O Além e a Sobrevivência do Ser: Novas provas experimentais

De Léon Denis

Léon Denis se propõe a tratar, nestas páginas, de um dos mais importantes e graves problemas que se apresentam diante do pensamento humano. Existe em nós um princípio qualquer que permanecerá após a morte do corpo? Existe alguma coisa da nossa consciência, de nossa personalidade moral, de nossa inteligência, de nosso “eu”, que sobreviva à decomposição do nosso invólucro material?

• Idioma: Português
• Editora: CELD
• Data de lançamento: 25 de ago. de 2016
• ISBN: 9788572975643

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editadas por Léon Denis – Gráfica e Editora:

Depois da Morte

Espíritos e Médiuns

No Invisível

O Espiritismo e o Clero Católico

O Espiritismo na Arte

O Gênio Céltico e o Mundo Invisível

O Grande Enigma

O Mundo Invisível e a Guerra

O Progresso

Socialismo e Espiritismo

CIP - BRASIL - CATALOGAÇÃO NA FONTE

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

D459a

1.ed.

Denis, Léon, 1846-1927

O Além e a Sobrevivência do Ser: novas provas experimentais / Léon Denis; tradução de José Jorge. — 1.ed. — Rio de Janeiro: CELD, 2016.

160p.; 21cm

ISBN: 978-85-7297-564-3

Tradução de: L’au-delà et la survivance de l’être

1. Espiritismo. 2. Reencarnação. I. Título.

08-3058

CDU: 133.9

CDU: 133.9

O ALÉM E A

SOBREVIVÊNCIA DO SER

Léon Denis

1ª Edição: junho de 2016;

1ª tiragem, do 1º ao 3º milheiro.

Tradução:

José Jorge

Revisão de originais e copidesque:

Albertina Escudeiro Sêco

Revisão:

Teresa Cunha

Capa e diagramação:

Rogério Mota

Arte-final:

Luiz Almeida

Produção de ebook:

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A sobrevivência e a imortalidade, até então, simples esperanças, puras intuições da alma, aspirações a um estado melhor ou conceito da razão, são de agora em diante, provadas, assim como a comunhão dos vivos e dos mortos, que é a consequência lógica disso. A dúvida não é mais possível. O homem é imortal. A morte é apenas uma mudança de estado.

Depois da Morte, Cap. XXIV.

Fac-símile do original francês.

Tradução do original.

SUMÁRIO

Capa

Ficha catalográfica

Folha de rosto

Créditos

Citação

O Além e a Sobrevivência do Ser

Estudo Sobre a Reencarnação ou as Vidas Sucessivas

I

II

III

Eu me proponho a tratar, nestas páginas, de um dos mais importantes e graves problemas que se apresentam diante do pensamento humano.

Existe em nós um elemento, um princípio qualquer, que permaneça após a morte do corpo?

Existe alguma coisa de nossa consciência, de nossa personalidade moral, de nossa inteligência, de nosso eu, que sobreviva à decomposição do nosso invólucro material?

Neste pequeno estudo, deixaremos de lado o domínio das esperanças religiosas, por mais respeitáveis que sejam, assim como as teorias filosóficas, para procurar obter exclusivamente as provas experimentais capazes de fixar a nossa opinião.

Atualmente, as afirmações dogmáticas e as teorias especulativas não satisfazem mais.

O espírito humano, que se tornou mais exigente em razão dos métodos científicos e críticos em uso no nosso tempo, necessita para qualquer crença uma base segura e um critério de certeza.

Antes de tudo, neste exame, uma coisa nos impressiona.

Na nossa época, quando tantas convicções se abalam e fenecem, quando tantas ilusões desmoronam, o respeito, o culto da morte permanece como uma das raras tradições vivas.

A recordação dos seres amados persiste, intensa e profunda, no coração do ser humano.

Não nos esqueçamos de que foi em Paris que se criou o hábito de saudar, à sua passagem, os cortejos fúnebres.

Não é um comovente espetáculo ver, nos dias 1 e 2 de novembro, sob um céu geralmente sombrio, e muitas vezes debaixo de uma chuva incessante, impertinente e fria, multidões numerosas se dirigindo aos cemitérios, para enfeitarem de crisântemos os túmulos dos seres amados?

Para todos os que acabam de cumprir essa piedosa peregrinação e mesmo, em qualquer época do ano, para os que acompanham um enterro, esta pergunta se apresenta: que foi feito de todos esses viajantes que transpuseram o limiar do mundo invisível?

E o nosso pensamento interroga o silencioso oceano dos mortos!

Sim, apesar do desenfreado amor à matéria que caracteriza a nossa época; apesar dessa luta ardente pela vida, que nos prende em sua engrenagem e nos absorve inteiramente, a ideia do Além surge em nós, a cada instante.

Ela é determinada pelo espetáculo diário dos sofrimentos da Humanidade; pela visão das gerações que se sucedem e passam; pelas chegadas e partidas que acontecem em nosso derredor; pelas passagens constantes, de um para outro mundo, daqueles que participaram de nossos trabalhos, de nossas alegrias, de nossas dores; daqueles que teceram, ao nosso lado, a trama por vezes tão dolorosa da existência.

A todos que hajam feito essa pergunta, eu direi:

Não percebestes, algumas vezes, no silêncio profundo das horas noturnas, das horas de insônia, quando tudo está tranquilo em torno de nós, não percebestes algum ruído misterioso, que se assemelhava a um aviso de amigo, ou melhor ainda, ao murmúrio de um ser querido, tentando se fazer entender?

Não sentistes algo perpassar sobre vossa fronte, como brisa ligeira, suave qual uma carícia, ou como o roçar de uma asa? essas coisas eu tenho experimentado muitas vezes.

Todavia, direis que isso é muito vago e muito pouco concludente. Em nossa época tão cética são necessárias manifestações bastante precisas e fenômenos mais tangíveis, mais comprováveis.

Ora, essas manifestações existem, e é delas que iremos nos ocupar, abordando dessa forma o campo do espiritualismo experimental, dessas ciências psíquicas novas, que lançam sobre o problema do Além uma viva luz.

Já faz alguns anos que essas ciências tomaram uma extensão considerável e não é mais possível a todo homem inteligente ignorá-las ou desdenhá-las.

Apesar das fraudes e dos embustes, os fenômenos psíquicos autênticos, de todas as espécies,