Tudo que eu pensei mas não falei na noite passada e Do amor e outras brutalidades
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Sobre este e-book
O primeiro livro narra a separação e a busca pela própria sexualidade de uma jovem mulher à procura de parceiros para compartilhar sua liberdade recém adquirida.
No segundo, Anna P. experimenta as agruras da maternidade solo e estabelece com seu filho pequeno uma relação nada convencional onde a não violência é o objetivo maior.
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Tudo que eu pensei mas não falei na noite passada e Do amor e outras brutalidades - Helena Tabatchnik
Helena Tabatchnik
TUDO QUE EU PENSEI
MAS NÃO FALEI
NA NOITE PASSADA
DO AMOR
E OUTRAS BRUTALIDADES
TUDO QUE EU PENSEI
MAS NÃO FALEI
NA NOITE PASSADA
Para Liz e Marco, que me puseram a pensar.
Para Tales, restaurador de sonhos.
Sumário
TUDO QUE EU PENSEI MAS
NÃO FALEI NA NOITE PASSADA
A CONQUISTA DE SI
A MULHER QUE EU ME TORNEI
SAUDADE
ABC ORAL I
TUDO QUE EU PENSEI MAS NÃO FALEI NA NOITE PASSADA
ONTEM
ABC oral II
SÓ DE OLHAR NOS OLHOS DELE
A ARTE DE CHUPAR
HOJE DE MADRUGADA
ABC anal
NA CAMA
GOSTO DE FERRO
EJACULAÇÃO
QUEM COM FALO FERE, COM FALO SERÁ FERIDO
FOMENTO
A PUTA
NO VESTIÁRIO
COM PALAVRAS
PLANOS
O PERCURSO
ONIPOTÊNCIA
VULNERABILIDADE
DESAMPARO
NEGAÇÕES
À DERIVA
PRERROGATIVAS
CAPITAL FLEXÍVEL
O EU NO MUNDO
A MULHER PERFEITA
CARALHO
O COMUNISTA
A JORNALISTA
O CASAL GAY
O ESCRITOR LIBERTÁRIO
A LIBERTINA
MINHA ORIENTADORA
MINHA MÃE
A ARTISTA PLÁSTICA
A HISTORIADORA
O MARIDO
O COLEGA
O INTELECTUAL
O CINEASTA
O ESCRITOR POLITIZADO
O ESCRITOR INTROSPECTIVO
ELE
O MILITANTE
O GARÇOM
O ATOR
NOVO SONHO RECORRENTE
ANTES
DURANTE
DEPOIS
DO AMOR E OUTRAS BRUTALIDADES
Sexo
O náufrago
Mar
Investimento
No canto do estoque
Ternura freestyle
Paixão
Desconfiança
Soneto submerso
Vagabunda
Puta
Não vai dar certo
Ela gosta é dos coitadinhos
Lúmpem
Os intensos se atraem
Dupla jornada
Esgotamento
Positive Vibration
Recuperação
Aquela grana
Manga
Vinte quilos
Orides
Retomada
Sentido de autopreservação
Rompimento
Tanta gente me chama
Eu só queria o seu bem, meu bem
Felicidade é não doer
Uma fonte inesgotável
Tá doendo
Vergonha
Pai
Lirismo contemporâneo
Voltei para a minha classe com o rabo entre as pernas
Sobre o luto
Sobre o amor
O que não mata, fortalece
Rivotril
24/7
O amor como sonhar pelo outro
Macia
Verdade
Você consegue muitas coisas
Febre
Crescer
Entendimento
Adormecer
Dia dos pais
Dorme, mamãe
Não adianta
Abraçamento
Meu bem querer
Entendimento II
— De nunca!
Amor/humor
Alta ficção
Odisseu
Pestanas
Do amoi
Sobre a força
Do amoi II
No meio da noite
O futuro é uma câmera
Que fazer?
O futuro a quem pertence?
Desistência
Procuro um homem em quem confiar
Logo depois ele morria
Queria um homem que me amasse
Faz tempo que não leio literatura
O real e o simbólico
Dia dos pais II
Quatro anos
Meu sonho erótico
POSFÁCIO
Sobre a autora
A CONQUISTA DE SI
Tendo deixado de ser usado como instrumento de trabalho em tempo integral, o corpo seria resexualizado. A regressão envolvida nessa propagação da libido manifestar-se-ia, primeiro, numa reativação de todas as zonas erotogênicas e, consequentemente, numa ressurgência da sexualidade polimórfica pré-genital e num declínio da supremacia genital. Todo o corpo se converteria em objeto de catexe, uma coisa a ser desfrutada – um instrumento de prazer. Essa mudança no valor e extensão das relações libidinais levaria a uma desintegração das instituições em que foram organizadas as relações privadas interpessoais, particularmente a família monogâmica patriarcal.
