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Viciados Em Drama
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E-book212 páginas3 horas

Viciados Em Drama

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Sobre este e-book

Após reencontrar uma velha obsessão amorosa sua, no primeiro dia de aula, Valerie percebe que esse ano estará repleto de confusões e paixonites. Anderson ( seu super crush) nem se lembra dela, mas já chegou até a bloqueá-la em todas suas redes sociais. Será que ele vai se apaixonar por ela? Será que Valerie vai ter coragem de ficar com ele? Ou será que Valerie vai se apaixonar pelos outros rapazes que agradaram a seus olhos (mesmo que ela não admita)? Leia e descubra!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de mar. de 2019
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    Viciados Em Drama - Fénix Sanchez

    Viciados Em

    Dr ama

    F énix Sanchez

    [ 1 ]

    Apresentação

    Desde que desgraças não ocorram, o mundo segue uma lógica: Todos os adultos já foram adolescentes um dia. Todos os adolescentes serão adultos um dia. Apesar de nem todos terem a oportunidade de viver a juventude, de ter uma boa adolescência, todos passam por muitos problemas desse período. As inseguranças, os medos, as ansiedades, as traições, os primeiros amores, as primeiras vezes que o coração foi magoado.

    Quem nunca sentiu uma raiva jovial? Quem nunca quis mudar o mundo? Ou quis que ele fosse diferente? Quem nunca sentiu um raiva incontrolável? Raiva de tanto odiar! Raiva de tanto amar! Raiva de sentir raiva! Raiva simplesmente...

    Anderson, Carmem, Douglas, Emma, Jean, Nicolas e Valerie. Todos passarão por vários momentos que definirão suas vidas adultas. Momentos de felicidades, momentos de decepção, momentos de extrema raiva, impulso e loucura.

    Esses jovens sentem raiva uns pelos outros, pelo mundo em sua volta, pelas pessoas em sua volta. Às vezes, eles dispensam a raiva em seus amigos, em sua família e em seus inimigo s.

    Uma ira juvenil é a juventude que se viveu ou que nunca

    se pôde viver. É a juventude e ser jovem, é a juventude que nunca vai voltar. É a juventude que nunca irá terminar.

    Fénix Sanchez

    Início de Inícios

    Terça-feira, 4 de fevereiro.

    Depois de uma curta viagem de carro com seu pai, Emma, finalmente, chega na escola Bernardo Lemes. Ela fica maravilhada com a bela arquitetura da famosa e bem - requisitada escola do bairro da Gávea, no Rio de Janeiro. Ela vê alunos conversando, outros paquerando, mas quem ela procura é sua melhor amiga, Valerie.

    As aulas começaram há alguns dias atrás, no dia 13 de janeiro, em uma segunda-feira. Mas Emma ainda estava do outro lado do oceano, em um intercâmbio na França, quando isso aconteceu. Finalmente, ela está de volta ao Brasil e poderá iniciar suas aulas do primeiro ano do ensino médio na sua nova escola.

    Finalmente, ela vê Valerie. Sua amiga está em pé , apoiada em um banco da escola, mexendo em seu celular. Ela está de costas para a rua e não vê Emma se aproximar. Quando a morena toca nas costas da loira, ela a surpreende. Valerie fica estática ao rever a amiga e elas se abraçam. Elas não se viam pessoalmente há seis meses, desde que Emma foi fazer seu intercâmbio. Valerie saúda a amiga:

    _ Finalmente você voltou! Pensei que você iria me abandonar e ficar em Paris de vez. De verdade eu pensei, mocita! _ Não tava em Paris, eu tava em Poitiers.

    _ Mas perto de Paris do que eu, mocita .

    As duas riem.

    _ Tô feliz de tá de volta! Tava com saudades de falar port uguês. _ Ui, ui, papá! Deixa de ser boçal! Quero presentes, viu?

    _ Claro que eu trouxe.

    _ Quero coisa fina mesmo, mocita.

    As duas riem.

    Quando Valerie começa a olhar no muro da escola, ela se assu sta:

    _ Não pode ser!

    _ O quê, Valerie?

    _Você lembra daquele menino que eu me apaixonei no facebook, começei a mandar um monte mensagem pra ele. Persegui ele em tudo que era rede social, até que ele me bloqueou, moc ita?

    Emma começa rir.

    _ Quando você me contou, eu quase volto pro Brasil pra te dar uns puxões de orelha! Como esquecer esse mico, se não faz nem cinco meses que você superou?

