Causos Primeiros
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Causos Primeiros - Lucas S. Nascimento
Causos
Primeiros
Historinhas de mentirinhas (ou talvez não) que não devem dar medo (ou talvez
não) as almas inquietas por uma leitura inquietante, descontraída e
desconfortante.
Lucas S. Nascimento
Aos estranhos – como eu e como eles – (ou talvez não). Somos frutos disso, do
assombroso, do imaginável horror, do então conhecido terror (ou talvez não),
somos, logo, inquietos.
Ato I
Consequências Seriam Piores...
Minha vida é resumida em minicontos de terror. Com traços marcantes e
assustadores. Ainda bem que nunca durmo, as consequências seriam piores.
Disse, convicto de sua tamanha vida.
.
Ato I
Ame A Si...
Ato II
Ame a si mesmo sempre, pois amanhã alguém poderá chorar por ti.
Disse uma velha para mim em algum dia, o qual não me recordo, batendo com a
mão frágil em meu peito direito, onde fica meu coração. O que ela quis dizer?
...
Irresolúveis de Agno.
Ato II
Amigos...
Ato III
Vejo meus amigos irem embora. Não há nada que eu possa fazer, além de chorar
amargamente e ver as coisas acontecer bem debaixo de meu nariz... estou certa
em fazer isso? Ou deveria me matar, para não mais me sentir sozinha neste
mundo cheio de pessoas vazias? É, realmente estou errada.
A tristeza de Ampola ponderava o inimaginável abismo solitário...
Ato III
Dei-me...
Ato IV
Dei-me a sua mão agora. Antes que seja tarde demais e caia para o inferno.
Inferno de tristeza, morte e rancor de Michandri.
Ato IV
Perdida...
Ato V
Perdi tudo! Minha família, amigos e pessoas que talvez conheceria.
Estou a ponto de me perder neste mundo cruel.
O que me resta a partir de agora?
A vida me derrubou, sou um espelho frágil que se quebrou.
A tristeza de Ampola ponderava o inimaginável abismo solitário...
Ato V
Desvendando...
Ato VI
O desconhecido um dia se torna conhecido, o bem, um dia se torna mal, e você
não quer isso. Eu sei muito bem. Nas luzes das coisas, sempre haverá
escuridões. Você é a prova disso, não é mesmo?
Seus dizeres sombrios, do desconhecido, do mal, da escuridão enfermem de
nome Michandri.
Ato VI
Juízo...
Ato VII
É muito aterrorizador pensar em morrer, mas já estando morto. Muito mesmo.
Mas peraí, por que estou dizendo isso?
O dia que a vida o enganou. E a morte o desenganou.
Irresolúveis de Agno.
Ato VII
Lamentos...
Ato VIII
Não caminhaste por estes versos, por favor, não os leiam!
São lamentos de uma garota mal-amada e humilhada!
Que amou, em vez de odiar, que fora feliz, que agora triste é A
vida há de ser curta demais para lamentos e prantos, ora
Mas se assim preferes, terminaste lendo o meu suicídio.
Siciliana era de uma alma irrefutável.
Ato VIII
Refúgio...
Ato IX
Músicas calmas parecem aquietar almas que só querem lamentos, angústias e
matanças!
Almas como a minha, com um desejo imenso para tal... mas a serenidade das
canções faz-me aquietar e pensar... pensar para depois matar, angustiar e
lamentar.
M de morte, M de Michandri.
Ato IX
Sensatez...
Ato X
Acordo-me e delimito-me a levantar-me para este mundo sensato demais. Mas
acabo não resistindo, sempre. E isso faz de mim um ser langoroso? Porém, eu
não me importo, pois os fracos é quem vencem a vida e os fortes é quem sofrem
a derrota. Logo, eu sou um fraco. Mas, e quanto a ti?
Loyfiel proferiu pela primeira vez.
Crônicas de Loyfiel e diálogos de sua alma, sX a.C.
Ato X
Extenuação!
Pensou em relutar até as forças acabarem. Não ocorreu. Morreu.
Crônicas de Loyfiel e diálogos de sua alma, sX a.C.
Ato XI
Ato XI
Lucidez...
Meu lar revela segredos não revelados. As pessoas não saberão de nada, mesmo
assim saberão. E tudo ficará perfeito quando algo estiver imperfeito até mesmo
quando o céu for o inferno e o inferno for o céu. E a tristeza tornar-se a alegria
que o comove sempre a querer mais e mais, não tendo, então, um fim... o fim
que nunca deverá assomar-se aqueles que a desejam. Porque o querer tornou-se
o não querer, o bem tornou-se o mal, desde a sua criação, criação do universo. E
tudo que vê, toca e sente é apenas ilusão da mente inepta humana.
