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Saúde Mental e Espiritualidade: A Importância da Fé e da Ciência para a Saúde Mental
Saúde Mental e Espiritualidade: A Importância da Fé e da Ciência para a Saúde Mental
Saúde Mental e Espiritualidade: A Importância da Fé e da Ciência para a Saúde Mental
E-book164 páginas3 horas

Saúde Mental e Espiritualidade: A Importância da Fé e da Ciência para a Saúde Mental

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Sobre este e-book

"Extraordinariamente, Deus pode nos curar de modo direto, por meio de um milagre. Ordinariamente, Deus cura por meio de um tratamento médico."

Diferentemente dos outros tipos de doença, quem sofre de transtorno mental sente-se angustiado, desesperado e incapacitado. Além disso, nunca sofre sozinho, pois essas condições comprometem todas as áreas da vida, tocando em familiares, amigos e colegas. É muito comum receber um paciente desgastado, que "tentou de tudo" antes de procurar ajuda adequada. A demora para iniciar o tratamento, além de comprometer o resultado, põe em risco a vida do paciente. Essa demora se deve principalmente à falta de informação e à desesperança, mesmo numa época de tanto acesso à informação.

Conhecimento é essencial, e esse é o primeiro passo tanto para quem precisa de ajuda quanto para quem deseja ajudar pessoas com essas necessidades. Produzido com todo o rigor proveniente da base científica e com a incontestável e relevante perspectiva da fé, Saúde mental e espiritualidade pretende trazer informações de qualidade, com a intenção de contribuir ativamente para uma jornada promissora e bem-sucedida na área da saúde mental.
IdiomaPortuguês
EditoraHeziom
Data de lançamento28 de set. de 2022
ISBN9786584686199
Saúde Mental e Espiritualidade: A Importância da Fé e da Ciência para a Saúde Mental

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    Pré-visualização do livro

    Saúde Mental e Espiritualidade - Arival Dias Casimiro

    FALSO_ROSTOROSTO

    Copyright da tradução ©2022, de Arival Dias Casimiro e Marcionilo Laranjeiras

    Publicado pela Associação Editora Presbiteriana de Pinheiros.

    Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei n.º 9.610, de 19/2/1998.

    Diretor editorial: Arival Dias Casimiro

    Diretor executivo: João Gabriel Novais

    Editor: Fabiano Silveira Medeiros

    Edição de texto: Clarissa Melo

    Preparação: Virgínia Neumann

    Revisão de provas: Marcia Barrios Medeiros

    Diagramação: Tiago Elias

    Capa: Rafael Brum

    As citações bíblicas foram extraídas da Almeida Revista e Atualizada.

    Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser

    reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos,

    mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (BENITEZ Catalogação Ass. Editorial, MS, Brasil)

    L331s Laranjeiras, Marcionilo

    1.ed. Saúde mental e espiritualidade : a importância da

    fé e da ciência para a saúde mental [livro eletrônico] /

    Marcionilo Laranjeiras, Arival Dias Casimiro ;

    coordenação Fabiano Silveira Medeiros. –

    1.ed. – São Paulo : Heziom, 2022.

    ePub

    Bibliografia.

    978-65-84686-19-9

    1. Aconselhamento. 2. Diagnósticos. 3. Medicamentos.

    4. Psiquiatria. 5. Transtornos mentais. 6. Teologia do homem.

    I. Casimiro, Arival Dias. II. Título.

    09-2022/08 CDD 248.86

    Índice para catálogo sistemático

    1. Transtornos mentais e espiritualidade 248.86

    Bibliotecária : Aline Graziele Benitez CRB-1/3129

    Editora Heziom é uma marca licenciada à Associação Editora Presbiteriana de Pinheiros.

    Todos os direitos reservados à Associação Editora Presbiteriana de Pinheiros.

