50 às minhas costas e ñao me importo. O método para melhorar a tua vida, sentir-te jovem e voltar a ter esperança
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Sobre este e-book
As mulheres desta idade estão no meio da sanduíche, com ou sem companheiro, com filhos ou com pais que necessitam e exigem a nossa atenção, e a verdade é que estamos exaustas.
Cansadas e cheias de responsabilidades, deixamos sempre para amanhã o mais importante: pensar em nós mesmas.
Neste livro, Tania Martínez revela-te o método definitivo para cuidar da tua saúde, abandonar o stress, melhorar o teu dia-a-dia e as tuas relações, sentir-te jovem e reencontrar-te contigo mesma.
RECUPERA O TEU PODER.
ATREVE-TE A SER OUTRA VEZ A DONA DA TUA VIDA.
Cinquenta anos sempre a fazer o que devias fazer ou pelo menos o que achavas que era correto, o que os outros queriam que fizesses, muitas vezes por comodidade e outras para te sentires integrada no que consideras a tua família, os teus amigos, o teu mundo real, o teu dia-a-dia. Reconheces-te?
E agora sentes que chegou a hora de saber mais, de saber porquê e para que estás aqui, para poderes escolher como queres viver o resto da tua vida. Está nas tuas mãos. Descobre todas as ferramentas que necessitas para ser feliz.
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50 às minhas costas e ñao me importo. O método para melhorar a tua vida, sentir-te jovem e voltar a ter esperança - Tania Martínez
Editado pela HarperCollins Ibérica, S. A.
Avda. de Burgos, 8B
28036 Madrid
harpercollinsportugal.com
50 às minhas costas e não me importo. O método para melhorar a tua vida, sentir-te jovem e voltar a ter esperança
Título original: Cincuenta a mis espaldas y a mí me importa un bledo. El método definitivo para mejorar tu vida, sentirte joven y volver a ilusionarte
© 2022, Tania Martínez
© 2022, para esta edição HarperCollins Ibérica, S. A.
Tradução: Fátima Tomás da Silva
Reservados todos os direitos, inclusive os de reprodução total ou parcial em qualquer formato ou suporte.
Desenho da capa: María Pitironte
I.S.B.N.: 9788491397991
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Créditos
Dedicatoria
Parte I: Fazes cinquenta!
Capítulo 1: E agora? O que esperas dos cinquenta?
Capítulo 2: Esta és tu?
Capítulo 3: Porque envelheces?
Caderno de trabalho 1: Quem sou?
Parte II: És assim. Conhece-te e aceita-te.
Capítulo 4: O teu piloto automático está a condicionar a tua felicidade?
Capítulo 5: O que é o stress?
Capítulo 6: Custa-te dormir?
Capítulo 7: Como respiras?
Caderno de trabalho 2: Sou assim. Conheço-me e aceito-me
Parte III: Começa a viver a vida que mereces
Capítulo 8: Muda a tua alimentação, muda a tua vida
Capítulo 9: Restaurando o sono, fazes um reset à tua vida
Capítulo 10: Reduz o teu nível de stress
Capítulo 11: O exercício como elixir mágico
Capítulo 12: Aprender a respirar
Capítulo 13: O amuleto
Caderno de trabalho 3: Procurar o meu destino
Ao meu pai, por me ter ensinado a não me render e por continuar a ser, do Céu, o leme da minha viagem.
Ao meu marido, por fazer parte da minha bússola nesta vida.
Aos meus filhos, para que descubram que o destino que desejam espera por eles desde que estejam dispostos a dar o primeiro passo.
Parte I: Fazes cinquenta!Estás aqui, prestes a fazer cinquenta anos e não sabes o que pensar, não sabes a que agarrar-te. Sempre, desde que eras pequena, tinhas visto as pessoas de cinquenta anos como pessoas mais velhas e, agora, estás muito perto de os fazer ou acabaste de os festejar. E sentes-te bem ou, pelo menos, não te sentes como pensavas que te sentirias com esta idade. No entanto, há algo dentro de ti que não sabes muito bem o que é, que não sabes como explicar, que te incomoda, que te faz sentir inquieta e, ao mesmo tempo, te causa desassossego. És como um verme que precisa de reagir, que precisa de repensar certas coisas, mas que não sabe bem o que é nem por onde começar a procurar.
