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Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio
Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio
Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio
E-book535 páginas2 horas

Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio

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Sobre este e-book

O Strôncio é um louco, um cara difícil de se compreender. Repentinamente é um amante sincero. Sempre é um brinquedo... é uma criança. Ele é uma parte de você que está lendo isso, e se nele não tiver uma parte de você, concluo que ou você não é um ser e não tem sentimento, ou tem medo de isso reconhecer; e, dessa forma, posso afirmar que grande parte de você é ele: O STRÔNCIO. Essa é uma autobiografia construída a partir de narrativas e poesias escritas entre os anos de 1969 a 1988 que descrevem os fatos que ocorriam na vida do autor naquela época. São 3 volumes que contabilizam um total de 1034 obras – divididas entre poesias, trovas e pensamentos, e que são recheadas por informações pessoais com cronologia dos fatos paralelos que podem auxiliar na compreensão da história dos trinta primeiros anos de vida do autor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de abr. de 2020
Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio

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    Pré-visualização do livro

    Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio - José Antônio Salgado Filho

    Dedico os 3 livros, um a cada uma de minhas filhas,

    frutos como as poesias que escrevi.

    - Para a Ana Victoria dedico o Livro 1 Adolescente 1969 a 1976,

    filha mais nova nascida em 1998.

    - Para a Poliana dedico o Livro 2 Jovem 1977 a 1980,

    filha do meio nascida em 1996.

    - Para a Ana Carolina dedico o Livro 3 Adulto 1981 a 1988,

    filha mais velha nascida em 1991.

    O que nos faz amar as novas relações não é tanto o cansaço que sentimos das antigas, ou o prazer de mudar, mas o desgosto de não sermos bastante admirados pelos que nos conhecem bem e a esperança de o sermos pelos que não nos conhecem tanto.

    François La Rochefoucaul

    Agradecimentos

    Agradecer, em primeiro lugar, a minha família que suportou eu contando as histórias do passado e que permitiram revisitar meus erros e acertos, aprender com eles e buscar ser alguém sempre melhor.

    Às pessoas que são retratadas aqui, gostaria de pedir desculpas por descrever a minha visão dos fatos e agradecer por terem feito parte e/ou motivarem os escritos a seguir.

    Gostaria de agradecer em especial a você e todos, por permitirem que aos 61 anos de idade, tornasse público este conteúdo gerado a partir da adolescência e alertar que erros de concordância foram mantidos para manter a originalidade e erros ortográficos foram corrigidos nas revisões.

    Gratidão

    São Paulo 2020

    M.:M.: J. A. Salgado Filho

    Reiniciando Novamente

    Concluído o segundo livro, vamos para o terceiro, mas antes de iniciar vou comparar alguns detalhes para ficar um pouco mais clara a divisão.

    Devo alertar que se trata de uma continuidade e o corte não altera todo contexto imediatamente, há um período de transição.

    Assim iniciando o terceiro Livro, O Strôncio Adulto, contendo escritas de quando tinha de 22 anos de idade até os 30 anos. Serão apenas 8 anos e 449 poesias que falei também sobre 18 nomes femininos não necessariamente os mesmos, muitos novos. Em algumas vezes preferi não dizer o nome e chamei de ninguém ou lua.

    Nos 8 anos mantive uma média de poesias, mesmo com namoros longos. Este período fui cercado por pessoas que me deram força para continuar a escrever. Passei a morar sozinho.

    Já não olhava mais só para mim, e nem via a sociedade como um todo e suas cobranças de resultados, passei a me sentir mais eu de mim mesmo e de minha capacidade de realizar.

    Muitos me viram vencer os obstáculos da vida e acompanharam a construção de meu eu e de bens materiais com muito trabalho e que passou a ser reconhecido.

    Enfrentei desafios de mudar de estado, de São Paulo para Salvador na Bahia, fato que consolidou minha independência e a distância de 2800 km do passado me fez ser eu, eu mesmo. A mistura de Strôncio e Salgado.

    Quanto a casamento e a mulher perfeita, nesta época já não eram as grandes motivações e simplesmente deixava acontecer.

