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O poder de Pentecostes
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E-book173 páginas2 horas

O poder de Pentecostes

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Sobre este e-book

O poder de Pentecostes propõe um caminho simples e eficaz para permanecermos em oração no Cenáculo, com Maria, por meio de "Dez chaves" para um Pentecostes de Misericórdia, aceitando, assim, o convite do Senhor para "sermos revestidos da força do Alto".


Logo, nos unindo em oração por dez dias, como Ele pediu e continua a pedir para a sua Igreja, seremos muitos a voltar a Deus. A história da Igreja é repleta de relatos que testemunham como milagres acontecem onde o povo ora.

Dizer "sim" para o Senhor é muito precioso para Ele e para a realização dos seus projetos de paz, vida e santidade sobre a humanidade.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jul. de 2019
ISBN9786580435135
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    O poder de Pentecostes - Padre Moacir Anastácio

    Um Pentecostes de Misericórdia

    Esta Palavra é fiel e digna de toda aceitação. Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro.

    Mas por isso mesmo é que eu encontrei Misericórdia, para que Cristo Jesus pudesse mostrar, começando por mim, toda a sua generosidade. E isso como exemplo para os que, depois, iriam acreditar n’Ele, a fim de terem a vida eterna. (I Tm 1:15-16)

    Conheci o padre Moacir no começo da fundação da nossa família Aliança de Misericórdia. Tinha sido chamado para pregar em Brasília, durante o Carnaval, num grande evento da Renovação Carismática. No momento da adoração Eucarística, na oração de cura e de libertação, pedi para o padre Moacir orar comigo, pois tinha ouvido falar dele naquela cidade. Fiquei impressionado ao ver a graça de Deus fluir através daquele instrumento aparentemente fraco, que o Senhor usava com poder. Mesmo sem conseguir se expressar num português correto, as curas aconteciam.

    Mais tarde, conheci sua história, seu caminho de conversão, seu passado de pobreza humana e espiritual e sua extraordinária experiência com o Espírito Santo, que tinha transformado radicalmente sua vida.

    Eu vi no padre Moacir Anastásio uma forte confirmação do carisma que o Senhor tinha colocado nos nossos corações e que me levou, juntamente com o padre Antonello e com a Maria Paola, a dar início à Aliança de Misericórdia.1

    De fato, no meio de traficantes, prostitutas, travestis, presos, moradores de rua que visitávamos regularmente nas nossas evangelizações, víamos realizar-se com força a promessa que Jesus expressou para a Santa Faustina Kowlaska em seu diário: que os maiores pecadores teriam se tornado os maiores santos se acreditassem na Sua Misericórdia, pois eles tinham um direito todo particular à Misericórdia do Senhor, que veio para salvar os que estavam perdidos.2

    Experimentávamos e continuamos a experimentar, até hoje, onde o Senhor nos envia para evangelizar, que realmente a Misericórdia transforma os pecadores em santos e testemunhas da Sua Misericórdia.

    Quantas vezes vimos prostitutas, assassinos, traficantes sendo curados no corpo e na alma, sendo batizados no Espírito Santo, num verdadeiro Pentecostes de Misericórdia, transformados em evangelizadores de fogo!3

    Assim foi para São Paulo, como ele mesmo testemunha em 1Tm 1:15-16, e em outros de seus escritos. Assim foi na vida de todos os santos, pois todos, como nos diz o papa Francisco, são sempre pobres, pecadores, perdoados!

    Cremos, porém, que, em particular nestes tempos de tão grande miséria, desequilíbrio social, crise econômica e destruição moral, o Senhor nos prepara para a uma poderosa manifestação da Sua Misericórdia, pois só esta intervenção poderá salvar a humanidade da decadência, da fome, das guerras, da autodestruição.

    Tempo de grande miséria, tempo de grande Misericórdia, como diz o nosso amigo padre Daniel Ange, outro grande profeta da Misericórdia do Senhor do nosso tempo.4

    Ao longo destes anos, o Senhor me proporcionou várias oportunidades e encontros que confirmaram isso tudo para mim.

    Um dos encontros mais significativos foi com a Lola (Floripes Dornelas de Jesus), uma mística que viveu cerca de sessenta e cinco anos só de Eucaristia. Não comia, não bebia e não dormia. Apenas se alimentava e se sustentava pela força da Comunhão Eucarística, vivia em Rio Pomba (Barbacena-MG) e várias vezes tive a graça de podê-la encontrar e de celebrar a Eucaristia para ela.