Nos próximos capítulos deste livro, descobrirás que nada do que está a acontecer-te é fora do comum, que tudo o que sentes, pensas e consideras tem a ver com o ciclo natural da vida. Como verás, tudo na vida tem o seu tempo e, agora, chegou finalmente o momento de deixar de lado a faceta de trabalhadora, mãe, amiga, filha… e de te concentrares em ti própria — já estava na hora, não achas? — Porquê? Porque este novo período da tua vida te pertence, porque é o fim de uma etapa e o começo de todo o caminho que falta percorrer para te sentires — finalmente, se é que não te sentes já — plena.
Este livro é dedicado às mulheres — sim, às mulheres e já entenderás porquê —, principalmente, àquelas que veem como se aproximam dos seus cinquenta anos e não querem ver esta nova idade como algo negativo, mas como uma das melhores etapas do que há para viver. É dedicado a essas mulheres dispostas a aproximar-se dessa maturidade com curiosidade e com vontade de desfrutar dela ao máximo — sim, aceitamos que talvez também com um pouco de medo e de incerteza.
Sei que, à medida que os anos passam, os cinquenta de hoje são os novos trinta: temos tudo o que queríamos — bom, talvez não tenhamos realmente tudo… não —, talvez tenhamos conseguido mais ou menos tudo aquilo com que sempre tínhamos sonhado ou talvez estejamos a meio caminho de o conseguir. Talvez tenhamos construído uma família, com filhos ou sem eles, ou talvez tenhamos um parceiro ou estejamos a desfrutar da nossa vida sozinhas. Mas também — e aqui está o nosso grande problema — talvez tenhamos imensas responsabilidades: uns pais que envelheceram e de quem temos de cuidar, visitar ou prestar atenção e um trabalho ou uns filhos que nos exigem cada vez mais e mais dedicação.
Seja qual for a vida que tens, chegou o momento de fazer um balanço. Chegou o momento de pensares se a vida que tens é realmente aquela com que sonhavas e se é a que queres e mereces viver. Concordas que a vida que as mulheres têm está cheia de coisas para fazer: se és uma mulher que trabalha, talvez todo o teu dia esteja cheio de reuniões ou de trabalho a que prestar atenção nas tuas horas de expediente — sim, essas a que também acrescentámos, nos últimos anos, as videoconferências por Zoom à frente de um ecrã de computador. — E que quando finalmente consegues acabar o teu dia de trabalho e afastar-te do ecrã ou voltar cansada para casa, tens tarefas no lar, tarefas com os teus filhos, a visita física ou virtual aos teus pais ou talvez a essa amiga que te diz sempre o quanto precisa de ti.
A vida passa a contrarrelógio porque, por muitas coisas que te aconteçam ou por muitas tentativas que faças, no fim, continuas a tentar chegar a tudo, estar atenta, estar ligada a tudo e a todos — que bonita, verdade seja dita, é essa vida que vemos nas redes sociais! Todos tão ideais, magros, bonitos e felizes. E, é claro, sem problemas! — E, às vezes, até é tudo mais intenso e exigente porque, até agora, as tuas rotinas não mudaram, porque estás sempre nos mesmos sítios e com as mesmas pessoas, porque a hiperconexão rodeia a tua vida e nem sempre para bem.
As mulheres, especialmente, são muito boas — ou, pelo menos, é que os outros pensam — a ser pessoas multifacetadas. Sempre nos orgulhámos da quantidade de coisas que conseguimos fazer ao mesmo tempo: a lista das compras, os trabalhos de casa dos filhos, o relatório para entregar, lembrarmo-nos do aniversário do nosso marido… Pois bem, chegou o momento de prestar um bocadinho mais de atenção ao nosso corpo e à nossa mente e começar a desenvolver o nosso próprio caminho pessoal. Nesta sociedade de loucos, viemos fazer tudo com pressa e sem pausas para demonstrar a nós próprias que estávamos realmente neste mundo, que fomos boas mães, boas esposas e boas filhas. E, nesta corrida para demonstrar tudo a todos, esquecemo-nos do que realmente queremos e do que realmente precisamos.
