurei por iguais indo frequentar a Casa do Poeta e acredito que amadureci na forma poética e até dos conteúdos mais diversificados.

    Passo a ser reconhecido ao ter poemas publicados e o volume dos dois últimos anos deste livro, é muito grande. Até poesias de encomenda ocorrem e a motivação da perda passa a ser a grande inspiração.

    Passei a beber, frequentar todo tipo de lugar e pessoas em grupos que fossem o mais distante possível dos grupos do passado.

    Como frase para este segundo livro segue:

    de François La Rochefoucaul

    "No amor,

    quem se cura primeiro

    é quem fica mais bem curado"

    Boa leitura.

    Há estava esquecendo de alertar que algumas poesias só têm título e data pois os originais sumiram e até o momento do lançamento do livro não foram encontradas, mas vale pelo cronograma. A numeração das poesias é a continuação do volume 1.

    Após o título de cada poesia segue a data e em seguida uma notação(1DD-2ºDS) que traduzindo 1DD = 1 dia depois da poesia anterior e 2ºDS = Segundo dia da Semana ou Segunda feira e assim por diante.

    Sobre o ano de 1977 (28 poesias)

    Idade: 18 para 19 anos.

    Colégio: Não houve

    Profissional: Exército de 15/1 até 14/11

    Fato: em julho, morre dormindo meu hamster (Strôncio),

    Poesias que foram extraídas uma parte estas partes estão em negrito,

    Uso o carro de meu pai Corcel Vermelho GT para ir e vir do exército.

    Moradia: Perdizes na rua Cardoso de Almeida

    Poesias para: Adriana entre 06/11/76 até 08/07/79

    241 - Dormir como posso 13/02/77 (55DD-1ºDS)

    Poesia catalogada, mas conteúdo está desaparecido.

    242 - Hoje é carnaval 20/02/77 (7DD-1ºDS)

    Poesia catalogada, mas conteúdo está desaparecido.

    243 - Lugar 22/03/77 - Votorantim, SP (30DD-3ºDS)

    Aqui onde estou

    Jamais alguém morou

    É no alto de um morro

    Que me dá vontade e talvez...

    Morro...

    Estou sem nada o que fazer

    Mas muitas coisas tenho a dizer

    Quero sair daqui vivo

    Para poder chegar com um sorriso

    Na casa de quem eu amo.

    Amo-te muito

    Não sei nem quanto

    Mas neste canto

    Vejo e sinto a falta de ti

    Ao meu lado.

    Permaneço calado

    Durante todos os momentos

    Para ver se eles passam

    O mais rápido possível

    Pois não vejo a hora

    De chegar a hora de te ver.

    De depois poder te ter

    Entre os meus braços

    E num abraço

    Poder te amar

    Mais do que nunca.

    O tempo passa lento

    Como o riacho que corre

    No seu pequeno leito

    O vento voa rápido

    Como eu gostaria que fosse o tempo.

    Tive dúvidas a teu respeito

    Tive dúvidas no meu sentimento

    Mas agora vejo,

    Só a ti amo.

    Contigo estou namorando

    E agora mais do que isto

    Estou te amando.

    Agora só penso em fugir

    Deste morro tão deserto,

    Mas não posso ir

    Pois quero te ver sempre

    E não tão somente

    Hoje...

    Hoje eu estou só

    Pois não te tenho a meu lado

    Mas amanhã contigo estarei

    E estarei tão, que não pensarei em outra coisa

    Além de ali sempre estar

    A teu lado,

    Amor.

    244 - Um dia nós brigamos 30/04/77 (39DD-7ºDS)

    Outro dia nós nos amamos...

    Cada dia é uma coisa

    Cada dia é um que briga

    Estamos sempre, ambos, sem a razão

    Os dois sempre sem se dar as mãos.

    Hoje nós brigamos

    Mas antes nós nos amamos

    E agora eu aqui no meu quarto

    Diante de meus quadros

    Começo a escrever novamente

    Começo a usar a mente

    E fazer o que sempre fiz e quis

    Amar intensamente.

    Pensar sempre

    Ouvir músicas suaves

    E depois

    Talvez até chorar

    Só de imaginar

    Que estou a amar

    Sinceramente.

    Vivo uma vida corrida

    Sem tempo para nada

    Sem tempo nem para parar

    E por alguns instantes

    Pensar em amar

    E depois, só amar.

    Vivo este ano

    Sem poder parar...

    Agora levanto os olhos

    E me vejo olhando para ela

    Mas o que fazer

    Se longe de mim ela está

    E se só amanhã a verei

    E como fazer

    Se com ela hoje briguei?

    Novamente falarei

    E ao falar direi

    Que só a ela amo

    E que só a tu quero

    E que este tu e ela

    É uma só pessoa

    Que se chama

    Ninguém...

    Que é você

    Com quem agora namoro

    E muito amo

    Só tu

    Ninguém da minha vida

    Só tu...