    Um dia, ela me presenteou com a obra Paz, amor e alegria.5 Este livro, do padre André Prévot, fala do caminho espiritual proposto por Santa Gertrudes,6 e logo no começo é contada uma experiência mística muito forte e significativa, que me impactou profundamente. Transcrevo-a aqui:

    Meu amabilíssimo Senhor, diz a Santa a Jesus Cristo, donde me vem que me apresenteis, a mim, indigna criatura, o vosso discípulo mais caro? Quero, respondeu Jesus, estabelecer entre ele e ti uma amizade íntima: ele será teu Apóstolo para te instruir e dirigir.

    Dirigindo-se então a Gertrudes, João lhe dizia: Esposa de meu Mestre, vinde: juntos repousaremos a cabeça no dulcíssimo peito do Senhor; nele estão encerrados todos os tesouros do céu. Ora, estando a cabeça de Gertrudes inclinada à direita e a cabeça de João à esquerda do peito de Jesus, o discípulo amado prosseguiu: Eis aqui o Santo dos santos; todos os bens da terra e do céu são atraídos para ele como para o seu centro.

    Entretanto, as pulsações do Coração de Jesus arrebatavam a alma de Gertrudes: Bem-amado do Senhor, perguntou ela a S. João, estas pulsações harmoniosas, que me rejubilam a alma, rejubilaram a vossa quando repousaste, durante a Ceia, no peito do Salvador? Sim, eu as ouvi, e a suavidade delas penetrou-me a alma até a medula. Donde vem, pois, que no vosso Evangelho, apenas tenhais deixado entrever os segredos amorosos do Coração de Jesus Cristo? O meu ministério, naqueles primeiros tempos da Igreja, respondeu o Apóstolo dileto, devia restringir-se a dizer sobre o Verbo divino, Filho eterno do Pai, algumas palavras fecundas que a inteligência dos homens pudesse sempre meditar, sem lhe esgotar jamais as riquezas; mas, aos últimos tempos estava reservada a graça de ouvir a voz eloquente do Coração de Jesus. A essa voz, o mundo envelhecido rejuvenescerá; sairá do seu torpor, e o calor do amor divino inflamá-lo-á novamente.

    É interessante notar que os Pentecostais esperam e profetizam uma terceira onda Pentecostal, após a efusão do Espírito Santo no Cenáculo e o início do Movimento Pentecostal, no começo do século XX.

    Sabemos que, em Fátima, em Portugal, as aparições Marianas não profetizam o fim do mundo, mas o tempo do triunfo do Coração Imaculado de Maria.

    Em Amsterdã, na Holanda, na aparição da Senhora de todos os povos, reconhecida pela Igreja local, a Virgem pede que se roguemos todos os dias por uma efusão do Espírito Santo sobre toda a humanidade, para que esta seja preservada das calamidades, das guerras e da fome.7 Sabemos, ainda, que Jesus falou para Santa Faustina que a humanidade não encontrará paz até se volver à Misericórdia divina8 e que por isso o Santo papa João Paulo II consagrou à Divina Misericórdia o terceiro milênio da humanidade.

    Nesta direção se move ainda todo o ministério do papa Francisco.

    Pessoalmente, estou convencido de que o triunfo do Coração Imaculado de Maria, este tempo de paz para os homens, a terceira onda pentecostal que tantos profetizam e esperam, corresponda à profecia de Santa Gertrudes, com um Pentecostes de Misericórdia sobre a humanidade.

    Creio, ainda, que hoje já vemos as primícias desta nova estação da humanidade nas conversões extraordinárias de pequenos, pobres, pecadores que o Senhor transforma em canais maravilhosos da Sua Misericórdia.

    A experiência do padre Moacir é, para mim, um (e não o único) destes sinais, que nos convida a desejar e a suplicar este Pentecostes também em nossa vida.

    Este livro propõe um caminho simples e eficaz para permanecermos em oração no Cenáculo, com Maria, obedecendo, assim, ao convite do Senhor e sermos revestidos da força do alto (cf. Lc 24:49).