Com esta loucura que nos rodeia, qual é sempre o coletivo mais prejudicado emocionalmente, para além dos nossos mais velhos? As mulheres! E dentro das mulheres? Aquelas que estão perto dos cinquenta! Porquê? Porque nos encontramos no meio da sandes, com filhos, que ainda dependem de nós e com pais que precisam de nós ou pedem a mesma atenção do que os nossos filhos e estamos muito cansadas. E, com estes dias tão ocupados e cheios de tarefas para fazer, deixamos sempre o mais importante para amanhã: pensar em nós próprias.
E, assim, passam os dias… E, assim, passa a vida.
Capítulo 1: E agora? O que esperas dos cinquenta?Sabes que fazer várias coisas ao mesmo tempo não beneficia o cérebro? E mais, que o prejudica? O cérebro — tal como nós — também se enerva se tiver de estar atento a imensas coisas e isso faz com que, muitas vezes, nos esqueçamos de fazer ou de recordar as coisas mais simples na nossa vida diária. Quantas vezes te esqueceste de onde puseste as chaves? Quantas vezes entraste numa divisão para ir buscar alguma coisa e nem sequer sabias o que procuravas? Tudo isto que te é tão familiar é consequência de enervar o cérebro com imensas tarefas ao mesmo tempo.
Também sabes que doenças como o cancro ou o Alzheimer atacam mais — concretamente o dobro — as mulheres do que os homens? Até este momento, sempre pensámos que isto se devia ao facto de as mulheres viverem mais e, como vivíamos mais, era normal que tivéssemos mais doenças por passarmos mais anos na idade adulta. Esta crença não é verdadeira: as mulheres estão especialmente expostas à doença por causa da nossa própria falta de cuidado e da nossa falta de priorização daquelas coisas que são apenas nossas: o nosso tempo, o nosso organismo, o nosso corpo, o nosso descanso e o nosso objetivo de vida. Sim, ouviste bem. Objetivo de vida? O que é isso? Tudo a seu tempo. Vamos por partes.
A regra de viver mais versus cuidar-se menos
A Pilar tem quarenta e nove anos. Vive sozinha e não tem filhos. É professora numa escola secundária e a sua paixão é ensinar. Os seus alunos adoram a sua «stora» porque as suas aulas são muito amenas e muito entretidas e todos reconhecem que a Pilar é capaz de tornar qualquer aula de história fácil, por muito árduo que seja o tema de que lhes fala. Os pais dos alunos também a respeitam e é por isso que é uma das tutoras mais procuradas na escola, pois conhece perfeitamente cada aluno. Está tão envolvida no seu trabalho que sofre com os problemas dos seus alunos e dos seus pais por igual.
A Pilar também é a mais nova de três irmãos. Como não é casada nem tem filhos, toma conta da sua mãe, que vive sozinha. Antes de ir para o centro, passa por sua casa, vê-a, prepara-lhe a comida e, depois das aulas, volta outra vez para ver se continua tudo bem, para lhe fazer as compras e para estar um bocadinho com ela. Os seus irmãos estão muito ocupados com a sua vida e, além disso, pensam que, como ela não tem filhos ou marido, não lhe custa visitar a mãe diariamente! Assim, ela também está entretida! Recentemente, a sua mãe caiu e partiu a anca e a Pilar teve de se encarregar de contratar uma senhora, de ir ver se estava tudo bem… Para o caso de ser pouco, na escola, estão a passar por um mau bocado porque lhes faltam professores e pediram à Pilar para fazer um turno à tarde, dois dias por semana, porque tem muito jeito para o ensino!