    Av. Dra. Ruth Cardoso, 6151 - Pinheiros - CEP: 05477-000 — São Paulo — SP

    Telefone: (11) 91005-4482 - Site: www.editoraheziom.com.br

    Sumário

    Prefácio

    PRIMEIRA PARTE

    Conhecimentos básicos sobre os transtornos mentais

    1. A importância da saúde e do entendimento da doença mental

    2. A doença de Alzheimer e outras demências

    3. Transtornos mentais por uso de substâncias

    4. Esquizofrenia e outras psicoses

    5. Transtorno depressivo maior

    6. Transtorno afetivo bipolar

    7. Suicídio

    8. Transtornos de Ansiedade

    9. Transtorno Obsessivo-compulsivo

    10. Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT)

    11. Transtornos do Controle de Impulsos

    12. Transtornos Alimentares

    13. Transtornos de Personalidade

    14. Tratamento e recuperação dos transtornos mentais

    SEGUNDA PARTE

    A liderança da igreja local e o combate aos transtornos mentais

    15. Uma visão bíblica do homem

    16. Uma visão cristã dos transtornos mentais

    Sugestões de leitura para aprofundamento

    Prefácio

    Nas últimas décadas, vários estudos científicos apontam para o impacto positivo da religião e da espiritualidade na qualidade de vida das pessoas, sendo importantes para o sucesso de tratamentos de saúde física e mental. A história mostra que as comunidades de fé foram as primeiras instituições humanas criadas com o objetivo de promover a saúde, a cura e a integridade daqueles que sofrem.

    Mesmo em países de alta renda, quem enfrenta problemas relacionados à saúde mental, sob tratamento formal ou não, costuma recorrer a um líder religioso e à igreja, considerados a reserva moral de uma comunidade, onde encontrarão apoio para lidar com o sofrimento. Do ponto de vista da saúde pública, esses líderes são guardiões ou socorristas quando indivíduos e famílias padecem de transtornos mentais ou abuso de substâncias. Nesse papel, podem ajudar a dissipar mal-entendidos, reduzir o estigma associado à doença mental e orientar a busca por tratamento adequado.

    Por isso, este livro é um guia para líderes de comunidades religiosas, profissionais da saúde e pessoas que enfrentam desafios de saúde mental. A obra fornece definições atuais sobre transtornos mentais, tratamentos, condutas para crises, para prevenção de recaídas e para recuperação — tudo entrelaçado com histórias de pessoas (não identificadas) que foram beneficiadas por diagnóstico e tratamento adequados. Esperamos que o leitor obtenha mais instrumentos para ajudar alguém próximo — ou até a si mesmo.

    PRIMEIRA_PARTEnumeral-01

    A IMPORTÂNCIA

    DA SAÚDE E DO

    ENTENDIMENTO DA

    DOENÇA MENTAL

    conceito de saúde mental

    Da Antiguidade a meados do século 20, concepções sobrenaturais e morais predominavam no setor da saúde. Pessoas identificadas como portadoras de doenças infecciosas, como tuberculose, ou que apresentavam estigmas físicos, como a hanseníase, eram tidas como pecadoras. Por isso, eram segregadas de suas famílias e forçadas a viver longe das cidades em cavernas, desertos e selvas. Pessoas com transtornos mentais graves recebiam o mesmo destino ou eram consideradas criminosas e eram aprisionadas, quando não assassinadas. Progressivamente, desde o século 16 até o século 20, a medicina assumiu o cuidado institucional dos doentes. Os países construíram grandes hospitais, sanatórios e manicômios, que seriam lugares de tratamento e repositório de pessoas com doenças infecciosas, mentais ou desvios de comportamento. Os pacientes continuaram a viver longe de suas famílias e os tratamentos eram precários, desumanos e aplicados sem critérios científicos.

    Até então, no meio acadêmico e nas práticas médicas, saúde era sinônimo de ausência de enfermidade. Estar saudável significava estar sem doença ou não ter uma deficiência. Em 1947, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença.¹ Dentro desse conceito holístico e ideal, uma pessoa saudável estará em equilíbrio consigo e com o meio, apesar de sofrer de alguma enfermidade. Envolve, além de gozar e manter a saúde física, realizar bem as atividades cotidianas; ser produtivo no trabalho e nos estudos; cultivar amizades, relacionamentos amorosos e familiares de forma satisfatória; participar adequadamente de atividades de lazer e da vida comunitária; enfrentar adversidades, planejar o futuro, manter a esperança na vida e continuar vendo sentido nela. Assim, uma pessoa pode ter câncer, mas manter-se satisfeita, ser útil para sua comunidade e levar uma vida plena.

    Desse modo, pode-se afirmar que saúde mental, mediada pela atividade cerebral, é a base para o pensamento, a comunicação, o aprendizado, a resiliência e a autoestima, além de ser a chave para o bem-estar pessoal, a saúde física, os relacionamentos e o convívio social. Alguém com níveis adequados de saúde mental enfrenta o estresse cotidiano e atravessa fases difíceis sem que elas interfiram no cumprimento de papéis sociais.

