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Fazendo Música Para Publicidade
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E-book207 páginas1 hora

Fazendo Música Para Publicidade

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Sobre este e-book

Um guia para estudantes de publicidade, jornalismo, cinema e música. Técnicas de gravação e os meandros de um estúdio e seus equipamentos. A criação de música para comerciais. A criação do roteiro publicitário a partir de um briefing.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de mar. de 2016
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    Pré-visualização do livro

    Fazendo Música Para Publicidade - Kiko Fernandes

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO (p.4)

    1- A MÚSICA ANALISADA PELA NEUROCIÊNCIA (p.5)

    2- PRODUÇÃO DE ÁUDIO PARA PUBLICIDADE (p.7)

    2.1- Tipos de serviço

    3- SONORIZAÇÃO DE FILMES COMERCIAIS (p.10)

    3.1- Etapas da produção de um filme

    A) Roteiro

    B) Pré-produção

    C) Produção

    D) Filmagem

    E) Montagem

    F) Edição offline

    G) Edição onlne

    H) Cópias

    3.2- Tecnologias de codificação digital

    3.3- A Imagem no digital

    4- NOÇÕES DE DIREITO AUTORAL (p.21)

    4.1- Aspectos do direito autoral

    4.2- Categorias

    4.3- Arrecadação de Direitos no Brasil

    4.4- Distribuição de Direitos no Brasil

    4.5- ISRC

    4.6- Contratos

    4.7- Direitos Autorais na era digital

    4.8- A penalização no Direito Autoral

    5- ELEMENTOS DA MÚSICA (p.31)

    6- NATUREZA DO SOM (p.32)

    6.1- Transmissão do som

    6.2- Fenômenos sonoros

    6.3- Timbre e Amplitude

    6.4- Decibel

    7- O SINAL DE GRAVAÇÃO (p.39)

    7.1- Voltagem

    7.2- Overload (saturação)

    7.3- Os V.U.S

    7.4- Leitura de Peak

    8- MICROFONES (p.42)

    8.1 – Microfone Dinâmico

    8.2 – Microfone8.1 Condensador

    8.3 - Especificações Acústicas - Sensibilidade

    8.4 - Microfones: alguns modelos e marcas

    8.5 – Algumas Técnicas de Microfonagem

    9- CONSOLE DE GRAVAÇÃO (p.50)

    9.1- Os 4 mixers principais

    9.2- Monitoração

    10- O TAPE (A FITA)(p.57)

    11- O GRAVADOR (p.57)

    12- SISTEMAS DIGITAIS DE GRAVAÇÃO (p.58)

    12.1 – Gravação analógica X Digital

    13- ETAPAS DE UMA SESSÃO DE GRAVAÇÃO (p.60)

    13.1 Mixagem stéreo

    14- MIDI (p.65)

    15- SAMPLERS E SINTETIZADORES (p.65)

    16- PERIFÉRICOS (p.67)

    16.1 - Equalizadores

    16.2 - Processadores de sinais dinâmicos: Compressores,

    Expansores, Limitadores e noise gates

    16.3 - Processadores de ambiência

    16.4 - Outros efeitos

    17- MONITORES(ALTO FALANTES) (p.73)

    18- NOISE REDUCTION SYSTEM (p.74)

    19- O SURROUND E SUAS ORIGENS (p.72)

    3

    19.1- O que significa o termo 5.1 ?

    19.2- A distribuição dos canais 5.1

    19.3- Sistemas surround

    20- A CRIAÇÃO DO TEXTO PUBLICITÁRIO (p.85)

    20.1 –O processo criativo

    20.2- O papel da publicidade

    20.3- Motivação e necessidade

    20.4- A procura do público-alvo

    20.5 - A dequação à mídia

    20.6 – O Police

    20.7 – A importância do Conceito

    20.8 – A pirâmide criativa

    21- O ROTEIRO (SCRIPT) (p.91)

    21.1- Etapas de um roteiro

    21.2- Tipos de roteiro

    22- CONCLUINDO (p.98)

    30- BIBLIOGRAFIA (p.101)

    4

    INTRODUÇÃO

    A música consegue atuar e criar reações no sistema nervoso de

    diversas maneiras. Sensações essas, que podem variar da euforia a

    melancolia. Nos remete a épocas, lugares, pessoas, enfim, sentimentos.

    Nesse curso abordaremos o áudio, não apenas a música, como base para a

    mensagem publicitária. O processo de produção e o direito autoral que

    protege as obras artísticas. Daremos atenção ã adequação da música a

    diversos tipos de veículos de comunicação e sua função comercial, incluindo

    o desenvolvimento do raciocínio criativo a partir de um briefing.

    Conceitos básicos da técnica de gravação de áudio serão utilizados

    para estabelecermos uma base teórica objetivando a produção de

    comerciais. Buscaremos uma cronologia ao mencionar os sistemas

    analógicos, para chegarmos aos atuais sistemas digitais de gravação.

    Não estamos com pretensão de abastecer, cineastas, publicitários e

    produtores musicais com novidades. Desejamos, caso haja sucesso, criar a

    oportunidade de despertar o interesse do leitor para uma área em constante

    avanço: a produção de conteúdo áudio-visual.