Maravilhas hão de serem minhas palavras... maravilha há de ser minha
sinceridade.
Maravilha há de ser o M.
Ato XII
Ato XII
Fim!
Na esperança de um mundo melhor, suicidou-se.
Crônicas de Loyfiel e diálogos de sua alma, sX a.C.
Ato XIII
Ato XIII
Fraqueza...
"A vida é dura, não é mesmo? Um dia te coloca pra baixo, te tortura e um dia
também te mata! Bom, diante destes fatos, estas deverão ser minhas palavras
últim..."
As palavras saíram para o vazio de si mesmo através da...
Irresolúveis de Agno.
Ato XIV
Honra!
Ato XIV
Nada será como antes! Mas não será mesmo! O motivo da minha raiva mudou,
mas não às pessoas pelas quais matarei. Elas não mudaram.
...
Iras de Fúria.
Ato XV
Garras!
Ato XV
Aqueles olhos me olhavam a todo instante. Não resistir. Tive que arrancá-los.
Confissões de Hédio.
Ato XVI
Insanidade...
Ato XVI
Cathelli, Lucholli e Mecholli, as futuras três irmãs que mexerão com seu
psicológico, podendo, então, te enlouquecer, a ponto de te matar... Através das
circunstâncias e consequências nada convencionais a vida, a vida que lhe trouxe
até aqui... mas propensas a morte, a morte que te levará para longe daqui.
Então, eu te pergunto: você está pronto para conhecê-las? E para esta grande
aventura?
...
Histórias de Pupilo.
Ato XVII
O Pesadelo Começava...
Ato XVII
O pesadelo é uma forma de fugir da realidade cruel.
Disse alguém que acabava de acordar. E o pesadelo começava.
Irresolúveis de Agno.
Ato XVIII
Músicas...
Ato XVIII
Músicas são relaxantes, são remédios para as almas, eles dizem. A menos que
seja usada no momento que tu mataste alguém.
Revelações de Denésio.
Ato XIX
Lealdade...
Pessoas merecem morrer
Aquelas que são inúteis para vida
Ato XIX
Para própria existência
Enchendo o mundo de esgoto e desgosto
Que são seus pensamentos e atitudes E
aqueles que dizem serem meus amigos
O mundo está farto de sem-legados, pseudos...
Me faz crê que no mundo sem fantasias, é pura idiotice
Não queira ser mais um ou mais uma
Mereça morrer
Eu mereço morrer
Mas antes eu acendo um cigarro
E morro de overdose
A tristeza de Ampola ponderava o inimaginável abismo solitário...
Ato XX
Quando Acordou...
Ato XX
Quando acordou, achava que tinha morrido. Confirmou-se.
Crônicas de Loyfiel e diálogos de sua alma, sX a.C.
Ato XXI
Tristezas...
eu tinha tudo que amava
mas naquela noite eu bebi muito e,
Ato XXI
então, eu nunca me esquecerei daquela noite sangrenta... daqueles
sorrisos, daqueles brilhantismos, aquela noite de estrelas e lunar... estará
sempre gravada em meu coração tristonho...
e agora que me encontro dentro desta cela imunda e
diante deste infortúnio, eu não poderei mais vê-las... oh minha querida noite,
estrelas e lua, eu sentirei saudades de vós.
De Fiólopo.
Ato XXII
Percepção...
Ato XXII
Um dia eu recebi uma carta. Tento lê-la até os dias de hoje, sem entender o
mínimo do motivo da minha morte.
Os não entendimentos de Esôdro.
Ato XXIII
Prefiro Os Pesadelos...
A realidade não aparenta ser muito cruel, por isso prefiro os pesadelos. Eles sim
são cruéis até para as almas cruéis. Tornando-me, então, um ser inteiramente
cruel de sonhos cruéis, ou melhor, de pesadelos cruéis...
As preferências de Antôno.
Ato XXIII
Ato XXIV
Visita...
Espíritos voam, espíritos atormentam, espíritos matam!
Quem estiver lendo isso, será a próxima vítima. Eu mesmo a visitarei na noite
fria e cruel.
E o meu nome é...
Ato XXIV
Ato XXV
Unívoco...
A certeza que temos é a vida. A outra é a morte depois dela. E o ciclo retorna
mais uma vez. Sinceramente, estou cansado disso.
Loyfiel dizia mais uma vez.