    Padre João Henrique

    I

    Um caminho de preparação para o Pentecostes

    Permanecei em oração até serdes revestidos da força do Alto (Lc 24:49)

    Neste primeiro capítulo, quero relatar a experiência do padre Moacir, nascida de uma inspiração particular e que, hoje, reúne anualmente em Brasília, mais de um milhão de pessoas. Foi essa vivência que nos inspirou a escrever este livro para trilhar um caminho valioso de preparação para o Pentecostes.

    Deixemos a palavra com o próprio padre Moacir:

    No ano 2000, eu celebrava a missa do dia da Ascensão do Senhor. Havia na minha frente uma assembleia com mais de duzentas pessoas. O Evangelho anunciava o que Jesus tinha pedido a seus apóstolos: Não se afastem de Jerusalém, recebereis o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas. Era manhã. Eu pregava entusiasmado para uma assembleia que, ainda sonolenta, procurava me acompanhar. Pregava dizendo o que Jesus havia me ordenado: Não se afastem de Jerusalém; era o pedido do Senhor naquele domingo. Minutos depois da Ascensão, os discípulos voltam para Jerusalém e se trancam no cenáculo, esperando por um milagre. Oito dias depois, tem lugar um grande milagre: o Espírito Santo desce em forma de línguas de fogo e liberta os discípulos de todo o medo. Todos então vão à rua para testemunhar que Jesus Cristo ressuscitara dos mortos.

    A devoção das Velas de Pentecostes

    Numa manhã de domingo, a exemplo do que ocorrera em Jerusalém dois mil anos atrás, nossas vidas foram mudadas. Pregando essa leitura dos Atos dos Apóstolos na Paróquia de São Pedro, tentando empolgar aquele pequeno grupo de pessoas, nem eu e nem elas poderíamos imaginar que um grande milagre estava à nossa espera, que, pouco tempo depois, milhares e milhares de pessoas ouviriam aquela pregação e os milagres se tornariam milhões. Naquele dia, eu nem poderia imaginar que me tornaria protagonista da maior festa paroquial do mundo; que, em breve, receberíamos uma revelação que nos mostraria três espadas em forma de velas que curariam, libertariam e abençoariam milhões de pessoas – as chamadas Velas de Pentecostes.

    Mas o fato é que, naquela manhã de domingo, eu encerrei a homilia com uma leve impressão de que poucos ali tinham compreendido o que é Pentecostes. Dei continuidade à celebração e, já no seu encerramento, enquanto lhes dava a bênção final, ouvi uma voz que dizia: Não foi isso o que eu ensinei nem foi isso o que você pregou. Confuso e surpreso, procurei chamar as pessoas para lhes dizer o que havia acontecido, mas, num espaço curto de tempo, os meus poucos paroquianos desapareceram da minha frente. Fiquei beijando o altar sem entender muita coisa do ocorrido, porém meu corpo reagiu àquele anúncio: fiquei como se estivesse dormente ou sendo arrebatado. Então, reuni o resto de forças que ainda tinha e me arrastei para a sacristia.

    Naquele mesmo domingo, às 10h30 da manhã, na capela Imaculada Conceição de Maria, eu tinha uma segunda missa a celebrar. O Evangelho era o mesmo, a pregação era a mesma e eu insistia na mensagem: Não se afaste de Jerusalém, recebereis o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas. Por volta do meio-dia, eu repetia a fórmula da bênção final: Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe. Então, fui surpreendido pela mesma voz, agora mais clara e decidida, que dizia: Não foi isso o que eu ensinei nem foi isso o que você pregou. Quando olhei para a porta principal, só via as cadeiras, porque os fiéis já ligavam o motor de seus carros, deixando o celebrante para trás, impressionado e confuso. Preocupado e emocionado com a tal voz, eu já pensava em como seria a missa das 19 horas. Então, naquela tarde, diante do Santíssimo, compreendi enfim o que o Senhor queria.

    Na missa das 19 horas, convoquei as pastorais para fazerem uma experiência comigo: durante oito dias a partir daquela celebração, ficaríamos em oração a fim de celebrar Pentecostes com o mesmo entusiasmo e com a mesma esperança das primeiras comunidades. Graças a Deus, as pastorais não rejeitaram o convite e, com um entusiasmo renovado, resolveram abraçar minha profecia. Nasceu, assim, a primeira

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