Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Mistérios De Antonny Pothos
Mistérios De Antonny Pothos
Mistérios De Antonny Pothos
E-book212 páginas2 horas

Mistérios De Antonny Pothos

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

“Mistérios de Antonny Pothos” é o novo projeto do autor Vander Vieira, o livro é uma coletânea das respectivas, duas primeiras histórias do detetive Antonny Pothos. Uma velha mansão no interior, uma idosa rabugenta, um neto disciplinado, um marido louco, uma esposa excêntrica, empregados suspeitos e visitas inesperadas, o local perfeito para o primeiro caso do detetive Antonny Pothos acontecer. Desde muito tempo que não enfrenta nenhum caso o detetive tem a difícil tarefa de descobrir o ardiloso assassino, mas ele precisa ser cauteloso e ter cuidado, pois um Assassino Veio para o Jantar. Quando a cidade de Gotemburgo é ameaçada por uma gangue de assassinos chamada de C.Ã.E.S tudo pode acontecer, a última morte causada por essa corja de assassinos foi da brilhante jornalista Lorenna Wonktolgan e a polícia já não consegue mais dar conta de tantos crimes. Uma solução é eminente, Pothos é claro! Mas, será que dessa vez ele também será mais esperto que os horríveis assassinos e conseguirá dar um fim à tudo isso? É o que vamos descobrir.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de abr. de 2020
Mistérios De Antonny Pothos

Relacionado a Mistérios De Antonny Pothos

Ebooks relacionados

Religião e Espiritualidade para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Mistérios De Antonny Pothos

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Mistérios De Antonny Pothos - Vander Vieira

    UM CASARÃO EM STARTVILLE

    Logo ao sair do vilarejo de Startville, em uma estrada ao sul, pode-se ver aquela velha e elegante casa, ou melhor, aquela velha e refinada mansão, um belo casarão de dois hectares, feito de pedra, com partes em madeira bruta. Ao lado esquerdo, um pomar que era acessado pela porta da ala dos funcionários, do direito, um pequeno jardim com flores e folhagens e, no meio, a mansão, que tinha uma linda escadaria, colunas de marfim e janelas de vidro. Por dentro, o piso era de madeira ehavia uma escada reluzente que levava aos quartos, do outro lado, um corredor para a ala dos funcionários, a sala de jantar e, na sala principal, um grande sofá branco, um tapete e uma mesinha com flores. Havia também uma porta para o escritório e um baú ao lado com algumas bugigangas.

    Os acontecimetos que se seguiram na manhã daquela quarta-feira até a noite daquela quinta foram narrados por Dolores Auckban, a chefe dos empregados da mansão.

    *********

    O luxuoso portão negro rangeu melancolicamente aquela manhã para que o carro de Pierre Houbsdad adentrasse. Sendo ele filho da matriarca da família, Calisse Bruman, era ele que cuidava dos assuntos financeiros e, por isso, toda manhã ia até a cidade para resolver questões comerciais, pois sua mãe já era, francamentefalando, muito velha.

    Mr.Houbsdad era um homem de estatura mediana, tinha cabelos crespos, meiava entre os 35 anos de idade e possuía uma característica incomun, andava sempre mancando, isso graças a um machucado que sofrera na infância. Ele subia as escadas com um terno preto, assobiando algo de Mozart ou Beethoven, pensando em seu interior: Estoucansado, preciso de férias...preciso de férias… Estava deveras tão perdido em pensamentos, que tropeçou em um degrau e acabou caindo, rolando com força até a porta que se abriu com o impacto.

    —Por Deus,Pierre, onde está com a cabeça? —gritou Calisse assustada.

    —É…não... Eu estava…

    —Acho que você acordou do lado errado da cama… Entre, quero saber como estão as coisas.−ironizou a senhora.

      Mrs.Bruman puxou seu filho até o sofá, sentou-o e perguntou enfática sobre os negócios na cidade. Mr.Houbsdad a olhou lucidamente e, com a cabeça no lugar, começou a falar:

    —A… a construção no orfanato está quase concluída. Surgiram novas empresas buscando filiação e uma nova empresa agrícola despontou na cidade.

    Mr.Houbsdad era um exímio empresário. Amava seu trabalho e sua casa, ainda que nunca houvesse entendido o motivo pelo qual aceitou a ideia louca de morar no campo, sendo que amava a movimentação da urbe.