    Fiz Administração de Empresa com pós em análise de sistemas e dei aulas como professor na Faculdade ESAN. Desenvolvi uma sistemática de controle de custos de projeto e depois um sistema que pude aplicar os conceitos.

    Como frase para este segundo livro segue:

    de François La Rochefoucaul

    "O verdadeiro amor é como fantasmas.

    Todos falam nele,

    Mas ainda ninguém o viu."

    Boa leitura.

    Há estava esquecendo de alertar que algumas poesias só têm título e data pois os originais sumiram e até o momento do lançamento do livro não foram encontradas, mas vale pelo cronograma. A numeração das poesias é a continuação dos volumes 1 e 2.

    Após o título de cada poesia segue a data e em seguida uma notação(1DD-2ºDS) que traduzindo 1DD = 1 dia depois da poesia anterior e 2ºDS = Segundo dia da Semana ou Segunda feira e assim por diante.

    Sobre o ano de 1981 (55 poesias)

    Idade: 22 para 23 anos.

    Colégio: ESAN-SP 1ºano de Administração

    Moradia: Perdizes na rua Cardoso de Almeida

    Fato: Mais poesias publicadas

    Atividade Profissional: Aprocima (Monitor OSEM)

    Poesias para: Adriana até o final de 81,

    Ana Carolina em 6/3, 7/3 e 16/3,

    Ana Maria em 23/4,

    Vanda em 26/6,

    Nausica entre 15/11/81 até 27/07/83.

    586 - Loira 01/01/81 – Suarão, SP (3DD-5ºDS)

    Mulher, musa, minha loucura

    Pele, nívea, infinita brancura

    Cabelo, fino loiro, fios de ouro

    Lábios, hum... néctar que me envolvo

    Mulher, sem nome, minha vida

    Corpo, rosto, mente, formas lindas

    Tudo e toda essa beleza luminosa

    É de uma só mulher, a mais carinhosa

    Tudo e toda ela fez-me renascer

    Pousando na luz de meu ser

    No ritmo descontrolado do coração

    Fruto, toda ela; da minha

    IMAGINAÇÃO...

    587 - Imitando o beijo 02/01/81 – Suarão, SP (1DD-6ºDS)

    Deito-me e os olhos fecho

    Passando os dedos espessos

    Por sobre os meus lábios

    Na esperança do beijo

    Mas o beijo sonhado

    É diferente do desejado

    Viro de lado e aconchego

    Os lábios no travesseiro

    Mas, não, não é o que desejo

    E me vem então o desespero

    E em muitas saudades me afogo

    Por querer e não ter seus beijos.

    588 - Dez dias 04/01/81 – Suarão, SP (2DD-1ºDS)

    Dez dias tão felizes

    Dez noites de esperanças

    Que em sonhos de criança

    Imaginei nós dois, tantas vezes...

    Dez dias de ilusão

    Enganando meu coração

    Ao imaginar você chegando

    Dez dias passei me arrumando...

    Mas chegou o fim das ilusões

    Parto sem haver encontros ou paixões

    E sigo carregando o coração a sofrer

    Que um dia espero que venha a morrer.

    589 - Impedimentos 05/01/81 (1DD-2ºDS)

    Saber que tantas coisas impedem

    O meu alegre viver tão simples

    Faz-me ver a interdependência

    Entre o que quero e que me impedem

    E este amor que me faz tanto sofrer.

    Tentei de todas as formas deixar de amar alguém

    Mas depois de tanto tempo, eu ainda me torturo

    Ao ver alguém com este alguém e estarem felizes

    E para mais machucar o meu coração

    Escrevo estas poesias que deixaram de ser desabafo

    Para serem o chicote que me fere a pele

    A argola que me prende a você

    E agora eu sinto, sinto muito, pois tudo isso

    Eu deveria guardar no peito

    Para sentir você bem perto

    Nas saudades que sempre me afagou;

    Mas escrevo para mostrar a todos

    Que sou eu o maior de todos os tolos

    Pois amo a você que nunca me amou.

    590 - De um beijo 20/01/81 (15DD-3ºDS)

    Tempos; muito tempo depois

    Pensei ter esquecido como foi

    E como a muito errei.

