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Cartas Gravadas - Celebração da Voz na Formação Docente
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Cartas Gravadas - Celebração da Voz na Formação Docente
E-book297 páginas4 horas

Cartas Gravadas - Celebração da Voz na Formação Docente

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Sobre este e-book

Este livro é uma síntese teórico-poética sobre a autoria narrativa na formação inicial de professores, viagem de formação, que temos desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina. É fruto das interlocuções com professores e estudantes, mas também escritores, leitores, contadores de histórias, cineastas. O exercício da troca de cartas aqui enunciado reafirma as palavras de bell hooks e seu pensamento embasado em Paulo Freire, no sentido da importância de uma docência que se implique com a tomada da palavra: o ato de "erguer a voz", em razão de falar por mim mesmo e escrever por mim mesmo, em primeira pessoa, com minhas próprias palavras, mas também compartilhá-las. Nessa perspectiva, a Educação pode assumir a intencionalidade desse esforço humano de um olhar sobre o que acontece "entre-nós" na comunidade aberta de aprendizagem, fundamento da pedagogia engajada, que se caracteriza como sala de aula, seja ela presencial ou virtual.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de abr. de 2023
ISBN9786525027593
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    Cartas Gravadas - Celebração da Voz na Formação Docente - Roselete Fagundes de Aviz

    Capítulo I

    Capítulo I

    Vidas compartilhadas: o que dizem as trocas de cartas entre estudantes, nas aulas em tempos de pandemia

    Embora não possamos adivinhar o tempo que será, temos, sim, o direito de imaginar o que queremos que seja. Em 1948 e em 1976, as Nações Unidas proclamaram extensas listas de direitos humanos, mas a imensa maioria da humanidade só tem direito de ver, ouvir e calar. Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar? Que tal delirarmos um pouquinho? Vamos fixar o olhar num ponto além da infâmia para adivinhar outro mundo possível [...].

    Eduardo Galeano³².

    Este capítulo apresenta as cartas em formação trocadas entre estudantes de duas turmas da quinta fase do Curso de Pedagogia, na disciplina Educação e Infância V. São duas cartas de cada dupla de estudantes, com exceção da última dupla que aparece com uma terceira carta escrita, com nuances de despedida, complementando o bloco de semanas letivas 2020/1. As escritas estão organizadas pelas semanas consecutivas de aula. As cartas trazem, sobretudo, a articulação entre vida, arte e ciência, não necessariamente nessa ordem, compartilhando o movimento pulsante mobilizado semanalmente num espaço-tempo que foi chamado pelo grupo, à maneira do Decamerão³³ (1348/1996), de refúgio.

    Os temores vividos neste tempo presente foram fundamentais para perguntarmos: o que é que está lá no íntimo de cada um de nós, estudantes e professoras, que nos impele a resistir? Como professoras, nos perguntamos quais são as nossas sementes, raízes, pedrinhas, que estão lá no fundo e com quais poderemos contar para seguir com nosso trabalho? E o que nos move ao encontro dos estudantes para ajudar a garantir-lhes uma vida e formação mais bonita e alegre? A epígrafe já dá uma dica, nos convida ao sonho embora não possamos adivinhar o tempo que será, temos, sim, o direito de imaginar o que queremos que seja [...] Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar? Escolhemos a narrativa. Foi esse o outro lugar que pudemos habitar, além dessa terra

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