Herbert Marcuse, Eros e civilização
A MULHER QUE EU ME TORNEI
A mulher que eu me tornei sabe que o orgasmo é dela, e por isso o oferece facilmente. A mulher que eu me tornei é atraente: fora do quarto e da casa, também existe sexualmente. A mulher que eu me tornei ama sem amo, goza e não usa, dá e não cede. Toda a sua dimensão tem tesão. Não esquenta no fogão e nem esfria na pia: ela é antimonogamia. Não é anódina ou mofina, nem pesada e nem franzina – a mulher que me tornei é bailarina. A mulher que me tornei tem uma existência criativa, a mulher que me tornei goza com a vida. Se exibe de calcinha, cavalga o homem olhando, fala imundícies, trepa sorrindo, goza gritando. A mulher que eu me tornei goza só imaginando. A mulher que eu me tornei goza chupando.
SAUDADE
Saudade da atmosfera entorpecente entre conhaques e cigarros, saudade da boca seca e coração disparado, saudade do beijo impetuoso e das pernas então querendo se abrir sem comando, saudade da sua mão admirada na minha barriga e do cheiro do seu pescoço, saudade do abraço e do encostar peito com peito e sobrepor os quadris, saudade das suas mãos na minha bunda e do roçar tão apertado ainda por cima das calças, saudade dos seios já livres e dos seus dentes quase machucando os bicos, saudade dos dedos ágeis abrindo de repente o botão da minha calça justa e encontrando espaço entre a pele e o tecido, saudade deles entre as minhas pernas, na buceta, no cu, nos dois, me fazendo rebolar sob seu comando, saudade do arrancar imprudente das minhas calças, do seu pedido para que eu abrisse as pernas e das exclamações de admiração, saudade da sua língua sábia varrendo toda extensão do meu clitóris, lentamente, e mais dedos, mais língua e o medo de sermos vistos em nosso momento mais íntimo, saudades dos peitos colados e boca com boca enquanto você se masturbava e eu regulava a minha respiração pela sua e meus gemidos com os seus sentindo que poderia gozar apenas com o seu gozo, mesmo de longe, saudades até do espaço exíguo do carro e do escuro parcial da praça à meia-noite e mesmo das marcas do freio em minhas coxas no dia seguinte.
ABC ORAL I
André gostava de dar pancadinhas no meu clitóris com a parte de trás dos dedos; Bruno gostava de vibrar a pontinha dele com a ponta da língua; Caio sugava lento, comprido e fundo; Denis gostava de dar mordidas leves, pressionava e varria o meu grelo todo com uma língua larga e áspera; Edu gostava de lamber de baixo pra cima e de cima pra baixo; Fábio abocanhava minha vulva inteira como se fosse comê-la; Gilberto gostava de enfiar a língua toda na minha vagina; Hélio chupava e mordia os pequenos lábios cuidadosamente; Ivan gostava que eu pressionasse meu púbis contra a sua boca ritmadamente, como se eu o estivesse fodendo; Jaime adorava enfiar o dedo na minha buceta e me sentir rebolar; Kleber gostava de lamber meu clitóris enquanto vibrava a ponta do seu dedo no meu cu; Luís gostava de enfiar a língua no meu cu enquanto vibrava meu grelo com os dedos; Marcos gostava de me deitar de bruços e ficar de longe, olhando minha bunda ondular enquanto eu pressionava meu clitóris contra o púbis com as duas mãos; Nelson gostava de dar lambidas rápidas no meu cu enquanto eu me masturbava; Otávio gostava de ir afundando o dedo conforme eu me aproximava do orgasmo e Olavo gostava de enfiar dois dedos na minha buceta na mesma situação; Pedro encostava a boca em meu ouvido e dizia todo o tipo de sacanagem; Rafa gostava quando eu chegava de saia e ele podia ir enfiando seus dois indicadores, um no cu e outro na buceta, enquanto me beijava, e empurrá-los pra cima até quase tirar meus pés do chão; Sílvio gostava de me inclinar sobre o braço do sofá até que eu tocasse as mãos no piso, e então olhar muito pra minha bunda e depois me lamber bem devagar, começando pelo grelo, abrindo caminho por entre os lábios e arrastando a língua até o cu – várias e várias vezes; Thiago gostava que eu deitasse de barriga pra cima, abrindo bem minhas pernas, e então ficava horas afastando os meus lábios com os dedos e me olhando por dentro com a concentração e a seriedade de uma criança; Vicente gostava de me pôr de quatro e reger meu rebolado com os dedos no meu cu; Wilson, ia enfiando um, dois, três dedos na buceta até enfiar a mão toda; Yan adorava me estimular com a calcinha;