Gerenciamento de risco de incêndio em edificações tombadas pelo patrimônio histórico e cultural: uma ênfase no Recôncavo da Bahia
()
Sobre este e-book
Nessa perspectiva, este livro visa avaliar a análise global de risco de incêndio nas edificações tombadas pelo IPHAN, relacionado ao Conjunto Arquitetônico do Carmo, no qual se englobam três prédios: o Convento do Carmo, Igreja da Ordem Primeira e a Igreja da Ordem Terceira, no município de Cachoeira, no estado da Bahia.
Dessa forma, foram propostas soluções pelo gerenciamento de risco, como instalações de novas proteções, tais como: detectores de fumaça, sinalização de emergência, extintores de incêndio e brigada de emergência a fim de aumentar o coeficiente de segurança do gerenciamento de risco, para atender aos atuais critérios de proteção e conservação.
Relacionado a Gerenciamento de risco de incêndio em edificações tombadas pelo patrimônio histórico e cultural
Ebooks relacionados
Prevenção, Controle e Combate a Incêndios Florestais em Mato Grosso Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNr 18 - Condições E Meio Ambiente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo Ganhar Dinheiro Com O Sistema Soc? Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAplicações de Geossintéticos no Saneamento Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCartilha Explicativa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPotencial Energético de Resíduos Sólidos Urbanos: estudo de caso em uma região metropolitana brasileira Nota: 0 de 5 estrelas0 notasResíduos Sólidos Na Construção Civil E Seu Destino Nota: 0 de 5 estrelas0 notasReciclagem dos Resíduos de Construção Civil e Demolições - RCD: análise da viabilidade econômica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNr-36-segurança E Saúde De Abate Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Clt Reformada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasToxicologia Ocupacional: Uma Abordagem de Substâncias Presentes em Laboratórios de Graduação e Pesquisa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRelatório Ambiental Simplificado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVocabulário Da Construção Civil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGerenciamento de resíduos sólidos domiciliares: Um estudo de caso do município de São Francisco de Sales/MG Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm Olhar na Limpeza Pública Urbana Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQsms Nota: 0 de 5 estrelas0 notasResíduos Sólidos: Desafios & Oportunidades Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstudo de Resíduos da Construção Civil para Concreto Estrutural Aplicado em Lajes Pré-Moldadas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTratamento de Esgoto para Residências: um projeto barato e prático usando tubos e conexões de PVC Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA contratualização do risco geológico nas obras públicas subterrâneas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Extração de Areia no Rio Piancó e seus Impactos Ambientais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNr 9 - Programa De Prevenção De Riscos Ambientais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGuia prático para elaboração de PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) em pequenas e médias empresas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasR$C: Responsabilidade $ocioambiental Compartilhada no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
História para você
A história da ciência para quem tem pressa: De Galileu a Stephen Hawking em 200 páginas! Nota: 5 de 5 estrelas5/5Yorùbá Básico Nota: 5 de 5 estrelas5/5História do homem: Nosso lugar no Universo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCivilizações Perdidas: 10 Sociedades Que Desapareceram Sem Deixar Rasto Nota: 5 de 5 estrelas5/5Espiões, Espionagem E Operações Secretas - Da Grécia Antiga À Guerra Fria Nota: 5 de 5 estrelas5/5A história de Jesus para quem tem pressa: Do Jesus histórico ao divino Jesus Cristo! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSe liga nessa história do Brasil Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Origem das Espécies Nota: 3 de 5 estrelas3/51914-1918: A história da Primeira Guerra Mundial Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMulheres Na Idade Média: Rainhas, Santas, Assassinas De Vikings, De Teodora A Elizabeth De Tudor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Maiores Generais Da História Nota: 5 de 5 estrelas5/5Feitiço caboclo: um índio mandingueiro condenado pela inquisição Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA atuação de religiosos (as) da Teologia da Libertação na Diocese de Porto Nacional entre 1978 e 1985 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMARIA ANTONIETA - Stefan Zweig Nota: 5 de 5 estrelas5/5Crianças de Asperger: As origens do autismo na Viena nazista Nota: 5 de 5 estrelas5/5Umbandas: Uma história do Brasil Nota: 5 de 5 estrelas5/5O homem pré-histórico também é mulher Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs costureiras de Auschwitz: A verdadeira história das mulheres que costuravam para sobreviver Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistória medieval do Ocidente Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo o que precisamos saber, mas nunca aprendemos, sobre mitologia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCidadania no Brasil: O longo caminho Nota: 5 de 5 estrelas5/5História da Amazônia: Do período pré-colombiano aos desafios do século XXI Nota: 5 de 5 estrelas5/5Colorismo Nota: 3 de 5 estrelas3/5Como fazíamos sem... Nota: 5 de 5 estrelas5/5Império de Verdades: a história da fundação do Brasil contada por um membro da família imperial brasileira Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA História do Sistema Solar para quem tem pressa: Uma fantástica viagem de 10 bilhões de quilômetros! Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Avaliações de Gerenciamento de risco de incêndio em edificações tombadas pelo patrimônio histórico e cultural
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Gerenciamento de risco de incêndio em edificações tombadas pelo patrimônio histórico e cultural - Gabriel Garcia Bastos de Almeida
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus pelo dom da vida.