        A chefe dos empregados, Dolores Auckban, adentrou a sala e serviu um chá morno para sua senhora, que todos os dias o apreciava como se fosse um calmante.

    — Dolores, lembre de pedir ao seu filho que resolva os problemas das infiltrações no meu quarto, por favor, pediu mr. Houbsdad.

    — Falarei para ele, senhor. — respondeu ela.

        O filho de mr. Houbsdad, mr.P.Filho entrou, ele era como o pai, e em seus 19 anos de idade, era alguém um tanto formal, mas mostrava traços coloquiais bem perceptíveis.

    —Viram a chuva da noite passada?− mr.P.Filho perguntou—Acordei e ouvi relâmpagos fortes.

    —Recebi notícias da fazenda dos Lwerrend´s, a chuva derrubou um estábulo e a estrada está péssima, comentou mr.Houbsdad. O governo, continuou, deveria tomar alguma providência… Estive pensando, mamãe, poderíamos encontrar outro lugar para morarmos…

        Mrs.Bruman levantou-se e nervosa respondeu:

    —Está louco, Pierre? Esta casa está na nossa família há mais de cinco gerações. Não, não, aqui está ótimo… que tal irmos até o pomar?

    —Vamos.− concordaram todos. Mrs. Bruman saiu em disparada, e então mr.Houbsdad alertou:

    —Com cuidado, mamãe…

    —Ora Pierre, se quer me chamar de velha aproveite a situação e não me venha com insinuações. —resmungou ela.

    Mr.Houbsdad a seguiu como um cão e nem ousou mais falar, já que mrs.Bruman se sentia  na flor da idade e não permitia quaisquer referência à sua velhice.

    ********

        Na tarde do dia seguinte, mrs.Bruman estava em seu escritório lendo seus velhos livros de poesia, quando Dolores Auckban adentrou perguntando se sua patroa já havia tomado o remédio àquele dia, então ela respondeu:

    —Dolores, você é a cabeça desta casa, o Dr.Klauford pediu que eu tomasse-o sempre apósas refeições, mas eu sempre esqueço.

    —Só um momento. — pediu mrs.Auckban, saindo e subindo rapidamente as escadas até o quarto da patroa. Foi quando, no caminho, ouviu vozes vindas do quarto ao lado ao qual estava passando:

        Não, esse tipo de coisa deve ser abafada ao máximo!.

        O que faço?.

    Eu realmente não sei o que fazer com ela…

          Dolores conhecia os valores de boa empregada e, por assim ser, não ficou a ouvir conversas alheias e foi cumprir seus serviços. Ela adentrou o quarto de sua patroa, pegou o frasco e colocou algumas miligramas em um pequeno copo e saiu, era um remédio para asma.

    —Obrigada, querida. Sinceramente, você é algo maravilhoso para mim, hoje não se acham tão bons empregados assim,e nem tão boas amigas. — mrs.Bruman abraçou sua amiga de épocas, tomou o remédio e retomou a leitura.

          Dolores saiu dali com sua emoção transparecendo em lágrimas felizes e, nesse instante, seu filho, Austin Auckban, entrou.

    —Garoto, o que faz aqui com essas roupas de jardinagem? Ande, troque-se, temos que começar a aprontar o jantar.

    —Eu estava limpando o jardim e colhendo algumas frutas… Aqui bem que poderia ter mais funcionários. É uma propiedade muito grande... — resmungou Austin.

    —Deixe de resmungar! Vá logo! — ralhou ela.

    *******

        A noite apontou coberta de nuvens no céu de Startville e não se via nenhuma estrela no céu, apenas o clarão provocado pelos relâmpagos incessantes e o barulho dos trovões e da chuva caindo.

        Como de costume, exatamente às 19h e 30 minutos, todos desceram para o jantar. Uma mesa repleta de quitutes e,como acompanhamento, um suco direto do pomar.

          Tomaram seus acentos, deram graçase, ouviram nesse momento, a campainha tocar.

    CAPÍTULO 2

    O ÚLTIMO JANTAR

    Em meio aos trovões e pingos de chuva, a campainha toca e Austin encarregou-se de abrir a porta. Com a porta aberta pôde-se ver na varanda um casal robusto e bem arrumado.