    Doenças mentais e transtornos mentais

    A expressão doença mental abarca todas as condições relacionadas aos transtornos mentais. Daqui em diante, vamos utilizar a nomenclatura transtornos mentais para sermos mais precisos. Os transtornos mentais envolvem problemas no funcionamento do cérebro, órgão responsável por todas as funções mentais, como pensamento, humor, emoção, inteligência, percepção, linguagem e comportamento. O mau funcionamento dessas funções causa sofrimento subjetivo (angústia, tristeza, ansiedade e perda do sentido da vida) e interfere na interação em diversas áreas da vida, seja na família e/ou no relacionamento amoroso seja no trabalho e/ou na carreira, e também no autocuidado.

    Além disso, os transtornos mentais assumem muitas formas e gravidades. A maioria esmagadora dos casos encaixa-se em leves ou moderados, os quais interferem de maneira limitada no cotidiano. Como exemplos, temos certas fobias (medos anormais), compulsões (hábitos repetitivos) ou distimia (rebaixamento crônico do humor). Os portadores podem conviver bem com os sintomas, podendo ser reconhecidos como indivíduos atípicos com hábitos peculiares. Já um portador de transtorno mental em estado grave necessita de cuidados intensivos por risco de suicídio, agressão ou destruição de patrimônio. A gestão da vida humana pode ser comprometida com o agravamento do quadro, podendo causar intenso sofrimento individual e distúrbios familiares.

    Nem sempre, é claro, um problema de humor ou pensamento se torna grave o suficiente para ser caracterizado como um transtorno. Às vezes o humor deprimido é normal, esperado para determinada situação, como a perda de um ente querido. Mas, se esse mal-estar persistir, causando angústia e atrapalhando o funcionamento normal da vida, a pessoa deve buscar ajuda profissional, pois existe uma grande chance de estar sofrendo de um transtorno. Nesses casos, é preciso buscar uma avaliação especializada.

    Os transtornos mentais e a classificação internacional de doenças

    As doenças mentais sempre foram difíceis de definir. Até a década de 1960, cada universidade, escola de medicina ou médico tinha sua própria definição e tratamento para elas. Para resolver esse problema, a OMS reuniu médicos (entre eles, epidemiologistas) e pesquisadores de diversas áreas do mundo para criar consensos sobre o conceito de transtorno mental, além de uma classificação revisável e operacional. Eles elaboraram então a Classificação Internacional de Doenças (CID). Até hoje, periodicamente, experts reúnem-se e atualizam a classificação a partir de diversos achados científicos, sendo a décima primeira a versão atual do documento (CID-11).

    A CID foi criada para facilitar a produção de estudos científicos, auxiliar na elaboração de políticas de saúde e melhorar a comunicação entre os profissionais e o público em geral. Aliás, ela facilitou a comunicação entre médicos e pacientes e o entendimento dos pacientes de seu diagnóstico.

    A CID auxiliou na contabilização de transtornos mentais em todo o mundo. Graças a ela, sabe-se agora que esses transtornos são bastante comuns. Também permitiu o registro sistemático, a análise, a interpretação e a comparação de dados de mortalidade e morbidade coletados em diferentes países ou regiões, em diferentes épocas, e sua reutilização para diferentes casos, incluindo suporte ao tratamento, alocação de recursos públicos, reembolso de planos de saúde, diretrizes internacionais e mais.

    Fatos sobre OS transtornos mentais

    Nas últimas décadas, houve um crescente reconhecimento do impacto negativo dos transtornos mentais no mundo e da importância do papel da saúde mental. Considerando todos os transtornos mentais (incluindo-se os relacionados ao uso de substâncias), os dados mostram que a prevalência é de 13% ao redor do mundo. Os maiores índices são de transtornos de ansiedade, transtornos de humor e transtornos por uso de substâncias, os quais causam um déficit de 1 trilhão de dólares a cada ano. Isso não é surpreendente uma vez que, sozinha, a depressão é uma das principais causas de incapacidade e morte prematura — e, no geral, transtornos mentais não tratados comprometem todas as áreas da vida, afetando desempenho escolar e/ou profissional, relacionamentos e participação na comunidade.

    As estatísticas também reforçam que qualquer pessoa — independentemente de idade, sexo, renda, status social, raça/etnia, religião/espiritualidade, orientação sexual, origem ou outro aspecto de identidade cultural — pode ser afetada por um transtorno mental. Todavia, alguns padrões são percebidos: cerca de

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