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Poder e desaparecimento: Os campos de concentração na Argentina
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Poder e desaparecimento: Os campos de concentração na Argentina
E-book246 páginas3 horas

Poder e desaparecimento: Os campos de concentração na Argentina

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Sobre este e-book

Poder e desaparecimento é uma lúcida e profunda reflexão sobre os campos de extermínio criados na ditadura militar argentina. Combinando a autoridade de quem esteve presa e sobreviveu aos campos e o rigor crítico de uma cientista política, Pilar Calveiro faz uma análise da política, das dinâmicas de poder, nas experiências do dia a dia nos campos, mas também de maneira mais ampla, no horror do regime autoritário. Este livro é uma absoluta façanha: Calveiro sobreviveu à situação mais extrema do horror militar e manteve a corajosa tarefa de pensar a experiência.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de out. de 2015
ISBN9788575593394
Poder e desaparecimento: Os campos de concentração na Argentina

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    Poder e desaparecimento - Pilar Calveiro

    CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

    Para Lila Pastoriza, amiga querida, sábia na arte de encontrar fissuras e disparar sobre o poder com duas armas de altíssima capacidade de fogo: o riso e a sátira.

    Salvadores da pátria

    Não se pode fazer nem a história dos reis, nem a história dos povos, mas sim a história do que constitui esses dois termos um diante do outro, dos quais nunca um é o infinito e o outro é o zero.

    Michel Foucault[1]

    É praticamente impossível compreender o fenômeno dos campos de concentração na Argentina sem fazer referência às características prévias de alguns dos atores políticos que neles coexistiram, seja como administradores, seja como vítimas. Refiro-me, em particular, às Forças Armadas e às organizações guerrilheiras, atores principais do drama.

    Em relação às Forças Armadas, vale lembrar que, entre 1930 e 1976, a proximidade com o poder, a luta por ele e a representação de vários projetos políticos dos setores dominantes foi lhes conferindo um peso político próprio e uma autonomia relativa crescente. Se em 1930 o Exército interveio apenas para assegurar os negócios da oligarquia na conjuntura da grande crise de 1929, em 1976 lançou-se, ao contrário, na construção de uma proposta própria, concebida dentro da instituição e a partir de seus interesses

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