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Sobre este e-book

Elaine era cheia de sonhos. Vivia cada dia como se fosse o último, espalhava amor e bondade pelo mundo... Elaine é minha filha. Nestas páginas, você conhecerá sua história e também os tristes acontecimentos que a interromperam.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento27 de mar. de 2023
ISBN9786525446332
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    Pré-visualização do livro

    Página em branco - Maria Teresinha Casas

    Depoimentos de pessoas que vivenciaram toda essa história

    Depoimento de Andrea Verbine:

    É com muitas saudades que vou relatar um pouco do que vivemos, minha amiga e Irmã Elaine.

    Tenho certeza de que nossa amizade foi um propósito de Deus ao fazer nossos caminhos se cruzarem.

    O presente foi meu de ter lhe conhecido, minha amiga. Nossa vida era tão boa, até o momento em que suas dores começaram.

    Na época, trabalhávamos juntas atendendo turistas.

    Houve o momento em que tivemos que parar e buscar recursos para o seu sofrimento.

    Partimos para Curitiba, onde havia o melhor médico para tratar o seu problema.

    Foram meses de exames. Você era luz. Sempre dava um jeitinho de sorrir e ser feliz, mesmo sabendo que o diagnóstico era assustador.

    Você foi fazer a cirurgia e eu fiquei aguardando a sua recuperação, mas a notícia que recebi foi triste: você estava na UTI. Meu mundo caiu.

    Fiquei perdida sem você.

    Só Deus sabe como foi difícil aceitar viver sem você.

    Hoje eu entendo que você não era desse mundo; você era um ser especial. Te amarei para sempre.

    Saudades da minha eterna e presente, Nany...

    Depoimento da enfermeira Marta:

    Passei sessenta e dois dias ao lado da Elaine.

    Presenciei muitos momentos de vida e morte.

    Ambos rondavam aquele quarto frio, onde você estava em coma, Elaine.

    Momentos esses que, por muito tempo, tomaram todo o espaço dos meus sentimentos.

    Um desses momentos ficou registrado em minha memória, para sempre:

    9h da manhã do dia 7 de junho de 1995.

    Estávamos num cenário de morte: os aparelhos ligados a você pararam quando íamos começar o procedimento.

    Após a sua morte, alguém entrou no quarto, tomado pela emoção, e gritou: A mãe da Elaine chegou!. Houve uma mudança muito acelerada no que estávamos fazendo. Só a entendemos quando a mesma pessoa novamente gritou: Olha! A vida da Elaine voltou!. Ela fez xixi e os aparelhos começaram a soprar vida questionamo-nos muito, nos comovemos, todos choramos bastante.

    Que mistério foi esse que cercou mãe e filha, vida e morte, numa hora programada pelo Senhor da vida, Deus?

    A partir daí, sei que sua vida continuou por algum tempo.

    Depoimento de Antônio Carlos da Luz:

    Conheci a Elaine Casas em meados de 1981, por meio de seu pai, com qual vim a trabalhar na empresa Jaraguá Fabril, onde também trabalhavam minha mãe, irmã e cunhado. Na época, eu, embora tivesse 14 anos, acabei me tornando amigo do Seu Antônio da Dona Teresinha e dos filhos, sendo que a Elaine, desde aquela época, tinha um brilho próprio; sempre determinada, na escola era constantemente o centro das atenções.

    Com o tempo, fui trabalhar com a ajuda de seu pai em São Paulo e eles abriram o próprio negócio de estamparias, depois uma loja de confecções e a Elaine, mesmo sendo muito nova, mas por ser muito determinada e criativa, participava ativamente dos negócios.

    Então veio o fatídico dia em que ela foi fazer a cirurgia, sendo acompanhada por seu pai até o hospital em Curitiba. Lembro do desespero do Antonio quando ligou informando do ocorrido e que houve problemas que ocasionaram sérias sequelas nela.

    Embora fosse muito triste vê-la após o retorno do hospital, devido ao seu estado debilitado, percebi que a Elaine conseguiu, naquelas condições, unir ainda mais a família e comover a comunidade. A cada visita, lembro do retrato dela na parede, em que esboçava aquele sorriso contagiante. Pude sentir, a cada visita, a fé e o amor que havia ali, pois somente isto explica a força que meu grande amigo Antonio, a Teresinha e os irmãos tiveram para suportar todas as buscas pela cura, lutando e orando todos os dias, mesmo quando a condição financeira da família, que no início era grande, com tempo foi se esvaindo, até o dia em que ela partiu, cumprindo a sua missão, indo para o céu para se tornar uma estrela e deixando aqui um grande legado.

    Depoimento Francisco e Marli Schork, vizinhos e amigos:

    Elaine tinha um sorriso cativante

    Caros amigos Antônio e Terezinha!

    Como assinalei acima, no título, a Elaine foi uma moça com um sorriso cativante, sempre alegre e feliz.

    Sua beleza física era revestida de uma simpatia contagiante e que atraía a atenção das pessoas.

    Como vizinhos, nosso contato era muito frequente, pois, na época, nossos meninos, Gianfrancisco e Guilherme, formavam duplas com seus irmãos, Charlene e Jones, nas brincadeiras infantis, em nossa casa e na casa de vocês.

    Elaine, já mocinha, era sempre muito radiante e comunicativa, nos tratava muito bem e sempre que nos via abria um largo sorriso.

    Uma fatalidade a deixou em estado de semiconsciência, aparentemente comovendo os parentes e vizinhos e nos deixando perplexos diante do que havia ocorrido.