A todos os meus familiares e amigos, que me ajudaram a trilhar esse longo caminho.
As professoras Larissa Paluch e Andréa Jaqueira, por todo apoio, suporte e ajudas prestadas em todos os momentos.
Gostaria de agradecer também, a todas as pessoas que, de certa forma, tenham contribuído direta ou indiretamente com a composição deste livro.
PREFÁCIO
A preservação e proteção dos patrimônios culturais tombados pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) são de suma importância devido a sua relação histórica nacional e interesse cultural. Entretanto, eventos adversos, como incêndios, podem destruir completamente não apenas o acervo histórico que nelas possuem, como também a construção arquitetônica em si, acarretando prejuízos históricos, culturais, emocionais e econômicos. Visando mitigar esses problemas, foram criadas normas e legislações específicas com a pretensão da sua conservação, no tocante a longevidade, preservação, manutenção e proteção contra essas ocorrências.
Nessa perspectiva, este livro visa avaliar a análise global de risco de incêndio nas edificações tombadas pelo Patrimônio Histórico e Cultural, relacionado ao Conjunto Arquitetônico do Carmo, no qual englobam três prédios: o Convento do Carmo, Igreja da Ordem Primeira e a Igreja da Ordem Terceira, no município de Cachoeira no estado da Bahia.
Desta forma, foram propostas soluções pelo gerenciamento de risco, como instalações de novas proteções, tais como: detectores de fumaça, sinalização de emergência, extintores de incêndio e brigada de emergência. A fim de aumentar o coeficiente de segurança do gerenciamento de risco, para atender aos atuais critérios de proteção e conservação.
Este livro ainda demonstra um estudo de caso real das edificações que compõem o Conjunto Arquitetônico do Carmo, que estavam com um coeficiente de segurança insuficiente para garantir a proteção dos patrimônios, caso ocorra um sinistro de incêndio/pânico. Foi demonstrado e realizado um plano de gerenciamento de risco, que visou propor soluções cabíveis para aumentar esse coeficiente e, consequentemente, proteger a edificação de problemas com o fogo, garantindo, assim, a conservação e preservação ao longo do tempo do patrimônio tombado nacionalmente.
A sabedoria é a meta da alma humana; mas a pessoa, à medida que em seus conhecimentos avança, vê o horizonte do desconhecido cada vez mais longe.
- Heráclito
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
ART: Anotação de Responsabilidade Técnica
AVCB: Auto de Vistoria do corpo de Bombeiros
CBM: Corpo de Bombeiros Militar
CREA-BA: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado da Bahia FPACBA: Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
GBM: Grupamento de Bombeiro Militar
HAZOP: Hazard and Operability Study
IAFSS: International Association for Fire Safety Science
IPAC: Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
IPHAN: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
IT: Instrução Técnica
NBR: Norma Brasileira
NFPA: National Fire Protection Association
NR: Norma Regulamentadora
PMI: Project Management Institute
RRT: Registro de Responsabilidade Técnica
SDAI: Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio
UFBA: Universidade Federal da Bahia
UNESCO: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
1. INTRODUÇÃO
2. PATRIMÔNIO HISTÓRICO NACIONAL E DO RECÔNCAVO DA BAHIA
3. PATRIMÔNIO CULTURAL NO PAÍS E SUA PRESERVAÇÃO
4. PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO NO PAÍS E NO CONJUNTO DO CARMO
5. FOGO E INCÊNDIO
5.1 GRANDES INCÊNDIOS EM PATRIMÔNIOS TOMBADOS
6. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO
6.1 RESFRIAMENTO
6.2 ABAFAMENTO
6.3 EXTINÇÃO QUÍMICA
6.4 RETIRADA DO MATERIAL COMBUSTÍVEL
7. INSTRUMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO
7.1 EXTINTORES
7.2 SISTEMA DE HIDRANTES
7.3 SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
7.4 SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO
7.5 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
7.6 BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO
7.7 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
7.8 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
8. ANÁLISE GLOBAL DE INCÊNDIO
9. GERENCIAMENTO DE RISCO
10. LEGISLAÇÕES DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
11. EXEMPLO DE RELATO DE CASO
11.1 LOCAL DE ESTUDO
11.2 RESULTADOS
11.2.1 IGREJA DA ORDEM PRIMEIRA
11.2.2 IGREJA DA ORDEM TERCEIRA
11.2.3 CONVENTO DO CARMO
11.3 ANÁLISE GLOBAL DE RISCO
11.3.1 DETERMINAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AO RISCO DE INCÊNDIO