    _ Ele está estudando nessa escola agora! _Emma arregala seus olhos em surpresa ao ouvir a notícia e sua amiga continua a lhe contar os detalhes _ Emma, eu faço de tudo para ele não me reconhecer, mas ele parece que tá olhando pra cá. Será que ele vai espalhar pra escola aquele mico todo?

    _ Vai ver ele nem lembra do seu rosto! Essas olhadas dele não são de medo de uma psicopata adolescente e sim de desejo, amiga.

    Emma analisa, novamente, os olhares do loiro em sua amiga, assim como o jovem como um todo e tira uma conclusão:

    _ Ele é bem bonito mesmo e não tira aqueles olhos de você! Se eu fosse você, eu aproveitava.

    Valerie começa a olhar em direção a ele, com medo de que ele a reconheça como a stalker, mas ele parece não sentir medo, e sim desejo. O mundo para de importar para os dois, tudo que

    Emma fala parece não fazer som. Ela só consegue olhar para ele e ele para ela. Ela desvia o olhar, baixa a cabeça. Ela quer disfarçar, mas ela volta a olhar na direção dele e os olhos do loiro não pararam e não param de observá-la. Ele sorri, ela coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha e sorri em direção ao rapaz. Tudo parece um sonho, até que chega uma moça e beija Anderson na boca, trazendo Valerie de volta a realidade. Emma começa a rir.

    _ Obrigada pelo apoio, mocita.

    _ Desculpa, mas você parecia em outra dimensão, amiga, pelo menos, agora. ..

    De repente, Valerie vê Anderson, Jean ( seu melhor amigo) e mais um amigo se aproximarem de um rapaz franzino, lendo um mangá. Eles jogam o mangá no chão e começam a atacar o garoto.

    _ Emma, aquele menino é da minha sala. Eu não lembro o nome dele, mas ele nunca fez mal a ninguém! Vamos ajudar ele. _ Claro que não, Valerie! Vou chamar alguém da escola para acabar com isso. Me espera aqui!

    Enquanto Emma se afasta, Valerie se aproxima do alvoroço. Ela começa a gritar por socorro, para que alguém fizesse al guma coisa. Quando o rapaz atacado a vê, ele fica perplexo com sua beleza. Mesmo no meio de tanta violência cometida contra si, ele fica admirado com Valerie.

    Quem escuta os gritos de Valerie é Nicolas Herrmann. Ele esperava um dia tranquilo, mas a vida nem sempre é o que se planeja. Diferentemente do menino atacado, Nicolas sabe usar seus punhos e dispara alguns socos e separa a briga. Anderson quando vê Nicolas, ele fica enfurecido. Os dois parecem ter uma longa história e é essa história não é de amor. A nderson começa a provocar Nicolas:

    _ Ora, ora, ora! OPA! Se não é o incrível Nick! Veio me esfaquear? Seu aprendiz de assassino!

    _ Por mais que você não valha nada, sua vida é muito insignificante pra que eu suje minhas mãos!

    Valerie, por algum motivo misterioso, surpreende-se com a informa ção:

    _ Vocês se conhecem? Você não pode ser o cara que atacou o amigo do Anderson, é?

    _ Sim, por quê? (Pergunta irritado)

    _ Nada, eu estava apenas curiosa... _falou acanhada e um pouco amed rontada.

    Nicolas dá a mão para o menino atacado que estava no chão e diz:

    _ Vem, cara. Bora se mandar daqui, CARA. ( Ele dá uma ênfase na segunda vez que fala o vocábulo cara para que o menino atacado saia da transe)

    _ Obrigado, Nicolas!

    _ De nada, agora se levanta, cara.

    Douglas se levanta, agradecido ao seu colega de sala. Eles não se falam na escola, são completos desconhecidos um ao outro, mas isso não impediu o moreno de salvar Douglas de seus agressores. Douglas continua agradecendo- o:

    _ Todo mundo fala que você é bandido e não presta. Se alguém me perguntar o que eu acho de você agora, vou dizer que você é gente boa.

    _ E eu te perguntei?

    Os dois se afastam dos agressores e de Valerie, mas Douglas fica virando seu rosto para olhá-la. Enquanto eles caminham, Nicolas diz:

    _ Você tá querendo o segundo round com aqueles babacas de pá virada? Pare de olhar.

    Douglas, então, para de olhar Valerie. Enquanto isso, Valerie busca explicações de seu antigo namorado dos sonhos:

    _ Por que você fez isso, mocito violento? Isso foi ridículo!

    _ Olha, essas coisas acontecem com quem se mete onde não devia. Aquele nerd é um voyeur . Me olhando beijar minha gata. Mas você é bem interessante e pode se meter comigo quando quiser. Você já sabe até meu nome, linda. Deve estar me investigando?