    Pessoalmente, minha aproximação mais efetiva com Elaine se deu no campo fé católica, pois como eu exercia o Ministério Leigo à Eucaristia, uma vez por mês levava a Santa Comunhão a ela.

    Foram momentos emocionantes e indescritíveis, onde Jesus Eucarístico, escondido no pão em forma de hóstia, era comungado por Elaine, que parecia imóvel em seu leito.

    Sinais captados apenas pelos sentidos daquela bela jovem prostrada no leito de enfermidade pareciam se transfigurar diante do mistério da dor, em consolação que só quem tem fé acredita ser possível.

    Lembro que o seu pai, Antônio, vivia mais calado, se ocupando com dedicação mais extremada ao trabalho, para que nada faltasse financeiramente em hora tão crítica, enquanto sua Terezinha se desdobrava na atenção à Elaine, fazendo tudo pela filha, muitas vezes indo além de suas forças.

    Em minhas visitas periódicas, percebi que a fé do pai e da mãe ajudavam para, de algum modo, manter Elaine viva e, desta maneira, mesmo diante do imponderável, sem lamúrias e com seus corações despedaçados, tocavam a vida cuidando da filha gravemente enferma, sem esquecer dos demais filhos.

    Elaine foi uma flor que, no desabrochar da vida, bela e formosa, e por conta de algo incompreensível aos olhos humanos, foi impedida de ocupar o seu espaço no mundo por mais tempo — um dia voou para a eternidade, indo fazer morada junto a Deus que a acolheu em seus braços.

    Baseado em histórias reais

    Músicas que marcaram momentos em nossa caminhada:

    La Luna, Os Paralamas de Sucesso;

    A Catedral, Leandro;

    Eu Juro, Leandro e Leonardo;

    Why Worry, Art Garfunkel;

    Time Of My Life, Dirty Dancing – Ritmo Quente;

    She’s Like The Wind, Patrick Swayze.

    Com um olhar na espiritualidade

    Um mergulho no desconhecido

    Aqui estou querendo repaginar sua história.

    Deixar passar em branco revelações grandiosas manifestadas diante de meus olhos e atraídas ao meu coração seria injusto comigo — e na espiritualidade um dia seria cobrada (se passei por experiências além da lógica física e até mesmo desconhecidas, foi porque era para serem reveladas).

    Um dia comum na lei da vida.

    Um dia tão comum em que tudo ia e vinha, muitas vezes sem saber para onde e por quê, mas iam em direção ao incerto.

    O calendário mostrava 7 de junho de 1995.

    Lembro-me que nesse dia, bruscamente, sem aviso prévio, os acontecimentos simultâneos foram sucedendo na contramão da rotina, tirando-me da zona de conforto, encolhendo-me a cada segundo, deixando-me sem chão, sem ar, sem fé, sem esperança e sem vida. Interiormente, estava morta; o que sobrou de mim foram trapos que reduziram-me a um espantalho que vagava assustando os outros.

    Ouvia, muitas vezes, alguém dizer algo como nossa, parece uma morta-viva ou essa aí morreu e esqueceu-se de se deitar, e assim por diante. Até frases promíscuas eu ouvia.

    Os motivos foram avassaladores e seguem nesta edição.

    Até que um dia me assustei comigo mesma.

    Foi quando me olhei em frente ao espelho e não me encontrei; o que lá refletia era um espantalho, com uma única diferença: o espantalho foi feito pelas mãos dos homens e eu, pelas mãos de Deus.

    Ainda em frente ao espelho, me procurava desesperadamente e não me encontrava.

    Quando o pânico quis me dominar, foi naquele exato momento que senti e vi um fio de existência pulsando esperança em meu coração, insistindo em pulsar a qualquer custo.

    Naquele momento, conheci uma energia vibrando vida.

    Era Deus estendendo suas mãos para me socorrer.

    Com dizeres expressivos:

    Foco, fé e perseverança.

    Aí estão os três pilares da minha salvação.

    Introdução

    A você, leitor (a).

    Este livro saiu das entranhas de minhas emoções.

    Não posso negar tudo o que vivenciei e aprendi naquele período. Preciso passar adiante!

    A princípio, houve resistência, pois eu não seria capaz de tamanha façanha. Reproduzir fatos e acontecimentos relevantes ao leitor, nesse caso a nossa própria história de vida, é um trabalho feito por escritores formados com especialidade no assunto, não para uma simples dona de casa como eu.

    Coragem é a palavra que define este momento. Escrever um livro e publicá-lo é correr muitos riscos. O risco de ser aplaudida, de ter o ego massageado e sentir-se uma estrela, ou ser criticada ao extremo, ou o risco de achar que tudo não passou de um sonho frustrado.

    Meu foco é passar adiante períodos tão unidos a Deus que vão além dos limites da matéria, tocando a espiritualidade.

    Esta história que você vai ler é baseada em acontecimentos reais. Veio-me a inspiração e a necessidade de desabafar diante do desconhecido caminho que estávamos trilhando. Foi aí que comecei a escrever de uma maneira informal, sem me prender às formalidades literárias. Prendi-me, sim, às fortes emoções que extravasei na escrita; foi o único escape que encontrei para resistir a um drama em que as evidências falarão por mim.

    Relatar minha experiência é a forma que encontrei de passar para frente, em tom de confiança e gratidão, os princípios e benefícios que a vida nos deu durante um período avassalador de

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