    O que mais posso dizer?

    Te amei?

    Não

    Te amo agora e sempre

    Ninguém, tu e ela.

    Você...

    245 - Um soldado ou um ser humano 24/05/77 (24DD-3ºDS)

    Estou aqui no quartel

    Sendo apenas um soldado

    Cumprindo a sua missão

    Sendo apenas mais um plantão.

    Talvez por infelicidade

    Eu seja um soldado

    Mas é bom

    Pois a saudade

    Que sinto de ti...

    A todo o momento

    É mais aqui.

    Só, me faz ver

    Só, me faz crer

    Que te amo muito.

    Quando tudo entre nós começou

    Eu nem sabia...

    Mas agora que longe de você estou

    Vejo que foi grande a minha sorte

    Pois tudo começou, sem nada ter,

    E agora tudo tenho

    Pois a tenho

    Gosto de ti

    Te amo.

    Para ser mais claro

    Teu nome é Adriana

    Que é lindo para quem te ama

    E eu te amo

    E quanto, e quanto...

    246 - Ensaio para o dia dos namorados 10/06/77 (17DD-6ºDS)

    Dia dos namorados

    Dia de muitos namorados

    E, também o nosso dia.

    É um dia como outro qualquer

    É um dia belo

    Pois estarei ao lado dela.

    É o dia dela

    É o meu dia também.

    Dizer que eu a ela amo

    Talvez nem seja mais preciso.

    Pois ela sabe

    Que ela é a minha pérola preciosa

    Que a tanto amo

    E que só a meu lado, quero.

    Hoje um dia como outro qualquer,

    Para aqueles que não amam

    Mas para mim e ela

    O mais belo dia de todo ano

    O dia em que eu e ela

    Comemoramos o nosso encontro

    E choramos de alegria

    Por termo-nos nos encontrado

    E por felicidade sorrimos

    Pelo destino nos ter unido

    E até agora por estarmos vivendo juntos

    E amanhã juntos estaremos

    Pois nós nos amamos

    Muito...

    Muito tempo eu esperei

    Por alguém como ela

    Poder eu encontrar

    E agora depois da demora

    Tão longa...

    A encontrei

    E hoje nós vamos comemorar

    O dia nosso

    O dia dos namorados

    O nosso dia

    Enfim...

    247 - Carta de um eis cristão 10/06/77 (0DD-6ºDS)

    Talvez eu nunca tenha sido um cristão

    Talvez eu tenha sempre me enganado

    Mas eu sempre só quis o bem

    A todos que me rodeiam, os amando ou não,

    Sempre gostei de todos de coração

    Mas um cristão, talvez não tenha sido.

    Tudo caiu abaixo

    O mundo que havia construído

    Tudo saiu de meus braços

    E caiu, nem sei onde.

    Tudo por causa de um dia

    Que vi, que tudo o que fiz

    De nada valeu

    E nada construí.

    A pessoa que muito estimava

    Que muito me apoiava

    Quando eu construía

    Contra mim se virou

    Depois que parei de construir.

    E neste dia

    Eu só tinha ido para ajudar

    E a minha ajuda foi negada

    E muito se desfizeram de minha pessoa.

    Esta pessoa...

    O mais alto cargo

    O mais alto anunciador

    E que se dizia também cumpridor

    Da palavra divina

    Contra mim se virou

    E eu nada fiz.

    Pois sabia que eu estava certo.

    Ele errou desta vez

    Assim como todo ser humano erra

    Ele errou comigo e muito me magoou.

    Para mim tudo caiu abaixo

    E saindo de meus braços

    Saiu do meu coração

    E não posso eu dizer

    Que cristão eu sou.

    Pois cristão eu fui

    E como cristão construí

    E fui muito elogiado

    Mas hoje eu parei de construir

    Por não poder

    E eu fui tratado como um animal

    E agora

    Cristão não o sou mais.

    248 - Ajudem-me 20/06/77 (10DD-2ºDS)

    Parece todos quererem

    Que eu seja o que não sou

    Que eu seja um exemplo

    De simplesmente o pior

    Como, eu não sei,

    Pois sei o que sou

    E agora imploro

    A quem quiser o contrário

    Para simplesmente me ajudar.

    Estou agora a amar

    E eles me proíbem.

    Sempre fui o exemplo

    Talvez nunca do pior,

    Todos que me rodeiam

    Todos desta sociedade

    Não sabem o que eu sou

    E como o sou

    Ajudem-me

    Quero mostrar quem sou.

    249 - Decaindo 20/06/77 (0DD-2ºDS)

    Decai perante os fracos

    E cresci perante os fortes

    Decaindo verticalmente,

    O meu ser,

    O meu modo de ser,

    Vai a todo o vapor,

    Apesar de com muita dor

    Eu decaio para talvez um poço

    Um poço sempre infinito

    E a todos eu tento mostrar

    Que agora eu sou

    Assim como sempre fui

    Durante todos os

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