    _ Nos seus sonhos, mocito.

    _ Acho que eu te conheço de algum lugar!

    Valerie mexe sua mão esquerda, faz um sinal de tchau mexendo seus dedos delicadamente e diz:

    _ Beijin lala!

    Valerie se afasta e vai se sentar longe de toda a confus ão. Anderson passa as mãos em seus cabelos e em sua cabeça, logo ele se esquece da treta e começa a falar besteiras com seus

    amigos como se estivesse em micareta.

    Douglas e Nicolas começam a conversar e a se conhecer e descobrem afinidades e gostos e modus operandis . Douglas tem uma dúvida, que ele resolve tentar solucionar : _ Por que aquele cara te chamou de aprendiz de assassino? _ É uma longa história. Se eu fosse você, ficaria longe de mim. Antes só do que mal acompanhado. Sou má companhia, a pior

    companhia possível.

    _ Você tá louco? Com você do meu lado, talvez eu sofra menos bullying e tenha prazer em vir a essa escola. Os dois riem.

    Valerie vê Emma se aproximando com um guarda da escola, mas com a confusão dispersada, o homem ignora a novata e vai embora. Emma se dirige a Valerie :

    _ O que aconteceu?

    _ Eu salvei o dia, mocita!

    _ Fala sério, Valerie!

    _ Quem salvou o dia foi aquele ali! ( Ela aponta para Nicolas.) _ Além de bonito, ainda é valente! Gostei!

    _ Oiiiiii? Valente até demais! Me liberta! Dispenso!

    _ Por quê?

    _ Ele é Nicolas Herrmann. Meu colega de sala mal encarado, e aparentemente um bandido, mocita! Alguém bem peri goso! _ Como assim? Você começou, vai ter que falar tudo agora! _ Enquanto você tava lendo Le Figaro e Le Monde ano passado, eu tava lendo aqui jornais cariocas e ouvindo todos os babados e escândalos sórdidos da boca da dona de salão mais fofoqueira do mundo, dona Carla Valentini. A mãe do meu ex - namorado dos sonhos só vai no salão da minha mãe.

    Emma começa a rir. Valerie a interrompe.

    _ Não tem graça, essa história é um babado fortíssimo, mocita. _ Mas me diz qual o problema desse clássico bad boy. _ Ele trabalhava como garçom em uma lanchonete lá em Ipanema e todo mundo soube do escândalo em que ele se envolveu.

    _ Que escândalo? Você está me deixando muito curio sa! _ Digamos que no aniversário de 15 anos dele, a madrasta dele se deu de presente. E não para por aí. Eles tiveram um affair que o pai dele descobriu e terminou com ela. Ele tentou abafar, mas o Nicolas e ela continuaram a se ver, quando a mãe dele descobriu, ela não parou até que conseguiu colocar a madrasta na cadeia por estupro ou algo assim.

    _ Que velha nojenta!

    _Oiiiiiiiii? A mãe? Ela tava mais do que certa!

    _ A madrasta, lógico!

    _ Concordo! Isso saiu em tudo que era jornal, foi um escândalo! Mas ela não é velha. Ela tinha 29 anos. Acho que ela tinha daddy issues e por isso se casou com o pai do Nicolas. Acho que o mocito ali fazia ela se sentir uma adolescente.

    Emma ri.

    _ Ainda nem comecei. Essa história se espalhou pela cidade e pelo Brasil. Eu só não conhecia o rosto dele, só o nome. Enfim,

    quando o amigo do Anderson, Bernardinho Pontes, descobriu quem era, começou a ir na lanchonete onde o N icolas trabalhava e zoava ele. Ele fez isso por vários dias, até que um dia, o Nicolas seguiu o Anderson e Bernardinho com uma faca. _ Que horror!

    _ Ele esfaqueou o Bernardinho, mas se arrependeu e chamou a ambulância. O mais estranho é que a família do N icolas conhecia a família do Anderson. Os nervos ficaram bem alterados, mas após perceberem que o Bernardinho ficaria bem, eles conseguiram fazer um acordo com a família do Bernardinho. Mas mesmo fugindo de ter que ir pra Febem, Nicolas perdeu o emprego e começou a beber como um louco. Até que ele foi parar em um centro de reabilitação.

    _ Como esse louco veio parar aqui?

    _ Não faço a menor ideia. Por algum motivo louco, a deputada Louisiana Paes deve ter conseguido colocar ele aqui. Agor a colocar Anderson e o agressor juvenil no mesmo colégio, parece louco pra mim. Mas tem algum segredo aí, algum motivo pra isso que eu não faço ideia. Eu fiquei tentando descobrir quem era o famoso delinquente, desde que as aulas começaram e agora eu liguei o rosto à pessoa! Ai, credo!

