Um Grito De Liberdade

De Clecia Santana

Abordo os principais desafios de uma vida homoafetiva com as questões mais densas, desde o preconceito sofrido, dificuldades na aceitação de si, conflitos familiares, sexualidade, padrões disfuncionais, crenças e como o seu grito de liberdade deve ser dado com sabedoria.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 19 de abr. de 2022

Pré-visualização do livro

Destrinchando as Relações

Homoafetivas

Um grito de liberdade   

Se você entender, com esse conteúdo, como sua vida homoafetiva pode ser vivida com muita aceitação, liberdade e dignidade (sentimento de merecimento do melhor), eu terei conseguido te mostrar que você merece isso e muito mais para sua vida e te tirar de qualquer crença de que ser homossexual, bissexual ou outra orientação sexual, é um pecado ou é um problema e esse é o paradigma que destrói a sua vida.  

Trouxe um pouco do que vivi, muito do que aprendi e, principalmente, tudo o que precisamos entender de uma vez por todas que a felicidade é a escolha que você faz por permitir ou não que as pessoas definam quem é você.  

Porém, sabemos que a limitação de crença e comportamento de uma sociedade, promove muitos momentos de desafios e tristezas no caminho de quem apenas quer viver com seu amor ou com o que acredita ser o amor.  

Abra espaço na sua mente e boa leitura! 

Sumário

A Separação

A Reconexão

Sexualidade

Identidade Gênero

Homossexualismo não é doença

Agradecimentos

Um Relato Real da Minha Vida

1- Padrão de papéis

O Amor em si é um grande desafio e o amor entre as pessoas de mesmo gênero, mulher e mulher, homem e homem, e as demais possibilidades das expressões do amor, todas elas têm um ingrediente a mais para viver este desafio. Mas pensem como um desafio bom, um desafio de viver como diferente para social, mas igual para o nosso criador. Ser visto como diferente pela sociedade que não tem condição alguma para fazer esse julgamento, é um desafio que promove crescimento para quem simplesmente ama um outro alguém.

As relações homoafetivas dificultam sua própria felicidade quando elas trazem para a relação o mesmo elemento sabotador e/ou destruidor da relação heterossexual que é o padrão tóxico do patriarcado, ou seja, e vou logo dando um exemplo para ilustrar isso que é a introdução principal deste ebook: uma mulher e outra mulher são seres que contemplam as duas energias masculina e feminina, quando uma mulher entende que deve assumir um papel masculino na relação, ela trará consigo o padrão tóxico do machismo de forma inconsciente ou não e colocará na relação o mesmo padrão de um homem. Por outro lado a mulher que se identifica com o papel feminino da relação também trará o padrão tóxico da mulher tradicional que se submete ao machismo, mas que quer mandar por vezes, esse é um exemplo e não quer dizer que todas as relações homoafetivas assumam papéis e nem sejam assim. Para concluir este entendimento eu vou informar que ao ter um relacionamento homoafetivo, qualquer que seja sua energia mais forte ou dominante, masculina ou feminina, essas duas partes de você precisam estar  integradas e em equilíbrio, mesmo que haja a dominância de uma delas. Eu tenho a energia Yang um pouco mais dominante, porém quando eu consegui perceber isso, me veio muita clareza de que na relação com outra mulher eu não preciso ser um lado da relação, sempre seremos duas pessoas em uma união para a convivência, essa necessidade de equilibrar as energias dentro de si, integrando meus lados mais forte com os mais frágeis, ou seja, minha sensibilidade e minha força, eu entendi que a falta desse equilíbrio promovia um desequilíbrio nas minhas relações. Eu vou trazer aspectos reais do que acontece numa relação homoafetiva que me fez entender o que causa o fim de uma relação ou que faz com que a relação não seja melhor vivida, devido esse desequilíbrio energético e ocorre a repetição de padrões disfuncionais das relações heterossexuais.

O ponto chave do entendimento é: não assuma papéis nas suas relações homoafetivas, não assuma o papel de homem ou de mulher, seja qual for o seu sexo. Assuma ser você na relação. Esse aspecto de comportamento onde se assume um papel e não o seu ser, leva a inúmeros descontentamentos reais. Algumas pessoas, numa relação