    Estranhamente ao beijar alguém

    Depois de tanto tempo sem ninguém

    Creio que me reencontrei

    E neste beijo sem nome

    Percebi que tinha fome

    Daqueles carinhos que deixei

    E os carinhos puxaram tanto

    As recordações da mente em pranto

    Que dilacerou o coração que apertei

    E o estranho que veio à vontade

    Com ela senti tanta saudade

    Que me controlei

    Estranho foi que ao agora desabafar

    Pareceu-me ter voltado a amar

    E conclui:

    Que foi assim que a muito errei...

    591 - Só, em sonhos 03/02/81 (14DD-3ºDS)

    Ah! Que saudades me toma

    Ao me deitar tão sozinho

    Ah! Como gostava da sua forma

    De me apertar ao fazer carinho

    Saudades das tantas alegrias

    Que saciava o meu coração no sorriso

    Desejo louco de ter aqueles dias

    Voltando por não os haver perdido

    Vontade de fechar os olhos agora

    E penetrar por seu corpo

    Chegar ao auge e pôr para fora

    Todo este amor e descansar no seu colo

    E toda esta saudade e desejo

    Vem na noite me tirar o sono

    E toda esta vontade e desespero

    É por agora, só a ter, em sonhos...

    592 - Um dia 04/02/81 (1DD-4ºDS)

    Um dia destes que tenho

    Sem que nada tenha a fazer

    Hei de perder este medo

    E saciarei as vontades de meu ser

    Neste dia com muita alegria

    Encontrarei a mulher perfeita

    E em carta de euforia

    Ela me amara feito feiticeira

    No ritual de cada peça dela

    Irei mostrando o oculto

    Aos meus olhos na pequena vela

    Que iluminará o calmo escuro

    Tirarei toda as peças

    Beijarei cada parte dela

    E antes que me peça

    Deitarei meu corpo e...

    No dia seguinte ao acordar

    Terei nojo até do ar

    Sairei da cama para a janela

    Para ver se me esqueço dela.

    593 - Certos dias 06/02/81 (2DD-6ºDS)

    Tem dias em que prefiro

    Ficar aqui na cama

    E descobrir o meu destino

    Sozinho sem qualquer Dama

    Nestes dias, durante a noite

    Permaneço acordado por horas

    Sem nada ver antes da morte

    E respiro minha alma nova.

    Depois destes dias sozinhos

    Volto a vida tão pequena

    No seu tempo vago me encaminho

    Para o nada ou o tudo em cena.

    594 - Revelação 12/02/81 (6DD-5ºDS)

    Andei tantas vezes pelas estradas

    Carregando as mágoas ao corpo atadas

    Por estar a cada passo tão mais só

    Com as lágrimas correndo como suor

    Caminhei pelo mundo na esperança

    De encontrar o preço da fiança

    Para poder deixar a infeliz vida

    E poder sair desta infinita rotina

    Hoje regresso a nossa cidade triste

    Antes nosso palco de tanta alegria

    Que tanto me tomou conta e eu sorria

    Em cada instante que eu via você

    Volto sabendo que você ainda pensa

    Nestas palavras que logo escreverei

    Volto para tudo o que se segue falar

    E no final a realidade a você mostrar

    "Volto sabendo que a irei amar

    Mais que por toda a minha vida

    Na grandeza da estrela infinita

    Mesmo você desejando me matar

    Volto para aqui derramar meu pranto

    Para que se você ouvir meu canto

    Se apiede de meu pobre ser

    E me olhe pelo menos uma vez

    Sei que sem você sou nada

    Sou a massa inerte e acabada

    Sem você sou todo só saudades

    E você é toda a minha verdade..."