Ultimamente, a Pilar começou a não dormir muito à noite quando sempre dormira como uma pedra. Também começou a engordar um pouco, ela que sempre tinha usado o tamanho quarenta e dois. Pensou em ir ao ginásio para tentar perder alguns quilos antes do verão e ficar em forma, mas, agora, não tem tempo para nada entre a escola, a mãe… E, além disso, agora, o seu irmão Pepe acabou de se separar e a mãe pediu-lhe para lhe dar uma ajuda e apoiá-lo.
— Pobre menino! — repete a sua mãe, a todas as horas. — O que vai fazer agora sem a sua mulher, a Paloma! Outra desgraça para esta família!
Como achas que a história terminará? A Pilar está numa espiral que acabará por se refletir no seu próprio corpo. Sobre a Pilar, está a recair a responsabilidade do cuidado da sua mãe e a de ser o sustento da sua família por ter de aceitar também o apoio ao seu irmão recém-separado. Adicionalmente, o trabalho consome o seu tempo e esforço — continua a preparar as aulas diariamente — e não está a dedicar nenhum minuto do seu dia, da sua semana ou do seu mês a ela própria, a dar tréguas ao seu corpo e a permitir que descanse, recupere e se regenere.
A Pilar, sem saber, sofre do chamado «stress do cuidador» que, em conjunto com o stress habitual da sua vida quotidiana e ao não cuidar de aspetos básicos da sua vida, como a sua alimentação ou o exercício físico, acabará por gerar, dentro de alguns anos, uma doença que pode ir desde a depressão até outro tipo de doença como tiroide, artrite, Alzheimer, ansiedade, doença cardiovascular, cancro…
É uma realidade que as mulheres são mais propensas do que os homens a padecer de depressão e este facto é consequência da sobrecarga de trabalho que temos, tanto no aspeto social como no familiar. O efeito das hormonas, a diminuição em concreto do estrogénio no corpo na época que rodeia a idade da menopausa, é outro fator determinante se não formos capazes de o resolver através de outros mecanismos como, por exemplo, a alimentação, como veremos em breve. Por isso, sejamos conscientes de que, no mundo atual em que vivemos, as mulheres estão mais expostas a envelhecer mais rapidamente e até a adoecer como consequência da nossa própria falta de cuidado e, em especial, devido à nossa falta de priorização daquelas coisas que são apenas nossas: o nosso tempo, o nosso corpo e o nosso descanso.
Claro que ninguém com a nossa idade quer falar de envelhecer, estamos na melhor fase da vida, porque haveríamos de falar de envelhecer? No entanto, devemos aprender a fazê-lo. Temos de ser conscientes de que todas as doenças de que estamos a falar — cancro, Alzheimer, etc. — são doenças que, embora se manifestem numa idade mais avançada do que aquela em que nos encontramos (e para as quais, às vezes, como no caso do Alzheimer, não há cura), têm a sua origem quinze ou vinte anos antes de se manifestarem externamente.
E esta manifestação deve-se não só aos genes, como pensávamos até agora, mas também à nossa forma de vida e à nossa forma de não cuidar de nós.
Tudo o que fizeres hoje vai refletir-se no teu amanhã.
Foste criada na era das supermulheres?
As mulheres que fazem cinquenta anos agora foram criadas com a síndrome da supermulher completamente implantada como um pequeno chip dentro do cérebro. Se nasceste nos anos setenta e foste criada, como eu, na cultura dos oitenta, inculcaram-te que, para teres sucesso na vida, tinhas de ser perfeita em tudo o que fizesses todos os dias: trabalho, casa, filhos, marido… independentemente do estado de espírito ou das capacidades reais que tiveste nesse dia e nesse momento. Ou seja, uma supermulher — superwoman, agora que os super-heróis voltam a estar na moda e em formato feminino. Pelo menos, avançámos em alguma coisa.
As nossas mães e as nossas avós repetiram-nos até não aguentarem mais que lhes tinha custado muito esforço e muito trabalho chegar até onde