    — Desculpem atrapalhar vossa noite, mas eu e minha esposa ficamos com o carro atolado na estrada devido a chuva…gostaríamos de pedir abrigo enquanto a chuva cessa. — pediu o homem alto de barba promíscua e olhar penetrante.

    Mrs.Bruman os avaliou por alguns instantes com seu olhar frio e perturbador e, por fim, falou:

    —Deixe que entrem Austin, separe algumas de nossas roupas limpas e peça que Dolores ponha mais lugares à mesa.

    Nesse instante, Mr.Houbsdad olhou para sua mãe, perplexo. Ela já sabia o que ele queria falar naquele momento Como permites que estranhos adentrem em nossa casa, vistam nossas roupas e desfrutem de nossa comida?, mas Mrs.Bruman conteve-o. A mansão era tão vazia, talvez ela quisesse ser bondosa, conhecer pessoas novas é sempre bom, ou talvez não.

      Antes que pudessem ao menos se apresentar, um som quasemudo, requinto e breve se ouviu.

    —Quem será o desafortunado que em pleno horário de jantar veio nos importunar? — gritou mr.Houbsdad, mas foi repreendido pela mãe:

    —Controle-se, Pierre! Se está tão incomodado, você pode ir jantar na varanda sozinho.

          Dessa vez, Dolores foi quem abriu a porta. Na varanda, estavam dois homens: um era alto, de cabelos pretos, com um penteado social brilhante, olhos azuis e uma barba em formato de âncora, um tanto quanto extravagante; e o outro, era eu. Perdoem-me pela deseducação de não me apresentar antes, sou Greg Hills, recém formado em literatura pela universidade de Klingford.

    —Boa noite, madame. Poderia nos oferecer abrigo? Com essa chuva as estradas estão bloqueadas.

          Nesse momento, uma figura idosa, bem vestida e cheirosa nos apareceu e em um impulso, esbravejou:

    —Pothos é você!

    —Que prazer em ser reconhecido... — comentou ele.

    —Como não o reconheceria. Você, o maior detetive de toda a Inglaterra! Não perca tempo, entre.Venha!Seu amigo também. — ela completou. Senti-me um tanto quanto diminuído, Pothos era o excelentíssimo convidado, enquanto eu, era o amigo penetra.

        Era uma casa exuberantemente magnífica, não que fosse moderna, todavia era de uma simplicidade acolhedora e nada normal.

        Seguimos a senhora de bom cheiro até a sala de jantar, percebi um homenzote, nos observando de forma fulminante, julguei ser o marido da anfitriã, mas era seu filho.

    As apresentações foram feitas, havia uma senhora por nome de Dolores que era a empregada, seu filho Austin que também trabalhava ali, um homem carrancudo chamado Alonso Yolerok acompanhado de sua esposa Suellen Yolerok; e o rapaz Pierre, chamado por todos de P.Filho, além de Mrs.Bruman e seu filho Mr.Houbsdad.

        A bela senhora nos convidou para jantar e todos nos sentamos. Nesse instante, em tom irônico e ao mesmo tempo bravo, retrucou:

    —Onde está a minha nora desajuízada? Ah, Pierre, como eu gostaria que houvesse me obedecido, Miss Emilly da Itália, essa sim era uma moça para casar, mas não, os filhos nunca escutam as mães. É por isso que o mundo vai tão mal…

    —Mamãe evite esse constrangimento, por favor…—suplicou mr.Houbsdad.

    —Constrangimento? Quero apenas saber onde a minha maravilhosa nora se encontra…— falou a mãe em tom sarcástico.

    Nesse momento, descendo as escadas como um relâmpago, apareceu uma mulher alta, ruiva de olhar jovial e brincos escândalosos, era a esposa de Mr.Houbsdad.

    —Perdoem meu atraso. — pediu a mulher.

    —Ouvi rumores que estava na fazenda dos Lwerrend’s. Sabia que seu antigo amigo Luccas Lwerrend chegou de Paris? Com certeza sabia…Onde estava? — incendiou  mrs.Bruman.

    —Eu estava…

    —Acho melhor comermos antes que esfrie…—interrompeu mr.Houbsdad.

