Sulis Minerva: Coletânea de Poesia dos Autores da Via XVII
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Sobre este e-book
Nesta coletânea, incluem-se poesias de vinte e seis autores de várias gerações, nascidos ou residentes em Trás-os-Montes. Nelas se evidenciam temáticas diversificadas, que vão desde a natureza, o tempo, o quotidiano, o desejo, o amor, a vida e a morte, sobressaindo, no entanto, o aspeto telúrico. A coletânea tem a colaboração de diversos artistas plásticos, que ilustraram alguns dos poemas.
«Os deuses são os eternos inspiradores da arte humana. Curam os males da alma, as sezões do espírito e as feridas do corpo. Por aqui, somos bafejados ao ter o beneplácito divino de Sulis Flaviae, a inspiradora de palavras benfazejas. Com fervor, também gritamos:
– Ave Sulis Flaviae!»
Maria Teresa Nobre
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Sulis Minerva - Manuela Raínho
APRESENTAÇÃO
A Via XVII – Grupo de Artes e Letras dá à estampa o I volume da coletânea de poesia dos seus autores com ilustração dos artistas que dela fazem parte.
O projeto nasceu da vontade de todos os associados no ambiente de entusiasmo e de partilha da Festa da Literatura de Chaves, que em novembro de 2022 organizou a sua sexta edição.
Sentimos que há hoje um movimento cultural na região a avaliar pelo número de obras literárias, ensaios e trabalhos de investigação publicados sem deixar de ter em conta o número crescente de exposições de arte, que de forma permanente são realizadas e as iniciativas em domínios artísticos como a dança, o teatro e a música.
A Festa da Literatura de Chaves – FLIC – desde o início que procurou ser uma festa das artes promovendo o casamento feliz entre a criatividade literária e as artes em geral.
É da convergência entre as artes que têm maior projeção na região, que nasceu a Via XVII – Grupo de Artes e Letras cuja apresentação pública ocorreu no dia 16 de outubro de 2022, ainda que o trabalho desenvolvido de modo informal, tenha iniciado em 2016, no calor da I edição da FLIC.
Este magnífico projeto, tem em vista unir à volta de interesses comuns escritores e artistas da região, outros que não vivendo entre nós aqui tenham a sua origem e ainda outros que têm vindo a associar-se às suas iniciativas; este será também o espaço da juventude.
A Via XVII – Grupo de Artes e Letras será uma placa giratória de cooperação, assumindo-se como um projeto de inclusão cultural e de acesso aos bens, serviços e trabalho criativo de todos.
Este é um dos projetos que faltava à nossa região do Alto Trás-os-Montes com uma matriz diferenciadora nos domínios da cultura e da criação literária e artística com iniciativas que se estendem da publicação de livros e obras de arte passando pelo cinema, o teatro e demais artes performativas, a escultura e as artes gráficas, a fotografia, a música, e a ilustração.
Privados, durante décadas, de ensino superior, que agora emerge de forma gradual, mas sustentada, a região foi caindo no desalento e numa certa ruralidade feita do bocejo dos conformados e dos indiferentes a que não podemos ceder.
A falta de horizonte e de oportunidades tem sido a raiz mais impressiva do despovoamento e de emigração, que desde os anos 60 nos assola, que cavou a destruição da identidade que não resistiu aos novos tempos e a sangria da massa crítica residente que cedeu à atratividade de outros meios.
Talvez poucos terão pensado que é na identidade ferida, assente nos usos, costumes e na memória dos nossos povos seculares, que assenta uma das razões desta sangria de homens e de mulheres que aqui nasceram. O elemento mais forte que nos unia com profundo sentido de pertença foi atingido no seu âmago.
Esta será a razão mais forte do nome escolhido para este grupo de cultura: Via XVII, via romana que ligou no declinar do séc. I, a.C. por iniciativa do imperador Augusto, a cidade de Bracara Augusta à de Asturica Augusta com epicentro em Aquae Flaviae.
Esta via militar e comercial colocou a nossa região num eixo de desenvolvimento humano, cultural e económico assinalável, que com a queda do império romano e as invasões bárbaras entrou em declínio.
A Via XVII, mais tarde estrada real, tem sido um elemento unificador de povos guerreiros, linha de defesa de Portugal, que o centralismo tem vindo a ferir de morte, espaço multilinguístico, de afetos e de fraternidade com os nossos irmãos galegos e leoneses.
Pretendemos que a Via XVII seja o palimpsesto onde vamos escrever a história deste tempo sem apagar os vastíssimos acontecimentos, que ao longo de séculos a enriqueceram.
Agrega a Via XVII, homens e mulheres de pensamento livre com vista à defesa da região, à promoção da criatividade e à preservação da identidade que assentam nos botareis ancestrais da história dos povos e não na cultura do efémero tão em voga.
São as ideias quem faz avançar o mundo e as sociedades. Tudo o mais não transcende as fronteiras do terreno maninho do pragmatismo cujo horizonte é quase sempre débil.
No mundo líquido em que vivemos, na sociedade do cansaço e do excesso de positividade como tão bem soube designá-los o filosofo sul-coreano Byung-Chul Han, apenas a participação cívica, a educação, a criação e a arte são verdadeiramente diferenciadoras e alicerces do futuro.
A Via XVII conta com o bom acolhimento e promoção da Associação Rotary Club de Chaves, assentando também no internacionalismo rotário e na matriz humanista da cultura portuguesa, na visão solidária do mundo e na partilha de anseios e de esperança.
Esta coletânea honra os autores que nela participaram e os seus ilustradores, a quem a organização da Via XVII muito reconhece.
Ernesto Salgado Areias
NOTA INTRODUTÓRIA
– Ave, Dea Sulis Minerva!
– Ave Sulis!
A figura de uma mulher recorta-se sob um manto de pele. Na mão, velas