    5

    1- A MÚSICA ANALISADA PELA NEUROCIÊNCIA

    A música é comprovadamente uma ferramenta de grande poder de

    memorização. Isso explica o fato de muitas vezes você se pegar

    cantarolando, até mesmo aquela música que não aprecia. No livro Psicologia

    Educacional" (McGrawHill Brasil, 2009), John W. Santrock comenta sobre a

    utilização da música como um instrumento mnemônico adotado por

    professores para facilitar a memorização de palavras pelos alunos.

    A externalização emocional, consequentemente comportamental,

    apresenta como substrato neuroanatômico principal um conjunto de

    componentes do sistema nervoso central. As respostas emocionais

    experimentadas – como tristeza ou euforia- influenciadas pela música,

    apresentam-se estabelecidas através de respostas psicofisiológicas

    determinadas por arrepios ou frio na espinha (ANDRADE P.E., 2004).

    "O intenso prazer que se sente ao escutar música provoca no cérebro a

    liberação de dopamina, um neurotransmissor que serve para avaliar ou

    recompensar prazeres específicos associados à alimentação, drogas ou dinheiro,

    de acordo com um estudo publicado na revista científica Nature Neuroscience. A

    dopamina é uma substância química da molécula do sistema de recompensa,

    que serve para reforçar alguns comportamentos essenciais à sobrevivência

    (alimentação), ou que desempenha um papel na motivação (recompensa

    secundária por meio do reconhecimento, sucesso).

    Uma matéria do caderno de ciência e saúde do jornal O Globo comenta

    sobre um estudo na Universidade McGill, em Montreal (Canadá), onde

    pesquisadores selecionaram dez voluntários na faixa etária de 19 a 24 anos,

    dentre o universo de 217 participantes. Foi analisado por meio dos

    instrumentos de neuroimagem, a liberação de dopamina e o funcionamento

    cerebral, ao mesmo tempo em que verificavam os batimentos cardíacos, a

    freqüência respiratória e a temperatura desse grupo ao visualizarem um

    anúncio televisivo. Estes estudos contribuíram muito para a compreensão da

    influência da música em rituais religiosos, no marketing ou presente em

    filmes, seriados, propagandas, atuando como intensificadora das emoções.

    No livro A Música no seu cérebro- uma obsessão humana Daniel

    Levitin demonstra que o acompanhamento de uma canção familiarizada

    mobiliza o hipocampo – o centro da memória – e subseções do lobo frontal,

    particularmente uma área denominada córtex frontal inferior, localizada nas

    partes inferiores do lobo frontal. Acompanhar o ritmo ( através dos pés ou

    6

    mentalmente) envolve os circuitos de regulação temporal do cerebelo. A

    orquestração de um instrumento musical ativa o cerebelo e o tronco cerebral,

    bem como os sistemas cognitivos mais avançados, como o córtex motor

    (lobo parietal) e as regiões ligadas ao planejamento nos lobos frontais, a

    parte mais avançada do cérebro. A leitura de uma partitura musical envolve o

    córtex visual, situado no lobo occipital na parte posterior da cabeça. Além

    disto, ouvir ou relembrar letras de músicas mobiliza centros de linguagem

    como as áreas de Broca e Wernicke, e outras correspondentes nos lobos

    temporal e frontal (LEVITIN, 2011)

    Os elementos musicais tem características próprias que desencadeiam

    reações neurológicas. O ritmo que é a sucessão de som e silêncio pode

    exercer influência na respiração e batimentos cardíacos. As batidas por

    minuto (bpm) de uma música ajudam a motivar o aquecimento de um atleta

    quando são aceleradas ou contribuiem para o relaxamento de um praticante

    de yoga quando são reduzidas. A melod oia que é a sucessão de notas

    musicais é o que conseguimos cantarolar, impregna a nossa memória. E a

    harmonia com sua sucessão de acordes nos sensibiliza.

    A música é classificada como uma atividade neuropsicológica, por estar

    associada a funções cerebrais variadas, como a capacidade auditiva para

    prestar atenção e avaliar os componentes musicais (timbre, melodia,

    harmonia, dentre outros); a habilidade visual que oportuniza a leitura de uma

    composição musical e por fim, a motora que engloba o manejo dos

    instrumentos musicais (BARBIZET; DUIZABO 1985 apud CORREIA, 2006).

    7

    No que diz respeito às preferências musicais, Schwartz e Fouts (2003)

    apontam que através das mesmas se pode expressar a personalidade de

    cada indivíduo. Neste contexto, as crianças aos dois anos de idade

    geralmente manifestam as preferências musicais pela sua cultura, nessa

    época começam a desenvolver o processamento especializado da fala. O

    período da adolescência, por sua vez, é considerado como o ponto de

    inflexão das preferências musicais, pois é uma fase de auto-descoberta e,

    em conseqüência disso, as músicas representam uma forte carga emocional,

    portanto a amígdala e os neurotransmissores agem em conjunto para

    equitetar essas lembranças como algo relevante. Já durante a fase adulta,

    costuma-se associar determinadas canções que se estimava na

    adolescência como músicas marcantes e significativas.

    Quanto a um padrão musical novo, o cérebro busca

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