    Demos graças pela comida, sentamos-nos e finalmente pusemo-nos a comer. A comida estava divina, Dolores, era como dizem, uma cozimheira de mão cheia. Para a entrada foi servido peixe com batata, o prato principal foi Cornish Pasty, prato típico e, para a sobremesa, Pudin Summer. A cada garfada a comida parecia se tornar mais maravilhosamente saborosa.

    —Seu rosto me é familiar mrs.Yolerok. — comentou mrs.Bruman.

    —Talvez já tenhamos frequentado algum clube juntas. — mrs.Yolerok respondeu indiferente.

    —Não acho possível,há anos não vou a nenhum clube. — comentou ela.

      Mrs.Yolerok sorriu de lábios, um sorriso um tanto quanto ensaiado.

    —Este jantar está divino Mrs.Bruman, sua cozinheira é espetacular. — aumentou mr.Yolerok.

    —Como dizem no meu país C’est divin.— comentei.

    — Em que trabalha mr.Yolerok?— perguntou Mr.Houbsdad.

    —Herdei de meu falecido pai, uma indústria de produtos agrícolas. Lá fabricamos de tudo, desde ferramentas a produtos contra pragas para plantações… — ele explicou.

    —Deve ser um trabalho incrível! — exclamou Mrs.Bruman.

    —Realmente é, senhora, inclusive há alguns meses inalguramos uma nova filial aqui em Startville, sempre que precisarem procurem a YoGrícola. — ressaltou ele.

    —É sempre bom saber que podemos contar com os amigos. — comentou Mr.P.Filho.

    —E quanto a você Pothos? Creio que é do conhecimento de todos que você é detetive,mas nos diga, você não tem medo? —  indagou Mr.Houbsdad em tom macabro.

    —Sinceramente, não. — ele respondeu secamente.

    —És um homem muito valoroso Mr.Pothos, contudo, temo que sua grande sabedoria seja desperdiçada. Pense bem, em uma empresa, sua inteligência seria bem mais valorizada. — acrescentou mr.Houbsdad.

    —Não, não diga asneiras, Pierre! Sabe que as histórias de mistérios são as que mais me cativam, e os casos de Pothos me encantam do mesmo modo, sem eles eu já estaria morta. —vociferou Mrs.Bruman.

    —Não exagere mamãe, ninguém aqui falou em morte. —retrucou o filho. Nesse instante, Pothos o olhou friamente no fundo dos olhos e, por fim, armou-se de um sorriso simples e acrescentou:

    —É Mrs.Bruman, ninguém aqui quer a sua morte. — e riu para ela.

          Ao fim do jantar, era eminente que todos teriam que ficar ali, pois a chuva ainda não havia paradoe, portanto,Dolores e Austin foram aprontar os quartos, enquanto os outros ficaram na sala jogando um jogo qualquer.

          Mrs. Yolerok abriu um baú na sala cheio de bugigangas, e lá encontrou diversas coisas que lhe chamaram atenção como chapéus, perucas e tintas.

    —Há quantos anos vive aqui mrs.Bruman? — perguntei.

    —Bem… —explicou ela —há seis anos meu marido morreu e nos deixou atolados em dívidas, tivemos que vender alguns imóveis e vir morar em Startville, pois queria um pouco de paz. Agora, já velha…ou melhor, com mais idade, só quero desfrutar da paz do campo, por isso deixo tudo nas mãos de meu filho para que ele cuide.

        As horas passaram e às 22h todos partiram para seus aposentos descansar… O silêncio tomou conta de toda a casa, e se pensamentos pudessem ser ouvidos, se escutariam coisas como: Que comida maravilhosa…, Estou muito cansado., Preciso agir logo… , É ela.., e até mesmo, E se me descobrirem…?

          Lentamente os corpos de todos se acalmaram para o descanso, mal sabiam alguns o que viria madrugada adentro.

    CAPÍTULO 3

    GRITO DE MORTE

    A noite pode guardar de tudo em seu silêncio,dentre eles segredos, mistérios e até mesmo quando menos se espera, é quem traz a mudança de estado, basta apenas uma ação escondida, ou um grito de morte.

          Eu estava deleitando-me em um caloroso momento, o descanso, mas vou poupá-los aqui, caros leitores, das especificações. O fato é que estando toda a mansão adormecida, um grito apavorantemente perturbador ecoou sobre todo o lugar, percebi que os gritos vinham do quarto a frente do meu, sendo

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1