11.3.2 DETERMINAÇÃO DA SEGURANÇA
11.3.3 DETERMINAÇÃO DOS RISCOS DE ATIVAÇÃO
11.3.4 CÁLCULO DO RISCO DE INCÊNDIO E DO COEFICIENTE DE SEGURANÇA
11.4 GERENCIAMENTO DE RISCO
11.4.1 MEDIDAS DE SEGURANÇA A SEREM ADOTADAS NAS EDIFICAÇÕES QUE COMPÕEM O CONJUNTO ARQUITETÔNICO DO CARMO
11.4.2 MEDIDAS DE SEGURANÇA DO CONJUNTO ARQUITETÔNICO DO CARMO QUE AUMENTARÃO O COEFICIENTE DE SEGURANÇA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICE A - LEVANTAMENTO DE DADOS GERAIS DAS EDIFICAÇÕES DO CONJUNTO ARQUITETÔNICO DO CARMO
APÊNDICE B - AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO DAS EDIFICAÇÕES DO CONJUNTO ARQUITETÔNICO DO CARMO
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
Sumário
Bibliografia
1. INTRODUÇÃO
Os primeiros indícios de um povoamento do Recôncavo baiano ocorreram por volta do século XVI, instalando-se em terras baixas, em torno da Baía de Todos os Santos, onde ocorria predominantemente a produção da cana de açúcar. Com o passar dos séculos, os colonizadores foram ocupando as terras altas, compreendidas entre os rios Paraguaçu e Jaguaribe, onde começaram com a cultura do fumo, de subsistência, da produção de açúcar, de derrubadas de árvores e de construções civis, religiosas e militares.
Essas edificações do século passado são memórias que possibilitam o resgate e registro das formas de viver, de interagir de um povo ou povos, das forças de resistência, ou seja, representam a história/cultura de um lugar. Nessa perspectiva, pensar em meios e estratégias que possam potencializar a continuidade da preservação desses registros, sobre a superfície terrestre, faz parte da preservação dessa historicidade memorial. A preocupação com a preservação da memória e da tradição de diversos povos e construções ao redor do mundo e no Brasil ocorrem há séculos. A história registra a preservação dos bens culturais brasileiros, em meados do século XVIII, onde havia a intenção de proteger os monumentos históricos de quaisquer sinistros de fogo e destruição.
Um incêndio pode causar muitos problemas adversos, envolvendo perdas históricas, culturais, emocionais, econômicas, dentre diversas outras, e seu poder deixa um grande rastro de destruição. Em uma edificação, para a segurança da população e do patrimônio, é necessário seguir as legislações vigentes e normas do corpo de bombeiro militar, para a segurança contra eventuais riscos de incêndio que possam vir a trazer sérios prejuízos incalculáveis.
Para fiscalizar essas medidas de segurança, foram criadas normas brasileiras relativas à prevenção de incêndio, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Com suas normas regulamentadoras para o território brasileiro (NBR) e as Instruções Técnicas (IT) do Corpo de Bombeiros Militar (CMB) do Estado da Bahia, se tem um total de 40 instruções, com o intuito de proteger tanto a vida quanto o patrimônio histórico e o meio ambiente. Contudo, ainda existem muitas imprudências e ausência de conhecimento que, em diversas circunstâncias, podem levar a ocorrência de incêndios por seu descumprimento.
Todas as edificações (residenciais e comerciais) na Bahia, são obrigadas por lei a ter o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), de acordo com o Decreto nº 16.302, de 27 de agosto de 2015. A sua ausência pode ocasionar e facilitar o aumento do risco de incêndio, por não estar preparada para o seu combate e, dessa maneira, uma possível propagação do fogo para outros ambientes (BAHIA, 2015).
Para que as construções históricas antigas atendam todas as IT do corpo de bombeiros, deve haver uma segurança de combate a incêndio e pânico, sempre em processo de atualização, juntamente com a colaboração do Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) ou o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). Dependendo do patrimônio tombado nacional ou regional, são necessárias sinalizações em todas as necessidades exigidas como: extintores, hidrantes, rotas de fuga, saídas de emergência, detectores de fumaça, brigada de emergência e iluminação de emergência. Caso contrário, esses patrimônios culturais podem estar fadados a grandes problemas na ocorrência de um sinistro de incêndio.
No município de Cachoeira, a cidade baiana que tem mais edifícios tombados no estado, alguns sinistros foram registrados quanto ao desmoronamento de construções históricas, assim como, incêndios, sendo o último ocorrido em 2016, em um casarão tombado pelo IPHAN, onde foram registradas a perda de duas vítimas, ambas crianças. O Corpo de Bombeiros, que coordenou o resgate, afirmou que houve dificuldades