Crônicas de Loyfiel e diálogos de sua alma, sX a.C.
Ato XXV
Ato XXVI
Jornada...
"Aqui estão dois corpos encontrados a margem do rio. Os corpos encontram-se
nus e podemos ver, também, marcas espalhadas pelos mesmos. É um homem e
uma mulher, ao lado deles estão dois cavalos, também mortos. Não se sabe ao
certo, mas provavelmente é um caso de estupro. Então, é com vocês do estúdio."
...
Histórias de Pupilo.
Ato XXVI
Ato XXVII
Egoísmo...
– Hoje é lua cheia, dia dos lobos famintos. O dia perfeito para a caça deles!
Filho, meu rifle contém sete balas e suponho que não existam mais de sete lobos
lá fora, mas, se caso você ouvir, depois de eu ter disparado as sete balas, lobos
uivarem, prepare meu funeral.
– Está certo, pai. – O olhar do filho transportava um relance de preocupação.
O pai saía para caça aos lobos, debaixo da grande lua reluzindo no céu. O filho o
esperava, ou talvez ele nunca mais o visse.
Neblinas cobriam o pequeno vilarejo onde eles moravam e nevava muito.
Em cinco minutos, o filho ouve o primeiro disparo. E assim sucessivamente,
quando após o último disparo... ouvem-se uivos de mais lobos...
O jantar de um será insignificante e doloroso, de outros serão fartos e gloriosos.
...
Histórias de Pupilo.
Ato XXVIII
Ato XXVII
Estátuas...
É estranho que todas às vezes quando eu olho para uma estátua, ela está lá bem
fixa em seu lugar. Mas quando me viro, sinto uma enorme sensação de que a
estátua parece mover-se em minha direção, olhando-me com um olhar severo,
pronta para me matar a qualquer instante. Quando olho novamente para ela, a
sensação passa, pois, quando me viro...
As desconfianças de Luciandra.
Ato XXIX
Palavras...
Ato XXVIII
Elas me abandonaram
Eles me abandonaram
Me deixando sozinha nessa bosta de mundo
O que eu não pertenço
Nunca pertenci, eu quis dizer
Quero ser exilada
Mundo cruel
Cruel mundo
Estou em meu quarto
Sujo
Minha cama desforrada
Sentimentos...
Melodias...
Idiotices...
Os cigarros me fazem companhia
Pelo menos eles não me abandonaram
O pó cai...
Os maços se ajuntam...
Os fósforos queimados...
A tigela entalada...
Então...
A minha vida é como a matemática ou a física ou a química
Eu não ENTENDO
Porém ela diz ser EXATA
EXATAMENTE HORROROSA
Terror mais horror é igual a inércia da vida orgânica
Oh...
Como eu queria ser um destes meus cigarros
E morrer em meus próprios lábios sedutores
Alguém que não mereça morrer que possa me ajudar neste instante
Não, não
Não preciso de ajuda
Vocês é quem precisam
Os lunáticos do Planeta X
Eu... então escreverei estas palavras em minha parede
Quem sabe alguém um dia as leia
E entenda o meu motivo peculiar de ser
Agora é hora de fechar os olhinhos e tentar
Acordar em outro lugar, em outro mundo...
A tristeza de Ampola ponderava o inimaginável abismo solitário...
Ato XXX
Lembranças...
Ato XXIX
Alguém me disse alguma vez que a morte é algo ilusório, não real. Noutro dia
ninguém mais soube notícias deste alguém, nem eu.
...
Confissões de Hédio.
Ato XXXI
Falso Sorriso...
Ato XXX
Atrás de um sorriso lindo, pode estar um sorriso triste ou até mesmo um sorriso
psicopata querendo te matar, esperando apenas o momento oportuno.
As oportunidades de Teorina.
Ato XXXII
Onirismo...
Ato XXXI
Sempre durmo preocupado se acordo noutro dia. Nunca se sabe, as
possibilidades são mínimas para tal. Pelas circunstâncias, sou um velho muito
cansado.
As preocupações de Tanaciel.
Ato XXXIII
Ato XXXIV
Sobreviva!
Viva! Seja como eu, que sobrevive, mas não vive. Viva!
As tendências de Necospo.
Ato XXXIV
Convívio...
Ato XXXIII
O pouco ou o muito que viverei, viverei com os meus semelhantes, os iguais a
mim, em essência e existência. Eu os amo, mesmo que por algum motivo eu
não os veja, não porque minhas vistas são insignificantes, mas porque à luz
nunca
penetrou naquele lugar. Eu os sinto e isso basta para a minha grande alma sem
piedade, sem compaixão. Como a negritude e a morte hão de serem lindas aos
vossos corações cheios de raiva e rancor.