    Mas na realidade eu volto aqui

    Para mostrar a você que passou por mim

    Que tudo e que de mim falaram

    Foram mentiras dos que não me amaram

    Volto para a você mostrar o amanhecer

    E para que você sinta a alegria renascer

    A cada instante dentro de mim

    Sem precisar de você assim ou assim

    Volto cheio de esperanças

    Não mais as de criança

    Sabendo que se perdi você

    Foi por você não me merecer

    E volto consciente que nada de você serei

    Volto só para que você veja bem como eu fiquei

    Depois da sua loucura por me tentar matar

    Me tirando o ar que hoje dou ao me alegrar

    Volto para vingar na escrita pequena

    Todo o mau que você me tentou fazer

    Volto para a você dar um belo amanhecer

    E tudo o que você tentou me tirar como pena

    Volto para aqui ficar para sempre

    Para que todos saibam eternamente

    Que muito cresci no saber da mente

    E que não mais a quero infinitamente...

    595 - Por você 14/02/81 (2DD-7ºDS)

    Mais uma vez

    Somente por você

    Estou tão sozinho

    Perdido no caminho

    E infinitas serão

    Por meu coração

    Ainda querer você

    Sem desejar ver

    Que perdi você

    Por não a merecer...

    Mas muitas vezes

    Hei de chorar nos dizeres

    As lágrimas que não correm

    Pelo rosto e corpo que morrem

    A cada instante como este

    Que estou só sem ver você.

    596 - Dividindo 18/02/81 (4DD-4ºDS)

    Dividindo o que é um só

    Para não ficar tão só

    Escrevo dividindo os lamentos

    Sendo por você, todo o arrependimento

    O dia em manhã e tarde

    Divididos, mas como um só cárcere

    Na manhã acordo sonolento

    A tarde recordo o sonho em lamentos

    E durante todo o dia

    Tento apegar-me a rotina

    Cansando o meu corpo

    Pôr fazer do pensamento um oco

    Dividindo o que é um só

    Para não ficar tão só

    Escrevo dividindo os lamentos

    Sendo por você, todo o arrependimento

    A noite acordado ou dormindo

    Divididos, mas com um só hino

    De lamentos por durante o dia

    Ter fugido e me escondido na ironia

    E durante toda a noite

    Desejo somente a morte

    Por ter perdido tantas horas

    Que gostaria de estar com você, senhora

    Senhora da minha fuga constante

    Por ter todo um passado errante

    Por hoje não ter perto você

    E ter por castigo o arrependimento

    De ter perdido o meu amor, você

    Que só; agora sei como amo e lamento

    Dividindo o que é um só

    Para não ficar tão só

    Escrevendo e dividindo os lamentos

    Sendo pela poesia, você, todo o arrependimento.

    597 - Casamento 21/02/81 (3DD-7ºDS)

    Eu... Eu me vi no primeiro degrau

    Dentro da Igreja no altar

    E vi você vindo ao meu encontro

    Tão bela... De deixar todos tontos

    Eu... Eu me vi casando com você

    Sem você por instantes me merecer

    Eu... Eu me vi errando novamente

    Mas..., mas por você foi conscientemente

    Eu... Eu me vi lá em cima do altar

    Realizando o desejo de me casar

    Mas..., mas me vi também chorando

    Por só eu a estar e estar amando

    E então voltando a mim

    Saindo do sono tão sem fim

    Notei que estava no fundo da Igreja

    E quem casava era você com quem desejava

    E chorei por ter sido sempre atento

    Para não fazer de seu dia um lamento

    Mas falhei não sei nem onde

    Mas construí para a morte, a minha ponte

    E perdi você para o além

    Na hora falhei e disse amém

    Sem pedir a você perdão

    Hoje morro de dor no coração.

    598 - Copo só 23/02/81 (2DD-2ºDS)

    Silêncio na casa pequena

    Só meus movimentos se percebem

    E as lágrimas de saudades também

    Rolam lentamente por meu rosto de pena

    Pela consciência de estar sozinho

    E sentir a sua falta e de seu corpo

    Então encho a cara num copo

    Do mais forte e vermelho vinho

    Começo a rodar pela casa triste

    Procurando-a por todo canto

    Gritando que ainda a amo

    Para que de seu pensamento não me risque

    Acabo na cama e ainda só

    A chorar por não a encontrar

    E acordo no dia seguinte afim de amar

    Mas pego um só copo cheio de pó

    E reinicio toda a música

    Ficando louco

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