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50 Dicas para o uso da Crase
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50 Dicas para o uso da Crase
E-book82 páginas42 minutos

50 Dicas para o uso da Crase

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Sobre este e-book

Ocorre ou não ocorre crase antes deste ou daquele pronome demonstrativo? Bife a cavalo ou bife à cavalo? A distância ou à distância? Essas dúvidas estão sempre em sua cabeça? Não se preocupe, acontece com muita gente e este e-book foi feito para te ajudar. Dad Squarisi confirma nesta obra que, como já disse Ferreira Gullar, a crase não foi feita para humilhar ninguém. As dúvidas sobre o acento grave serão extraídas sem dor, através de capítulos recheados de exemplos bem-humorados e práticos, além de macetes que vieram para aliviar e facilitar o entendimento acerca dessa questão. Aqui você perceberá que a crase não é o bicho de sete cabeças que pintam e ficará preparado para entrar no time que não se amedronta diante do a ou à. Aproveite as dicas e não escorregue.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de mar. de 2023
ISBN9786587958323
50 Dicas para o uso da Crase

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    50 Dicas para o uso da Crase - Dad Squarisi

    1. Mistério do amor

    O amor bate à porta

    E tudo é festa

    O amor bate a porta

    E nada resta

    (Cineas Santos)

    Crase é caso de amor. Dois aa se encontram, se olham e caem de paixão. Decidem, então, juntar os trapinhos. O casório ocorre quando a preposição a encontra o artigo a, o demonstrativo a ou o a inicial dos pronomes aquele, aquela, aquilo. O acento grave (`) funciona como a aliança no anular esquerdo.

    Volta e meia, o casal se desentende. Ocorrem discussões acaloradas. O amor deixa de bater à porta e bate a porta. Depois, retorna. As idas e vindas deixam os especialistas intrigados. Não entendem o porquê do fracasso. Onde está o erro? Conselho de gente do ramo se reúne para encontrar a resposta.

    Sábios, deuses, ninfas, serafins e mortais comuns são convocados. Chegam Vinicius, Millôr, Vênus, Cupido, Oxum. Por que tão avassaladora paixão não vai para frente? Não há nada de errado, diz o poetinha, cobra que já nasceu criada. O amor é infinito enquanto dura.

    Millôr concorda. Eterno no amor tem o mesmo sentido de permanente no cabelo, ensina. Vênus, a deusa, esquiva-se. O responsável é Cupido. Com os olhos vendados, desfere a flecha. Quem ele acerta? Pouco importa. Só o jogo lhe interessa.

    Ops! Os sábios ouvem e deduzem. Não é possível que jamais acerte o casal crase. Pela lei da probabilidade, uma vez ou outra ele deveria ser atingido. E daí?

    2. Desvendado o mistério

    Cupido confessa. Há uma barreira entre as flechas do amor e os amantes que vão e vêm. Mas, como vive longe, no Olimpo, lá no norte da Grécia a mil metros de altura, não entende os enamorados deste país tropical. Mas que há uma barreira, há, diagnostica certeiro.

    Concordo com Cupido, diz a vaidosa Oxum, cheia de feitiços. A deusa do candomblé conhece as manhas do amor desde os tempos em que vivia na África. Experiente, põe o dedo na ferida. A barreira é o artigo. Fiel como cisne, recusa-se a acompanhar certos substantivos. Quando o obrigam a fazê-lo, é um deus nos acuda.

    O barraqueiro apronta. Além de atormentar a pobre preposição, que, atônita, a tudo assiste sem nada entender, desmoraliza profissionais, mata amores, adia promoções, rouba vagas na universidade e no mercado de trabalho. Ufa! Desvendado o mistério, o caminho é um só – desmontar as barreiras uma a uma.

    Assim, livre e solto, feliz como pássaro no ar, o amor que resulta na crase de dois aa contrariará Vinicius: o amor é infinito porque dura. Claro que, na vida real, o sentimento oscila. É a tal história de que as árvores querem ficar quietas, mas o vento não deixa. Na gramática, a novela muda de enredo. O amor não é cego nem mudo. Põe a boca no mundo e o intruso para correr.

    3. A preposição

    Hermes nasceu sabido. No primeiro dia de vida, pregou uma peça no irmão Apolo. O pequeno ficou atento. Quando o outro se distraiu, ele roubou o rebanho que Apolo guardava. Ao descobrir o ladrãozinho, o deus da beleza levou um baita susto.

    Foi lá. O recém-nascido lhe estendeu uma lira que tinha acabado de fabricar com casco de tartaruga e tripas de boi. Ele inventou muitas outras coisas: o alfabeto, a música, a astronomia.

    Zeus, ao ver o talento do garoto, convidou-o para ser seu mensageiro. Com asas nos pés e na cabeça, ele virou elo. Levava os recados divinos para os homens e os dos homens para

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