Disse, Michandri.
Ato XXXV
A Vida Há De Ser Fútil...
Ato XXXIV
A vida há de ser fútil para aqueles que querem mais ação, terror e horror.
E eu sinceramente odeio isso, não digo sobre o que eles querem, mas sim sobre
a vida ser para eles... eu também hei de desejar e mais um pouco...
A convicção de Amaralina era tamanha, visto a circunstância provinda da vida
recém-adquirida.
Ato
Caos!
XXXIV
Ato XXXV
O caos está por todos os lados! Fuja ou morra fugindo!
Crônicas de Loyfiel e diálogos de sua alma, sX a.C.
Ato XXXVII
Ato XXXVIII
Ele Veio Me Buscar...
Acordo e percebo, através do espelho, um ser emergindo atrás de mim. Viro e
não vejo nada, olho novamente o espelho e percebo que não existirei mais... ele
veio me buscar.
As visões de Renôdopo.
Ato
Faces...
XXXVI
Ato XXXVII
Às vezes me faço acreditar que ela tem duas faces. E eu sempre penso que a da
felicidade vai estar virada para mim...
Porém... penso sempre errado.
E Loyfiel expressava sua tamanha soturnidade mais uma vez.
Crônicas de Loyfiel e diálogos de sua alma, sX a.C.
Ato XXXIX
Ato XL
Frustação...
Uma vez sonhei que havia alguém me sufocando enquanto eu dormia. E não é
que era verdade? Hoje não posso sonhar mais, pois estou morto, vagando por
ruas escuras, falando como espírito e espírito não sonha.
A fala insofismável de Opioso.
Ato
XXXVIII
Ato XLI
Inconsciência...
– Surpreenda-me! Atire-me! Agora!
Dizia Ampola à beira da janela de sua casa no trigésimo sétimo andar. Roupas
desfiguradas e cabelos esvoaçantes a acompanhava. O mistério era que
ninguém estava lá, a menos que a sua raiva, a sua melancolia... e a sua própria
morte!
A tristeza de Ampola ponderava o inimaginável abismo solitário...
Ato XLI
Visão...
Ato XL
Parece que há algo no caminho, mas eu não consigo enxergar porque a criatura
está bem na minha frente. Fungando. Olhos vermelhos. Pele podre. Unhas
cravadas. Arh.
As visões de Renôdopo.
Ato XLII
Ato XLIII
Maníaco!
As breves ventanias sopravam folhas secas caídas ao chão para mais perto
daqueles olhos sombrios...
As crianças felizes... no parque... alguém com roupa e maquiagem exuberante
as observam de bem de longe...
...
Histórias de Pupilo.
Ato XLIII
Sentimento...
Ato XLII
Não tenho medo dos mortos, pelo contrário, tenho medo é dos vivos. Esses sim
me assombram até os dias de hoje.
Danvielo e a inquietação.
Ato XLIV
Ato XLIII
Portais...
São 03h03min da manhã, a hora que os portais dos infernos se abrem na terra,
e vejo, logo a minha frente, abrindo-se um e querendo sugar-me para dentro
dele.
São minhas palavras últ...
As visões de Renôdopo.
Ato XLV
Vejo Um Reflexo...
Ato XLIV
Através do espelho, eu via um reflexo. Mas não era o meu.
Danvielo e o irrealismo.
Ato XLVI
Vejo Fantasmas...
Ato XLV
Vejo fantasmas constantemente. Por enquanto, tenho apenas três certezas: eles
não existem, estou ficando paranoico, eles existem.
Danvielo e a incerteza.
Ato XLVII
Som...
Ato XLVI
Eu ouço músicas calmas, enquanto que ao mesmo tempo também ouço o
barulho do som angustiante de pessoas morrendo a minha frente, em um
vídeo.
Revelações de Denésio.
Ato XLVIII
Senso...
Ato XLVII
O pouco que vivi, vivi muito. O muito que vivi, vivi pouco.
Disse, Michandri.
Ato XLIX
Ato L
Terra Destruída!
Certa vez eu sonhei com algo enigmático até hoje para mim: a querida terra
sendo destruída por um gigantesco meteoro.
O enigma da terra, o bem e o mal, todos findados ao fim, Loyfiel é quem diz.
Crônicas de Loyfiel e diálogos de sua alma, sX a.C.
Ato L
Ato LI
Vozes...
Até então ouvia-se palavras...