    _ Que linda história de amor esses dois têm! _ Ui, ui, papá! Um verdadeiro bromance! As duas rie m.

    _ Só quero ficar longe de qualquer um desses dois. Não quero confusão na minha vida!

    Campainha toca.

    _ Vamos entrar na sala, Valerie. Mas não sei. Essas suas palavras podem colocar eles no seu destino.

    _ Oiiiiii? Ui, ui, papá! Dispenso! Prefiro o mocito que a panhou. Não quero confusão mesmo! Beijin lala.

    Emma descobre sua sala, mas ela já sabia, de antemão, que não estudaria na mesma sala que sua amiga.

    Bernardo Lemes possui 5 salas de primeiro ano, 5 de segundo e 5 de terceiro ano. Valerie, Nicolas e Douglas festão na mesma sala, a sala A111. Emma e Anderson estão em outra, a sala A113. Jean estudará no segundo ano, na sala B222. As aulas do primeiro período t ranscorrem normalmente, mas o dia está longe de acabar. Em uma escola de tempo integral, o tempo parece passar mais devagar, mas quando se tem alguém para conversar, tudo fica mais divertido. Após tocar a campainha para a hora do pri meiro

    intervalo, Carmen se aproxima de Valerie:

    _ Agora que sua melhor amiga chegou, espero que não me abandon e!

    _ Nos conhecemos há pouco tempo, mas você já tem um lugar no meu coração, mocita. Não faça drama! Não me faça chorar igual a Salina da Gotas de Lágrimas!

    _ Valerie, você era maravilhosa lá. Lembro que você era um ícone da moda infantil. Quando eu te vi no primeiro dia, eu logo reconheci! Pena que seus pais te quiseram afastar da fama. _ A Samantha Consuelo, minha mãe na novela, foi quem convenceu eles de me afastarem dos holofotes, acredita? Eles sentiam que aquele meio era cheio de perigos e drogas. Com o se eu fosse me meter em confusão com apenas 9 anos de idade.

    Mas é a vida, não é, mocita ?

    _ A vida é uma droga! Mas vamos logo encontrar essa sua amiga. Eu preciso ver um pouco o gato do Jorge. _ Vamos sim, mocita! Você vai adorar a Emma, mocita. Quanto ao Jorge? Ele nem sabe que você existe! Aceita que dói menos!

    Larga essa obsessão, Carmem!

    Elas riem e vão atrás de Emma. Após se encontrarem, as três vão à cantina e começam a conversar e a criar um laço de amizade e companheirismo. Quem já estava na cantina e as

    viram chegar são Douglas e Nicolas. Douglas fica maravilhado ao ver Valerie outra vez e comenta para Nicolas:

    _A Valerie é maravilhosa, você não acha, Nicola s?

    _ Cara, você parece um cachorro olhando osso, quando olha a Valerie. E ela é tão magra como um osso mesmo!

    _ Queria agradecer ela por hoje.

    _ Quem te salvou fui eu, não ela!

    _ Você só foi lá porque ela gritou. Mas eu não sei o que falar!

    _ Cara, você tá há um tempão com esse papo. Para de chorar as pitangas! Por que você não vai lá logo e fala qualquer asneira?

    _ Ela é a mais linda da escola, Nicolas. Não posso só chegar lá! _ Ao Douglas terminar de dizer isso, Nicolas revira seus olhos.

    _ Deixa de nhenhenhem! Vai lá.

    Douglas se levanta e vai em direção a mesa das meninas:

    _ Oi, obrigado pela ajuda mais cedo!

    Carmem se irrita ao ver o colega de sua sala, que não agrada nem um pouco aos seus olhos. Ela dispara: _ E quemte perguntou? Se manda, panaca!

    _ Que rude, Carmem! _ Emma a repreende com sua fala e com seus olhos.

    _ Desculpe nossa amiga, Douglas. Mas não fiz nada demais, quem fez foi aquele Nicolas! Apesar de não ir com a cara dele, ele fez algo bom! _ Valerie se desculpa de Douglas com um belo sorriso em sua dire ção.

    _ Sim. E...

    Douglas fica um tempo calado. Carmem se irrita e arrasa o garo to:

    _ Se você não tem mais nada pra dizer, eu queria poder comer sem ter que olhar pra sua cara.

    _ Era só isso, tchau.

    Antes que ele vá, Valerie o impede e o chama de volta a sua mesa.

    _ Espera, é...

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