Adeus, minha orquídea
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Poesia para você
Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Reunião de poesia: 150 poemas selecionados Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Jamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Navio Negreiro Nota: 5 de 5 estrelas5/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5Aristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Textos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5
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Adeus, minha orquídea - Gabriel Vieira
Duzentas e quarenta e oito palavras
Duzentas e quarenta e oito palavras
O número exato
Que deixa a mão trêmula
A perna agitada
O pé inquieto
O coração descompassado
A respiração ofegante
A cabeça
Inteiramente
Eufórica.
Duzentas e quarenta e oito palavras
O número exato
Da mensagem
Que faz roer as unhas
Beliscar o braço
Suar o corpo como se estivesse no verão do Rio de Janeiro
Correr os olhos atentamente na tela.
Duzentas e quarenta e oito palavras
O número exato
Da instrução de como
Publicar o primeiro livro de poesias.
Se o corpo já revelou
Todos esses movimentos
A mente
Incapaz de formular três frases
Ou perceber que anoiteceu
Enquanto lia fervorosamente
As duzentas e quarenta e oito palavras.
Qualquer um,
Que não eu,
Já teria resolvido tal dilema
A questão-solução é que sou eu.
E só um autor cuja escrita vem da alma
Entenderia o problema.
Já passou das dez da noite
Enviei o arquivo
Podendo não resultar em nada
Sabendo que fiz o que pude
Tendo a coragem de me entregar.
E você?
Vai ficar aí parado imaginando
O corpo das duzentas e quarenta e oito palavras?
Ou vai buscar,
Não necessariamente duzentas e quarenta e oito palavras.
Três? Dez? Cem? Novecentos e cinco?
Quatro mil, seiscentos e cinquenta e duas palavras?
Que nos fazem
Apaixonarmos em nosso percurso,
Duvidosamente ultrapassando quarenta mil dias.
O nosso itinerário é menor do que julgamos ser.
Este é o momento.
Mesa de jantar
Uma mesa de madeira
Seis lugares
Nem todos conversam entre si
Há cadeiras em que olhos não se encontram
E há cadeiras em que não só os olhos se encontram
Como os corações.
Bastou um lugar vagar,
O seu,
Para que o jantar terminasse.
E,