As Voltas Que O Mundo Dá - Coleção A Turma Do Renato

De Ubirajara De Sousa Rezende

Aventuras! Mistérios! Investigações! Contatos do outro mundo! Amizade! Solidariedade! Futebol! Tudo isso e muito mais você encontra na Coleção A Turma do Renato que apresenta um grupo de adolescentes que vivem grandes histórias no bairro Siderúrgica. Marcelo e Marquinho fugiram de um orfanato à procura do pai, um rico empresário, mas sozinhos não conseguiriam vencer as barreiras do caminho para alcançar seu objetivo. Encontram a solidariedade da Turma do Renato, e as emoções começam a rolar em cada página virada. Você está convidado a entrar nesse labirinto para ajudar Nando e amigos encontrarem a saída para os garotinhos. Boa leitura!

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 25 de mar. de 2019

Pré-visualização do livro

Copyright © 2019 Ubirajara Sousa Rezende

Capa, revisão e diagramação: Adriano Martins Leite

Foto da capa: acervo pessoal do autor.

2a edição – 2019

Publicado por

Clube de Autores Publicações S/A

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APRESENTAÇÃO

Este é o sétimo livro da coleção A Turma do Renato. Ela traz as aventuras de uma turminha dos 11 aos 13 anos, que adora investigar crimes, desvendar mistérios e curtir a vida no melhor que a infância pode oferecer!

Marcelo e Marquinho fugiram de um orfanato à procura do pai, um rico empresário, mas sozinhos não conseguiriam vencer as barreiras do caminho para alcançar seu objetivo. Encontram a solidariedade da Turma do Renato, e as emoções começam a rolar em cada página virada. Você está convidado a entrar nesse labirinto para ajudar Nando e amigos encontrarem a saída para os garotinhos. Boa leitura!

A Turma do Renato é obra de ficção. Semelhanças com nomes, pessoas, situações, fatos ou outros textos terão sido mera coincidência.

Amigo leitor: na fabulosa viagem ao mundo da leitura, você é a paisagem que nos inspira.

O AUTOR

Nasci em Dores do Indaiá MG. Despertei talento para o desenho artístico aos dez anos e vocação pela Literatura ao término do 1º. Grau. Contava dezenove anos quando consegui emprego na residência do notável escritor e historiador dorense, o professor Rubens Fiúza, criando naquela época a Turma do Renato. Escrevi artigos e poemas nos periódicos O Liberal e Gazeta Dorense. Sou Agente de Serviços Administrativos e ex-funcionário do CASI (Centro de Atendimento Sócio Infantil), uma instituição municipal que acolhe crianças e adolescentes. Identifico-me com o mundo dos jovens.

Contato com o autor:

[e-mail]

https://pt-br.facebook.com/ubirajara.sousarezende

OUTROS LIVROS DESTA COLEÇÃO

- Dias Felizes

- A Gangue da Rua Oito

- As Sequelas de um Erro

- O Visitante de Alnar

- O Fim do Imundo

- O Brinquedo que deu Medo

1 - OS ÓRFÃOS

Madrugada fria, vento agitando as árvores do orfanato. Duas figuras de crianças se esgueiram em direção à rua e logo depois lá estão elas do lado de fora. Com a mesma agilidade que saltaram o muro, sumiram na escuridão.

Marcelo e Marquinho são órfãos de mãe. Por terem nascido gêmeos, a mulher tivera problemas no parto e faleceu no dia seguinte ao nascimento. Muito frágeis, os garotos tiveram de ficar internados durante dois meses e só após esse tempo puderam ser entregues aos cuidados do pai, empresário de uma rede de supermercados.

Mas os gêmeos ficaram com ele só até os quatro anos. Mais interessado nos negócios que nos filhos, decidiu interná-los num orfanato usando mil argumentos ao diretor da casa – tio dos meninos; irmão da falecida mãe.

Incriminando a atitude desumana, outros parentes negaram ajuda a um senhor do capitalismo, homem com largas condições para criá-los. Como não tiveram irmãos, e os avós morando noutro estado, o pai contratou uma babá – a mulher que os ensinou os primeiros passos, primeiras palavras, o pontapé inicial para a vida. Era uma boa moça, de quem guardavam ótimas recordações. Tivera de deixá-los para ir cuidar do pai doente no interior e nunca mais a viram.

Foi a gota d'água: o homem despreparado e dedicado ao trabalho, livrou-se deles internando-os no orfanato. Vivendo uma infância marcada, foram crescendo revoltados e hoje, com seus nove anos, resolveram fugir à procura do ingrato para tentar convencê-lo que é obrigação de pai criar seus filhos, e porque já não suportavam a vida prisioneira da instituição – uma das piores devido à falta de recursos financeiros.

Pela manhã, Nando foi à padaria comprar o pão habitual. Lá estavam os órfãos sentados nos degraus da escada. Na saída o jovem levava um saco de pães quentinhos.

Marcelo, o mais comunicativo, perguntou-lhe:

- Ei menino! Sabe onde tem um ponto de ônibus?

- Ali na praça da sorveteria.

Aqueles garotos iguaizinhos despertaram a curiosidade do outro...

- Onde moram?

- Em lugar nenhum. Não temos família.

- E como nasceram?

- Nosso pai não quis saber de nós.

Nando não entendeu; Marcelo explicou:

- Ele é muito rico. Achou que a gente atrapalhava seus negócios e nos levou para um orfanato.

- Há